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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Lei Geral do Esporte é aprovada no Senado e prevê punições para racismo e homofobia

O Senado aprovou nesta terça-feira (9) a Lei Geral do Esporte, que substitui e consolida a Lei Pelé e uma série de outras leis da área em um único texto. O texto, aprovado em votação simbólica, vai à sanção da Presidência.
 

Pelo acordo feito entre os senadores, ficou determinado que atletas terão direito de receber no máximo metade de seu pagamento em direitos de imagem.
 

A relatora, senadora Leila Barros (PDT-DF), ex-jogadora de vôlei, alterou a proposta para que, em caso de rescisão contratual, os clubes paguem o restante do salário integralmente aos atletas. Antes, a proposta previa que isso deveria acontecer apenas para vínculos curtos, o que gerou polêmica no debate na Câmara dos Deputados.
 

O Senado ainda rejeitou alterações que diminuíam o repasse da verba de loterias para o Ministério do Esporte e que excluía do projeto punições específicas para casos de racismo, xenofobia, homofobia e sexismo.
 

Ainda, quando tramitou na Câmara, foi retirado da proposta o trecho que vedava patrocínios de empresas de aposta esportiva sem sede no Brasil -na prática, de todas as que atuam no país atualmente. O projeto obriga que as empresas tenham representantes no país para fazer propaganda.
 

As apostas esportivas ainda não foram regulamentadas no país, mas são uma das promessas do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê ampliar a arrecadação do Estado a partir desta atividade.
 

Atualmente, todos os sites que ofertam o serviço no Brasil, na verdade, têm sedes em outros locais, sobretudo paraísos fiscais. Isso não só impede a arrecadação de impostos pelo governo federal como dificulta a fiscalização do setor.
 

Em que pese a regulamentação atividade já ter sido aprovada pelo Congresso em 2018, o governo de Jair Bolsonaro (PL) não a concretizou.
 

Por 43 votos a favoráveis contra 23 foi mantido no texto as expressões "racismo", "xenofobia", "homofobia" e "sexismo", derrubando uma emenda apresentada pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ).
 

O projeto prevê de dois a quatro anos de reclusão para casos de racismo ou crimes cometidos contra mulheres -a Justiça pode converter essa pena em afastamento do estádio.
 

Os conhecidos artigos 18 e 18A da Lei Pelé, que proíbem que entidades esportivas recebam verba pública caso não respeitem princípios de alternância de poder, de transparência e de participação de atletas em suas assembleias, foram convertidos no artigo 35 do novo texto.
 

A novidade é que, agora, a lei prevê que, para usufruir dos recursos do Sistema Nacional do Esporte (instância que organizará a distribuição de recursos federais), uma entidade tem que oferecer premiações equivalentes para homens e mulheres, assim como para atletas do paradesporto, nas competições "que organizarem ou [de que] participarem".
 

O projeto também enquadra todos os esportes como profissionais --antes, apenas o futebol costumava ter esse tipo de designação.
 

Com isso, outros esportes de alto rendimento, como basquete e vôlei, vão precisar seguir as regras do Estatuto do Torcedor (que impõe, por exemplo, a disponibilização de ambulâncias nas arenas) e também ficam impedidos de usar a Lei de Incentivo ao Esporte para pagamento de salários.
 

O texto diz que aos atletas das categorias de base devam ser proporcionadas visitas a familiares e também um programa de orientação contínua contra abuso e exploração sexual.
 

Ainda sobre o setor, o texto prevê que parte da arrecadação das empresas com essa atividade, uma vez que for regulamentada, seja revertida para confederações esportivas não só do futebol.
 

Finalmente, o projeto diz que no esporte "não serão puníveis quaisquer manifestações, por palavras, gestos ou outra forma de expressão", a não ser quando configurarem ilícito previsto em lei ou violarem práticas da modalidade.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/224451-lei-geral-do-esporte-e-aprovada-no-senado-e-preve-punicoes-para-racismo-e-homofobia

quinta-feira, 2 de março de 2023

Jessica Senra viraliza ao criticar vereador que fez comentário xenofóbico: “Para a burrice é necessário uma forte repressão”

A jornalista Jessica Senra viralizou após postar um vídeo no Instagram em que ela comenta o caso do vereador do Rio Grande do Sul, Sandro Luiz Fantinel (Patriota), que na última terça-feira (28) fez comentários preconceituosos com relação aos baianos. O edil fez ataques xenofóbicos após a descoberta da exploração de trabalho análogo a escravidão em vinícolas do Rio Grande do Sul.

 

O vídeo que discute sobre o caso foi retirado do jornal Bahia Meio Dia, na edição desta quarta (1), e se espalhou rapidamente devido ao discurso da jornalista. “Esse vereador ficou revoltado porque os trabalhadores escaparam e denunciaram as condições degradantes. A gente toca até tambor muito bem e temos praias lindas, mas essa não é a nossa única cultura, não, viu, vereador? A nossa cultura também é de não se deitar para autoritários, para tiranos, para senhores de engenho…”, alertou Senra.

 

A apresentadora ainda sugeriu que a declaração era fruto da “burrice” do político. “Eu costumo dizer que o preconceito é, antes de tudo, ignorância. Acredito que os preconceitos costumam ser alimentados por estereótipos e comentários discriminatórios por falta de conhecimento. O racista, por exemplo, que aqui no Brasil diminui pessoas pela cor da pele, geralmente não conhece toda riqueza e a beleza da cultura negra. Mas o escritor mineiro Luiz Rufatto disse uma vez que há uma importante diferença entre ignorância e burrice. Enquanto a ignorância é a falta de conhecimento sobre determinado assunto, a burrice é a incapacidade de compreender a realidade, por teimosia ou arrogância. Ou seja, a ignorância é justificada muitas vezes por causa da baixa escolaridade, da deficiência do sistema de ensino; já a burrice é imperdoável, porque está nas pessoas que se apegam a ideias pré-concebidas, a pré-conceitos, independentemente do nível de instrução ou da classe social que pertencem. A burrice costuma vigorar em locais permeados pela intolerância, por essa sensação equivocada de superioridade. Para a ignorância o antídoto é o conhecimento, já para a burrice é necessário uma forte repressão social, nesse caso com punições exemplares, como por exemplo - e no mínimo -, a perda de mandato desse homem que se mostra indigno de representar um povo miscigenado como o povo brasileiro”, cravou.

 

A publicação recebeu até o momento mais de 14 mil comentários, incluindo o de diversas personalidades famosas. Vanderson Nascimento, apresentador e colega de emissora de Jessica, escreveu: “Ainda bem que temos você”. Já o humorista baiano João Pimenta comentou: “Aqui foi aula”.

 

A atriz Camila Pitanga também expôs sua visão sobre o caso. “Burrice que chancela xenofobia e escravidão precisa sofrer o rigor da lei ! Obrigada, Jessica Senra, pela sua firmeza e lucidez”, comentou. O cantor Lucio Mauro Filho afirmou: “Bravo Jessica. Sempre lúcida! Viva o povo da Bahia!”. E a jornalista Astrid Fontenelle apontou: "Jessica, te aplaudindo de pé!!! Certeira!!!”.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/68995-jessica-senra-viraliza-ao-criticar-vereador-que-fez-comentario-xenofobico-para-a-burrice-e-necessario-uma-forte-repressao

terça-feira, 17 de maio de 2022

Vídeo: Motorista de aplicativo da Pensilvânia expulsa passageira após fala racista

Um motorista de aplicativo da Pensilvânia (EUA) expulsou, na noite desta sexta-feira (13), uma passageira do carro após ela fazer um comentário racista antes da corrida. O proprietário do carro gravou a cena, em que ela "comemora" ter encontrado um motorista branco. Após o vídeo ser compartilhado nas redes, o caso viralizou,  Ao compartilhar o vídeo nas redes sociais, o caso viralizou.

 

O motorista da plataforma Lyft James W.Bode estava circulando pelas ruas da cidade de Catasauqua. De acordo com o que divulgou o jornal DailyMail, a mulher, identificada como Jackie Harford, ficou surpresa com a aparência do motorista. "Uau, você é tipo um cara branco. Você é um cara branco!"

 

No início, o motorista parece não acreditar no teor da declaração e pede para Jackie repeti-la. E ela responde: "Você é tipo um cara normal. Você fala inglês".

 

De acordo com o que divulgou o Portal UOL, assim que percebe que o motorista se ofendeu, a mulher começa a se desculpar e a dar leves tapas em seu ombro tentando amenizar a situação, ma so motorista se torna irredutível. "Não, você pode sair do carro." E acrescenta: "Isso é completamente inadequado. Se alguém que não fosse branco estivesse sentado neste banco, qual seria a diferença?" Indignada com a expulsão, Jackie responde: "Você está falando sério?"

 

A mulher rebate as críticas, mas o motorista continua. "Tudo bem, eu não vou realizar a corrida, vocês podem sair", O casal então xinga  e ameaça o motorista, que aproveitou para gravar as agressividades. Em um dos trechos do vídeo, o  marido da mulher o ameaça. "Eu poderia lhe dar um soco na cara".

 

"Cai fora daqui", gritou. "Estou chamando a polícia para você cara, está tudo na câmera. Está tudo na câmera", finalizou. 

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Ao menos 13 capitais têm manifestações por justiça a Moïse

Atos por justiça por Moïse Kabagambe, 24, congolês espancado até a morte em um quiosque no Rio de Janeiro, reuniram neste sábado (5) manifestantes em ao menos 13 capitais do país.
 

Os protestos aconteceram em Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Goiânia, Natal, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo.
 

No Rio, a mãe de Moïse, Lotsove Lolo Lavy Ivone, 43, mãe de Moïse, fez um curto discurso emocionada em frente ao quiosque onde o filho foi assassinado.
 

"Vamos pedir justiça até o final", disse ela.
 

De acordo com o comando do policiamento local, cerca de mil pessoas estavam presentes ao ato às 10h30. Os manifestantes fecharam as duas pistas da avenida Lucio Costa, na altura do quiosque local do crime. Havia bandeiras de centrais sindicais, movimentos sociais e partidos políticos.
 

Um grupo demonstrou intenção de destruir o quiosque Tropicália. A iniciativa foi interrompida após a mãe de Moïse pedir calma. Apenas o letreiro do estabelecimento foi retirado e quebrado.
 

Neste sábado, a Prefeitura do Rio de Janeiro A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que o quiosque irá se tornar um memorial em homenagem à cultura africana.
 

Em São Paulo, o protesto reuniu imigrantes e ativistas na região da avenida Paulista.
 

O ato começou por volta das 10h, de forma tímida e pacífica, com dezenas de pessoas. Os manifestantes ocupavam apenas o vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Aos poucos, o movimento ganhou adeptos e a via, no sentido centro, precisou ser bloqueada.
 

Em Salvador, manifestação no Pelourinho contou com a presença de integrantes do grupo Olodum.
 

Em Goiânia, o protesto reuniu a comunidade africana da capital do estado.
 

O crime Moïse foi morto na noite do dia 24 de janeiro a pauladas por três homens que também trabalhavam em estabelecimentos da orla da Barra.
 

Aleson Fonseca, 27, Brendon da Silva, 21, e Fábio Pirineus da Silva, 41, foram presos temporariamente por 30 dias na terça-feira (1º).
 

As imagens do quiosque Tropicália mostram Moïse discutindo com um funcionário do local. O congolês, em determinado momento, abre um freezer, o que aumenta a confusão.
 

De acordo com esse funcionário, Moïse estava bêbado e queria pegar cerveja de graça, o que originou a discussão entre os dois. A mesma versão foi dada por Aleson Fonseca, um dos suspeitos do crime.
 

Os três suspeitos trabalham em quiosques e barracas da praia da Barra da Tijuca. Eles afirmaram que foram proteger o funcionário do Tropicália e iniciaram as agressões.
 

Familiares do congolês disseram à imprensa que ele foi cobrar uma dívida no quiosque. Contudo, esse tema não é mencionado em nenhum depoimento dado à polícia, nem mesmo nas falas dos parentes da vítima.
 

A polícia ainda investiga para esclarecer a motivação do crime. Não há indícios, até o momento, de um mandante do homicídio.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/151882-ao-menos-13-capitais-tem-manifestacoes-por-justica-a-moise.html

domingo, 22 de novembro de 2020

MPF quer que supermercado adote política contra racismo e idenize família da vítima


 O Ministério Público Federal (MPF) defendeu que o Carrefour adote uma política adote medidas de compliance em toda a rede para o combate do racismo e afirmou que a família de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte em uma loja da varejista em Porto Alegre, seja idenizada pelo episódio violento. 

 

João Alberto fazia compras com a esposa no Carrefour na última quinta-feira (19), quando saiu da loja e foi abordado no estacionamento por dois seguranças de uma empresa terceirizada que presta serviços para o supermercado.

 

A vítima, um homem negro, recebeu chutes e socos por mais de cinco minutos e não resistiu. Todo o episódio chegou a ser registrado por uma câmera de celular.

 

De acordo com o MPF, o Carrefour precisa adotar “medidas concretas” em prol dos direitos humanos e treinar, capacitar e qualificar empregados e agentes terceirizados contra práticas racistas. 

 

Conforme noticiou a Veja, o objetivo maior, diz o Ministério Público, é combater o racismo institucional e estrutural presente na sociedade brasileira. Procuradores também defenderam que a rede de supermercados e a empresa de segurança privada Vecton promovam medidas corporativas para que não haja novas violações aos direitos humanos.

 

“A morte de João Alberto Silveira Freitas, às vésperas do Dia da Consciência Negra, espancado até a morte nas dependências do supermercado Carrefour, em Porto Alegre-RS, deve resultar na aplicação das sanções penais cabíveis, na reparação civil dos danos causados aos familiares da vítima e nas demais consequências jurídicas previstas pela legislação, inclusive no campo das relações de trabalho”, diz a nota do MP, assinada pelo subprocurador-Geral da República e procurador federal dos Direitos do Cidadão Carlos Alberto Vilhena e por membros do Ministério Público que atuam em grupos de trabalho de combate ao racismo e de promoção dos direitos humanos.

 

O MPF apresentou ainda dados que demonstram o impacto da violência sobre a população negra. As informações revelam que a cada 21 minutos um jovem negro é assassinado no país. Além disso, negros e pardos representam quase dois terços da população carcerária do país e têm 2,7 vezes mais chances de serem vítimas de assassinato do que uma pessoa branca. Em 2019, mais de 35 mil pessoas negras foram mortas no Brasil.

 

"Coibir práticas e abordagens violentas, abusivas, desproporcionais, agressivas e letais – especialmente contra pessoas negras, alvos preferenciais das forças de segurança, sejam públicas ou privadas – é um dever do Estado e das empresas. Os tomadores de serviços são responsáveis pelas atitudes de viés violento, preconceituoso, racista e violadoras de direitos resultantes de atividades de segurança privada", disse o MPF ao se pronunciar sobre o caso e alegar que o Carrefour deve ser responsabilizado pela atuação dos seguranças terceirizados que espancaram João Alberto.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/254599-mpf-quer-que-supermercado-adote-politica-contra-racismo-e-idenize-familia-da-vitima.html

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Juíza usa argumento racista ao condenar homem negro: 'criminoso, em razão da raça'

A juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, usou argumento racista em uma sentença na qual condenou sete pessoas por organização criminosa. Ao se referir a um dos réus, Natan Vieira da Paz, homem negro de 42 anos, ela disse, três vezes, que ele seria "seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça". 

"Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)", disse a magistrada na sentença que condenou Natan a 14 anos e dois meses de reclusão. 

A decisão que relacionou a participação de Natan em crimes a sua raça foi proferida em junho, mas ganhou repercussão após a advogada Tahyse Pozzobon postar trecho da sentença nas redes sociais. Segundo ela, a associação feita pela juíza revela o "racismo ainda latente na sociedade brasileira".

“Associar a questão racial à participação em organização criminosa revela não apenas o olhar parcial de quem, pela escolha da carreira, tem por dever a imparcialidade, mas também o racismo ainda latente na sociedade brasileira. Organização criminosa nada tem a ver com raça, pressupor que pertencer a certa etnia te levaria à associação ao crime demonstra que a magistrada não considera todos iguais, ofendendo a Constituição Federal”, escreveu a advogada na postagem.


Na sentença, a juíza argumenta ainda, que a pena de Natan foi elevada por causa de sua "conduta social". Entretanto, no mesmo documento, escreveu que ele é réu primário e que "nada se sabe" da sua "conduta social". Segundo o G1, o Tribunal de Justiça do Paraná informou que a Corregedoria Geral de Justiça abriu processo administrativo para apurar o caso.


Em nota, a juíza pediu "sinceras desculpas" e afirmou que as palavras foram retiradas de contexto. "A respeito dos fatos noticiados pela imprensa envolvendo trechos de sentença criminal por mim proferida, informo que em nenhum momento houve o propósito de discriminar qualquer pessoa por conta de sua cor. [...] O racismo representa uma prática odiosa que causa prejuízo ao avanço civilizatório, econômico e social", diz trecho do posicionamento divulgado pela magistrada.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/251641-juiza-usa-argumento-racista-ao-condenar-homem-negro-criminoso-em-razao-da-raca.html

sábado, 8 de agosto de 2020

Motoboy sofre ofensas racistas de morador de condomínio de luxo em São Paulo; veja vídeo

Um entregador de alimentos foi fazer uma entrega em um condomínio de luxo e sofreu ofensas racistas de um dos moradores. Nas imagens, é possível ver que o morador xinga bastante o cidadão que foi fazer a entrega e, ainda, aponta para a própria pele e diz que o profissional tem 'inveja', da pela branca dele. O caso aconteceu na cidade de Valinhos, Região Metropolitana de Campinas, no Estado de São Paulo.

Confira o vídeo

Fonte: https://tvjornal.ne10.uol.com.br/o-povo-natv/2020/08/07/motoboy-sofre-ofensas-racistas-de-morador-de-condominio-de-luxo-em-sao-paulo-veja-video-193037

terça-feira, 16 de junho de 2020

STJ nega pedido de liminar da Rede para afastar Sérgio Camargo da Fundação Palmares



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liminar de mandado de segurança da Rede Sustentabilidade, no qual o partido pedia o afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a decisão é da ministra Regina Helena Costa, relatora do processo.

O pedido do afastamento de Camargo se deu após ele classificar o movimento negro como “escória maldita” que abriga “vagabundos”, e chamar Zumbi de “filho da puta que escravizava pretos”, em uma reunião privada realizada em abril com diretores da fundação.

Sérgio Camargo tem se envolvido em reiteradas polêmicas desde que o presidente Jair Bolsonaro lhe concedeu o cargo, em novembro de 2019. Ele chegou a ter a nomeação suspensa em dezembro de 2019, por conta de declarações do tipo, mas foi reconduzido pelo STJ em fevereiro deste ano, a pedido da Advocacia-Geral da União.

Bolsonarista, Camargo nega o racismo e chegou a afirmar que a escravidão foi benéfica para o Brasil. Mais recentemente, foi acusado de censurar o site da Fundação Palmares, tendo ordenado a exclusão de materiais sobre líderes negros históricos. Dentre os textos censurados estão artigos sobre Zumbi dos Palmares, Carolina de Jesus, Luís Gama e André Rebouças.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/cultura/noticia/37944-stj-nega-pedido-de-liminar-da-rede-para-afastar-sergio-camargo-da-fundacao-palmares.html

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Apoio a movimento antirracismo cresce após morte de George Floyd, diz pesquisa



O apoio dos americanos ao movimento contra o racismo "Black Lives Matter" (vidas negras importam) aumentou desde o início dos protestos pela morte de George Floyd e superou 50% nas últimas duas semanas, revela uma pesquisa.

Floyd, um ex-segurança de 46 anos, morreu no dia 25 de maio depois de ter o pescoço prensado contra o chão pelo joelho de um policial em Minnesota. As imagens e a voz estremecida de Floyd foram compartilhadas na internet e causaram comoção e revolta, com uma onda de protestos que se espalhou por dezenas de cidades dos EUA e outras partes do mundo.

Segundo levantamento da agência de pesquisas online Civiqs com mais de 106 mil pessoas, a maioria (53%) é favorável ao "Black Lives Matter", uma diferença de 28 pontos percentuais para os que são contrários. Em 24 de maio, antes da morte de Floyd, a margem era de 17 pontos percentuais (45% a favor e 28% contrários). No recorte por perfis, o apoio é maior entre os negros (86%) do que entre brancos (45%). Entre eleitores do Partido Democrata, é de 87%. Já os do Partido Republicano são, em sua maioria, contrários ao movimento, mas a diferença entre os que o apoiam (14%) e os que não (54%) é menor do que há duas semanas (40 pontos, contra 51 de 24 de maio).

Os dados mostram ainda que mulheres são mais favoráveis ao "Black Lives Matter" do que homens (60% de apoio delas, contra 45% deles). Os mais jovens também têm uma visão mais positiva do movimento dos que os mais velhos: apoio de 66% na faixa etária de 18 a 34 anos e de 47% na faixa de 50 a 64 anos, por exemplo.

Outras pesquisas sugerem que os protestos tiveram impacto nas crenças dos americanos, mudando algumas delas. De acordo com estudo da Monmouth University, a maioria (57%) dos entrevistados acredita que há uma maior tendência ao uso da força excessiva por policiais contra pessoas negras. Em 2016, só 34% disseram o mesmo.

O levantamento mostra também que 57% acreditam que a raiva por trás das manifestações foi plenamente justificável e 21%, que é de alguma maneira justificável. Além disso, 76% deles consideram o racismo e a discriminação "um grande problema", 25 pontos percentuais a mais do que em 2015.

Segundo outra pesquisa, um levantamento semanal do Democracy Fund-U.C.L.A/Nationascape, cresceu o número de pessoas nos EUA que têm visão desfavorável da polícia e que acreditam que os afro-americanos sofrem muita discriminação.

A morte de Floyd foi lembrada em atos na África, na Ásia, na Europa e também no Brasil. Durante a primeira semana de manifestações, foram registrados incêndios em carros e prédios, saques e conflitos com policiais de costa a costa nos EUA. O mesmo ocorreu em cidades europeias.

Em Bruxelas, no domingo, houve confrontos na repressão a saques e quebra-quebras, após manifestação pacífica. Nas redes sociais, há vídeos de uma menina de três anos atingida por gás lacrimogêneo e de policiais imobilizando um homem com o joelho, a mesma tática que provocou a morte de Floyd.

Também há imagens de grupos de pessoas jogando pedras na polícia, quebrando vitrines e saqueando lojas. Nos últimos dias, entretanto, os atos seguem, em sua maioria, pacíficos.

As manifestações levaram autoridades a repensar a atuação da polícia. Nesta terça, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, acompanhando decisão tomada pela cidade de Minneapolis, onde Floyd foi morto, anunciou a elaboração de um decreto para proibir estrangulamentos.

O Congresso dos EUA debate uma lei para reformar o sistema policial. A proposta, encabeçada por democratas, inclui a criação de um registro nacional sobre má conduta policial e de meios para tornar mais fácil a penalização de agentes acusados de más práticas.

Para que a proposta de lei seja aprovada, entretanto, será necessário apoio dos republicanos, maioria no Senado, o que não deve acontecer. Parlamentares do partido, sem dar detalhes, afirmaram estar trabalhando em um projeto próprio sobre o tema.

Em outro movimento, monumentos em homenagem a figuras históricas que enriqueceram com o comércio de escravos negros são questionados. Em Bristol, na Inglaterra, manifestantes derrubaram uma estátua de um escravocrata. Um protesto em Oxford pede a retirada de um monumento similar.

Agora, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, ordenou uma revisão das estátuas e dos nomes das ruas locais.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/82086-apoio-a-movimento-antirracismo-cresce-apos-morte-de-george-floyd-diz-pesquisa.html

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Autópsia revela que George Floyd tinha sido contaminado pelo coronavírus



A autópsia de George Floyd, homem negro assassinado por um policial em Minneapolis, nos Estados Unidos, revelou que ele contraiu o coronavírus e chegou a receber o diagnóstico da doença no dia 3 de abril.

Apesar do diagnóstico, não há evidência concreta de que a covid-19 tenha contribuído para a sua morte. Ele não apresentava sintomas quando o agente Derek Chauvin o asfixiou  ao pressionar o joelho em seu pescoço.

O documento de 20 páginas também revelou que Floyd tinha uma doença cardíaca e um histórico de problemas com pressão alta. Além disso, o relatório apontou vestígios moderados de metanfetamina e fentanil (um tipo de opioide usado para dor).

O assassinato de Floyd durante uma ação da polícia gerou uma série de protestos nos Estados Unidos e em outros países.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/249379-autopsia-revela-que-george-floyd-tinha-sido-contaminado-pelo-coronavirus.html

terça-feira, 2 de junho de 2020

'É preciso coragem para reconhecer e corrigir', diz Ivete ao se posicionar contra o racismo



Em um momento em que as questões raciais provocam grandes manifestações em todo mundo, principalmente nos Estados Unidos e no Brasil, a cantora Ivete Sangalo utilizou as redes sociais, nesta terça-feira (2), para se posicionar contra o racismo. As declarações da artista foram publicadas através de um texto em sua conta no Instagram. 

“Jamais sentirei ou saberei o que é uma condenação infundada pela cor de pele. Jamais saberei o que é não ter privilégios pela cor da pele. Jamais terei que falar aos meus filhos que eles foram preteridos pela cor da pele”, reconheceu cantora, de início.

Em seguida, para os internautas, a cantora afirmou que “mudar é além de saber, sentir e ter um propósito” e que “primeiro é preciso assumir e reconhecer que o racismo existe”. “Parece simbólico, mas isso é algo grande e relevante. Ter um olhar atento e dinâmico e buscar fazer novas escolhas”, disse. 

Segundo Ivete, “sempre foi nossa responsabilidade, urgente e necessária, fazer com que a transformação aconteça por onde caminhamos”. Para ela, além do racismo de fato existir, “está entranhado na história do mundo, cortando como navalha a vida” das pessoas. A cantora também acredita que o racismo está dentro de casa, mas que “é preciso coragem para reconhecer e corrigir”. 

“Cabe a cada um de nós aprender, compartilhar e evoluir para que haja uma mudança real. A existência desse sentimento mesquinho e doentio é retratado de nossa involução! Estamos falando de gente! O olhar, a oportunidade, as prioridades, e acima de tudo o respeito”, continuou.  

No posicionamento, Ivete também afirmou que “nem todos querem que vivamos numa sociedade mais justa e igualitária”, e explicou que a justiça e a igualdade “é um direito de todos”, que “deve ser exercido”.

Ao término do posicionamento, a cantora destacou que é “imprescindível convocar todos aqueles que querem transformar”, reconhecendo que é “uma premissa para novos tempos” e que o “novo não é repetir o mesmo erro.” “É impossível apagar da história todo o sofrimento, mas é possível fazer um amanhã diferente”, finalizou. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/58214-e-preciso-coragem-para-reconhecer-e-corrigir-diz-ivete-ao-se-posicionar-contra-o-racismo.html

Confira:

domingo, 31 de maio de 2020

Protestos contra racismo chegam ao 5º dia nos Estados Unidos

Pelo quinto dia seguido, manifestantes voltaram a ocupar ruas de várias cidades dos Estados Unidos em protestos antirracistas após a morte do ex-segurança George Floyd, sufocado por um policial durante uma abordagem em Minneapolis. 
Na madrugada de hoje (31), os manifestantes desafiaram o toque de recolher imposto em pelo menos 25 cidades americanas, como Los Angeles e Minneapolis, o que aumentou a tensão. 
Na cidade onde Floyd foi morto, manifestantes atearam fogo em um prédio dos correios, e continuaram nas ruas, mesmo com a ordem do prefeito Jacob Frey para que voltassem para casa.
O presidente Donald Trump afirmou, no Twitter, que enviou militares para conter os protestos violentos em Minneapolis, e fez críticas ao prefeito, que é do Partido Democrata.
Em outras cidades, a maioria dos atos ocorreu de forma pacífica, mas houve episódios de confronto em cidades como Los Angeles, Chicago, Filadélfia e Nova York. Devido ao tumulto, alguns governadores já pediram reforços da Guarda Nacional.
Segundo a agência Associated Press, desde o início dos protestos até o começo da madrugada deste domingo, 1,4 mil pessoas foram presas em 17 cidades dos EUA.
Fonte:https://www.metro1.com.br/noticias/mundo/92725,protestos-contra-racismo-chegam-ao-5o-dia-nos-estados-unidos

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Presidente do Olodum denuncia caso de racismo pela produção do Planeta Band

Presidente do Olodum denuncia caso de racismo pela produção do Planeta Band

O presidente do Olodum João Jorge Rodrigues publicou em sua página oficial do Facebook, neste domingo (5), uma denúncia de racismo sofrida por um homem no camarote Planeta Band na última sexta-feira (13). De acordo com o relato da pessoa identificada como Leandro Oliveira, que se apresentou no texto como advogado e compositor, ele teria sido impedido de entrar no camarote mesmo vestido com a camisa da estrutura. Ainda segundo o relator, outras pessoas de pele branca não contaram com os mesmos empecilhos para acessar o espaço VIP. Os seguranças teriam exigido o ingresso a Leandro e ainda perguntado, depois de negativas, “Você conseguiu com quem essa camisa nego? Essa camisa é só para convidado”. Ainda segundo o depoente, ele chegou a ser cercado pelos seguranças e passou por momento considerado por ele “vexatório e constrangedor”. “Fiquei quase 50 minutos para conseguir entrar em quanto (sic) centenas de pessoas, não negras passavam sem qualquer apresentação de ingresso. Quando eu me apresentei como advogado e mostrei o ingresso a (sic) equipe de produção tentou ocultar o crime racismo pedido para as outras pessoas apresentarem o ingresso. Porém já era tarde de mais, pois foi tudo filmado por uma colega que estava no local e presenciou o ocorrido”, escreveu o relator, que disse ter chegado a registrar boletim de ocorrência quanto ao caso. Situações do tipo podem ser denunciadas à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). Confira abaixo o depoimento na íntegra:

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/167676-presidente-do-olodum-denuncia-caso-de-racismo-pela-producao-do-planeta-band.html

terça-feira, 29 de abril de 2014

Faustão se defende da acusação de racismo ao vivo: “Palhaçada”

Farto das acusações de racismo contra a dançarina da cantora Anitta, Arielle, Fausto Silva soltou o verbo durante seu programa no último domingo (27), rebatendo todas as críticas sobre o assunto e foi aplaudido de pé pela plateia que o assistia. 
O apresentador se defendeu e disse que tudo não passou de uma brincadeira mal interpretada. No último dia 20 de abril, a cantora Anitta se apresentou no palco do programa junto de seus bailarinos, entre eles Arielle, e durante o desenrolar da atração Faustão teria dito que a dançarina tinha “cabeço de vassoura de bruxa”, o que gerou muita polêmica.
"Brinquei com o cabelo dela como faço com a Ivi [Pizzott, dançarina do programa], com a minha própria roupa. Ela tinha um cabelo vermelho e volumoso, disse que parecia vassoura de bruxa. Algumas pessoas começaram a achar que aquilo foi racismo. Não foi. Até porque ninguém mais do que eu fala todo domingo que caráter, competência e talento não têm nada a ver com cor da pele, opção sexual, religiosa ou partido político", desabafou o apresentador.
"Eu brinco muito com os que trabalham comigo. E aqui trabalham comigo gente da raça negra, há mais da metade da minha carreira. Há mais de 20 anos. Será que estariam se fossem tão desrespeitados? A Mara, a Michael Jackson [animadora de plateia], vem aqui todo domingo há 25 anos, se fosse desrespeitada, estaria aqui? O Fábio Porchat já até escreveu sobre isso. O país está perdendo a graça por assuntos sérios. Não venham fazer palhaçada com isso", completou Fausto.