De secretário de estado à governador da Bahia foram pouco mais
de seis meses. Rui Costa (PT) é o novo governador da Bahia, apuradas
mais de 90% das urnas da Bahia. Ele obteve, até o momento, 54% dos votos
- a diferença entre ele e os demais adversários não pode mais ser
alcançada, porém matematicamente ainda não é possível assegurar a
vitória, ainda que o petista tenha concedido entrevista coletiva na
condição de governador eleito. Indicado pelo governador Jaques Wagner,
Rui desbancou outros petistas históricos, como José Sérgio Gabrielli e
Walter Pinheiro, e entrou pouco acreditado nas hostes do próprio partido
e também pela oposição. Acabou eleito, há pouco, governador da Bahia,
no primeiro turno, repetindo o desempenho de Wagner em 2006, quando
derrotou o mesmo adversário, o ex-governador Paulo Souto (DEM), que
obteve menos de 40% dos votos até o momento. Começou derrotando
internamente Gabrielli, Pinheiro e Luiz Caetano. Depois vivenciou o
clima de disputa para saber quem seria seu vice. Acabou tendo João Leão
(PP) como segundo no comando. Ao lado de Otto Alencar (PSD), eleito
senador pela chapa, Rui derrotou Souto que, durante todo o processo
eleitoral, aparece à frente nas pesquisas eleitorais. A ascensão dele
foi ancorada nas figuras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da
presidente Dilma Rousseff e do governador Jaques Wagner. E de secretário
da Casa Civil, Rui acabou dando entrevista coletiva como governador
eleito já no Palácio de Ondina.
O vice-governador Otto Alencar (PSD) foi escolhido por 55% dos
eleitores baianos para ser o novo representante do estado no Senado
Federal, com 80,72% das urnas apuradas - a diferença impede que ele seja
alcançado pelos adversários. Otto, que integra a chapa governista,
ficou em segundo lugar nas pesquisas, porém ultrapassou Geddel Vieira
Lima (PMDB) no último levantamento divulgado neste sábado (4), o
primeiro em que apareceu à frente. Ex-governador e ex-vice-governador,
Otto foi também conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM)
antes de retomar a carreira política, depois de deixar a esfera de
influência do DEM, partido ao qual foi filiado, e se aproximar do PT.
Derrotou, além de Geddel, que até o momento detém 34,73%, a ex-ministra
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, que ficou com
9,02%.
Sujeira na Creche, Colégio Luís Coelho e Amália Magalhães com propaganda eleitoral
Fotos dentro do Colégio Luís Coelho
Hoje pela manhã visitei algumas escolas eleitoral e percebi o bom andamento das eleições na cidade de Inhambupe, o que muitos notaram foram a sujeira eleitoral.
Quem já saiu para votar ou para dar uma volta pela cidade percebeu que o
cenário nas ruas mudou: hoje há muitos papéis no chão e sujeira. São os
chamados santinhos dos candidatos que foram jogados durante a
madrugada, especialmente em frente aos locais de votação. Veja o vídeo abaixo na frente da Escola Municipal Amália Magalhães:
O candidato do Psol ao governo do estado, Marcos Mendes, votou
no final da manhã deste domingo (5) na Escola Abrigo dos Filhos do Povo,
no bairro da Liberdade. Acompanhado de militantes do partido e de sua
esposa, o psolista voltou a criticar o financiamento privado de
campanhas. "Eu acho que isso tem que acabar. Tem que ter financiamento
público e fiscalizado. O Iuperj [Instituto Universitário de Pesquisas do
Rio de Janeiro] fez um estudo com as 10 principais empresas que
financiam campanhas e eles informaram que elas conseguiram 20 vezes mais
do que aplicaram em campanhas depois de dois anos", criticou o
candidato. Marcos Mendes também afirmou que, entre vários temas de
campanha, a questão do meio ambiente ficou marginalizada. "Nós apontamos
contaminações de pessoas em Santo Amaro, Caetité e Bom Jesus da Serra,
com amianto e urânio. É esse o tipo de desenvolvimento que eles querem
continuar?", indagou o candidato. No final, Marcos Mendes voltou a
criticar também as pesquisas eleitorais: "É uma forma de induzir o voto
útil e tira boas candidaturas do páreo", afirmou.
O candidato a governador Rui Costa (PT) votou às 11h no Colégio
Duque de Caxias, na Liberdade. A zona eleitoral estava bastante cheia, o
que dificultou um pouco a chegada do petista à sua seção. Acompanhado
do candidato a vice-governador, João Leão (PP), de alguns candidatos a
deputados e de sua família, Rui votou com sua filha caçula, Marina, de 1
ano e 5 meses, no colo. "A pesquisa demorou para perceber o que a gente
via nas ruas. A gente já via o crescimento que se mantinha em todos os
lugares da Bahia", disse o candidato sobre a última pesquisa Ibope,
divulgada neste sábado (4). Mesmo em cidades em que há perspectiva de
vitória do candidato Paulo Souto (DEM), ele acredita que na vitória.
O deputado Marcelo Nilo (PDT) segue confiante na vitória do
candidato ao governo da Bahia Rui Costa (PT). Para ele, os resultados
que o Ibope apresenta no estado devem ser avaliados. Paulo Souto (DEM) e
Rui Costa estavam empatados na última pesquisa de intenção de voto apresentada,
neste sábado (4). "Eu acho que o Ibope tem que ser processado na Bahia,
porque, em toda eleição, ele coloca o candidato da TV Bahia lá em cima e
depois vai baixando aos poucos numa clara demonstração que ele escolhe
lados aqui na Bahia. Eu estou convencido que Rui ganha a eleição no
primeiro turno", declarou ao Bahia Notícias. O pedetista esteve no BN,
na última sexta-feira (3), para entregar o cheque referente à sua aposta com o deputado Paulo Azi (DEM)
sobre o governo da Bahia. Enquanto Nilo acredita na vitória do
candidato Rui Costa, Azi aposta que Paulo Souto será o novo governador.
Desde o início da campanha eleitoral de 2014, o Google já foi processado
122 por candidatos e partidos para que a empresa seja obrigada a
retirar vídeos do Youtube, blogs ou outras informações, consideradas
como difamatórias. De acordo com dados da Associação Brasileira de
Jornalismo Investigativo (Abraji), o número representa 76% dos 160
processos que pedem remoção de conteúdo da internet. A associação
contabiliza as ações na Justiça contra sites, blogs e veículos de
comunicação.
Os outros 38 processos são contra empresas como o Ibope,
Editora Novo Extra, Estado de São Paulo entre outras. O Facebook pode
ter sido o site mais acionado na Justiça para remoção de conteúdos, mas a
empresa não divulga os dados de quantos processos responde na Justiça. O
PMDB é o partido que mais aciona a Justiça, como autor de 36 processos.
O candidato a governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB) foi autor de
13 ações contra o Google.
O PSDB é o autor de 30 processos contra o
Google. Entre os estados, lideram Paraná, com 28 ações (16%), e Alagoas,
com 21 (12%). O Google também é réu de sete ações impetradas por
candidatos baianos para remoção de conteúdo da internet. O candidato a
senador Geddel Vieira Lima (PMDB) é autor de três ações contra o site de
busca. O PT também acionou a empresa por três vezes, sendo que duas
petições são assinadas pelo candidato a governador Rui Costa, e uma pela
candidata a deputada federal Moema Gramacho.
O PP é autor de duas ações
contra o Google. O candidato a senador pelo PSD, Otto Alencar também
processou a empresa para remover conteúdo, assim como a candidata a
governadora pelo PSB, Lídice da Mata. No geral, os candidatos ao cargo
de governador são responsáveis por mais da metade dos processos
cadastrados contra o Google, com 94 ações.
O candidato a governado Paulo Souto (DEM) votou às 9h50 no
Colégio Pedro Calmon, localizado no bairro de Jardim Armação. O
candidato, mais cedo, não tinha conseguido votar, pois havia esquecido de levar um documento com foto
para o local da votação. De acordo com a coordenadora Kátia Castilho, a
serviço do Tribunal Regional Eleitora da Bahia (TRE-BA) no colégio, o
candidato não poderia votar sem um documento de identificação, pois, “da
mesma forma que a lei é aplicada para os eleitores, ela tem que ser
aplicada aos candidatos”. “A lei é clara: em dia de votação, é preciso
de documento com foto”, afirma Castilho. Segundo ela, o eleitor pode até
esquecer o título de eleitor, mas “só não pode esquecer o documento com
foto”. O candidato afirmou que agora só resta aguardar e não adianta
mais discutir pesquisas. "Essa foi a campanha mais intensa que fizemos,
visitamos muitas cidades e tivemos uma receptividade muito grande",
disse Souto, confiante.
Os três principais candidatos à Presidência da República já votaram na
manhã deste domingo (5). O candidato a presidente, Aécio Neves (PSDB)
votou na Escola Estadual Governador Milton Campos, no bairro Lurdes, em
Belo Horizonte, Minas Gerais. O candidato afirmou que a sua virada nas
pesquisas de intenção de voto sobre Marina Silva (PSB) não foi surpresa.
"É uma coisa que vejo com naturalidade. Não foi algo surpreendente",
declarou ao Estadão.
Aécio ainda acompanhou o ex-governador Antonio
Anastasia e o candidato ao governo de Minas pelo PSDB, Pimenta da Veiga,
que também votam em Belo Horizonte. A presidente Dilma Roussef, que
tenta a reeleição pelo PT, votou as 8h47 na Escola Estadual Santos
Dumont, na Zona Sul de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dilma estava
acompanhada do governador Tarso Genro, que também tenta a reeleição.
Dilma afirmou que tem trabalhado, em toda eleição, com a hipótese de
“uma eleição em dois turnos”.
A presidente preferiu não comentar se
prefere ir para o segundo turno com Aécio Neves ou Marina Silva. A
candidata Marina Silva votou em Rio Branco, no Acre, vestindo amarelo. A
candidata pelo PSB deve acompanhar a apuração dos votos em São Paulo,
onde dará uma coletiva de imprensa à noite. O candidato a Presidente
Eduardo Jorge (PV), chegou ao local de votação de bicicleta, no bairro
da Vila Madalena, em São Paulo, acompanhado do filho e do neto.
No
local, o verdista cantou o jingle de sua campanha para os jornalistas.
Ele ainda tirou ‘selfies’ com repórteres de programa de humor Pânico, da
TV Band. De lá, o candidato falou que levará o neto para um museu. A
psolista Luciana Genro votou em Porto Alegre (RS) acompanhada do
candidato ao governo do Rio Grande do Sul Roberto Robaina, no final da
manhã deste domingo. Antes, ela se reuniu com militantes do PSOL para um
café na sede do partido, e pela tarde, acompanhará a eleição da sede do
PSOL.
O candidato ao governo da Bahia Paulo Souto (DEM) foi impedido
de votar, nesta manhã de domingo (5), por não portar um documento com
foto. O democrata, que vota na Escola Pedro Calmon, no Jardim Armação,
foi orientado pelos mesários de sua seção eleitoral a se dirigir a
coordenação para resolver o problema. O prefeito de Salvador ACM Neto
acompanhava o candidato e afirmou que o incidente aconteceu por conta de
"muita correria e muita coisa na cabeça". Para ele, a apresentação
obrigatória de um documento com foto garante mais segurança no processo
das eleições. "Esse fato vai entrar nos casos pitorescos da política da
Bahia", completou Neto. Souto retornou à sua casa para pegar seu
documento.
Recentemente, a chapa governista apelidava o Ibope por DataNeto
pelo fato de o instituto dar uma larga vantagem ao ex-senador Paulo
Souto, que vibrava e usava a vantagem em seu programa eleitoral. Ontem,
logo após resultado, a comemoração foi total da chapa de Rui Costa. Já
ACM Neto, que outrora comemorava, disparou mensagens para amigos e
correligionários desacreditando o instituto. "Meus caros, diante do
número da pesquisa há pouco divulgada, quero pedir o máximo de empenho
de cada um de vocês. Não sou de brigar com números, mas não acredito
nesse Ibope. Não acredito porque não coincide com nenhuma das pesquisas
internas. Não acredito porque fui vítima disso em 2012. Lembro que na
véspera do primeiro do primeiro turno o Ibope me colocou sete pontos
atrás do candidato do PT. E o que aconteceu? Vencemos no dia seguinte. A
história vai se repetir. Vamos a luta, venceremos com Paulo Souto e
Geddel. Um abraço forte, ACM Neto", escreveu o prefeito de Salvador. O
que os dois grupos não querem acreditar é na possibilidade do Ibope
estar certo o tempo todo, com um real crescimento de Rui Costa durante a
campanha. Ou até que o Babesp, apelidado como DataNilo, estava certo o
tempo e poucos foram os que botaram fé.
O eleitor que não quiser votar nominalmente em um candidato a
deputado estadual ou federal pode votar no partido. De acordo com o
advogado eleitoral Nixon Filho, o eleitor pode dedicar seu voto a
legenda partidária ou coligação, digitando apenas os dois números da
agremiação. “O voto na legenda são votos dados exclusivamente nos
partidos. O eleitor digita apenas dois números na urna e confirma. O
voto na legenda não representa nominalmente um candidato. Ele é um voto
para fazer o coeficiente eleitoral, dando uma força para o partido
formar sua bancada”, explica o especialista. Ele diz que, no caso da
Bahia, os deputados disputam 63 vagas na Assembleia Legislativa. O
coeficiente é aplicado para dividir o número de vagas que cada
partido/coligação terá na Casa. “Ao final da votação, se pega todos os
votos válidos e divide pelo número de vagas que tem na Assembleia. Com
esse cálculo, você chega ao número do coeficiente eleitoral, do tanto de
votos que o partido precisa ter para fazer um candidato eleito”,
esclarece. Diante disso, nem sempre o candidato mais votado pode ser
eleito. Para Câmara dos Deputados, os candidatos a deputado federal
baianos disputam 39 vagas. O cálculo para formação da bancada baiana no
Congresso Federal segue a mesma fórmula aplicada para Assembleia
Legislativa. A partir do momento em que fica definido quantas cadeiras
cada partido/coligação terá, se resgata o número de votos individuais
que cada candidato ganhou, e o preenchimento é das vagas é feito pelos
mais votados.
Como é o poder nos estados Em nível regional, os eleitores escolherão governador, seu respectivo
vice e os deputados estaduais. Governador é o mais alto cargo do Poder
Executivo nos estados. Cabe a ele cuidar da administração e representar
politicamente o estado. É ainda de sua responsabilidade propor leis
estaduais que serão votadas nas assembleias legislativas, bem como
distribuir os investimentos entre os municípios. No regime político brasileiro, o governador tem autonomia para
organizar um secretariado que trata das mais variadas questões de seu
estado. Em nível regional, ele pode tomar diversas decisões e oferecer
projetos de lei estaduais, desde que esses não firam os princípios
postulados pela Constituição Federal. Caso não administre bem as
finanças de seu estado, o governador pode ser julgado por crime de
improbidade. É eleito o candidato a governador que obtiver em primeiro turno 50%
mais um dos votos, ou seja maioria absoluta. Caso esta condição não seja
satisfeita os dois mais votados concorrem no segundo turno, sendo
eleito o candidato que conseguir maioria simples, ou seja, maior votação
entre os dois concorrentes. Os eleitores também escolherão os deputados estaduais. No caso do
Estado do Rio, são 70. Estes parlamentares têm atribuições semelhantes a
de seus colegas federais, só que em nível regional. São suas
atribuições propor e criar leis estaduais seguindo definições impostas
pela constituição, bem como fiscalizar a atuação do governador. De todos os cargos do Poder Legislativo em disputa nesta eleição, o
de deputado estadual é o que está mais perto das necessidades da
população. Na Assembleia Legislativa são discutidos repasses de recursos
e leis que beneficiam diretamente os moradores do estado. Os deputados estaduais - assim como os federais - são eleitos pelo
sistema proporcional. A soma de todos os votos válidos - dados aos
candidatos e à legenda - são divididos pelo total de vagas, definindo
assim os ocupantes.
Presidente - Conduz a política econômica do País - Edita medidas provisórias com força de lei em caráter de urgência - Aplica as leis aprovadas - Mantém relações com Estados estrangeiros e indica seus representantes diplomáticos - Pode decretar o estado de defesa e o estado de sítio - Pode decretar e executar intervenção federal - Exerce comando supremo das Forças Armadas, nomeia comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promove seus oficiais-generais e pode nomeá-los para os cargos que lhe são privativos - Pode declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, quando autorizado pelo Congresso ou referendado por ele
Senador - Mantém o equilíbrio federativo entre os estados - Fiscaliza o Governo Federal - Autoriza a nomeação de representantes do Judiciário ou de órgãos estatais indicados pelo presidente - Pode propor, mudar ou anular leis
Deputado federal - Fiscaliza os atos do Governo Federal -
Pode autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o presidente e o vice-presidente da República e os
ministros de Estado - Propõe emendas para destinação de verbas para os seus estados - Pode propor, mudar ou anular leis
Deputado estadual - Fiscaliza os atos do Governo estadual - Pode autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra membros do Executivo Estadual - Propõe emendas para destinação de verbas para suas regiões - Pode propor, mudar ou anular leis estaduais
Governador - Propõe e executa políticas públicas para o estado - Mantém controle das polícias Militares e Civis - Pode propor novas leis - Distribui o orçamento conforme a necessidade de cada região