Clique na imagem que aumenta e confira os dados do MEC.
Fonte: MEC
Brasília - Dos 5.404 municípios avaliados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 84,9% atingiram as metas estabelecidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no ano passado, levando em conta as séries iniciais do ensino fundamental das escolas da rede pública.
O Ideb foi criado em 2005 para medir a qualidade do ensino público no país e é calculado a cada dois anos, levando em conta as notas da Prova Brasil e os índices de reprovação. O Inep estabeleceu metas de qualidade que devem ser atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas escolas. O objetivo é que a média nacional chegue a 6 em 2021.
Em 2009, 50,2% das cidades ficaram acima da média nacional, que foi de 4,6 pontos, em uma escala de 0 a 10. Na avaliação anterior, em 2007, 47% dos municípios haviam conseguido superar a média, que era de 4,2 pontos.
O pior resultado da avaliação realizada no ano passado foi registrado pelo município de Apuarema, com nota 0,5. A cidade fica no sul da Bahia, a 320 quilômetros de Salvador. A secretária de Educação do município, Zaira dos Santos, mostrou-se surpresa com o resultado, mas não quis comentar os motivos do baixo desempenho.
A nota mais alta foi no município paulista de Cajuru, no nordeste do estado, a 360 quilômetros da capital. Lá, a média das notas das escolas da rede pública ficou em 8,6.
Dos 11 municípios com as piores notas nas séries iniciais do ensino fundamental, seis estão na Bahia, dois no Piauí, dois na Paraíba e um no Pará. Dos 13 municípios com as notas mais altas, sete estão em São Paulo, cinco em Minas Gerais e um no Rio Grande do Sul.
Para o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Carlos Eduardo Sanches, a melhora nos resultados, especialmente nas séries iniciais, é reflexo de fatores como o estímulo à frequência na educação infantil, com maior investimentos, e a implantação do ensino fundamental de nove anos, que aumenta o tempo para a alfabetização, garantindo melhor desempenho na trajetória escolar.
Segundo ele, as regiões com melhor desempenho no Ideb são aquelas que contam com uma boa infraestrutura de prédios, biblioteca e acesso à internet, além de melhores salários e carreira adequada. "Quando há esses insumos, é possível colher resultados melhores. Há uma relação direta entre padrão mínimo de qualidade e resultado do Ideb. Isso está comprovado pela terceira vez", avalia o dirigente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou os números da Educação no país e lembrou que o Ideb cresceu no ano passado acima da expectativa do governo.
"O Ideb subiu para 4,6 em 2009 e nossa proposta para o período era de 4,2. Portanto, nós ultrapassamos em muito a meta", disse durante o programa Café com Presidente desta segunda-feira.
Lula disse que a educação no país está mudando e citou como exemplo o Programa Universidade Para Todos (ProUni). "Conseguimos, por meio do ProUni, formar mais de 425 jovens em medicina, que vão prestar um serviço extraordinário, tentando aperfeiçoar e melhorar o atendimento à saúde no nosso país", disse. “É mais gente entrando na universidade, mais gente tendo a escola e cada vez de melhor qualidade”, completou.
O presidente está em viagem pela África onde participa, no fim de semana, da cerimônia de encerramento da Copa do Mundo 2010.
Fonte: Brasil atual
Brasília - O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) subiu de 4,2 pontos em 2007 para 4,6 em 2009, segundo divulgou o Ministério da Educação (MEC), na quinta-feira (1º). O resultado supera em 0,4 ponto a meta prevista para o ano passado (4,2).
O indicador foi criado em 2005 e funciona como um termômetro da qualidade do ensino público. O Ideb varia de zero a dez e a meta é que o país atinja a nota 6 até 2022.
O índice é aferido a cada dois anos e há metas estabelecidas para cada período. Ele é calculado com base na nota obtida pelos alunos na Prova Brasil e dos índices de reprovação. A meta prevista para as séries iniciais do ensino fundamental em 2009 era 4,2, resultado que já foi atingido em 2007. A nota 4,6 era a meta prevista para 2011.
O Ideb atribui uma nota para cada escola, assim como para as redes municipais e estaduais, que precisam cumprir metas bienais para melhorar a qualidade do ensino. É a partir dessas avaliações que é calculada a média nacional.
O ministério também atribui um Ideb para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Nas séries finais do ensino fundamental, o indicador subiu de 3,8 em 2007 para 4,0 em 2009. A meta para o ano passado era 3,7.
Já no ensino médio, o crescimento foi menor. O Ideb passou de 3,5 em 2007 para 3,6 em 2009. Mas atingiu a meta prevista para o período, que era de 3,5 pontos. Na próxima semana o MEC vai divulgar o Ideb dos estados, municípios e escolas.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para as escolas e redes de ensino poderão ser revistas a partir da próxima avaliação, já que os objetivos têm sido antecipados nas duas últimas edições do índice.
"Entendo que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela avaliação) pode convidar um grupo de pesquisadores para começar a avaliar a necessidade e a oportunidade de fazer isso agora", disse.
Mas, segundo ele, as metas nacionais do índice não devem ser alteradas por enquanto. "Temos que ter um pouco mais de cautela, porque o esforço para melhorar é cada vez maior e vai exigir mais ciência, mais interação entre os entes federados para que possamos atingir os nossos objetivos", disse.
Os números do Ideb, divulgados hoje pelo Ministério da Educação, mostram que o índice no ano passado foi de 4,6 para os anos iniciais do ensino fundamental, meta prevista para 2011. Em 2007, o Ideb foi de 4,2, que era a meta de 2009. Em 2005, quando foi criado, a média nacional foi de 3,8 pontos (em uma escala de 0 a 10) para os primeiros anos do ensino fundamental.
O Plano de Desenvolvimento da Educação estabelece a meta de que o Brasil atinja a nota 6 no Ideb até 2022 - média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável à dos países desenvolvidos. Para Haddad, apesar de estar longe de suas metas, o país está no caminho certo.
"Temos condição de, mantido esse passo, cumprir a cada dois anos as metas de qualidade e chegar em uma situação confortável em 2021, quando teremos uma educação na qual a média de proficiência das crianças equivale à das crianças dos países mais desenvolvidos do mundo", avaliou.
O Ideb mede a qualidade do ensino oferecido pelas escolas públicas com base na nota da Prova Brasil e nos índices de reprovação. No ano passado, a Prova Brasil foi aplicada nos anos iniciais do ensino fundamental em 5.467 municípios para 2,5 milhões de alunos. Nos anos finais, a prova foi aplicada em 5.498 municípios para 2 milhões de alunos. Também participaram da avaliação 56,3 mil alunos do 3° ano do ensino médio em 750 escolas.
Haddad disse que o crescimento das notas do Ideb pode diminuir um pouco daqui para frente, mas isso já foi previsto pelo Inep. "Provavelmente observaremos daqui para a frente um crescimento um pouco mais modesto nos anos iniciais, mais forte nos anos finais e no ensino médio, que vão colher o esforço que foi feito para que as crianças tivessem um aprendizado melhor", avaliou. Segundo o ministro, o I1497289
Guilherme Adeb serve para combater as indústrias da repetência e da aprovação automática.
Em todos os níveis avaliados, o rendimento escolar, que mede a taxa de aprovação dos alunos, aumentou de 2005 para 2009. Também houve um aumento nas notas da Prova Brasil, tanto em língua portuguesa quanto em matemática.
Na próxima semana, o Ministério da Educação vai publicar no Diário Oficial da União os dados por escola e rede, abrindo prazo de 30 dias para que eventuais equívocos na remessa de dados para o Inep possam ser corrigidos.
No mesmo evento em que o novo Ideb foi divulgado, o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, disse que a parceria entre os municípios e a União é um dos grandes pontos responsáveis pelo crescimento do índice em 2009. Segundo ele, porém, apesar de importante, ainda há muito a se fazer para melhorar qualidade do ensino no país.
"A parceria entre a União e os municípios é a que mais contribui para um melhor nível nesse setor do ensino público. Além disso, as séries iniciais do ensino fundamental são as que mais recebem matrículas e profissionais."
"Não é possível dar um salto nos índices sem antes melhorar o salário dos professores, sem ter acesso contínuo à internet e sem valorizar de alguma forma a profissão da educação", continuou.
Cara aponta essas carências como um dos motivos para os baixos índices do ensino médio, que apesar de ter ficado na média, foi a área que apontou menor crescimento.
"O problema do ensino médio é que ele tem uma alta taxa de evasão e o Ideb é sensível a esse fenômeno. O que tem que acontecer é uma igual parceria entre ele (governo federal) e o estado, como ocorre ente o ensino fundamental e os municípios. Dessa forma, os índices ficarão mais equilibrados. As prioridades devem ser as mesmas", disse Cara.
Para o presidente-executivo do Movimento Todos Pela Educação, Mozart Neves, é necessário trabalhar para que o ritmo de crescimento do Ideb não pare. "Cada degrau é mais difícil que o anterior. É preciso acelerar o ritmo e continuar com esse esforço para atingir a meta de 2022 de 6 pontos. Se foi difícil subir de 4,2 para 4,6 será ainda mais difícil chegar a 4,8 ou mais".
Neves explicou que o Ideb foi uma estratégia nova de pensar a educação no Brasil porque incentivou escolas e municípios a adotarem métodos diferenciados para alcançar a qualidade. "Os números de hoje mostram que os municípios fizeram o dever de casa que os governos não fizeram anteriormente."
A vitória holandesa assegura o primeiro título da Europa fora de seu continente. Na outra semifinal, Espanha e Alemanha disputam o direito de ser a segunda seleção europeia na decisão.
Bem posicionado na defesa, e com os nervos sob controle, o Uruguai levou um gol no início do primeiro tempo, mas encontrou forças para reagir, empatar e quase virar a partida no segundo tempo. A Celeste, que não chegava tão longe num Mundial desde 1970, fez uma partida equilibrada até os 25 minutos do segundo tempo, quando sofreu um gol irregular.
Num sinal claro do desequilíbrio de forças, antes do início da partida, os fotógrafos posicionados em frente aos holandeses na hora da execução dos hinos nacionais representavam quase o dobro daqueles interessados em fotografar os uruguaios.
Mas quando a bola rolou, o Uruguai mostrou que tinha ambições na partida. Ainda que jogando com três volantes – Perez, Gargano e Arevalo –, a seleção marcava a saída de bola com cinco jogadores no campo da Holanda. Para uma seleção que evita o chutão para frente, como a holandesa, foi uma dificuldade a mais.
A primeira surpresa ocorreu logo aos 4 minutos. Robben recebeu a bola e, no lugar de fazer o de sempre, cortar para a esquerda e chutar ao gol, driblou para a direita, cruzou. Não conseguiu colocar a bola na área, mas Sneijder aproveitou, colocou na área. O goleiro Muslera soltou a bola no pé de Kuyt, que desperdiçou. A segunda surpresa, deu-se 14 minutos depois, quando o lateral-esquerdo Van Bronckhorst acertou um chute magnífico de fora da área, indefensável.
Pouco acionado, e bem marcado, Robben sofreu apenas uma falta no primeiro tempo (contra o Brasil, foram quatro), mas Gargano ganhou cartão amarelo pela entrada. A partida caiu muito depois que Cáceres tentou uma bicicleta na entrada da área holandesa, mas acertou violentamente o nariz do volante De Zeeuw, levando cartão amarelo. No momento em que o jogo estava mais morno e sem graça, Forlán recebeu uma bola pelo meio e arriscou um chute forte de fora da área, empatando a partida.
A Holanda voltou para o segundo tempo mais ofensiva, com o meia Van der Vaart no lugar de De Zeeuw. Mas quem quase marcou primeiro foi o Uruguai. Boulahrouz atrasou mal a bola, Cavani dividiu com o goleiro, Álvaro Pereira chutou para o gol vazio, mas Van Bronckhorst salvou. Aos 22, em ótima cobrança de falta, Forlan quase ampliou para os uruguaios.
Os holandeses definiram a partida na segunda vez em que a equipe foi ao ataque no segundo tempo, aos 25 minutos. Sneijder recebeu na entrada da área e chutou cruzado. Van Persie, em posição de impedimento, não tocou na bola, mas tirou o pé, o que pode ser interpretado como participação no lance. Três minutos depois, Kuyt cruzou na cabeça de Robben, que fez 3 a 1. Num bom chute de fora da área, Maxi Pereira diminuiu para os uruguaios aos 47 minutos.
Na platéia, como de hábito, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o presidente da Fifa, Sepp Blatter, e o príncipe Willem-Alexander, da família real holandesa.
Fonte: UOL
As duas listas servirão para a Justiça Eleitoral decidir se aceita ou não o registro de candidatos cujos nomes estiverem nos documentos. Entre os que integram as duas listas, estão deputados estaduais e federais candidatos à reeleição e ex-prefeitos que desejam ocupar cadeiras na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados.
Pela nova Lei da Ficha Limpa, sancionada em julho pelo presidente Lula, o candidato que tiver conta rejeitada por uma corte de conta (TCU, TCE e TCM) por dano insanável e incorrigível está inelegível por oito anos a contar da data da condenação.
Semana passada, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e uma deputada estadual de Goiás conseguiram habeas corpus para garantir o registro de duas candidaturas, mesmo tendo sido condenados judicialmente por órgãos colegiados, como determina a nova lei.
Palavra final - O corregedor do TCM, Raimundo Moreira – que levou a lista ao TRE na segunda, à tarde –, destacou que, durante o processo de análise das contas, as câmaras municipais podem contradizer o parecer prévio do TCM, aprovando o que tiver sido rejeitado pela corte e enfraquecendo a opinião do tribunal.
Por isso, cabe ao TRE a palavra final sobre o direito de se candidatar ou não de quem fizer parte das listas dos inelegíveis, tanto do TCM quanto do TCE - o que reforça o pepel institucional dos dois órgãos de fiscalização.
Fonte: http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=4724304
De acordo com a coordenação executiva da campanha do governador Jaques Wagner, a estimativa inicial é de que sejam gastos R$ 26 milhões na primeira fase do pleito. Os coordenadores ressaltam que este valor pode variar para mais ou menos. O valor é duas vezes maior do que a estimativa inicial para a campanha de 2006, quando a previsão da equipe do então candidato ao primeiro mandato foi de R$ 12 milhões.
Entre as diretrizes do programa de governo de Wagner que foram divulgadas, está o desenvolvimento democrático através do Plano Plurianual do Estado (PPA). A proposta de “crescer repartindo” também figura entre os pontos destacados no programa para a reeleição do governador. Contudo, as ações de inclusão social, através das parcerias com o governo federal, permanecem na linha de frente neste início de campanha.
No registro da candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), a estimativa de gasto é de R$ 30 milhões. Segundo a assessoria de imprensa do candidato, o programa de governo registrado ontem pela coligação está bem amarrado, sendo difícil apenas um ou dois destaques. Mesmo assim, o comando da campanha peemedebista revela que entre as prioridades do ex-ministro está um programa na área econômica para reduzir as desigualdades regionais, através da requalificação de políticas públicas nas diversas áreas da gestão estadual.
Na educação, os peemedebistas pretendem universalizar o ensino infantil, além de estimular o ensino profissionalizante. Para a segurança pública, o programa prevê a reformulação completa de todo o sistema. Ainda foi anotada a extensão do saneamento básico por todo o estado.
A definição dos programas de governo foi acelerada nos últimos dias, devido à nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que obriga os partidos a apresentar, no ato de registro das candidaturas, o programa dos candidatos ou pelo menos um resumo das propostas. A entrega aconteceu no último dia para o registro, de acordo com o calendário eleitoral.
Para eleger o ex-governador Paulo Souto, candidato do Democratas ao Palácio de Ondina, os coordenadores da campanha estimaram gastar R$ 20 milhões nesses meses que antecedem a eleição. Em 2006, a previsão de gasto foi de R$10,8 milhões. A aposta de tucanos e democratas está em mostrar que a Bahia perdeu espaço nacionalmente e que é possível retomar o crescimento.
Para tanto, a articulação da campanha elaborou um projeto denominado “Soluções”. Segundo a assessoria de imprensa do candidato, a ideia é levantar as demandas da população baiana e tentar apresentar propostas que possibilitem colocá-las efetivamente em práticas. “Rodamos diversos municípios conversando com a população. Agora, vamos intensificar as ações”, conta o candidato, através da assessoria.
Ontem mesmo aconteceu uma reunião entre a coordenação da campanha e a equipe de marketing para estabelecer as estratégias com a abertura oficial do calendário eleitoral. O candidato do DEM prevê explorar a distribuição de panfletos e jornais nas cidades em que visitar durante o pleito. Souto coloca ainda em seu programa de governo que a melhoria da qualidade dos serviços públicos em todos os setores da Bahia é uma prioridade.
Segundo ele, a população não pode esperar para que isto seja resolvido. “É preciso que todos os setores funcionem com eficiência”, deseja. Reconquistar o primeiro lugar do Nordeste através da captação de investimentos e trazendo grandes empresas também está nos planos do democrata.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=52551
Maior exportadora brasileira de limão taiti, a Itacitrus está se reestruturando para ampliar ainda mais a sua participação no mercado externo. Para isso, a empresa decidiu se capitalizar por meio de uma parceria com a gestora mineira de recursos FIR Capital, que hoje controla 30% do negócio da Itacitrus. Os 70% restantes permanecem nas mãos dos fundadores do negócio, a família Promicia, de Itajobi, no interior de São Paulo, onde está sediado o QG da Itacitrus.
Outro trunfo para fortalecer a empresa fora do País é a renovação da marca. Para realizar o trabalho, a Itacitrus contratou uma consultoria especializada, a Sonne, de São Paulo, incumbida de criar uma marca global para a empresa, cujo nome segue indefinido. "Vamos criar uma marca global e outras segmentadas, que representarão os novos mercados em que estamos entrando", diz Waldyr Promicia, presidente da Itacitrus e filho do fundador, o empresário Vicente Promicia. Até agora concentrada na Europa, a Itacitrus está prospectando mercados como o dos Emirados Árabes, Canadá e Estados Unidos.
As exportações já respondem por 55% do faturamento da Itacitrus, que chegou a R$ 40 milhões no ano passado. Três países (Inglaterra, Alemanha e França, pela ordem) absorvem o grosso das vendas da Itacitrus no exterior. "Desde que começamos a exportar, em 2000, vimos crescendo a uma média de 30% ao ano", afirma Promicia. Para este ano, o ritmo de crescimento deverá ser bem mais acelerado. É aí que entra a diversificação da produção e comercialização, com a inclusão de outras frutas no portfólio da Itacitrus, acabando com a hegemonia absoluta do limão.
Segundo Promicia, mamão, maçã, melão, manga, uva e abacaxi estão no foco da empresa. O primeiro deles é o mamão, cuja operação começou neste ano. "Junto com o aumento das exportações de limão, esse novo produto nos fará chegar a uma receita de R$ 80 milhões em 2010", diz Promicia. "Em 2011, começaremos a vender manga e uva."
O desafio de dar uma nova cara à Itacitrus foi o que motivou Promicia a voltar a trabalhar na empresa da família. Depois de crescer entre limoeiros, ele resolveu fazer carreira solo. Cursou design e moda, abriu uma confecção de lingeries em São Paulo, onde permaneceu até os 30 anos de idade. Nesse período, teve a oportunidade de aprender a exportar, experiência que começou a aplicar ao retornar à empresa do pai. "Cheguei para ajudar, gostei e fiquei", diz ele.
A produção de limão da Itacitrus está concentrada no município de Inhambupe, na Bahia, em uma área plantada de 450 hectares, responsável pela produção de 1,6 milhão de toneladas por ano. Mas a produção própria garante apenas 20% do volume comercializado dentro e fora do País. Os outros 80% são adquiridos de fornecedores. Atualmente, a marca é dona de 10% do mercado nacional, comercializados nas centrais de abastecimentos de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Ao todo, a Itacitrus conta com 500 funcionários.
Segundo Promicia, o bom desempenho no exterior tem sido decisivo para a consolidação da Itacitrus no mercado doméstico. "Essa fórmula é que tem sustentado o equilíbrio dos negócios", diz ele. "Quando as vendas estão ruins lá fora, temos o mercado interno para compensar."
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100629/not_imp573489,0.php