SOBRE A CIDADE DE SÃO PAULO
Área da unidade territorial: 1.525 km2
Latitude do distrito sede do município: -23,5475°
Longitude do distrito sede do município: -46,63611°
Altitude: 760 m
Prefeito 2009/12: Gilberto Kassab - DEM 25
População de SÃO PAULO
(*) Estimativa Populacional
IBGE-2009: 11.037.593 hab.
Fundo de Participação dos Municípios
FPM-2009: R$ 97.977.578,32
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação
FUNDEB-2009: R$ 1.953.297.471,38
Estimativa Populacional IBGE-2008: 10.990.249 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2008:R$ 105.039.458,50
Participação FUNDEB-2008: R$ 1.448.585.706,66
Prefeito 2005/08: Gilberto Kassab - PFL
Estimativa Populacional IBGE-2007: 10.886.518 hab. (*)
(*) População Estimada
Participação FUNDEB-2007: R$ 1.264.151.520,08
Fundo Part. Municípios FPM-2007: R$ 99.137.434,82
Estimativa Populacional IBGE-2006: 11.016.703 hab.
Participação FUNDEF-2006: R$ 1.025.958.134,18
Fundo Part. Municípios FPM-2006: R$ 84.966.820,27
Estimativa Populacional IBGE-2005: 10.927.985 hab.
Participação FUNDEF-2005: R$ 928.332.352,47
Fundo Part. Municípios FPM-2005: R$ 77.336.947,66
Estimativa Populacional IBGE-2004: 10.838.581 hab.
Participação FUNDEF-2004: R$ 816.075.954,44
Fundo Part. Municípios FPM-2004: R$ 60.174.406,07
Resultados do Universo do Censo 2000
Valor do Fundo de Participação dos Municípios (FPM):
R$ 30.909.580,63
População Residente
Total: 10.434.252
Homens: 4.972.678
Mulheres: 5.461.574
Urbana: 9.813.187
Rural: 621.065
População residente de 10 anos ou mais de idade
Total: 8.727.411
Alfabetizada: 8.327.045
Taxa de alfabetização: 95,4%
(2004)
Estabelecimentos de ensino pré-escolar: 2.399
Estabelecimentos de ensino fundamental: 2.650
Estabelecimentos de ensino médio: 1.213
Hospitais: 177
Agências bancárias: 1.931
Fonte: IBGE
(*) Resposta do IBGE à nossa indagação sobre a Contagem da População 2007, em relação às estimativas anteriores:
A estimativa da POPULAÇÃO baseia-se, dentre outros aspectos, na série histórica para as populações, onde a tendència do conjunto de dados influi no valor estimado.
Os resultados do CENSO DEMOGRÁFICO (2000) e da CONTAGEM DA POPULAÇÃO (2007), apresentam uma maior consistência, visto que são obtidos após trabalho de campo, onde os domicílios são pesquisados.
Observa-se ainda que os novos resultados do CENSO DEMOGRÁFICO e da CONTAGEM DA POPULAÇÃO irão compor a série para novas estimativas.
BREVE HISTÓRIA DE SÃO PAULO
A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.
Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, data esperada pelo Padre Manoel da Nóbrega para homenagear o apóstolo São Paulo (data da conversão de Saulo de Tarso, às portas de Damasco), ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. O aniversário de São Paulo é comemorado no dia 25 de Janeiro.
Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância do litoral, o isolamento comercial e o solo inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa.
Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as "bandeiras", expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes. Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento.
A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com a abertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio de Abreu. Em 1825, inaugurou-se o primeiro jardim público de São Paulo, o atual Jardim da Luz, iniciativa que indica uma preocupação urbanística com o aformoseamento da cidade.
No início do século XIX, com a independência do Brasil, São Paulo firmou-se como capital da província e sede de uma Academia de Direito, convertendo-se em importante núcleo de atividades intelectuais e políticas. Concorreram também para isso, a criação da Escola Normal, a impressão de jornais e livros e o incremento das atividades culturais.
No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigrantes europeus. Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900!). Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás.
As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do "centro velho" com a "cidade nova", formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. É importante lembrar, ainda, que logo a seguir (1901) foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz.
O século XX, em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso. A riqueza proporcionada pelo café espelha-se na São Paulo "moderna", até então acanhada e tristonha capital.
Trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, velocidade, a cidade cresce, agiganta-se e recebe muitos melhoramentos urbanos como calçamento, praças, viadutos, parques e os primeiros arranha-céus.
Em 1911, a cidade ganhou seu Teatro Municipal, obra do arquiteto Ramos de Azevedo, celebrizado como sede de espetáculos operísticos, tidos como entretenimento elegante da elite paulistana.
Na década de 20, a industrialização ganha novo impulso, a cidade cresce (em 1920, São Paulo tinha 580 mil habitantes) e o café sofre mais uma grande crise. No entanto, a elite paulistana, num clima de incertezas mas de muito otimismo, frequenta os salões de dança, assiste às corridas de automóvel, às partidas de foot-ball, às demonstrações malabarísticas de aeroplanos, vai aos bailes de máscaras e participa de alegres corsos nas avenidas principais da cidade. Nesse ambiente, surge o irrequieto movimento modernista. Em 1922, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Luís Aranha, entre outros intelectuais e artistas, iniciam um movimento cultural que assimilava as técnicas artísticas modernas internacionais, apresentado na célebre Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal.
Na década de 30, a cidade presenciou uma realização urbanística notável, que testemunhava o seu processo de "verticalização": a inauguração, em 1934, do Edifício Martinelli, maior arranha-céu de São Paulo, à época, com 26 andares e 105 metros de altura !
Em 1954, São Paulo comemorou o centenário de sua fundação com diversos eventos, inclusive a inauguração do Parque Ibirapuera, principal área verde da cidade, que passou a abrigar edifícios diversos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de "desconcentração" do parque industrial de São Paulo que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba). Esse declínio gradual da indústria paulistana insere-se num processo de "terciarização" do Município, acentuado a partir da década de 70.
A população da metrópole paulistana cresceu na última década, de cerca de 10 para 16 milhões de habitantes. Esse crescimento populacional veio acompanhado do agravamento das questões sociais e urbanas (desemprego, transporte coletivo, habitação, problemas ambientais ...) que nos desafiam como "uma boca de mil dentes". No entanto, como dizia o grande poeta da cidade, Mário de Andrade: "Lá fora o corpo de São Paulo escorre vida ao guampasso dos arranhacéus".
O Aniversário de São Paulo se comemora em 25 de Janeiro.
Fonte: PM SÃO PAULO