quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Proclamação da República: por que, 128 anos depois, historiadores concordam que monarquia sofreu um 'golpe'

Meses após o Marechal Deodoro da Fonseca enganar a própria mulher, burlar as recomendações médicas e levantar da cama - onde havia passado a madrugada daquele 15 de novembro febril - para proclamar a República brasileira, o país já conhecia a primeira crítica articulada sobre o processo que havia removido a monarquia do poder em 1889.
Escrito pelo advogado paulistano Eduardo Prado, o livro Os Fastos da Ditadura Militar no Brasil, de 1890, argumentava que a Proclamação da República no Brasil tinha sido uma cópia do modelo dos Estados Unidos aplicada a um contexto social e a um povo com características distintas.
A monarquia, segundo ele, ainda era o modelo mais adequado para a sociedade que se tinha no país. Prado também foi o primeiro autor a considerar a Proclamação da República um "golpe de Estado ilegítimo" aplicado pelos militares.
Hoje, 128 anos depois, o tema voltou ao debate público: enquanto diversos historiadores apontam a importância da chegada da República ao Brasil, apesar de suas incoerências e dificuldades, um movimento que ganhou força nos últimos anos - principalmente, nas redes sociais - ainda a contesta.
"A proclamação foi um golpe de uma minoria escravocrata aliada aos grandes latifundiários, aos militares, a segmentos da Igreja e da maçonaria. O que é fato notório é que foi um golpe ilegítimo", disse à BBC Brasil o empresário Luiz Philippe de Orleans e Bragança, tataraneto de D. Pedro 2º, o último imperador brasileiro, e militante do movimento direitista Acorda Brasil. No anúncio do último congresso do Movimento Brasil Livre (MBL), em que foi um dos palestrantes, Luiz foi apresentado e festejado como "príncipe".
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-41991813

Testemunha diz que Rede Globo pagou propina por direitos de TV; emissora nega

Testemunha diz que Rede Globo pagou propina por direitos de TV; emissora nega
Foto: Divulgação
O empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-presidente da empresa Torneos Y Competencias, disse nesta terça-feira (14) que a Rede Globo foi uma das empresas que pagaram propinas para vencer a concorrência por direitos de transmissão de competições internacionais, como a Copa América. A declaração foi feita durante depoimento no Tribunal do Brooklin, em Nova York, no julgamento do ex-presidente da CBF José Maria Marin. Burzaco foi ouvido como testemunha de acusação no processo. Ele é um dos investigados no escândalo da Fifa e se declarou culpado. 

Além da Copa América, a investigação da Justiça norte-americana também apura corrupção na compra dos direitos da Copa Libertadores e do torneio Copa do Brasil. Além da Globo, Burzaco também acusa a Fox Sports americana, a Televisa mexicana, a Mediapro espanhola, além da Traffic, empresa do brasileiro J. Hawilla. Procurada pela reportagem do Estado, a Rede Globo respondeu por meio de nota e negou qualquer ato ilícito. "Sobre depoimento ocorrido em Nova York, no julgamento do caso Fifa pela Justiça dos Estados Unidos, o Grupo Globo afirma veementemente que não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina", diz o texto. "Esclarece que após mais de dois anos de investigação não é parte nos processos que correm na Justiça americana. 

Em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos. Por outro lado, o Grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas para que tudo seja esclarecido. Para a Globo, isso é uma questão de honra. Não seria diferente, mas é fundamental garantir aos leitores, ouvintes e espectadores do Grupo Globo que o noticiário a respeito será divulgado com a transparência que o jornalismo exige", continuou a nota da emissora.Marin está preso desde 27 de maio de 2015. 

Inicialmente, ficou em uma prisão na Suíça. Transferido para Nova York, cumpre prisão domiciliar em seu apartamento na 5ª Avenida. Ele é acusado de recebimento de propina na negociação dos direitos da Copa do Brasil e da Copa América.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/208772-testemunha-diz-que-rede-globo-pagou-propina-por-direitos-de-tv-emissora-nega.html