Lívia Veiga
Após quatro rodadas de negociação, os bancários baianos decidiram na noite desta terça-feira (28), aderir ao movimento nacional e deflagraram greve por tempo indeterminado.
De acordo com Adelmo Andrade, diretor de imprensa e comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia, a categoria reivindica reajuste de 11%, maior participação nos lucros, dentre outros benefícios.
A decisão foi tomada na noite de ontem, no ginásio do sindicato nos Aflitos, onde hoje também está marcada nova assembléia para avaliar o movimento.
“A greve foi decidida de forma unânime. Todos os sindicatos aprovaram e o movimento é nacional. Além do reajuste de 11%, reivindicamos maior participação dos lucros, já que os bancos brasileiros, no último semestre, tiveram lucro acima de R$ 24 bilhões”, afirmou Andrade.
Segundo ele, as negociações não tiveram avanço. “Os banqueiros ofereceram 4,29% de reajuste, o que não repõe nem a inflação. Além disso, não aumentariam a participação nos lucros. Foi a gota d’água. Quatro rodadas e nada avançou. Não existe aumento real. Decidimos parar”, completou.
Duas outras questões estão na pauta de reivindicação, como o fim das metas impostas pelos bancos e a isonomia, ou seja, direitos iguais em termos de recebimento de benefícios para concursados.
Mais de 20 mil bancários estão de braços cruzados a partir de hoje no estado, decisão em sintonia com a da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), que contesta a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 4,29%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, disse que a oferta patrimonial foi muito abaixo do pedido. “Diversas categorias ganharam aumento real, já os bancos, organizações que mais lucram neste país querem apenas pagar é a reposição inflacionária”, concluiu.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=60626