O fenômeno da "lua azul", algo que acontece aproximadamente a cada três
anos e que não voltará a ocorrer até janeiro de 2018, pode ser visto no
céu na noite de sexta-feira (31), o último dia do mês julho.
Apesar do nome, a Lua não terá tons azulados nesta noite. Como explica o físico Dulcílio Braz Jr, colunista do UOL,
"Blue Moon" (lua azul, em inglês) é somente uma expressão criada para
designar a ocorrência da segunda lua cheia dentro de um mesmo mês.
Cada ciclo lunar dura aproximadamente 28 dias, por isso, quando a lua
cheia acontece no início do mês, é provável que haja uma segunda no
final. Isso é o que ocorre neste mês de julho, que teve sua primeira lua
cheia no dia 2 e terá uma segunda, a "azul", nesta sexta-feira, dia 31.
Segundo os especialistas, a lua apresentou a cor azul em muito poucas
ocasiões, por efeito de pó, cinza ou fumaça na atmosfera da Terra devido
a grandes erupções vulcânicas e incêndios florestais.
A última "lua azul" ocorreu no dia 31 de agosto de 2012.
Nome foi dado na Idade Média
O professor do Instituto de Física da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Alberto Brum explica que esse fenômeno ganhou nome durante a Idade Média.
"O fenômeno tem esse nome porque, na Idade Média, muita gente via a lua
azulada em alguns períodos do ano. Esta coloração era causada por
incêndios ou erupções vulcânicas, que provocavam mudanças na atmosfera
e, consequentemente, esta coloração", relata Brum, complementando que, a
partir desta nomenclatura, convencionou-se chamar o fenômeno de duas
luas cheias no mesmo mês de lua azul. A lua azul também é constantemente
associada ao misticismo.
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