quinta-feira, 14 de abril de 2022

Indústria discute acesso a remédio de cannabis pelo SUS

O caminho da judicialização praticado no mercado de cannabis medicinal no país começa a esbarrar na pressão de um grupo de empresas que passou a ver na questão uma ameaça à concorrência.
 

De 2019 a 2021, subiu 455% a despesa da Secretaria de Saúde de SP com as ações judiciais de pacientes que obrigam o estado a bancar os tratamentos com remédio de maconha, segundo estudo da BRCann (associação do setor) e da frente parlamentar em defesa da indústria na Alesp.
 

Ainda conforme o estudo, o governo gastou quase R$ 20 milhões no ano passado com a aquisição de remédios de cannabis por determinação judicial. Além da preocupação com o custo sobre o estado, uma parte do mercado avalia que a judicialização pode estar beneficiando algumas empresas em detrimento de outras, o que prejudica a concorrência.
 

Para resolver o problema, a ideia em projeto de lei é que o estado comprasse e fizesse a distribuição do tratamento a base de cannabis pelo SUS, segundo o deputado Sergio Victor (Partido Novo).
 

"Isso permite que o estado se programe e faça compras melhores e possa ajudar mais gente nessas compras. Hoje, o estado já gasta uma grande quantia de dinheiro anual via judicialização. A gente quer que isso entre no Orçamento", diz Victor.
 

Ele afirma que entre janeiro de 2019 e outubro de 2021, o estado gastou mais de R$ 38 milhões com importação de derivados de cannabis para fins medicinais para cumprir as decisões judiciais.
 

"Se abrisse processo licitatório e pudesse fazer uma compra de forma adequada, poderia comprar mais barato. Quando vem via judicialização, o estado tem que cumprir a medida. E na ação judicial, às vezes, a gente tem visto que a quantidade comprada para cada paciente fica acima do que o tratamento exige. Se o estado tiver o acompanhamento do tratamento, pode fazer compras melhores para atender os pacientes", diz o deputado.
 

Tarso Araújo, diretor da BRCann, diz que o debate na Alesp pode ajudar a expandir o atendimento a outros pacientes que não têm acesso à judicialização para conseguir seus tratamentos com os canabinoides.
 

"O aumento das despesas da secretaria de saúde com estes produtos é o principal sintoma de que necessitamos de uma política para ampliação do acesso", afirma.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/161907-industria-discute-acesso-a-remedio-de-cannabis-pelo-sus.html 

Casos de síndrome respiratória grave em crianças crescem, diz Fiocruz

O boletim Infogripe, divulgado semanalmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), traz um alerta para o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. As informações são da Agência Brasil.

 

A nova edição, disponibilizada nesta quarta-feira (13) aponta que as ocorrências estão ligadas majoritariamente ao vírus sincicial respiratório (VSR) na faixa etária 0 a 4 anos. Já entre as crianças de 5 a 11 anos, os casos decorrem principalmente da covid-19 e das infecções com o rinovírus.

 

A Síndrome Respiratória é uma complicação associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

 

O novo boletim reúne dados da semana epidemiológica que vai do dia 3 ao dia 9 de abril. O levantamento leva em conta notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios.

 

Segundo a Fiocruz, as ocorrências em crianças estão com sinal de ascensão significativa em diversos estados desde fevereiro. No entanto, a curva de casos indica a possível formação de um platô, isto é, um quadro de estabilização dos níveis altos.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/28941-casos-de-sindrome-respiratoria-grave-em-criancas-crescem-diz-fiocruz.html