quinta-feira, 5 de março de 2020

Vitória vence o Lagarto e se classifica para a terceira fase da Copa do Brasil

Vitória vence o Lagarto e se classifica para a terceira fase da Copa do Brasil
Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
O Vitória está classificado para a terceira fase da Copa do Brasil. Em duelo disputado nesta quinta-feira (5), o time rubro-negro venceu o Lagarto por 3 a 1, no Barradão. Vico (duas vezes) e Léo Ceará anotaram para os donos da casa, enquanto Edílson fez o gol da equipe sergipana.  Na próxima etapa do torneio nacional, o Leão vai pegar o Ceará, em jogos de ida e volta. O primeiro será na casa do adversário, na semana que vem, em data ainda a ser definida pela CBF.

Agora, o Vitória volta suas atenções para a Copa do Nordeste. O time rubro-negro volta a campo no domingo (8) para enfrentar o ABC, às 18h, na Arena das Dunas, em Natal (RN), pela sexta rodada da competição.
 
O JOGO
Um gol precoce era tudo o que o Vitória queria. E essa meta foi batida logo aos quatro minutos do primeiro tempo. Após cobrança de escanteio, Thiago Carleto foi acionado e arriscou o chute. A redonda sobrou para Gerson Magrão, que também arrematou. A bola sobrou para Vico, que mandou para o fundo das redes.

O Vitória dominava a partida e não espaços ao Lagarto. Aos 22, Alisson Farias arriscou de fora da área, a bola bateu na trave e na sequência e ficou com goleiro. Alguns segundos depois, Léo Ceará foi lançado, tentou a cavadinha, mas o zagueiro Breno conseguiu tirar.

Léo Ceará tentou a cavadinha | Foto: Max Haack/Ag. Haack/ Bahia Notícias

Aos 40, Vico lançou para Léo Ceará, que foi derrubado por Yan. O árbitro não teve dúvidas e assinalou pênalti. O próprio Léo Ceará cobrou e estufou as redes. 

O Lagarto conseguiu diminuir aos 45. Sapé cobrou falta direto, Ronaldo espalmou a bola, que bateu em Rodrigo Andrade e acabou sobrando para Edilson, que só teve o trabalho de chutar.

Segundo tempo
Uma boa oportunidade de ampliar a vantagem foi desperdiçada pelo volante Rodrigo Andrade, do Vitória, aos sete minutos. Ele driblou dois jogadores e depois chutou de esquerda e a bola foi para longe do gol.  A melhor opção era o passe rasteiro. 

Melhor no jogo, o Vitória pecava nas finalizações. Aos 22, Alisson Farias recebeu um bom passe, se atrapalhou ao dominar a bola e chutou de esquerda, mas mandou para fora. Um minuto depois, Léo Ceará deu um passe açucarado para Vico, que chutou fraco em cima do goleiro. 

Especialista em bola parada, Thiago Carleto cobrou falta com categoria aos 24 minutos. O goleiro Welligton se esticou todo e espalmou para o lado.

O atacante Vico protagonizou uma pintura aos 31 minutos. Ele recebeu de Alisson Farias e de bateu colocado de fora da área. A bola foi no ângulo e sem chances de defesa para Welligton.
 
FICHA TÉCNICA
Vitória 3 x 1 Lagarto
Copa do Brasil – 2ª fase

Local: Barradão, em Salvador (BA)
Data: 05/03/2020 (quinta-feira)
Horário: 19h15
Árbitro: Leonardo Ferreira Lima (PR)
Assistentes: Sidmar dos Santos Meurer (PR) e Heitor Alex Eurich (PR)
Cartões amarelos: Jean (Vitória) ; Sapé, Breno e Hugo (Lagarto)
Gols: Vico (duas vezes) e Léo Ceará (Vitória); Edílson (Lagarto)

 Vitória: Ronaldo; Jonathan Bocão (Matheus Tenório), João Victor, Maurício Ramos e Thiago Carleto; Jean (Romisson), Rodrigo Andrade e Gerson Magrão; Vico (Van), Alisson Farias e Léo Ceará. Técnico: Geninho.

Lagarto :Wellington; Vitinho, Yan, Breno e Hugo; Lucas, Rafinha (Elisson) (Anderson), Sapé e Jardson; Illa e Soares (Neto). Técnico: Ranielle Ribeiro.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/vitoria/22375-vitoria-vence-o-lagarto-e-se-classifica-para-a-terceira-fase-da-copa-do-brasil.html

Contra coronavírus, governo quer posto de saúde noturno e novo edital do Mais Médicos



Em meio ao aumento no número de casos de suspeita de infecção pelo novo coronavírus e diante do risco de sobrecarga em hospitais, o Ministério da Saúde já prepara um pacote de medidas para equipar unidades básicas de saúde contra a doença.

Tidas como porta de entrada da rede de saúde, essas unidades estavam até então fora do front das ações já anunciadas pelo governo, focadas inicialmente em hospitais e laboratórios.

Agora, membros da pasta avaliam novas medidas. A ideia é preparar os postos de saúde para ajudar no diagnóstico clínico e assistência de parte dos pacientes, especialmente em casos leves, deixando casos graves para os hospitais.

Uma das ações previstas é o lançamento de um novo edital do Mais Médicos, programa que até então vinha sendo reduzido pelo governo.

Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a ideia é abrir vagas em todos os perfis de cidades do programa, incluindo capitais e cidades maiores.

Nos últimos meses, vagas abertas após a saída de profissionais nesses locais não vinham sendo repostas, o que levou à queda no número de profissionais em atuação.

"Temos renovado só em cidades de perfis quatro para cima. Desta vez, vamos fazer de um a oito. São cidades de população maior, onde podemos ter surtos epidêmicos maiores", afirma Mandetta.

A medida, assim, representa um recuo do governo em relação ao programa. De acordo com Mandetta, a decisão ocorre após atrasos na implementação do Médicos Pelo Brasil, iniciativa prevista para substituir o modelo, e em meio ao avanço do novo vírus, o que deve sobrecarregar a rede de saúde.

Outro ponto em análise é aumentar o número de unidades de saúde que funcionam à noite.

No ano passado, a pasta lançou o programa Saúde na Hora, que prevê repasse de verbas extras para unidades que atuarem no chamado 3º turno, até as 22h.

Atualmente, ao menos 1.454 unidades no país têm equipes que atuam esse horário. Agora, a ideia é negociar com os municípios novas formas de ampliar a rede.

"A atenção primária tem que ser a porta de entrada. Boa parte dos casos são leves. Não queremos que as pessoas lotem os prontos-socorros. Uma das alternativas é dar as unidades básicas uma condição de permanecer aberta para que a pessoa saiba que, se for lá, tem atendimento", afirmou Mandetta à reportagem.

Segundo ele, a ideia é estabelecer um fluxo de atendimento e verificar a necessidade de ajustes na estrutura, como a preparação de salas de isolamento respiratório, por exemplo.

"Queremos que ela possa coletar [amostras], dar orientação de isolamento domiciliar em casos leves e ter o agente comunitário que pode ser a ponte dessa família com a rede", diz ele, que diz apostar também em uma expansão dos serviços atuais de telemedicina para ajudar na avaliação de casos.

O reforço da atenção básica já era previsto no plano de contingência federal para lidar com o novo coronavírus, mas a pasta não havia anunciado detalhes de como seria feito.

Atualmente, o Brasil se encontra no terceiro nível de resposta ao vírus, o de emergência em saúde pública, em uma fase chamada como "contenção" do vírus.

Nesta etapa, a rede de hospitais tem maior atividade. Já na fase de mitigação - que deve ser atingida quando houver mais de cem casos confirmados - há necessidade de fortalecer a atenção primária, informa o plano, enquanto hospitais continuariam a atender casos mais graves.

Nas últimas semanas, o ministério anunciou editais para locação de cerca de mil leitos extras de UTI em caso de necessidade. Também planeja a compra de máscaras e luvas para profissionais de saúde.

De acordo com o ministro, as novas medidas dependerão de análise com secretários municipais de saúde. 

Mauro Junqueira, secretário-executivo do Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde), diz que a nova expansão de unidades em período noturno deve ser discutida, mas que há apoio.

"O coronavírus veio como nova provocação, mas tudo isso faz parte do trabalho da atenção primária. Queremos que ela seja resolutiva. No hospital há pessoas com doenças mais graves, e não é o lugar para ir com estado gripal", afirma.

Ele diz não ver inicialmente uma necessidade de ampliação da estrutura das unidades, mas de uma preparação da rede.

"Se chegar um paciente [com suspeita], imediatamente deve ser encaminhado para um local com movimentação menor", diz. "Lógico que um caso mais grave, como falta de ar, tem ir para a emergência."

Ainda de acordo com Junqueira, a proposta de fazer um novo edital no Mais Médicos atende a um pedido dos municípios.

No último ano, o Brasil teve queda no número de médicos na atenção básica, situação que não ocorria desde 2011, como mostrou a Folha de S.Paulo em fevereiro.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/69666-contra-coronavirus-governo-quer-posto-de-saude-noturno-e-novo-edital-do-mais-medicos.html