quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Brasil tem avanços na infância, mas ainda há 27 milhões sem acesso a direitos básicos



Ao mesmo tempo em que registrou avanços em indicadores da infância nos últimos 30 anos, o Brasil ainda tem cerca de 27 milhões de meninos e meninas de até 18 anos sem acesso a pelo menos um direito básico.

Também vê risco de reversão de algumas conquistas, caso da queda recente em indicadores de vacinação, o que colaborou para o retorno do sarampo, e do aumento da mortalidade infantil.

Enquanto isso, vê surgir alertas sobre desafios não previstos em décadas anteriores, a exemplo do aumento do número de suicídios de crianças e adolescentes e problemas como bullying e cyberbullying.

A conclusão é de relatório da Unicef divulgado nesta terça-feira (12) sobre os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, tratado que envolve 196 países, entre eles o Brasil, e considerado como o acordo de maior adesão no mundo.

"Foi um tratado que passou a considerar a criança como sujeito de direitos. Antes, era vista como propriedade do pai ou objeto de caridade", afirma Florence Bauer, representante da Unicef no Brasil.

Segundo ela, o Brasil teve avanços significativos no período, caso da redução da mortalidade infantil e do aumento do acesso à escola. Mas também enfrenta desafios -que não são poucos.

Um exemplo elencado no relatório é que, de cerca de 57 milhões de crianças e adolescentes no país, 27 milhões não têm todos os seus direitos respeitados, como o acesso a educação, informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil.

Também é alto o número de homicídios de crianças e adolescentes. A cada dia, 32 meninos e meninas de 10 a 19 anos são assassinados no país. Em 2017, ano dos dados mais recentes disponíveis, foram 11.800 mortes. A maioria das vítimas são meninos negros, pobres, que vivem nas periferias e áreas metropolitanas de grandes cidades. "É uma das áreas em que não houve avanço", diz Bauer.

Só nos últimos dez anos, foram 191 mil vidas de crianças e adolescentes perdidas por homicídios, de acordo com cálculos inéditos do Unicef.

"Temos uma situação no Brasil que é mais perigoso ser adolescente que adulto. Tem mais probabilidade de ser morto se for adolescente", afirma Bauer, para quem os números mostram um cenário alarmante. "É um número maior do que em países em situação de guerra", compara.

Para a Unicef, a situação deixa claro como é preciso investir em políticas integradas, com foco sobretudo em áreas mais vulneráveis.

Outros indicadores expressam esse desafio. Apesar de avanços, como o aumento na faixa etária escolar, o Brasil ainda soma 2 milhões de crianças e adolescentes fora da escola -destes, a maioria vem de famílias de baixa renda.

"Precisamos valorizar e capacitar o professor. E ter uma escola mais atrativa, com currículo que seja adaptado ao que o adolescente precisa para entrar no mundo do trabalho", sugere Bauer.

Na saúde, o recente aumento nas taxas de mortalidade infantil e a queda em índices de vacinação também voltaram a acender um alerta para o risco de reversão de conquistas do período.

Entre 1990 e 2017, a taxa de mortalidade infantil passou de 47,1 casos a cada mil nascidos vivos para 13,4 casos a cada mil nascidos vivos. No último ano, porém, um "repique" nessa curva de dados chamou a atenção de especialistas.

O mesmo ocorreu para as taxas de vacinação, o que levou ao retorno do sarampo. O Ministério da Saúde diz que dados de 2018 já apontam sinais de melhora, mas que o desafio persiste.

NOVOS DESAFIOS

O relatório chama a atenção ainda para desafios emergentes e não previstos no tratado que marca a Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada em 1989.

Um dos principais está relacionado à saúde mental de crianças e adolescentes. Nos últimos dez anos, houve aumento nos registros de suicídio entre esse grupo no país -passou de 714, em 2007, para 1.047, em 2017.

"O aumento de suicídios é a parte mais visível e trágica de um problema que é muito mais amplo. Precisamos de mais dados e estudos para saber quais são as causas", diz Bauer. "Precisamos também de profissionais mais preparados para identificar os sinais."

A Unicef também elenca entre os pontos que precisam de maior atenção questões como bullying e cyberbullying.

"É um desafio novo que não existia no momento em que foi estabelecida a convenção", diz a representante, que também recomenda estudos e ações para evitar outros problemas, como abusos e exploração de crianças online.

O aumento no número de migrações e a proteção da infância nesse cenário é outro desafio emergente, segundo o relatório.

O documento cita como exemplo o fato de que, até julho de 2019, 200 mil venezuelanos haviam procurado refúgio no Brasil -destes, 30% eram crianças e adolescentes.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/58799-brasil-tem-avancos-na-infancia-mas-ainda-ha-27-milhoes-sem-acesso-a-direitos-basicos.html

Caixa reduz para 4,99% a taxa de juros do cheque especial



A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta terça-feira (12), a redução da taxa de juros do cheque especial de 8,99% para 4,99% ao mês.

"A Caixa devolve à sociedade, e em especial aos mais humildes, os resultados recordes que teve, [com] redução para abaixo de 5% [a taxa do cheque especial]. É um banco preocupado com a igualdade, com a distribuição de renda. Isso é absolutamente matemático e meritocrático", disse o presidente do banco, Pedro Guimarães a Agência Brasil.

A Caixa anunciou ainda uma nova linha de crédito imobiliário indexado ao IPCA, com taxas a partir de 2,95% ao ano mais o IPCA, representando uma parcela 40% menor em relação ao financiamento indexado à TR.

"Esse juros de 4,99% ainda é extremamente elevado. Nós continuamos automaticamente estudando a contínua melhora econômica do Brasil, e poderemos continuar abaixando, mas a eventual piora também leva ao aumento", disse Guimarães.

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal cresceu 66,7% no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2018. Segundo o balanço do terceiro trimestre do banco divulgado hoje (12), o lucro líquido chegou a R$ 8 bilhões. Na comparação com o segundo trimestre, o lucro líquido teve alta de 90,6%, quando foi registrado lucro de R$ 4,212 bilhões.

A Caixa ainda anunciou que mais de mil novos pontos de atendimento serão abertos até março de 2020.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/241352-caixa-reduz-para-499-a-taxa-de-juros-do-cheque-especial.html

Bahia tem aumento do índice de estradas classificadas como péssimas ou ruins em 5 anos



As estradas que cortam a Bahia avaliadas com qualidade péssima ou ruim aumentaram nos últimos cinco anos. Enquanto em 2015 o estado geral da malha viária do estado era de 5,9% péssimas e 13,6% ruins, neste ano os índices passaram para 6,5% e 16,2%, respectivamente. Os dados são da Pesquisa Rodovias, realizada anualmente pela Confederação Nacional de Transportes (CNT).

Também houve crescimento no estado das rodovias consideradas pela CNT como ótimas. Elas passaram de 8,5% em 2015 para 10,5% em 2019.

O índice de rodovias classificadas como regulares caiu desde 2015, em que eram 36%, e chegou aos 34,8% atuais. Já aquelas consideradas boas há cinco anos (36%), após um pico de 38% no ano passado, fecharam este ano com um índice de 32%.

EXTENSÃO FEDERAL
Quando se observa a qualidade dos trechos de rodovias federais que passam pela Bahia houve crescimento no índice dos quilômetros considerados ruins e também nos ótimos. Em 2015 a extensão federal classificada como ruim era de 8,2%. O número passou para os atuais 13,7%. O aumento das rodovias federais ótimas foi menor e passou de 9,1% para 11,2% nos anos em questão.

O total de estradas apontadas como boas oscilaram negativamente e passaram de 41,4% para 35,4% nos últimos cinco anos. Realidade semelhante a daquelas apontadas pela CNT como regulares, em que a alteração foi de 39,1% para 38,5% neste mesmo período.

As rodovias péssimas caíram pela metade. Enquanto em 2015 elas eram 2,2%, em 2019 passaram a ser 1,1%.

EXTENSÃO ESTADUAL
A malha viária estadual da Bahia com qualidade avaliada como ruim, regular e boa pela CNT diminuiu nos últimos cinco anos, enquanto aquelas péssimas e ótimas apresentaram crescimento.

As boas passaram de 24,4% em 2015 para 23,9%. As regulares de 29,1% para 26,2%. E as ruins de 25,5% caíram para 22,2%.

A Bahia registrou um crescimento de 5,2% na extensão estadual considerada péssima de 2015 a 2019. O aumento das estradas ótimas foi menos expressivo, de apenas 1,5%.

Em 2019 apenas 28,38% dos recursos necessários para recuperar as rodovias da Bahia foram investidos, de acordo com a CNT e a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). A Pesquisa CNT Rodovias 2019 apontou que é necessário um investimento de R$ 2,10 bilhões para recuperar as rodovias que cortam o estado com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução. O documento revelou que 57,5% da malha rodoviária pavimentada na Bahia apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Os outros 42,5% da malha são considerados ótimos ou bons.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/241366-bahia-tem-aumento-do-indice-de-estradas-classificadas-como-pessimas-ou-ruins-em-5-anos.html

Com mesma fórmula deste ano, Baianão 2020 começa no dia 15 de janeiro


A Federação Bahiana de Futebol (FBF) realizou nesta terça-feira (12), na sede da entidade, em Salvador, o planejamento para o Campeonato Baiano. O encontro contou com a participação dos 10 clubes participantes e representantes da Polícia Militar e Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). E ficou definido que o certame seguirá a mesma fórmula deste ano. A competição começa no 15 de janeiro e termina no dia 26 de abril.

O Campeonato Baiano 2020 contará com 10 clubes: Bahia, Vitória, Jacuipense, Bahia de Feira, Juazeirense, Fluminense de Feira, Atlético de Alagoinhas, Jacobina, Vitória da Conquista e o estreante Doce Mel, campeão da Série B estadual nesta temporada.

Na primeira fase, os dez clubes se enfrentarão em turno único. Os quatro primeiros se classificam para as semifinais. O último será rebaixado para a Série B do Baiano.

Assim como no ano passado, o VAR funcionará apenas nas finais. O único voto contrário para o árbitro de vídeo foi de Paulo Carneiro, presidente do Vitória. Os demais apoiaram o uso da tecnologia no certame.


NORDESTÃO, COPA DO BRASIL E SÉRIE D
O clube campeão do Baianão 2020 conquistará uma vaga para o Nordestão 2021. A segunda vaga será do clube mais posicionado do estado no ranking da CBF. Já a terceira vaga para Pré-Copa será do clube que tiver a melhor colocação no certame, exceto os clubes detentores da primeira e segunda vagas. Caso quem levante o caneco estadual não seja das Séries A ou B do Brasileirão, a vaga na seletiva será da segunda agremiação mais bem posicionada do estado na classificação da CBF


Na Copa do Brasil, a Bahia conta com três vagas, que serão preenchidas pelo campeão, vice e terceiro colocado do Baianão 2020.

Para a Série D, duas vagas serão destinadas aos clubes melhores colocados, desde que não sejam integrantes de escalões superiores do Campeonato Brasileiro. O terceiro ocupante vai sair da Copa Estado ou outra competição que seja realizada no segundo semestre.
Foto: Glauber Guerra/ Bahia Notícias
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/53149-com-mesma-formula-deste-ano-baianao-2020-comeca-no-dia-15-de-janeiro.html