sábado, 17 de abril de 2021

Alagoinhas: Suspeito de tráfico é preso com 51 porções de cocaína

 Um homem suspeito de tráfico de drogas foi flagrado na cidade de Alagoinhas, no Litoral Norte e Agreste baiano. O rapaz estava sobre posse de cinquenta e uma porções de cocaína, um pedaço de maconha prensada, R$ 35 em espécie, um celular e embalagens para acondicionar drogas foram apreendidos, nesta sexta-feira (16), numa residência no bairro Novo Horizonte. 

 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o flagrante ocorreu durante a ação conjunta da 2º Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), de Alagoinhas. O acusado  já têm passagens por furto e violência doméstica.

 

O rapaz foi conduzido para Delegacia Territorial (DT), daquela cidade, o suspeito foi autuado por tráfico de drogas e está à disposição da Justiça. O material apreendido será encaminhado para a perícia, no Departamento de Polícia 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/25253-alagoinhas-suspeito-de-trafico-e-preso-com-51-porcoes-de-cocaina.html 

Ausência de atividades físicas e má postura causam problemas ortopédicos durante home office

Trabalhar em casa durante a pandemia da Covid-19 é um privilégio. Além de evitar o contágio pela doença que já matou mais de 365 mil pessoas no Brasil, não é necessário arcar com o estresse do deslocamento. Porém, o formato "home office", como é conhecido, tem acarretado alguns problemas que podem gerar consequências futuras. Alguns deles - sérios - são da área ortopédica.

 

Um estudo do Ipsos Global Advisor, realizado entre outubro e novembro de 2020, com 22 mil pessoas em 30 países, revelou que a redução de atividade física no mundo foi de 23%. No Brasil, a queda foi de 29%. Uma das causas para isso, segundo especialistas, é justamente o isolamento social. E quem está em regime "home office" sente mais. Segundo reportagem da CNN Brasil, um outro estudo, no Reino Unido, revelou que 80% das pessoas que trabalham em casa durante a pandemia relatam sentir algum tipo de dor nas costas, no pescoço ou nos ombros. 

 

"O que a gente vem observando é um aumento da incidência de sintomas ansiosos e depressivos. Estão surgindo novos casos, e quem já tinha uma condição teve ela agravada pela pandemia. O indivíduo ansioso diminui muito o interesse por coisas prazerosas e atividades esportivas. No entanto, sabemos que a atividade física tem uma correlação inversa. A presença dela diminui o risco de se ter sintomas ansiosos e depressivos", afirma o psiquiatra Lúcio Botelho.

 

O principal efeito dessa falta de movimentação do corpo é o surgimento de dores nas regiões mais utilizadas durante o período de trabalho. Inflamações como tendinite, burcite e cervicalgia (dor no pescoço) são as mais comuns.

 

"No ambiente de trabalho, um local sério, que se preocupa com o bem estar do funcionário, proporciona uma cadeira adequada, uma altura de computador adequado, para que a pessoa não fique com a cabeça olhando para cima ou para baixo. Em casa, o indivíduo deve se preocupar com essas mesmas coisas. Uma cadeira que dê apoio à lombar, apoio ao braço, que o peso do braço seja suportado por aquele suporte do assento. Que não fique sustentado pelo ombro. Isso leva a problemas de ordem ortopédica", alerta o ortopedista Luis Alfredo, vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo.

 

Essa má-sustentação citada pelo médico é intensificada pela fragilidade dos músculos que exercem a função. Segundo Luis, como a musculatura está em desuso, em virtude da falta de atividades físicas, ela fica mais fácida. "O tônus muscular diminui. A sustentação vai se dar pelo tônus de uma musculatura flácida", diz. 

 

Contudo, seja por falta de opção ou por outro motivo, muitos indivíduos têm escolhido locais inapropriados para trabalhar, como a cama, o sofá, ou em cadeiras que não oferecem o suporte necessário. Os prejuízos dessa escolha não são apenas de ordem ortopédica, mas psiquiátrica também.

 

"A gente precisa deixar o quarto, a cama, especial para dormir. Trabalhar na cama pode contribuir para um prejuízo na qualidade do sono. Para pacientes que têm insônia, a gente recomenda que reservem o quarto apenas para dormir. É importante reservar dentro de casa um local adequado para trabalhar", complementa Lúcio Botelho.

 

As medidas para evitar que essas dores não venham a ser um empecilho na rotina - de forma mais prolongada, inclusive - podem ser bem simples. A começar por se consultar com um especialista. "Muitas vezes, a depender do intervalo de tempo, e da intensidade, o paciente pode levar um bom tempo para se recuperar. Normalmente, se tirar o que tá ocasionando o problema, com fisioterapia se resolve. Mas existem situações que é como uma camisa manchada de café. Você lava, e a mancha continua. E ali não tira mais. É possível sim que o indivíduo herde esse problema para o futuro", destaca Luis Alfredo.

 

Além disso, alguns exercícios podem ser essenciais para o fortalecimento da musculatura de sustentação. É o que explica a fisioterapeuta Mary Paz. "Fazer os alongamentos são essenciais. Se o caso for no punho, por exemplo, eu posso fazer, em um primeiro momento, só no punho. Depois, no entanto, é importante trabalhar o corpo todo. O ideal é se conscientizar para ter uma rotina de atividade física, um protocolo de alongamento importante. Se não pode fazer todos os dias, faça dia sim, dia não. Durante o trabalho, é bom fazer uma caminhada, se movimentar", ressalta.

 

Uma das soluções encontradas por fisioterapeutas para seguir orientando seus clientes durante a pandemia foi o atendimento online. Sendo assim, mesmo com as academias fechadas, devido às restrições para o combate à Covid-19, é possível ter uma atividade personalizada dentro de casa.

 

"O peso do próprio corpo já é um acessório de grande valia. Não precisa de grandes cargas, aparelhos. Tendo uma toalha, um espaço no chão, consegue trabalhar o seu corpo. Todos esses trabalhos são possíveis de fazer em casa. Recomendamos um profissional supervisionando esse treino. Muitas vezes as pessoas pegam um treino no Youtube e falam 'esse vai servir para mim'. Só que muitas vezes aquele treino não está englobando um possível problema que você tenha. O profissional vai estar ali orientando. Caso a pessoa sinta um desconforto, ela pode mudar a forma de fazer aquele exercício específico", complementa a fisioterapeuta.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/26403-ausencia-de-atividades-fisicas-e-ma-postura-causam-problemas-ortopedicos-durante-home-office.html

'Distorção cognitiva': Psicologia tenta explicar comportamentos autodestrutivos na pandemia

As máscaras são comprovadamente eficazes na proteção contra a infecção pelo Sars-Cov-2, que é um vírus de transmissão respiratória. E mesmo passado mais de um ano desde o inicio da pandemia no Brasil, e também das recomendações para que a população as utilizasse, ainda é comum ver pelas ruas quem não utilize ou use de forma errada o Equipamento de Proteção Individual (EPI).

 

O comportamento dessas pessoas é alvo de estudos científicos, e conceitos da psicologia tentam explicar esse fenômeno.

 

Marcus Vinicius Alves, psicólogo e professor doutor da UniFTC, explica que o comportamento das pessoas está em muitos casos associado ao sistema de crenças delas. Diante disso, alguns indivíduos vão ser muito mais influenciáveis em termos de personalidade, de acordo com a percepção de risco que têm do mundo.

 

“Por exemplo: se sua percepção de risco é inferior, é mais fraca do que sua concepção de liberdade. Para algumas pessoas a liberdade e a tomada de decisão para as coisas é mais importante do que o risco que elas vão ter”, explicitou ao tratar do uso de máscaras na pandemia da Covid-19.

 

O professor ainda ressalta que questões políticas também influenciam esses sujeitos. Nesse ponto, o especialista cita como exemplo o comportamento do presidente Jair Bolsonaro, que tem uma postura de minimizar a gravidade da pandemia da Covid-19, uso de máscaras e prática de distanciamento social, todos os fatos que a ciência já provou serem eficazes durante a crise sanitária. “Tem um grupo de Brasília que vai lançar um trabalho agora mostrando que pessoas que têm ideias políticas mais conservadores, mais relacionadas a por exemplo o que o presidente está falando, acreditam mais no presidente, vão se comportar com o não uso da máscara. Isso está relacionado também com essa ideia da personalidade, da percepção de risco, mas também com influência política”, analisou Marcus Vinicius. 

 

Um dos conceitos que podem ser aplicados para compreender o comportamento em relação ao não uso de máscaras é o de “dissonância cognitiva”, que é um tipo de distorção da realidade.

 

O psicólogo explica que essa teoria também está baseada no sistema de crenças das pessoas, que incluem o que alguém encara como certo e errado em relação ao mundo, comportamento e relações. Segundo Marcus Vinicius, os seres humanos que sofrem com distorção cognitiva têm um sistema de crença muito fixo sobre algumas regras. “Quando o mundo acaba colocando essas crenças à prova e falando 'olha, isso aqui está errado', a tendência dessas pessoas não é mudar o comportamento, é mudar a justificativa”, esclareceu.

 

Ainda conforme o professor, essas pessoas fazem isso de modo automático e muitas vezes não se dão conta do próprio comportamento. “Ela nem acreditam que vão ficar doentes. Outras acreditam que por serem jovens, por terem histórico de atleta, que é uma gripezinha. Muda até a forma das pessoas perceberem o mundo para não atingir essas crenças”, comentou Marcus Vinicius.

 

“Quando a gente fala por exemplo 'olha, não fuma cigarro' ou 'não dirija bebendo', aí ela vai pensar 'ah, mais eu nunca tive problema com isso', 'Não tem problema, eu sou um bom motorista'. Entende como é mais ou menos essa distorção da realidade que a pessoa tem na cabeça?”, exemplificou.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/26404-distorcao-cognitiva-psicologia-tenta-explicar-comportamentos-autodestrutivos-na-pandemia.html