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quarta-feira, 14 de maio de 2025

Morre aos 98 anos Divaldo Franco, médium baiano e líder espírita


Faleceu na noite desta terça-feira o líder espírita e médium Divaldo Pereira Franco, aos 98 anos. O falecimento de Divaldo foi confirmado nas redes sociais da mansão do caminho.

 

"Retornou hoje à Pátria Espiritual, às 21h45, o médium, orador espírita e embaixador da paz no mundo Divaldo Pereira Franco aos 98 anos. Divaldo dedicou sua vida à Causa Espírita e ao amor ao próximo em Salvador e no mundo", diz o comunicado.

 

 

Nascido em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, Bahia, Divaldo Franco foi um dos maiores divulgadores da doutrina espírita no mundo. Com uma trajetória marcada por mais de 20 mil conferências realizadas em mais de 2.500 cidades e 71 países, Divaldo consolidou-se como um dos principais oradores e escritores espíritas do Brasil.

 

Ao longo de sua vida, publicou mais de 260 obras, com mais de 10 milhões de exemplares vendidos. Seus livros abrangem diversos temas espirituais e contam com a contribuição de mais de 200 autores espirituais. Traduzidas para 17 idiomas, suas obras continuam a levar consolo, esperança e espiritualidade para milhões de pessoas ao redor do mundo.

 

O velório será realizado no Ginásio da Mansão do Caminho, das 9h às 20h desta quarta-feira (14). O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304668-morre-aos-98-anos-divaldo-franco-medium-baiano-e-lider-espirita

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Leão XIV pede libertação de jornalistas presos por “relatar a verdade”

Vaticano – O papa Leão XIV se encontrou nesta segunda-feira (12/5) com mais de seis mil jornalistas e profissionais da mídia internacional. A confraternização com a imprensa, que já se tornou uma prática comum entre os pontífices eleitos, ocorreu no Salão Paulo VI, no Vaticano.

Na ocasião, o sumo pontífice pediu a libertação de jornalistas presos por “buscar e relatar a verdade” e pediu o empenho de todos por uma “comunicação de paz”.

Em seu primeiro encontro com a imprensa, Leão XIV agradeceu o trabalho dos profissionais da comunicação que se encontram no Vaticano e que relataram o “momento de graça” vivido pela Igreja nos últimos dias, com a escolha do novo pontífice. Segundo ele, os profissionais estão na “linha de frente ao narrar os conflito e as esperanças de paz”.

Veja imagens:

Solidariedade da Igreja

Durante a fala à imprensa, Leão XIV prestou solidariedade aos jornalistas presos “por buscar e relatar a verdade”. “A Igreja reconhece nessas testemunhas a coragem daqueles que defendem o direito dos povos e apenas povos informados por fazer escolhas livres”, disse o pontífice ao pedir a libertação dos profissionais detidos pelo mundo.

“O sofrimento desses jornalistas desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, convocando todos nós a proteger a liberdade de imprensa”, disse o papa.

De acordo com o líder católico, é fundamental que os jornalistas de todo o mundo adotem uma forma de expressão para rejeitar o paradigma da guerra. “Vamos desarmar a comunicação de todo preconceito, fanatismo e ódio, vamos purificá-la. Queremos uma comunicação capaz de ouvir, de colher a voz dos mais fracos que não têm voz”, observou.

Leão XIV prosseguiu: “Vamos desarmar as palavras e contribuiremos para desarmar a Terra. Isso nos permite compartilhar uma visão diferente do mundo, de acordo com a dignidade humana. Jornalistas relatam as questões de justiça e pobreza. Peço que escolham com consciência e coragem o caminho de uma comunicação de paz”.

Preocupação com a tecnologia

Em seus discurso, Leão XIV também demonstrou preocupação com o avanço tecnológico. Porém, afirmou que a Igreja não pode parar no tempo. “Vivemos tempos difíceis, que desafiam a todos nós. Por isso, peço que não nos rendamos à mediocridade. A Igreja deve aceitar o desafio do tempo, como nos lembra Santo Agostinho: vivamos bem e os tempos serão bons, nós somos os tempos”.

“Obrigado pelo trabalho que fizeram para quebrar estereótipos da Igreja. Vocês conseguiram captar o essencial do que somos e transmitir isso por todos os meios e ao mundo inteiro”, disse ele.

Para o papa, todos têm o desafio de promover uma comunicação “capaz de nos tirar da torre de babel, de forma não sectária e com uma linguagem de amor”. “Nosso serviço, as palavras, o estilo, tudo isso é importante para a criação de uma cultura e de ambientes humanos e digitais, que se tornem espaços de diálogo e confronto. Considerando a evolução tecnológica, pensando especialmente na inteligência artificial, que exige mais responsabilidade e discernimento para orientar as ferramentas a produzir benefícios a todos”, ressaltou o pontífice.

9 imagens
O papa Leão XIV e sua primeira audiência com jornalistas
Papa Leão XIV confraterniza com os jornalistas
Jornalistas de todo o mundo se reúnem com o papa Leão XIV
Papa Leão XIV saúda jornalistas
Papa Leão XIV e jornalistas

Quem é Leão XIV

O cardeal Robert Prevost, dos Estados Unidos, é o novo líder da Igreja Católica. O sucessor de Francisco tem 69 anos e é o 267º clérigo a ocupar no cargo. Ele é o primeiro pontífice norte-americano e escolheu o nome de Leão XIV.

Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, Prevost iniciou seu noviciado em 1977 na Ordem de Santo Agostinho em Saint Louis. Estudou na União Teológica Católica de Chicago, onde se formou em teologia.

Aos 27 anos, Robert Francis Prevost foi enviado pela Ordem a Roma para estudar direito canônico na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino. Recebeu a ordenação sacerdotal em 19 de junho de 1982.

Fonte: https://www.metropoles.com/mundo/papa-leao-xiv-tem-encontro-com-a-imprensa

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Nome de novo papa evoca figuras que moldaram doutrina católica

O norte-americano Robert Francis Prevost foi o décimo quarto papa a adotar o nome de “Leão” após sua eleição nesta quinta-feira (08). A tradição, que atravessou mais de 1600 anos, relembra líderes conhecidos pela justiça social, tese que também foi defendida por Santo Agostinho, a quem Leão XIV é devoto. 

 

O último pontífice com essa designação morreu há mais de 120 anos: Leão 13 (1810-1903). O antecessor de Prevost foi o italiano Gioacchino Vincenzo Raffaele Luigi Pecci, que foi responsável por iniciar a tradição doutrina social da Igreja moderna. Apesar de se distanciar do socialismo e defender o livre mercado e propriedade privada, Leão VIII também se posicionou a favor de salários justos, formação de sindicatos e boas condições de trabalho. 

 

A visão do italiano ficou marcada pela encíclica "Rerum Novarum" ("Das coisas novas"), em 1891, que defende a justiça social. Leão 13 foi também o primeiro papa da história a ser filmado. O primeiro papa nomeado Leão também ficou marcado na história. 

 

Leão, o Grande (papa de 440 a 461), teve forte presença política, tendo sido responsável por convencer o chefe bárbaro Átila a poupar a Itália de suas depredações e que ajudou a definir os dogmas ainda hoje seguidos pelos católicos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304506-nome-de-novo-papa-evoca-figuras-que-moldaram-doutrina-catolica

Novo papa tinha viagem marcada para terceira vinda ao Brasil antes do conclave

O Papa Leão XIV tinha data marcada para a sua terceira visita ao Brasil. Ele estava confirmado na Assembleia dos Bispos do Brasil, evento anual organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os dias 30 de abril e 9 de maio, mas o evento foi cancelado em razão do falecimento do Papa Francisco. O cardeal esteve no Brasil em 2012 e 2013, como Padre Geral dos Agostinianos, em Guarulhos e Belo Horizonte.

 

A Assembleia Geral da CNBB ocorre, tradicionalmente, a partir da segunda semana da Páscoa, e na ocasião, os bispos convidados ficam em um retiro de dez dias na cidade de Aparecida (SP). Esta seria a 62ª edição da Assembleia.

 

O convite ao então cardeal Prevost para participar da Assembleia foi feito em fevereiro, durante um encontro que tinha previsão de duração de 15 minutos, mas se estendeu por uma hora. Na ocasião, foi feito o convite para Prevost realizar a meditação do retiro. As anotações do cardeal para o momento estavam feitas, e a CNBB afirmou que tentará ter acesso ao documento.

 

Além dos membros da CNBB, participam da Assembleia cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores. Os bispos eméritos, administradores diocesanos e representantes de organismos e pastorais da Igreja também são convidados.

 

O Núncio Apostólico no Brasil, o embaixador do Papa no Brasil, dom Giambattista Diquattro, afirmou que a escolha do novo Papa foi um "presente" para o Brasil e que ele tem "carinho" pelo país.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304518-novo-papa-tinha-viagem-marcada-para-terceira-vinda-ao-brasil-antes-do-conclave

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Quais são os próximos passos do novo papa? Entenda

Minutos depois de pronunciadas as palavras "Habemus Papam", o cardeal americano Robert Francis Prevost, o novo papa Leão 14, já começa a trabalhar. Seu primeiro compromisso é proferir a bênção Urbi et Orbi, da sacada da fachada da basílica, aos fiéis da praça São Pedro, no Vaticano. O rito acontece logo depois de sua apresentação ao público, feita pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti.
 

Em seguida, o novo papa celebra uma missa com os cardeais, que marca a sua primeira homilia. No caso do papa Francisco, isso ocorreu dentro da própria Capela Sistina, no dia seguinte ao resultado do conclave, que tinha saído à noite.
 

Tão logo o nome do papa seja definido, autoridades da Cúria Romana, o braço administrativo da Santa Sé, podem se dirigir a ele para tratar de questões importantes. Devem se reportar ao novo pontífice nestes primeiros momentos o número dois da Secretaria de Estado, Edgar Peña Parra, e o responsável pelas Relações com os Estados, Paul Richard Gallagher.
 

Nos dias seguintes, acontece a cerimônia de inauguração do papado, que marca oficialmente a posse. A constituição apostólica Universi Dominici Gregis não determina nenhum prazo máximo para o início do pontificado. No caso de Francisco, seis dias separaram a fumaça branca da missa solene, na praça São Pedro. Na ocasião, foi entregue a ele o Anel do Pescador, um dos símbolos que identificam o sucessor do trono de Pedro. A missa foi seguida por chefes de Estado e de governo.
 

Mas nada impede que o papa, antes da posse, se dirija aos fiéis de outros modos. Eleito numa quarta-feira, Francisco proferiu o Angelus, da janela do Palácio Apostólico, no primeiro domingo após ser eleito, dois dias antes da cerimônia oficial de posse. É provável que o novo pontífice também se dirija aos fiéis neste fim de semana.
 

Neste ano, o papa recém-escolhido também pode optar por participar de algum evento do Jubileu da Igreja, que está em andamento desde dezembro e vai até janeiro.
 

Dias ou semanas depois, o papa deve assumir também como bispo de Roma, um dos títulos do líder da Igreja. A cerimônia acontece na basílica papal de São João de Latrão, que é a catedral da diocese da capital italiana. A Universi Dominici Gregis diz apenas que a posse deve ocorrer "depois da solene cerimônia de inauguração do pontificado e dentro do espaço conveniente de tempo".
 

Depois de se inteirar de questões do Vaticano, o pontífice pode começar a organizar sua primeira viagem. Francisco e Bento 16 escolheram destinos italianos –Lampedusa e Bari, respectivamente– para a estreia, enquanto João Paulo 2º foi para a América Central.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/335264-quais-sao-os-proximos-passos-do-novo-papa-entenda

Cardeal dos EUA é o novo papa e será chamado de Leão XIV


O cardeal dos Estados Unidos, Robert Francis Prevosti, de 69 anos, foi eleito como o novo papa do Catolicismo, nesta quinta-feira (8). O pontífice escolheu o nome de Leão XIV para batismo, onde vai representar o Cristianismo Católico. A fumaça branca, que sinalizou que um novo líder foi escolhido, ocorreu por volta das 13h05 no horário de Brasília, 18h horário de Roma.  Já o anúncio oficial de seu nome ocorreu por volta das 14h17.

 

Ele foi eleito na 4 votação do Conclave, que foi iniciado nesta quarta-feira (7). Um dos conclaves mais rápidos da história. O religioso foi escolhido no segundo dia de conclave. 

 

O novo representante do catolicismo vai substituir o papa Francisco, que faleceu no último dia 21 de abril, aos 88 anos. O pontífice faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) seguido de um quadro de insuficiência cardíaca. 

 

O pontífice é 267º da história do Cristianismo católico. A eleição de um novo pontífice também seguiu conforme as duas eleições de papa anteriores, em 2005 e 2013, a votação foi finalizada no 2º dia do conclave. 

 

No entanto, havia uma projeção inicial de que o processo demorasse mais por conta do número de cardeais votantes — 133, contra 117 no conclave anterior.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304497-cardeal-dos-eua-e-o-novo-papa-e-sera-chamado-de-leao-xiv

Conclave tem seu próprio 'código eleitoral', com veto a comunicação externa e a imagens de 'papa defunto'

O conclave que começou nesta quarta-feira (7) tem seu próprio "código eleitoral". Trata-se de um documento chamado "constituição apostólica", que, apesar do nome, nada tem a ver com as Constituições dos Estados modernos. É um ato promulgado pelo papa.
 

A constituição apostólica que rege os conclaves se chama "Universi Dominici Gregis" -latim para "todo o rebanho do Senhor". Foi editada por João Paulo 2º em 1996 com a intenção de esclarecer dúvidas sobre o processo de escolha dos pontífices. Foi usada nos conclaves de 2005, que elegeu o sucessor do próprio João Paulo 2º, e de 2013, após a renúncia de Bento 16.
 

A "Universi Dominici Gregis" tem 92 seções, equivalentes aos artigos de uma lei. Praticamente todas consolidam "as já milenares práticas da Igreja", previstas no direito canônico, como esclarece João Paulo 2º no texto. Aborda todos os procedimentos a serem adotados desde a vacância (por morte ou renúncia do papa) até a eleição do sucessor.
 

Uma importante inovação da constituição apostólica foi a determinação de que, a partir do 33º escrutínio (ou 34º, caso tenha havido votação no primeiro dia do conclave), apenas os dois nomes mais votados possam concorrer, de forma semelhante ao segundo turno de uma eleição presidencial.
 

João Paulo 2º autorizou que, nesse caso, bastaria a maioria simples para eleger o papa. Em 2013, porém, Bento 16 emendou essa seção do texto. Manteve o mata-mata entre os dois primeiros colocados, mas restabeleceu a necessidade de dois terços dos votos, a mesma dos demais escrutínios. Essa mudança recriou a possibilidade de um impasse, caso os cardeais não cheguem a um consenso.
 

Redigido em 1996, o documento leva em conta a tecnologia da época. Veda, por exemplo, que os cardeais mantenham conversas "telefônicas ou por rádio" com pessoas externas aos edifícios reservados ao conclave. Exceções, porém, podem ser abertas. Os cardeais podem se comunicar com o mundo exterior, em caso de "comprovada e urgente necessidade", reconhecida por uma congregação formada pelo cardinal camerlengo e outros três cardecardais eleitores, previamente sorteados.
 

O texto não faz referência explícita à internet, que engatinhava 29 anos atrás. A seção 57 proíbe os cardeais de "escutar transmissões radiofônicas ou ver transmissões televisivas".
 

Ao contrário do que se imagina, existem situações em que um eleitor pode sair do conclave e voltar. Caso um problema de saúde, "ou alguma razão grave" reconhecida pela maioria dos eleitores, obrigue um cardeal a sair da Cidade do Vaticano, ele tem o direito de retornar. Durante sua ausência, as votações continuam sem ele.
 

Entre outras curiosidades, o decreto papal proíbe registrar "imagens do Sumo Pontífice, seja enfermo no leito, seja defunto". Prevê uma exceção, porém, para fotos do papa morto "a título de documentação", desde que autorizadas pelo camerlengo e se o papa estiver paramentado com os hábitos pontifícios.
 

A seção 55 do documento incumbe o camerlengo e três cardeais assistentes de zelar para que a Capela Sistina não seja grampeada, "recorrendo à perícia de dois técnicos de confiança" para que "nenhum meio de gravação ou transmissão audiovisual" seja introduzido.
 

Rica em detalhes, a constituição apostólica busca resolver situações raras. O que fazer se, dentro da Capela Sistina, um cardeal não tiver saúde para se levantar e depositar sua cédula na urna? Um escrutinador pega o voto e "o leva bem visível até o altar e o introduz no recipiente".
 

Caso o cardeal esteja tão doente que nem sequer consiga se deslocar do alojamento na Casa Santa Marta até a Capela Sistina, três cardeais são encarregados de levar uma urna vazia até o quarto dele. O cardeal adoentado também pode ter um enfermeiro para si no conclave, com "residência adequada".


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/335116-conclave-tem-seu-proprio-codigo-eleitoral-com-veto-a-comunicacao-externa-e-a-imagens-de-papa-defunto

terça-feira, 22 de abril de 2025

Veja quem são os cardeais brasileiros, que podem se tornar novo papa

Com a morte do papa Francisco, ocorrida nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, inicia-se um novo ciclo para escolher o próximo líder da Igreja Católica. Dos 252 membros do Colégio Cardinalício, oito são brasileiros. Só podem participar da votação, porém, os 138 com menos de 80 anos. Só um dos brasileiros, Raymundo Damasceno Assis, 88, está entre os não votantes, mas os octogenários podem ser eleitos, sem restrição.
 

Confira abaixo quem são os representantes do Brasil no conclave que elegerá o sucesso de Francisco. Embora em tese qualquer homem batizado e celibatário possa se candidatar a chefiar a Igreja, apenas cardeais são eleitos desde 1378, quando Urbano 6º, então arcebispo, foi escolhido.

 

ODILO SCHERER, 75
 

O nome do cardeal estampou jornais de todo o mundo há 12 anos, quando o papa Bento 16, morto em 2022, renunciou ao cargo de líder da Igreja Católica. Na época, Scherer era um dos favoritos para suceder o alemão Joseph Ratzinger —o que acabou não se concretizando.
 

Nascido em Cerro Largo, cidade de 14 mil habitantes no norte do Rio Grande do Sul, foi nomeado cardeal por Bento 16 em 2007, quando era secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Ele foi ordenado padre em 1976, tem mestrado em filosofia e doutorado em teologia —ambos pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma— e é o atual arcebispo de São Paulo.
 

 

RAYMUNDO DAMASCENO ASSIS, 88
 

Aos 88 anos, dom Raymundo Damasceno Assis é o único cardeal que não pode votar para escolher o novo papa. Natural de Capela Nova (MG), ele foi ordenado padre aos 31 anos na cidade mineira de Conselheiro Lafaiete e bispo aos 49, em Brasília.
 

Assis tem formação em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, e especialização no Instituto Catequético de Munique. Foi nomeado cardeal em 2010 por Bento 16, de quem foi anfitrião em uma visita ao Brasil, em 2007. Arcebispo de Aparecida de 2004 a 2016, foi bispo-auxiliar de Brasília (1986-2003) e secretário-geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (1991-1995).
 

 

JOÃO BRAZ DE AVIZ, 77
 

Dom João Braz de Aviz nasceu em 1947 em Mafra, cidade de 56 mil habitantes no norte de Santa Catarina, e foi ordenado padre em 1972. É mestre em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana e doutor pela Pontifícia Universidade Lateranense, ambas em Roma. Em 2011, tornou-se prefeito da Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, um dos nove departamentos da Igreja Católica, cargo em que ficou até janeiro de 2025.
 

Ao ser nomeado cardeal por Bento 16, em 2012, Aviz pediu atenção da igreja a África, América Latina e Ásia.
 

"Na América Latina e em outras partes temos que admirar a grande história da Europa, sua beleza. Mas a Europa, por sua vez, deve descer das alturas e ter uma atitude fraternal com os outros continentes e deixar de olhar os demais de cima para baixo", afirmou, na ocasião, em entrevista a uma agência de notícias católica.
 

 

ORANI JOÃO TEMPESTA, 74
 

Conhecido por sua disposição para se comunicar com fiéis por meio de mídias de grande alcance, Orani João Tempesta nasceu em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, e estudou na Faculdade de Filosofia no Mosteiro de São Bento e no Instituto Teológico Pio 11, ambos na capital paulista.
 

Além de ocupar o cargo de arcebispo de Belém entre 2004 e 2010, foi presidente da emissora católica Redevida de Televisão e é presidente do IBMC (Instituto Brasileiro de Marketing Católico). Ele também presidiu o comitê organizador local da Jornada Mundial da Juventude, em julho de 2013.
 


SÉRGIO DA ROCHA, 65
 

Natural de Matão, no interior de São Paulo, dom Sérgio da Rocha nasceu em 1959 e foi ordenado padre aos 25 anos. Desde 2020, é arcebispo de Salvador, e antes ocupou os cargos de arcebispo de Brasília e presidente da CNBB.
 

Cursou teologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas e licenciatura em filosofia na Faculdade Salesiana de Lorena. É mestre pela Faculdade Nossa Senhora Assunção, de São Paulo, e doutor pela Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma. Foi nomeado cardeal pelo papa Francisco em 2016.
 


 

LEONARDO ULRICH STEINER, 74
 

Arcebispo de Manaus desde 2019 e ex-secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner é considerado o primeiro "cardeal da Amazônia". Sua nomeação, em 2022, desbancou o titular da Arquidiocese de Belém, a mais antiga e tradicional no Norte brasileiro.
 

Nascido em Forquilhinha (SC), cursou filosofia e teologia em Petrópolis (RJ), de 1973 a 1978, quando foi ordenado padre por seu primo Paulo Evaristo Arns (1921-2016), que também foi cardeal. Na década de 1990, mudou-se para Roma, onde fez mestrado e doutorado em filosofia. Ao voltar ao Brasil, na década seguinte, passou a lecionar o curso no interior do Paraná.
 

 

PAULO CEZAR COSTA, 57
 

Mais novo da lista de cardeais brasileiros, dom Paulo Cezar Costa é arcebispo de Brasília desde 2020, mesmo ano em que passou a integrar, no Vaticano, a Pontifícia Comissão para a América Latina, cargo que o aproximou do papa.
 

Costa nasceu em Valença (RJ), em 1967, possui graduação em Teologia pelo Instituto Superior de Teologia da arquidiocese do Rio de Janeiro e mestrado e doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Ele é membro do Conselho Permanente da CNBB.
 

 

JAIME SPENGLER, 64
 

Nascido em 6 de setembro de 1960 em Gaspar (SC), dom Jaime Spengler cursou filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, de Campo Largo (PR), e teologia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ).
 

Em 2015, foi eleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenado e a Vida Consagrada da CNBB, entidade que passou a presidir em 2023, quando recebeu um mandato de quatro anos. É ainda arcebispo de Porto Alegre e o mais recente cardeal brasileiro nomeado pelo papa Francisco, em dezembro de 2024.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/332353-veja-quem-sao-os-cardeais-brasileiros-que-podem-se-tornar-novo-papa

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Morre Papa Francisco, aos 88 anos

O Papa Emérito Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. O anúncio foi realizado pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano. O velório deve ocorrer na Basílica de São Pedro e o Funeral na Praça de São Pedro, no Vaticano.

 

"Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, disse a declaração do camerlengo.

 

Em fevereiro, o pontífice estava internado no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite desde o dia 14 de fevereiro. O Papa foi diagnosticado com pneumonia bilateral. 

 

No dia 20 de fevereiro, o jornal italiano Il Giornale d'Italia, um dos mais tradicionais do país, informou que o Papa Francisco estava em estado grave. Mais cedo, segundo a publicação, ele já teria recebido a "extrema-unção".

 

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires no dia 17 de Dezembro de 1936. Jorge era filho dos imigrantes piemonteses Mário Bergoglio que trabalhava como contabilista no caminho de ferro e da dona de casa Regina Sivori. 

 

Antes da vida sacerdotal, Francisco se formou em técnico químico. Sua caminhada religiosa começou no seminário diocesano de Villa Devoto. Em 11 de março de 1958, Francisco se iniciou no noviciado da Companhia de Jesus. Após completar seus estudos humanísticos no Chile, ele voltou para a Argentina, em 1963, para obter a licenciatura de filosofia no colégio de São José em San Miguel. 

 

Mário Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969. Um ano após a ordenação, em 1970, ele graduou-se em teologia na Faculdade de Filosofia e Teologia de São Miguel. Entre os anos de 70 e 80, lecionou filosofia e teologia em escolas de Buenos Aires.

 

Já em 1973, ele tornou-se responsável pela ordem jesuíta na Argentina, função que exerceu até 1979, em um tempo de violência causada pela ditadura militar no país.

 

Em 1992, o futuro Papa Francisco foi designado bispo auxiliar de Buenos Aires e em 1998, arcebispo primaz da Argentina.

 

Na época, o sacerdote realizou um intenso trabalho pastoral dedicado às classes populares, onde denunciou as injustiças econômicas e sociais do país. As visitas às comunidades pobres da capital Argentina foram uma de suas marcas à frente da diocese.

 

O título de cardeal foi concedido a Francisco em 21 de fevereiro de 2001, no papado de João Paulo II.

 

Em 2013, após a renúncia do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro, começaram os preparativos para a eleição do novo papa.

 

O cardeal Bergoglio desembarcou em Roma duas semanas antes do conclave. Na Capela Sistina, onde acontece a escolha do próximo líder da igreja católica, os votos se distribuíram entre vários nomes. Na segunda, três candidatos se destacaram: o argentino Bergoglio, o italiano Angelo Scola e o canadense Marc Ousellet.

 

A vantagem de Jorge Mário Bergoglio se consolidou na terceira votação. Na quinta e última votação ele obteve um grande consenso quando atingiu dois terços dos votos, somando 77 votos de um total de 115.

 

Em 13 de março de 2013, o acerbispo da Argentina foi eleito o novo papa e se dirigiu ao balcão da Basílica de São Pedro para saudar a multidão que o esperava na Praça de São Pedro.

 

O nome “Francisco” foi escolhido por Bergoglio em referência a São Francisco de Assis. Santo conhecido pela sua simplicidade e dedicação aos pobres.

 

O Papa Francisco se tornou o primeiro papa latino-americano e o primeiro vindo de uma congregação jesuíta. Foi também o primeiro a adotar o nome de “Francisco”. Foi conhecido também por ser um papa que quebrou padrões e estereótipos. 

 

Ele recusou-se a viver no luxo do Palácio Episcopal e preferiu morar na casa Santa Marta. Além disso, o sacerdote refez seu compromisso com os pobres e com a justiça social.

 

Após assumir o cargo, no dia 22 de julho do mesmo ano, o Papa Francisco desembarcou no Rio de Janeiro, para a Jornada Mundial da Juventude, que reuniu mais de um milhão de jovens de várias partes do mundo.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/301573-morre-papa-francisco-aos-88-anos