sábado, 9 de maio de 2020

Mais de 93% dos beneficiários do auxílio emergencial usaram recursos

Cerca de 93% dos mais de 50 milhões de pessoas que tiveram o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) autorizados pela Dataprev já movimentaram os valores creditados. Segundo o vice-presidente de Varejo da Caixa Econômica Federal, Paulo Henrique Angelo, a movimentação agências da Caixa que abriram hoje (9) foi “tranquila e com pouquíssimas filas em todo o país”.
Neste sábado, 680 agências da Caixa abriram, às 8h, para fazer atendimentos sobre o auxílio emergencial. “Às 9h, já não praticamente nenhuma fila no país inteiro. Todos que compareceram foram prontamente atendidos. Está tranquilo em todo país, com pouquíssimas filas”, acrescentou o vice-presidente de Varejo da Caixa ao informar que, até as 14h, foram registrados quase 80 mil saques do benefício.
Segundo o executivo da Caixa, a maior parte das pessoas que não recebeu o recurso, mesmo após a aprovação, se deve a algum tipo de erro de digitação, em especial do número da conta bancária. “Trata-se de um público pequeno [de pessoas que informaram contas com algum número incorreto]. Nesse caso, o valor provavelmente foi devolvido à Caixa”, disse.
De acordo com o banco, 20.314.311 transações financeiras foram registradas na poupança digital envolvendo o auxílio emergencial. Deste total, 8.274.636 foram por meio de transferência na própria Caixa; 4.134.325 por meio de DOC ou TED; 49.281 por débito em cartão ELO; e cerca de 930 mil por meio de pagamentos via boleto ou concessionárias. O total de saques registrados ficou em 6,92 milhões.
Confira a íntegra da coletiva:

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-05/mais-de-93-dos-beneficiarios-do-auxilio-emergencial-usaram-recursos

Paraná Pesquisas: 17,4% dos brasileiros aumentaram consumo de álcool na quarentena



Trancada em casa durante a pandemia do novo coronavírus, parte da população brasileira aumentou o consumo de bebidas alcoólicas durante o isolamento, é o que aponta um levantamento divulgado neste sábado (9) pelo Paraná Pesquisas. 

Segundo a pesquisa, 17,4% dos participantes disseram estar ingerindo mais álcool no período de isolamento social. Por outro lado, 79% disseram não ter aumentado o consumo, enquanto 3,6% não souberam ou não opinaram.


(clique na imagem para ampliar)

Os homens foram os que mais subiram o consumo, com 20,3% dos pesquisados, contra 14,5% das mulheres que disseram estar bebendo mais na quarentena. A faixa etária que teve o maior aumento da ingestão de álcool é a de 16 a 24 anos (19,9%), seguida de 25 a 34 anos (19,8%), 35 a 44 anos (17,7%), 60 anos ou mais (15,7%) e, por fim, 45 a 59 anos (14,9%). 

A população economicamente ativa teve o maior aumento de consumo, 18,3%, contra 15,4% da não economicamente ativa. Já o recorte regional traz o Nordeste com o maior incremento na ingestão de bebida alcóolica (20%), seguido de Norte + Centro-Oeste (16,7%), Sudeste (16,3%) e Sul (15,9%).

No comparativo entre abril e maio, o número de pessoas que disse ter aumentado o consumo de álcool também aumentou, passando de 14,8% para 17,4%.

O universo desta pesquisa abrange a população brasileira e foi utilizada uma amostra de 2.200 habitantes, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de questionários online com habitantes com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 192 municípios brasileiros entre os dias 05 e 08 de maio de 2.020. Tal amostra representativa do Brasil atinge um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2% para os resultados gerais. 

Nas análises das questões por localidade, o grau de confiança atinge 95% para uma margem de erro de 3% para o estrato da Região Sudeste, onde foram realizadas 957 entrevistas, 4% para o estrato da Região Nordeste, onde foram realizadas 591 entrevistas, 5,5% para o estrato da Região Norte + Centro-Oeste onde foram realizadas 331 entrevistas e 5,5% para o estrato da Região Sul, onde foram realizadas 321 entrevistas. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248125-parana-pesquisas-174-dos-brasileiros-aumentaram-consumo-de-alcool-na-quarentena.html

Bahia registra 196 mortes e 5.174 casos confirmados de Covid-19



De acordo com o boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (sesab), na noite deste sábado (9), a Bahia registra 196 mortes e 5.174 casos confirmados, de janeiro até as 17h de hoje. 

Do total, 3.641 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e 1.337 pacientes recuperados. O boletim epidemiológico registra ainda 10.864 casos descartados e 19.713 notificações em toda a Bahia. 

Na Bahia, os casos confirmados ocorreram em 162 municípios do estado, sendo que Salvador tem o maior número de infectados (64,59%). Proporcionalmente, os municípios com maior coeficiente de incidência por por 1.000.000 habitantes são Ipiaú (2.463,32), Uruçuca (2.046,88), Ilhéus (1.780,36), Itabuna (1.514,85) e Coaraci (1.176,96).

Novas mortes registradas de 12h às 17h deste sábado (9):
191º óbito: homem, 58 anos, residente em Salvador, com histórico de hipertensão arterial. Veio a óbito no dia 30/04.

192º óbito: homem, 42 anos, residente em Salvador, sem comorbidades. Veio a óbito no dia 02/05, em unidade da rede municipal.
193º óbito: homem, 77 anos, residente em Salvador, com histórico de diabetes e hipertensão arterial. Veio a óbito no dia 23/04, em hospital público da capital.
194º óbito: homem, 62 anos, residente em Salvador, com histórico de doença cardiovascular crônica e imunossupressão. Veio a óbito ontem (8), em hospital público de Salvador.
195º óbito: homem, 57 anos, residente em Salvador, com histórico de diabetes. Veio a óbito ontem (8), em hospital público da capital.
196º óbito: homem, 59 anos, residente em Salvador, com histórico de doenças renais crônicas em estágio avançado. Veio a óbito hoje (9), em hospital público de Salvador.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248126-bahia-registra-196-mortes-e-5174-casos-confirmados-de-covid-19.html

Homem invade live de igreja em São Domingos e quebra imagem de Nossa Senhora



Um homem invadiu a igreja matriz de São Domingos nesta sexta-feira (8) e, durante uma live que mostrava a novena em devoção a Nossa Senhora, destruiu a imagem da santa.  

O momento foi registrado pela transmissão que a paróquia está fazendo com o objetivo de manter os católicos em comunhão, mesmo em casa. O homem interrompeu a missa virtual e atirou a imagem no chão. 

O vídeo mostra que a jovem que conduzia os trabalhos ficou bastante assustada com a situação. 


Em nota publicada no Calila Notícias, o Padre Aroldo Carneiro, administrador paroquial a 9 anos em Valente e São Domingos, classificou o episódio como irresponsável. 


“É com muita tristeza e pesar que informamos à comunidade sobre este ato irresponsável e de notória intolerância religiosa, que se constitui em crime de ódio e fere a dignidade. Intolerância é a incapacidade em aceitar o que é diferente, é não tolerar opiniões ou práticas que se diferem das suas e muitas vezes são seguidas de atitudes preconceituosas e até mesmo violentas. Nós repudiamos todo e qualquer tipo de preconceito, discriminação e violência”, disse o religioso.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/20662-homem-invade-live-de-igreja-em-sao-domingos-e-quebra-imagem-de-nossa-senhora.html

Casal é preso em Alagoinhas com carro furtado 'entupido' de maconha; veja vídeo

Um casal foi preso neste sábado (9) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Alagoinhas, com cerca de 300 quilos de maconha, guardadas em sacos sobre o assoalho, bancos e porta-malas de um veículo com queixa de furto. 

O flagrante aconteceu durante fiscalização em frente a unidade policial da PRF, localizada no KM 101, da BR 101, em Alagoinhas.

Durante a abordagem, os agentes da PRF perceberam um certo nervosismo por parte do condutor, um homem de 38 anos de idade, bem como a da passageira, que tem 22 anos. Na sequência, foi realizada uma vistoria minuciosa no automóvel, quando os policiais encontraram 10 sacos de maconha escondido em vários locais do veículo. 

O casal, o veículo e o entorpecente foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil. A pena do crime de tráfico de drogas, previsto no art. 33 da Lei 11.343/2006, pode chegar a 15 anos de prisão.

VEJA O VÍDEO


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/20660-casal-e-preso-em-alagoinhas-com-carro-furtado-entupidode-maconha-veja-video.html

Bolsonaro pode ser enquadrado por crime de responsabilidade se mentiu em exames



O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que o resultado de seu exame para detecção da Covid-19 deu negativo e assim manteve contato físico com outras pessoas em passeios e manifestações.


Porém, caso ele venha a mostrar o documento de diagnóstico e seja revelado que ele não falou a verdade, a conduta do presidente poderá ser enquadrada como crime de responsabilidade, que é investigado em processo político no Congresso, além de ser alvo de ações na área penal comum.



A divulgação do exame é objeto de causa em andamento na Justiça Federal. A eventual mentira de Bolsonaro nesse episódio, de forma isolada, configuraria uma violação ao dever de dignidade e decoro do cargo de presidente da República, que é uma das hipóteses de crime de responsabilidade, segundo parte dos especialistas ouvidos pela reportagem.



Porém, há constitucionalistas que entendem que essa conduta, apesar de reprovável, não seria o suficiente para caracterizar o crime de responsabilidade, que segundo a previsão legal pode até levar a um processo de impeachment no Congresso.



Há consenso, porém, de que Bolsonaro não cometeu crime comum na área penal se fez relato inverídico sobre o exame.



Outra discussão ligada ao tema diz respeito ao fato de Bolsonaro ter promovido aglomerações e ter mantido contato físico com outras pessoas desde a realização do exame, desrespeitando as recomendações de isolamento social feitas pelas autoridades de saúde.



Para os criminalistas ouvidos pela reportagem, caso fique comprovado que ele tinha ciência de que estava contaminado e mesmo assim expôs outras pessoas ao vírus, o comportamento também seria passível de ação por delito contra a saúde pública, que teria tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).



Em decisão de quarta (6), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região manteve a determinação judicial que obriga a Advocacia-Geral da União (AGU) a divulgar os laudos de todos os exames realizados pelo presidente para detecção do novo coronavírus. A ação se refere a pedido feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.



Após decisão da primeira instância, a AGU havia entregue ao jornal relatórios médicos, não os laudos dos exames. No entanto, o entendimento do TRF-3 foi de que "apenas os próprios exames laboratoriais poderão propiciar à sociedade total esclarecimento".



Nesta sexta-feira (8), a AGU recorreu da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em entrevista ao site Jota nesta quinta-feira (7), o presidente do STJ, João Otávio Noronha afirmou que "não é nada republicano exigir que o presidente dê os seus exames".



Porém, a lei da magistratura veda, em seu artigo 36, que juízes manifestem "opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem".



A fala também foi criticada no meio jurídico pois pode configurar uma antecipação de decisão em relação ao caso.



O presidente fez um elogio público ao ministro recentemente. Em menção a Noronha, durante a posse do ministro da Justiça André Mendonça, no último dia 29, Bolsonaro afirmou: "Confesso que a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista. Me simpatizei com vossa excelência. Temos conversado com não muita persistência, mas as poucas conversas que temos o senhor ajuda a me moldar um pouco mais para as questões do Judiciário".


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78586-bolsonaro-pode-ser-enquadrado-por-crime-de-responsabilidade-se-mentiu-em-exames.html

Com metralhadora na mão, Roberto Jefferson pede para Bolsonaro demitir ministros do STF



Novo aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-deputado federal  e mandatário do PTB, Roberto Jefferson, sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro “demita” ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e casse concessões do grupo Globo.

“Bolsonaro, para atender o povo e tomar as rédeas do governo, precisa de duas atitudes inadiáveis: demitir e substituir os 11 ministros do STF, herança maldita. Precisa cassar, agora, todas as concessões de rádio e TV das empresas concessionárias GLOBO. Se não fizer, cai”, disse por meio do Twitter.

Na postagem em que ostenta a arma, Roberto Jefferson escreveu:  “Estou me preparando para combater o bom combate. Contra o comunismo, contra a ditadura, contra a tirania, contra os traidores, contra os vendilhões da Pátria. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”.

Roberto Jefferson foi condenado pelo STF em 2012 a sete anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena começou a ser cumprida em 2014. Em março de 2016, o relator dos processos do mensalão no STF, ministro Luís Roberto Barroso, concedeu indulto a seis condenados, entre eles Jefferson. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248112-com-metralhadora-na-mao-roberto-jefferson-pede-para-bolsonaro-demitir-ministros-do-stf.html

Educação: entenda como serão o novo Saeb e o Enem Seriado

A partir do ano que vem, estudantes do 1º ano do ensino médio de todas as escolas do país, públicas e privadas, farão a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seriado. A nota, junto com o desempenho obtido posteriormente pelos estudantes no 2º e 3º ano, poderá ser usada para ingressar no ensino superior. 
O exame foi criado esta semana pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A autarquia tornou o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) anual. A prova, que atualmente é aplicada de dois em dois anos a estudantes do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, passará a ser feita por todos os estudantes do país, de todas as séries, a partir do 2º ano do ensino fundamental. 
O novo Saeb, será implementado aos poucos. O 1º ano do ensino médio será o primeiro a ser incorporado, em 2021. O Inep pretende também usar os resultados do exame não apenas para verificar a qualidade das escolas, como é feito hoje, mas para possibilitar o ingresso em universidades. Por causa da nova função, o Saeb aplicado aos estudantes do ensino médio ganhará um nome, Enem seriado. 
Nessa etapa, a prova será digital, feita em tablets, que serão distribuídos pelo Ministério da Educação. O conteúdo do Enem seriado deverá estar organizado de maneira semelhante ao Enem tradicional, em quatro áreas de conhecimento: matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas. Será usado o mesmo método de correção, chamado  teoria de resposta ao item (TRI)
Agência Brasil conversou com o presidente do Inep, Alexandre Lopes, sobre as mudanças que foram anunciadas e sobre como serão as novas provas. Segundo ele, como a avaliação vai ser implementada aos poucos, apenas em 2024 os estudantes que ingressarem no ano que vem no ensino médio poderão usar as notas para concorrer a vagas na universidade. 

Leia abaixo os principais trechos da entrevista: 

Agência Brasil: Por que o Inep decidiu tornar o Saeb anual? 
Alexandre Lopes: A gente quer mudar o enfoque, o objetivo agora é chegar na escola. O Saeb anterior era avaliação de sistema, que ocorria a cada dois anos. Só nos anos finais. Era uma coleta de informações. Agora, queremos fazer essa avaliação, mas o nosso objetivo maior é dar informação ao professor, à família, à escola, em tempo hábil, para que eles possam fazer as intervenções pedagógicas mais rápido. A família vai saber que o filho fará a prova todo ano e receberá o boletim, vai saber o que está acontecendo com o aluno e poderá comparar o que está ocorrendo com o seu filho, com as demais escolas do município e do Brasil inteiro. O que a gente quer? Que a família participe mais do dia a dia da vida da escola.

O professor também [terá mais informações]. Ele vai saber como recebe o aluno e como entrega no fim do ano. Com isso, poderá fazer uma autoavaliação de como estão as aulas dele e procurar melhorar. Por isso, a gente precisa fazer a prova de todos os anos e para todos os alunos. 
Esse é o objetivo da avaliação externa. Ter uma avaliação padronizada, comparada com outras escolas, outros estados e com o Brasil inteiro. Como a gente usa a TRI, as provas são comparáveis ano a ano, a escala é a mesma. O diretor vai saber se aquelas medidas que adotam na escola estão, ano a ano, melhorando. Em vez de ter de esperar os resultados, agora, todo ano, o professor terá uma avaliação dos seus alunos. 
Agência Brasil: Hoje o Saeb avalia os conhecimentos em português e matemática. Mais recentemente, foram aplicadas, em forma de amostra, questões de ciências. O que será cobrado nessa nova prova? 
Alexandre Lopes: Competências e habilidades. São as áreas de conhecimento que estão previstas na BNCC [Base Nacional Comum Curricular] A partir dessa base, vamos gerar as matrizes de provas e produzir os itens.  A gente quer aproximar o modelo de avaliação daquilo que existe no exterior, como, por exemplo, o Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]. Os itens do Pisa são mais sofisticados. Isso é que queremos levar para a nossa avaliação. [Queremos] melhorar a qualidade dos itens de prova que fazemos. Como a prova é digital [no ensino médio], então, a gente vai poder começar a fazer itens mais sofisticados, para aferir os conhecimentos dos alunos em relação às competências e habilidades que estão previstas. 

As provas serão por área de conhecimento, como no Enem, que tem ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática. Essa avaliação tem que ser utilizada por todos os professores, não somente de português e matemática. Tem que ser utilizada também pelos de química, física, história, geografia, etc [disciplinas], que compõem essas áreas do conhecimento.  
Agência Brasil: Haverá metas de aprendizagem? Atualmente, o Saeb é usado para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é o mais importante indicador escolar de qualidade da educação. Hoje, há metas previstas para esse índice. Como será com o novo Saeb?
Alexandre Lopes: O programa de metas termina em 2024. Ano que vem é o último ano de aplicação do Saeb tradicional. É o momento da sociedade repactuar as metas de ensino. O que estamos mostrando para a sociedade é que o sistema de avaliação vai mudar. O que vai ser avaliado agora é diferente. É um passo de cada vez. A partir da definição do modelo de avaliação, a gente vai passar a discutir - e esse é um trabalho mais até do MEC, e talvez do Inep, junto com a sociedade - uma repactuação com a sociedade. Onde queremos chegar nos próximos dez, 20 anos? [Serão] novas metas, com o indicador que vai ser revisitado. 

Agência Brasil: Como será implementado o novo Saeb?
Alexandre Lopes: Ano que vem começa no 1º ano do ensino médio. Em 2021, a gente vai ter a aplicação do Saeb tradicional, da maneira como já e feito, no 2º ano, 5º ano e 9º ano do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio, em papel, normal. Não vamos mudar isso. Vamos acrescentar o 1º ano do ensino médio. No ano que vem, todos os alunos das escolas públicas e privadas do 1º ano do ensino médio vão fazer o novo Saeb em tablet. Em meio digital. 

A partir do momento que entra um ano, ele não sai mais, então em 2021 entra o 1º ano do ensino médio. Em 2022, 2023, 2024, etc, vai ter sempre aplicação para o 1º ano. Em 2022, entra o 2º ano e, em 2023, o 3º. Vamos também implementar [o novo Saeb] no ensino fundamental.
Temos um cronograma, mas por causa da substituição que houve no MEC, com a nova secretária de Educação Básica, Ilona Becskeházy, vou revalidar o cronograma para ver se ela está de acordo. Preciso conversar para saber se a ordem de implementação no ensino fundamental atende às necessidades da nova secretária. 
Agência Brasil: Sabemos que nem todas as escolas possuem tablets, como será o acesso à avaliação?
Alexandre Lopes: Nós vamos fornecer os equipamentos. O modelo de aplicação não é um modelo do Enem, que o aluno vai em um fim de semana a um local de prova e faz o exame. O modelo de aplicação é um modelo Saeb, que é o mais barato que temos. Levamos o equipamento para a escola, o aluno faz prova na própria escola ao longo de várias semanas. Então, o mesmo equipamento é utilizado por vários alunos.

Agência Brasil: Em termos de números, vamos passar de quantos alunos que fazem hoje o Saeb para quantos fazendo a nova avaliação? 
Alexandre Lopes: Vão ser todos os alunos das escolas públicas e privadas. Do 2º ano do fundamental ao 3º do médio, totalizando 35 milhões de alunos. No ano passado, o Saeb foi aplicado para 6 milhões. 

Agência Brasil: Para ampliar a avaliação serão necessárias mais questões e, para isso, imagino, a publicação de editais para convocar professores para a elaboração. Como o Inep está se organizando? Como fica o orçamento da autarquia?
Alexandre Lopes: Para este ano, de 2020, não precisamos de nenhum recurso adicional. O orçamento do Inep é suficiente para a execução das atividades preparatórias do novo Saeb. Precisamos apenas para a aplicação da prova no ano que vem. Então, vamos pedir orçamento para 2021. A gente vai começar a conversar com o Ministério da Economia para, primeiro, reconhecer que o quadro de servidores do Inep é formado de carreiras típicas de Estado. Fazemos o Enem, calculamos o Ideb, fazemos o Censo, o Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes], avaliações in loco nas instituições de ensino superior, nós fazemos publicações. As atividades do Inep são estratégicas, cruciais para a educação brasileira. Segundo ponto, é preciso que a gente faça concurso público para o Inep. Eu sei que é difícil, é demorado, mas a gente vai começar a conversar com o Ministério da Economia sobre isso porque o que dá base, o que dá continuidade a esse trabalho, são os servidores do Inep. Não dá para fazer com servidores externos. Então, precisamos fazer um concurso.

Mas não é um trabalho para ser feito só com os servidores. Não preciso fazer um concurso público grande, enorme, não é esse o objetivo. Nós vamos fazer, que a lei permite, é trazer servidores dos estados e municípios, cedidos, temporariamente, como prevê a legislação, com salário pago na origem, pelo ente que está cedendo. Eles virão aqui construir junto com a gente esse novo Saeb. Vamos capacitar esses professores na produção de itens, com a TRI, e eles vão ajudar a produzir esses itens. Depois, voltam para seus estados e municípios como multiplicadores do conhecimento que adquiriram aqui. 

Agência Brasil: Esses professores serão, então, os responsáveis pela elaboração de todos os itens? 
Alexandre Lopes: Eles vão trabalhar junto com a nossa equipe, sob supervisão dos servidores do Inep, na produção de itens, na logística de aplicação, nos vários serviços que compõem a elaboração do novo Saeb. 

Agência Brasil: Quanto precisará ser investido? 
Alexandre Lopes: O custo estimado para a realização dessa prova no 1º ano do ensino médio é de R$ 300 milhões. Mas é importante entender que o custo é decrescente no tempo. Por que isso? Vamos aplicar em 2021 para os 2,7 milhões de alunos que existem no 1º ano do ensino médio. Em 2022, quando formos aplicar para o 2º ano, não serão R$ 600 milhões porque já estarei com os equipamentos na escola, com aplicadores na escola. Não vou precisar dobrar a quantidade de equipamentos.

Depois que implementar do 2º do fundamental ao 3º do médio e tiver todos os equipamentos, o custo passa a ser só de manutenção e reposição. O custo passa a ser de aplicação, não tem mais investimento. Nesses anos de implementação, há custo de investimento, de garantia de equipamentos. O custo é decrescente, começa mais alto porque há investimento, e depois é decrescente. Há aproveitamento de equipamentos e pessoal. 
Agência Brasil: Em relação ao ensino médio, como o Enem seriado vai ser usado para o ingresso no ensino superior? 
Alexandre Lopes: O Enem seriado é a prova do Saeb aplicada no ensino médio. Não é uma prova a mais. Com o resultado do 1º, 2º e 3º ano, vamos construir uma nota, uma proficiência. Com essa nota, o aluno vai se candidatar a instituições de ensino superior. São vagas diferentes. A nota não vai ser comparada à nota do Enem. Você terá um percentual de vagas reservado para o Enem tradicional e um percentual para o Enem seriado. Será mais uma opção de acesso à faculdade. Esse processo de avaliação seriada existe em alguns lugares, como Brasília [como forma de ingresso na Universidade de Brasília (UnB)] e Pernambuco [na Universidade de Pernambuco (UPE)]. Mas, isso não está disponível para todos os alunos do país. Com o Enem seriado, estamos levando essa possibilidade de o jovem usar notas do 1º, 2º e 3º ano para todo o Brasil. Esse é o diferencial. É uma forma de inclusão, é algo a mais.

Agência Brasil: Quando o Enem seriado começa a valer para ingressar no ensino superior?
Alexandre Lopes: [O Enem seriado] começa no ano que vem, esses alunos vão concorrer a vaga nas universidades em 2024. Farão as provas no 1º, 2º e 3º anos, receberão um conceito e, com ele, vão concorrer a vagas. Como a prova é feita no fim do ano, eles farão em 2023 e concorrerão [a vagas em universidades] em 2024. Se tiverem um bom conceito poderão entrar direto na faculdade. Podem também fazer o Enem. O Enem [tradicional] permanece, não existe previsão de acabar com o Enem. 

Agência Brasil: Uma das discussões em relação a qualquer tipo de avaliação em educação é o que de fato ela é capaz de medir e de que forma influencia no que é ensinado em sala de aula. Isso porque, uma vez que todos os alunos fazem uma prova no fim do ano e essa prova serve para medir o aprendizado, as escolas tendem a ensinar os estudantes a fazer essa avaliação. O conteúdo todo se volta para a prova. Como o Inep vê essa questão? 
Alexandre Lopes: A gente só conhece aquilo que sabe medir. O que a gente não mede, não conhece. Existe hoje um desconhecimento muito grande, principalmente por parte da família, do que acontece na escola, então, o que estamos fazendo é levando informações e conhecimento para propiciar maior interação entre a família e a escola. Estamos levando uma informação para o professor, para o diretor, oferecendo informação. Estamos oferecendo uma coisa que muitas pessoas querem e não têm - um conjunto de informações que poderá ajudar na aula, ajudar os diretores. Eu acredito no aspecto positivo da avaliação externa. Entendo, conheço esses posicionamentos, mas acho que, para o Brasil de hoje, é importante que se conheça um pouco mais a realidade das escolas para que as medidas, as intervenções pedagógicas, sejam realmente eficientes. Acho que é importante ter esse papel da avaliação externa. Pode ser que daqui a 20, 30 anos, essa realidade seja diferente. Para o Brasil de hoje, nós entendemos que é importante.          

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-05/educacao-entenda-como-serao-o-novo-saeb-e-o-enem-seriado

Mundo tem 3,8 milhões de casos de covid-19; Brasil é 6º em mortes

O acumulado de casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em todo o mundo chegou a 3,8 milhões. O balanço foi divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje (9), com dados até a manhã deste sábado (10). Há uma semana eram 3,2 milhões de casos, o que representa um aumento de 20%. Há um mês, havia 1,43 milhão de casos. Em 30 dias, o acréscimo foi de 265%.
As mortes chegaram a 265,8 mil em todo o planeta. Há uma semana, eram registrados 230,1 mil óbitos. Em sete dias, o crescimento foi de 15%. Há um mês, a OMS anunciava 85,7 mil mortes. De lá até agora, o índice mais do que triplicou.
A pandemia está concentrada sobretudo na Europa e nas Américas. O primeiro continente concentra 1,68 milhão de casos confirmados. Já a segunda região reúne 1,63 milhão de pessoas infectadas. Em seguida vêm a área definida como Mediterrâneo, com 246 mil, o Pacífico do Oeste, com 158 mil, o Sudeste Asiático, com 90,8 mil, e a África, com 40,5 mil.

Brasil

O Brasil assumiu a 6ª colocação em número de mortes, com 9,14 mil. O país só fica atrás da França (26,18 mil), Espanha (26,25 mil), Itália (30,2 mil), Reino Unido (31,24 mil) e Estados Unidos (69,88 mil).
Em relação ao número de casos confirmados, o Brasil ocupa a 9ª posição no ranking mundial da OMS, com 135,1 mil. Acima do país estão Turquia (135,56 mil), França (136,57 mil), Alemanha (168,55 mil), Rússia (198,67 mil), Reino Unido (211,36 mil), Itália (217,18 mil), Espanha (222,85 mil) e Estados Unidos (1,24 milhão).
*Com informações do site da OMS
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-05/mundo-tem-38-mi-casos-de-covid-19-brasil-e-6o-em-mortes

Globo exibirá primeira vitória de Senna no Brasil no domingo



Apresentador e narrador do Grupo Globo, Galvão Bueno usou sua conta no Instagram nesta sexta-feira (8) para anunciar a transmissão do Grande Prêmio de Interlagos de 1991, corrida que rendeu a Ayrton Senna a primeira vitória em solo brasileiro, durante o Esporte Espetacular no próximo domingo (10).

Galvão publicou um vídeo com cenas marcantes da prova e trechos da transmissão original, narrada por ele próprio. O vídeo também traz, em texto, detalhes marcantes da prova, como o fato de que Senna completou a corrida com o carro quebrado e fisicamente esgotado, além de enfrentar uma forte chuva.

"Vamos reviver uma das corridas mais épicas da carreira de Ayrton Senna. É neste domingo, no Esporte Espetacular", escreveu Galvão na legenda.

Dirigindo uma McLaren, Ayrton Senna venceu a prova mesmo com a maior parte do câmbio do carro danificado e vendo a aproximação de Ricardo Patrese e de Gehrard Berger nas últimas voltas.

Além de ter a vitória do piloto brasileiro no GP do Brasil pela primeira vez, 1991 ficou marcado como o ano do terceiro --e último-- título da carreira de Ayrton Senna.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78576-globo-exibira-primeira-vitoria-de-senna-no-brasil-no-domingo.html

Aplicativo para monitorar coronavírus na Bahia ganha versão para iOS



Os usuários da plataforma iOS já podem utilizar o aplicativo “Monitora”, do governo da Bahia e do Consórcio Nordeste, que possibilita o registro de informações de pessoas com suspeita da Covid-19, viabilizando o atendimento remoto, monitoramento e acompanhamento dos cidadãos. O app já existia desde o mês passado no sistema Android.

“Vamos monitorar, em toda a Bahia e os outros estados do Nordeste vão fazer o mesmo, onde estão os casos suspeitos e quem apresenta sintomas. Além disso, vamos tirar as dúvidas das pessoas sobre a doença e as medidas tomadas pelo governo para combater o novo coronavírus. Nós queremos georeferenciar os casos na Bahia e em Salvador. Saber em que bairro ou em que cidade estão aparecendo mais casos, de modo a ter uma demonstração visual da realidade da doença em todo o território estadual”, disse o governador Rui Costa (PT).

O internauta poderá acessar informações, além de ter o acompanhamento do seu estado de saúde. Também serão solicitadas informações sobre a sua saúde e, caso seja identificado o risco, um médico entrará em contato em até 24 horas, pelo celular, orientando as medidas para o autocuidado, que devem ser adotadas no próprio domicílio, evitando que o paciente se dirija a uma unidade de saúde e se exponha sem que haja a real necessidade. Caso seja indicado, o médico informará qual o serviço de referência mais próximo. 

O aplicativo foi desenvolvido pelas secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Saúde (Sesab), em parceria com a FESF-SUS. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248104-aplicativo-para-monitorar-coronavirus-na-bahia-ganha-versao-para-ios.html

Brasil é exceção no mundo com Enem durante pandemia



A insistência do governo Jair Bolsonaro em manter as datas do Enem, apesar da pandemia do novo coronavírus e do fechamento de escolas, vai na contramão do ocorre no resto do mundo.

A maioria dos países adiou exames de acesso à universidade, como é o caso do Enem. Só 5 países de 19 com provas similares, mantiveram o cronograma, segundo levantamento do Instituto Unibanco.

A preocupação com a manutenção do Enem envolve o risco de agravamento das desigualdades educacionais. Todas as redes estaduais de ensino, que concentram mais de 80% dos alunos de ensino médio no país, interromperam aulas. Como estudantes mais pobres enfrentam maiores dificuldades para estudar com as escolas fechadas, terão menores chances no Enem.

O Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior no país. A aplicação em papel está prevista para os dias 1º e 8 de novembro, e as digitais, para 22 e 29 de novembro. Com datas mantidas, as inscrições abrem na segunda-feira (11) e vão até 22 de maio.

De 19 países com exames de acesso à universidade similares ao Enem, dez já adiaram ou cancelaram suas provas: China, EUA, Espanha, Irlanda, Malásia, Polônia, Rússia, Singapura, Gana e Colômbia (para partes das escolas, na região norte). A prova foi substituída por outra forma de avaliação na França e Reino Unido e a situação segue indefinida na Finlândia e na Itália.

Apesar de cada país ter calendário escolar e panorama da doença diversos, a perda de aulas por causa do fechamento de escolas --e o prejuízo dos alunos-- está no centro das preocupações da maioria.

Os EUA, por exemplo, mudaram o cronograma do SAT (teste de aptidão escolar) e algumas universidades retiraram a exigência do exame. Na China, o Gaokao --maior exame de admissão do mundo-- foi adiado por um mês e será realizado em julho.

É a primeira vez desde 1977 que essa prova é adiada nacionalmente. Já a decisão para uma nova data do exame russo só será tomada após o fim do recesso escolar de maio.

Alemanha, Japão e a Colômbia (para parte das escolas, do sul do país) mantiveram as provas. Também houve manutenção no Chile e no Egito, mas os exames nesses países terão adaptações para exigir apenas conteúdos de anos anteriores ou já abordados antes do fechamento das escolas.

Por aqui, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, contraria sugestões de secretários de Educação pelo adiamento e politiza o tema.

O superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, afirma que a perda de aulas tem maior impacto para estudantes mais pobres, mas impacta também os outros.

"A programação da vida escolar tem como ápice esse momento, que agora está desestruturado em termos objetivos [de aprendizado] e subjetivos [emocional]. E a capacidade de compensar esse choque é muito menor na população mais vulnerável", diz.

Henriques ressalta que manter o Enem não é uma decisão isolada do MEC, mas mantém coerência com "certa síndrome do negacionismo que assola o governo". O presidente Jair Bolsonaro tem minimizado os efeitos da pandemia, a quantidade de mortes, e defende o relaxamento da quarentena e volta das aulas.

Segundo Henriques, o MEC abriu mão da capacidade e obrigação de articulação com universidades e redes de educação básica para que houvesse, por exemplo, um novo arranjo de calendário de provas ou outras formas de ingresso no ensino superior.

"Por incompetência da gestão da crise, só estudantes estão pagando", afirma.

Weintraub tem se esforçado, em postagens pelas redes sociais, em dar cores ideológicas para a pressão pelo adiamento do Enem. "Políticos de esquerda querem 'adiar' o Enem, que será lá em novembro. Adiar para março? Abril? Na prática, perde-se o ano", escreveu ele em 4 de maio em sua conta no Twitter.

Em reunião com senadores na última terça-feira (5), o ministro disse não ver motivos para alterar a data da prova e afirmou que o exame não foi feito para corrigir injustiças.

O Consed (órgão que representa os secretários estaduais de Educação) têm insistido com a revisão do cronograma do exame. O Conselho Nacional de Educação sugeriu em parecer que a definição de cronogramas de avaliações considere o período de interrupção de aulas.

A Justiça paulista chegou a determinar adiamento, mas a decisão foi revertida. O TCU (Tribunal de Contas da União) também analisa o tema.

Há na Câmara projeto de decreto legislativo para suspender o edital do Enem. "A pandemia já aprofunda o fosso da desigualdade educacional e o MEC vive uma alienação profunda e se nega a aceitar essa realidade", diz o deputado Israel Batista (PV-DF), secretário-geral da Frente Parlamentar Mista de Educação.

O deputado e outros co-autores buscam assinaturas para dar urgência ao projeto, mas a aproximação de Bolsonaro com partidos do centrão tem sido um obstáculo. "Essa não é uma questão partidária", diz.

Procurado, o MEC não respondeu aos questionamentos da reportagem.

O levantamento do Instituto Unibanco ainda mostra que, de 27 países analisados, 14 alteraram as datas, cancelaram ou substituíram exames regulares ou provas de conclusão de ensino fundamental ou médio.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78580-brasil-e-excecao-no-mundo-com-enem-durante-pandemia.html

Bolsonaro cancela churrasco deste sábado no Palácio da Alvorada



O presidente Jair Bolsonaro desistiu da ideia de fazer um churrasco no Palácio da Alvorada neste sábado (9). 

Aliados do presidente ouvidos reservadamente pelo jornal Folha de S.Paulo, comunicaram que Bolsonaro decidiu cancelar na sexta-feira (8) o convite que havia sido feito a ministros e outros integrantes do governo. Não foi apresentado uma justificativa oficial, mas eles dizem acreditar que a grande repercussão negativa pesou para a decisão.

No mesmo dia que anunciou o evento, o Brasil registrou 10 mil mortos por conta do coronavírus. 

Na sexta-feira (8), o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, fez piada quando questionado se haveria o churrasco neste sábado e reclamou, ainda em tom de brincadeira, do valor da vaquinha para a compra das carnes.

"O presidente ainda não falou comigo sobre churrasco, e está caro. R$ 70 tá muito caro", disse Mourão no fim da tarde de sexta-feira, após deixar uma reunião com Bolsonaro e outros ministros no Ministério da Defesa.

Logo depois desta fala, Bolsonaro também falou sobre o churrasco ao parar para falar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.

No mesmo dia em que o país registrou recorde de mortes em 24 horas pelo coronavírus, Bolsonaro fez ironias sobre a realização de um churrasco na residência oficial e chegou a falar em 3.000 convidados em conversa com apoiadores. 

Inicialmente, o presidente havia comunicado que faria um churrasco apenas com a presença de sua equipe ministerial, cerca de 30 pessoas, o que foi criticado por deputados e senadores por desobedecer as recomendações das autoridades de saúde.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/248110-bolsonaro-cancela-churrasco-deste-sabado-no-palacio-da-alvorada.html

Repórter da Globo é alvo de racismo ao usar máscara contra coronavírus



O repórter Manoel Soares, 40, relatou ao vivo no programa É De Casa (Globo), na manhã deste sábado (9), que sofreu uma situação de racismo nas redes sociais.

O jornalista teve uma foto sua divulgada na web, na qual ele usa uma máscara para se proteger do coronavírus enquanto faz uma reportagem, e um internauta comentou: "Esse preto de máscara. Assalto?".

Junto a um advogado, o repórter falou sobre situações corriqueiras de racismo na internet, e disse que é importante que as pessoas salvem a tela ("deem print") com as ofensas, que serve como prova contra o crime.

Soares, por sua vez, diz que lida com essas situações olhando para o lado positivo de sua vida. "A gente encontra uma pessoa preconceituosa e centenas de outras pessoas que nos fazem bem. Eu tomei a decisão de olhar pro lado que me faz bem. Não vou dar audiência pra pessoas que não valem a pena", disse Soares. "Não deixe que o racismo paute a vida".

Ao final da reportagem, um dos apresentadores do programa, Zeca Camargo, disse que "essa batalha contra a ignorância é tão forte e tão grave quanto essa do coronavírus".


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/78585-reporter-da-globo-e-alvo-de-racismo-ao-usar-mascara-contra-coronavirus.html