Paralisados há cinco dias, os professores da rede estadual
de ensino da Bahia decidiram, nesta segunda-feira (16), durante reunião do
comando de greve, entrar com um recurso para derrubar a liminar que declarou a
ilegalidade do movimento. O Sindicato
dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), que coordena a
mobilização, exige o cumprimento do acordo de reajuste de 22,22% no piso
nacional por parte do governo. Até o momento, a paralisação se mantém por tempo
indeterminado. Cerca de um milhão de estudantes estão sem aulas em todo estado.
De acordo com Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB, o
planejamento da greve está mantido mesmo sob risco de multa diária de R$ 50
mil, indicado na ordem judicial emitida na sexta-feira (13) pelo juiz da 5ª
Vara da Fazenda Pública de Salvador, Ricardo D’ Ávila. "Amanhã temos
reunião na capital e no interior e, na quarta-feira [18], iremos reunir os
professores na sede da governadoria. Não tem entendimento. O setor jurídico
recebeu ordem para entrar com recurso e vai construir a argumentação",
afirma.
O magistrado pediu retorno imediato das atividades. A adesão
dos professores é de maioria. Na cidade de Itabuna, sul da Bahia, por exemplo,
95% dos profissionais, segundo a APLB, participam da greve. Em Feira de
Santana, a segunda maior cidade do estado, a mobilização da classe afeta as
atividades educacionais de aproximadamente 150 mil alunos.
Fonte: G1 Ba