Um grupo de trabalho do Governo do Estado atua desde janeiro para o
enfrentamento à epidemia das doenças Dengue, Chikungunya e Zika, todas
transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O Zika Vírus está relacionado
ainda à Síndrome de Guillain-Barré, doença que provoca a paralisia
inicialmente dos membros inferiores, pernas e pés, e que, e se não for
tratada, pode evoluir e levar à morte.
O Estado destinou 36 leitos para
receber exclusivamente pacientes vítimas desta síndrome, que, até esta
segunda-feira (13), contabiliza 76 casos suspeitos da Síndrome de
Guillain-Barré. Do total, 42 foram confirmados. Segundo o secretário da
Saúde, Fábio Vilas-Boas, o Estado tem um projeto de combate e
contingência para as epidemias. “A Zika veio associada ao aumento do
número de registros da Síndrome de Guillan Barré. Estamos acompanhando
de perto o aparecimento de novos casos e bloqueamos leitos em toda a
rede hospitalar.
Nosso projeto de enfrentamento foi submetido ao
ministério há cerca de 60 dias, solicitando um aporte de R$ 15 milhões.
Eu e o governador Rui Costa vamos a Brasília esta semana solicitar ao
Ministério da Saúde uma participação neste enfrentamento que vem sendo
todo feito exclusivamente com recursos do Estado da Bahia”. De acordo
com a diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, menos de 1% das
pessoas que tiveram Zika Vírus vão desenvolver a Síndrome de
Guillian-Barré. “Os primeiros sintomas da síndrome são a fraqueza e a
dormência começando pelos membros inferiores, e, nestes primeiros
indícios, a pessoa deve procurar logo um serviço médico”. Segundo ela,
os primeiros sintomas da Guillian-Barré aparecem de sete até 30 dias
após a infecção do Zika Vírus.
Ainda segundo Nunes, das três doenças, a
considerada mais grave é a dengue, que, na sua fase aguda, pode levar à
morte e se caracteriza pela prostração e febre alta. “Depois vem a
chikungunya, que tem sintomas parecidos com a dengue, mas embora seja
mais leve, pode deixar dores nas articulações por até dois anos. Agora
temos o Zika Vírus, que apresenta como maior sintoma a lesão de pele e
coceira. Temos visto que depois de identificada essa doença do Zika
Vírus, foi registrado também um aumento nos registros da Síndrome de
Guillan-Barré, e a literatura médica já mostrava essa possibilidade”.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/175447-estado-destina-leitos-para-baianos-com-sindrome-de-guillain-barre.html