sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Planetas 'sósias' da Terra podem ganhar nomes por votação

 Entidade estuda realizar concurso para batizar os sete astros

Identificados provisoriamente apenas com as letras b, c, d, e, f, g e h, os sete exoplanetas que orbitam a estrela Trappist-1, cuja descoberta foi anunciada na última quarta-feira (22) pela Nasa, podem ganhar seus nomes definitivos por meio de um concurso mundial.
O italiano Piero Benvenuti, secretário-geral da União Astronômica Internacional (UAI), disse à ANSA nesta quinta (23) que a entidade estudará a hipótese de realizar uma competição global, com votação online aberta a qualquer pessoa, para escolher como os astros serão batizados.
Com isso, os sete planetas podem entrar para as cartas celestes com nomes inspirados em lugares e personagens históricos ou mitológicos. "Seguramente discutiremos sobre isso na reunião do comitê executivo da UAI, que será realizado em maio, em Pune, na Índia", declarou Benvenuti.
De acordo com o italiano, as sugestões seriam apresentadas por astrônomos - profissionais ou amadores -, entidades de pesquisa, associações culturais e ONGs, respeitando as normas para nomenclatura celeste. Ou seja, os nomes precisariam ser reconhecidos universalmente e não poderiam gerar controvérsias políticas, religiosas ou culturais.
Foto: EFE
"Eu, pessoalmente, escolheria nomes ligados a ideais de paz e fraternidade. Se esses planetas forem habitados, precisaremos de um belo cartão de visitas", brincou o secretário-geral da UAI. As sugestões seriam analisadas por uma comissão da União Astronômica e depois submetidas a votação online.
"Podemos pensar também em um prêmio aos vencedores, oferecendo a possibilidade de dar o próprio nome a um asteroide", acrescentou o astrônomo italiano, lembrando que um concurso parecido já foi realizado em 2015 para batizar 20 sistemas planetários.
Dos sete planetas da estrela Trappist-1, na constelação de Aquário, três estão na chamada "zona habitável", área considerada ideal pelos cientistas para que haja água em estado líquido, condição essencial para a existência de vida como a conhecemos.
Foto: Getty Images
Todos eles possuem tamanhos semelhantes ao da Terra, sendo que aquele que fica mais perto da estrela leva pouco mais de um dia para completar uma órbita. O mais distante precisa de 20. No nosso sol, muito maior que a anã vermelha Trappist-1, essa proximidade seria incompatível com a vida.
O sistema fica a cerca de 40 anos-luz da Terra, mas ainda precisarão ser feitos novos estudos para determinar a composição de suas massas. De acordo com o presidente da Agência Espacial Italiana (ASI), Roberto Battiston, serão necessários de 10 a 15 anos para se ter a tecnologia capaz de observar com mais detalhes a atmosfera dos exoplanetas e dar mais consistência à possibilidade de eles possuírem água líquida. 

Fonte: https://noticias.terra.com.br/ciencia/planetas-sosias-da-terra-podem-ganhar-nomes-por-votacao,93847c0ae4d609fed8b31e5a42b7ee6c8st9nb5e.html

Prepare-se para o incrível eclipse do Sol deste domingo

 O fenômeno poderá ser observado de quase todas as partes do Brasil

O domingo de Carnaval será acompanhado de um espetáculo a mais: um eclipse do Sol que poderá ser admirado de quase todas as regiões do país. Em algumas partes do globo como o sul do Chile, Argentina e África ele será total (quando a Lua encobre o Sol completamente), mas, aqui no Brasil, será parcial e uma meia-lua luminosa poderá ser vista no céu. O fenômeno deve atingir seu ponto máximo entre 11h e 12h30 e pode durar até 3 horas, dependendo da localização do observador.
Estados mais ao sul terão uma visualização melhor do eclipse – mas isso não impede que outras regiões possam ver pelo menos uma parte da Lua encobrindo o Sol. Segundo o astrônomo Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), apenas algumas partes do Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Rondônia e Pará não conseguirão ver nada. “De maneira geral, quanto mais ao sul do país, maior a fração do Sol que será encoberta pela Lua”, afirma. De acordo com ele, em alguns estados a sombra da Lua poderá ocultar até 70% do Sol.
O horário máximo do eclipse também varia de acordo com a posição de quem observa. “A sombra da Lua se desloca do Oeste para o Leste. Portanto, os territórios mais a Oeste verão o fenômeno antes do que as regiões mais próximas do oceano”, diz Rojas. Cidades que ficam perto das fronteiras com a Argentina e o Paraguai poderão observar o auge do eclipse por volta das 11h, enquanto em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília isso acontece um pouco mais tarde, em torno das 11h30. Os últimos a ver o eclipse serão os observadores da Paraíba e do Rio Grande do Norte, que só poderão admirá-lo perto das 12h30. “Vale a pena estar de prontidão pelo menos meia hora antes destes horários para acompanhar o desenrolar da fase máxima do eclipse parcial”, comenta o astrônomo.
Como se prepararAlguns cuidados, no entanto, são necessários na hora de assistir ao espetáculo. Os astrônomos orientam os observadores a nunca olhar diretamente para o Sol, pois intensa radiação solar pode danificar a visão em instantes. Para poder admirar o eclipse sem riscos, Rojas sugere utilizar um vidro de máscara de solda – os mais espessos, de tonalidade 14, fornecem a proteção adequada. Outros materiais caseiros como óculos escuros, chapas fotográficas veladas e chapas de raios-x não devem ser usados com essa finalidade.
Para quem quiser uma maior precisão, o astrônomo também indica verificar o horário exato em que o eclipse irá ocorrer na sua cidade com a ajuda de um software planetário. “Também vale a pena procurar na sua região uma observação pública do eclipse. Muitos observatórios e clubes de astronomia irão promover eventos”, afirma.
(Com informações da VEJA.com)
Fonte: http://180graus.com/noticias/preparese-para-o-incrivel-eclipse-do-sol-deste-domingo