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sábado, 26 de janeiro de 2013
Projeto Som da Esperança movimenta a Praça da Matriz de Inhambupe
A noite desse sábado(26) foi muito movimentada na Praça da Matriz de Inhambupe, onde os evangelicos da Igreja do Evangelho Quadrangular aproveitaram a noite com os shows das Banda Som da Esperança e HC3 e ainda teve apresentações teatrais.
A Igreja do Evangelho Quadrangular de Salvador, do bairro de Pernambués também estava presente, o evento contou com o apoio de Cosminho e do Pastor Roberto de Inhambupe.
Projeto Som da Esperança na Praça da Matriz em Inhambupe
Vereador Eliezer da Farinha e Cosminho
A Igreja do Evangelho Quadrangular fez um ótimo trabalho aqui em Inhambupe hoje(26) na Praça da Matriz, um trabalho que teve Aplicação de fluor, Corte de Cabelo, Distribuição de roupas que foi um sucesso e rapidinho o povo escolheu sua roupa de graça e levaram, teve consulta com os profissionais da saúde e apresentação de teatro e dança.
Esse Projeto contou o apoio de Cosminho, junto com o Pastor Roberto e o pessoal da Igreja do Evangelho Quadrangular, parabéns a todos pela a iniciativa, são pequenos trabalhos que fazem a diferença.
A noite ainda tem a Apresentação da Banda HC3 e Banda Som da Esperança.
Apesar de chuvas, Nordeste levará uma década para se recuperar de efeitos da seca, preveem especialistas
4.set.2012 - Árvore perde as folhas com a estiagem que castiga o Santa
Maria da Boa Vista, em Pernambuco. Cerca de 72 cidades do Estado em
situação de emergência, segundo determinação do governo federal. O
Exército atuará no transporte de milho para abastecer o semiárido
nordestino afetado pela seca Mais João Carlos Mazella/Fotoarena/Agência O Globo
A volta das chuvas no semiárido nordestino
trouxeram a esperança de dias melhores ao sertanejo, mas ainda estão
longe de acabar com a devastação ambiental causada pela seca desde o
início de 2012. Segundo especialistas e autoridades, a recuperação de um
período de estiagem tão longo e intenso só deve acontecer em um década.
Isso, caso as chuvas voltem à média nos próximos meses e ações
governamentais sejam tomadas para garantir o abastecimento de água. A
seca 2012-2013 já é considerada a pior em pelo menos 40 anos.
Em muitas regiões do sertão, a semana foi de chuva intensa, que
chegaram a causar prejuízos e levaram municípios que sofriam com a seca a
decretar emergência no Piauí e na Bahia. Porém, devido ao deficit
hídrico acumulado, as chuvas não devem ser capazes de suprir toda a
carência deixada nos últimos meses. É a chamada "seca verde", quando o
pasto floresce, o chão fica úmido, mas não houve um bom acúmulo de água.
"As chuvas que caíram esses dias foram importantes, mas não foram
suficientes para a regularização do deficit hídrico no Estado. O que tem
chovido não corresponde a 10% do necessário para a normalização hídrica
do Estado. É necessário que as chuvas continuem a cair", afirma o
meteorologista da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de
Sergipe, Overland Amaral.
Mesma situação de "seca verde" é enfrentada na Bahia. "Essas chuvas
deram uma aliviada, mas não resolvem o problema, pois o deficit é muito
grande e vem de longo tempo. Há ainda um prejuízo muito grande para a
agricultura, pois a retomada vai demorar muito tempo.", afirma o
coordenador da Defesa Civil da Bahia, Salvador Brito.
10 anos de recuperação
Em Alagoas, 37 municípios sofrem com a estiagem e a situação também é
de caos. Para o ex-secretário de Estado da Agricultura e recém-empossado
na cidade de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB), é preciso que o
governo federal participe de forma mais atuante no processo. Ele também
acredita que a recuperação nordestina só ocorrerá a longo prazo.
"Serão 10 anos para recuperar os efeitos desta seca. Precisamos pensar
em ações de médio e longo prazo, porque a seca é um efeito natural que
sempre acontece. É necessário propor a criação de um órgão a nível
federal específico para seca", disse.
Diante da necessidade de recuperação a médio e longo prazo, a AMA
(Associação dos Municípios Alagoanos) preparou uma série de
reivindicações que serão entregues, nos próximos dias, ao ministro da
Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Entre as medidas
solicitadas estão o fortalecimento do programa de segunda água, que
prevê a construção de cisternas com capacidade para 52 mil litros (que
serviria para consumo animal), recuperação de 100% dos poços artesianos e
criação de um programa para plantio da palma (vegetação da mesma
família do cacto, que sobrevive a longos períodos de seca, mas serve de
alimento para o rebanho).
Na Paraíba, onde 195 municípios decretaram emergência, as chuvas caíram
com menos intensidade nos últimos dias. A situação no Estado ainda é
considerada bastante preocupante, especialmente no que diz respeito a
questão pecuária. Segundo o presidente da Federação da Agricultura da
Paraíba, Márcio Borba, 40% das cabeças de gado do Estado foram perdidas
com a seca, seja por morte, transferência de Estado ou abate antecipado.
"A Paraíba tinha 1,2 milhão de reses [animais que se abatem para a
alimentação] antes da seca, e hoje não temos 800 mil. Se continuar seco,
além das 40% perdidas, 30% irão daqui para o final de 2013. Vamos levar
de oito a 10 anos para recuperar esse índice, caso tenhamos anos
normais e se houver incentivo do governo federal, que até agora tem
feito algo quase que insignificante", disse.
Segundo um estudo do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do
Nordeste), ligado ao Banco do Nordeste, os Estados também sofreram
severamente com a perda de lavoura, o que levará um tempo para ser
recuperado. Em 2012, por exemplo, houve uma queda da safra de 85% de
milho e feijão no Ceará --foram 1,179 milhão de toneladas colhidas em
2011, contra 176 mil no ano passado. A perda foi a maior desde 1958.
Falta de chuva
Segundo dados da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), o ano de 2012
foi marcado por uma queda considerável na precipitações. "Nos meses de
fevereiro, março e abril de 2012, por exemplo, choveu entre 300 e 500 mm
a menos do que o ano de 2011. É importante mencionar que, para o
semiárido nordestino, o principal período chuvoso costuma iniciar entre
fevereiro e março", afirmou o professor Humberto Barbosa, coordenador do
Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite da
Ufal. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água em 1 m².
"A seca hídrica é ainda muito intensa e é o maior problema enfrentado
hoje, pois o deficit é muito alto. Precisamos que, ao menos este ano, a
chuva ocorra na média, para não piorar ainda mais a situação",
complementou Barbosa.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/01/26/apesar-de-chuvas-nordeste-levara-uma-decada-para-se-recuperar-de-efeitos-da-seca-preveem-especialistas.htm
PT diz que Dilma Rousseff é candidata à reeleição
Em mais uma tentativa de sepultar os rumores de uma eventual candidatura
ao Planalto de Luiz Inácio Lula da Silva em 2014, o presidente nacional
do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira que uma de suas principais
metas à frente da sigla será reeleger Dilma Rousseff e destacou que o
antecessor da atual presidente também tem trabalhado para reconduzi-la
ao posto.
Nos últimos dias, foram divulgadas informações de que
Lula teria entrado em conflito com a atual mandatária do Palácio do
Planalto em torno de questões de governo, sobretudo em relação à falta
de diálogo de Dilma com a sociedade. Os boatos alimentaram a tese de que
o líder do PT poderia disputar a sucessão presidencial no ano que vem.
O
presidente do PT negou os rumores e afirmou que a candidatura da
presidente não foi questionada em nenhum momento. Ele culpou a oposição
ao governo federal pela tentativa de criar uma disputa fictícia entre
Dilma e Lula.
— Nunca ninguém questionou a candidatura da
presidente. Eu acho que faz parte do discurso da oposição. Depois de
perceber que a ofensiva da Ação Penal nº 470 (processo do mensalão) não
produziu os resultados esperados, eles tentam caracterizar uma disputa
inexistente, com a história de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva pode ser candidato — afirmou.
Com a presença de condenados
no julgamento do mensalão, Rui Falcão participou ontem de encontro da
tendência Construindo um Novo Brasil, majoritária no PT, que anunciou
apoio à sua reeleição à presidência do partido em novembro.
Entre
outros petistas, Rui Falcão recebeu os apoios do ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e do
ex-presidente do partido José Genoino, que evitaram a imprensa.(Gustavo Uribe e Tatiana Farah, O Globo)
Fonte: http://www.jornaldamidia.com.br/2013/01/26/pt-diz-que-dilma-rousseff-e-candidata-a-reeleicao/
Juros atingem menor patamar da história
A taxa média de juros nas operações de
crédito ao consumidor atingiu em dezembro, com a terceira queda
consecutiva, o menor patamar histórico. Segundo o boletim de operações
de crédito do BC (Banco Central), publicado ontem, o percentual chegou a
34,6% ao ano. Em novembro, a taxa média ficou em 34,84% ao ano e em
outubro, 35,8%.
O resultado de dezembro apresentou redução
de 9,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.
Na comparação com o último mês de 2010, o decréscimo foi menos
acentuado, de seis pontos percentuais.
Em relação
aos anos anteriores, 2012 foi o ano que o consumidor, na média dos
meses, enfrentou as menores taxas de juros nas operações de crédito. E o
salto para baixo foi marcado
em abril (41,8%) e maio (38,8%), pois apresentaram redução de,
respectivamente, 2,5 e 2,9 pontos percentuais contra os meses
anteriores. A última diminuição mais acentuada ocorreu em janeiro (55%)
de 2009, de 2,86 pontos percentuais.
O ano
passado foi marcado pela guerra dos bancos pelos clientes pessoa física,
cujas armas foram reduções de juros nas operações ao consumo. Em abril,
o BB (Banco do Brasil) e a Caixa Econômica Federal deram os primeiros golpes na batalha.
Na avaliação do professor
de Cálculo e Finanças da PUC-Minas (Pontifícia Universidade Católica) e
do Centro Universitário UNA, Leopoldo Garjeda Fernandes, o
posicionamento dos bancos públicos foi primordial para iniciar uma
competição no mercado financeiro, pois as instituições privadas, para
não perder clientes, também reduziram suas taxas.
"Acredito que essa competição foi o
principal fator que estimulou a redução da média da taxa de juros nas
operações de crédito aos consumidores", disse Fernandes. Ele considerou
que a diminuição da taxa Selic, juros básicos nacionais, contribuiu
também, mas em pequena parcela.
Desde 31 de
agosto de 2011 até 10 de outubro de 2012, o governo federal reduziu a
Selic em todas as reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), que
ocorre a cada 45 dias. Ela passou de 12,5% ao ano para 7,25% e se
manteve até a última reunião, realizada na semana passada. "A taxa Selic
é muito menor do que as cobradas dos consumidores, que chegam a 100% ao
ano. Então, teve pouca contribuição na queda", opinou Fernandes. O cheque especial, por exemplo, encerrou 2011 com taxa média de 141% ao ano.
Mas, segundo o BC, justamente o cheque
especial foi uma das duas modalidades que mais contribuíram para o
decréscimo das taxas médias, com redução mensal de 3,4 pontos
percentuais, para os atuais 141% ao ano.
A outra linha de empréstimo é o
financiamento de veículos, cujos juros caíram 0,5 ponto percentual em
relação a novembro e atingiram 19,9% ao ano, menor taxa histórica. O CDC
(Crédito Direto ao Consumidor) para outros bens também forçou a
contração da taxa média para pessoa física. A modalidade passou de 58,3%
para 57,4% ao ano. Por outro lado, as operações de crédito pessoal
ficaram mais caras. O custo médio passou de 38% ao ano, em novembro,
para 38,8% em dezembro.
Inadimplência nos empréstimos sobe e chega a 7,9%
Se por um lado a taxa de juros caiu, a
inadimplência subiu um ponto percentual em relação a novembro e encerrou
dezembro em 7,9%. É a sexta vez no ano que o BC (Banco Central) apura
este percentual de atrasos acima de 90 dias, que é o maior patamar para
2012.
Os consumidores reduziram a inadimplência
nos financiamentos de veículos, passando de 5,6% em novembro para 5,3%
em dezembro. O saldo de crédito nessas operações, que é o quanto tem
emprestado e ainda não foi liquidado, encerrou o ano em R$ 187,4
bilhões, portanto os atrasos acima de 90 dias atingiram R$ 9,9 bilhões.
Nas operações de cheque especial, a
inadimplência atingiu 14%. Já o crédito pessoa, com taxa de juros
menores do que a modalidade de limite da conta-corrente, os atrasos
acima de 90 dias ficaram em 6,4%.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/6005667/juros-atingem-menor-patamar-da-historia.aspx
Smartphones 4G terão redução de imposto
Governo quer impulsionar uso da nova tecnologia
São Paulo - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta
sexta-feira que o decreto que regulamentará a desoneração para os
smartphones poderá ter um benefício maior para os aparelhos que operem
nas faixas de quarta geração (4G), que começam a ser implantadas este
ano Brasil.
Apesar da lei que estende os benefícios de PIS e Cofins da
chamada "Lei do Bem" para os celulares de alta tecnologia ter sido
sancionada ainda no ano passado, divergências entre o Ministério de
Ciência e Tecnologia (MCT) e o Ministério da Fazenda sobre os valores
dos aparelhos desonerados têm atrasado a publicação do decreto que
regulamentará a medida.
Enquanto a Fazenda defendia a manutenção do teto de R$ 1 mil, o MCT
queria a ampliação do limite para R$ 2 mil. "A nossa proposta é manter
em R$ 1 mil para os celulares 3G e levar para até R$ 1,5 mil ou mais,
para os aparelhos do 4G. Acho que isso resolve a demanda da Ciência e
Tecnologia", disse Bernardo. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff
disse que iria marcar uma reunião com o ministro Guido Mantega para
fechar a questão.
O ministro voltou a confirmar para o segundo semestre deste
ano o edital e o leilão da faixa de 700 megahertz (MHz) para o 4G. No
passado, o governo já licitou a frequência de 2,5 gigahertz (GHz) para a
tecnologia de quarta geração.
Mas como a faixa de 700 MHz está ocupada em boa parte do País
para a transmissão de TV analógica, Bernardo disse que pode haver
problemas em cerca de 400 municípios. "Temos que fazer um plano de
incentivos para liberarmos a frequência. Em muitas cidades, vamos ter
que ajudar com a digitalização das retransmissoras de TV", acrescentou.
Segundo Bernardo, o modelo asiático de uso da faixa de 700 MHz
para o 4G deve ser o adotado pelo Brasil. "Essa é a preferência da área
técnica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O modelo de
negócios americano é muito diferente do nosso, além de ter um problema
de escala de equipamentos na tecnologia", concluiu.
Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/mercado/smartphones-4g-terao-reducao-de-imposto-25012013-33.shl
Filme traz um retrato humano do mítico presidente dos EUA
Favorito ao Oscar, filme de Steven Spielberg cria enredo histórico sobre corrupção, democracia e liberdade
Não se trata de uma cinebiografia ou apenas de um registro histórico comum, daqueles que o cinema produz de vez em quando. "Lincoln" foi bem além das expectativas ao oferecer um comovente e reflexivo painel não apenas de um sistema político, no caso, a democracia norte-americana, mas igualmente de questões sobre o homem e seu destino, o progresso humano no andamento das civilizações e o registro da história.
O inglês Daniel Day-Lewis interpreta Abraham Lincoln em seu empenho pela abolição dos escravos
O filme foi baseado em "Team of Rivals: the Political Genius of Abraham Lincoln", livro da historiadora Doris Kearns Goodwin, editado no Brasil em uma versão compacta intitulada "Lincoln", é considerado a melhor e mais completa biografia do presidente dos Estados Unidos.
Para uma cinematografia conhecida por desrespeitar a veracidade dos fatos, seja mitológica, biográfica ou histórica, é deveras salutar se assistir a "Lincoln", um filme que respeita com fidelidade canina um personagem em seu momento histórico sem contradições com a intelectualidade.
Independente disso, "Lincoln", o filme, surpreende também por expor esse personagem não como um monumento, mas como um homem comum que buscava nas metáforas, citações religiosas e fatos reais o sentido do momento, das coisas e do mundo. É especialmente notável a cena em que o presidente conversa com dois jovens telegrafistas e cita, procurando um sentido para os seus próprios atos, na sentença "as coisas que são iguais à mesma coisa também são iguais entre si", o pensamento expressado pelo filósofo Euclides, o pai da geometria, para a igualdade de tudo.
Reside neste sentido da igualdade das coisas do mundo o sentido de justiça buscado por Lincoln, o presidente. E se igualdade é uma coisa da justiça, está perante a lei. E se está na lei, não pode ser confrontada.
Nesse entendimento do mundo, Lincoln envereda pela ausência de sentido em uma guerra fratricida que culminaria na morte de 650 mil pessoas. Para acabar com a ela, e conceder constitucionalmente a sonhada liberdade aos negros escravizados, a 13ª Emenda era a solução. O filme conta a história dessa outra guerra travada nos bastidores entre o presidente e os políticos de seu tempo.
É nesse desenrolar que "Lincoln" escancara a democracia. No enfrentamento da parte da nação preconceituosa e exploradora da escravidão - os estados do norte, com a econômica básica na agricultura e mão de obra escrava - representada em uma Câmara citada como "um ninho de ratos" pelo Secretário de Estado William Seward (David Strathairn), que "Lincoln" expõe como ervas daninhas a ideologia partidária, racismo e interesses econômicos.
Fragilidade
Questões que o roteirista Tony Kushner (da série de TV "Angels in America"), parceiro de Steven Spielberg em "Munique" (2005), desenvolve com notável desenvoltura. Louve-se, na obra do diretor, o fato de expor um Abraham Lincoln como um homem capaz de aceitar a fraqueza dos políticos por cargos e corrompê-los em número suficiente para alcançar "os seus fins".
Notável a frase do republicano Thaddeus Stevens (Tommy Lee Jones) ao entregar o documento histórico a sua empregada e amante e pronunciar a história frase "a maior medida do século XIX, aprovada pela corrupção, ajudada e instigada pelo homem mais puro da América". Com outros viés (a grana bruta) essa história repetiu-se por aqui um século e meio depois. Os historiadores têm razão: a história se repete, apenas se repete, dizem alguns historiadores, mas com outros aspectos.
Destino
Um outro aspecto explorado sutilmente em "Lincoln", alia destino, causa e tempo. Ainda na cena de Lincoln com os dois telegrafistas, ele pergunta: "Você acha que escolhemos para nascer?", pergunta Lincoln, "estamos preparados para o tempo em que nascemos?". O engenheiro diz há máquinas, mas ninguém fez a instalação. É preciso, claro que haja alguém para isso.
Na questão, dissipa-se o inexistente acaso e entra em cena determinismo e destino. Abraham Lincoln, 16º presidente dos EUA, surgiu em um tempo de mudanças exigida e inspirada pela Revolução Francesa nos ideais de igualdade e liberdade. Os EUA vinham com movimentos de secessão e a da guerra civil (1861-65), promovida por 11 estados do sul que formaram os Estados Confederados da América, foi o último deles, finalizada nos campos de batalha e no Congresso com a aprovação da 13ª Emenda.
É o homem que formaliza a História, aprimora a sua sociedade através dos tempos e edifica uma civilização. Abraham Lincoln, buscando na igualdade nas coisas, expressa essa formalização. Um filme para se refletir sobre o homem, a democracia e a história.
Leia mais em http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema
Mais informações
Lincoln (Lincoln, EUA, 2012), de Steven Spielberg, com Daniel Lee-Lewis, Sally Field e Tommy Lee Jones. Salas e horários no Caderno Zoeira
PEDRO MARTINS FREIRECRÍTICO DE CINEMA
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1227278
Não se trata de uma cinebiografia ou apenas de um registro histórico comum, daqueles que o cinema produz de vez em quando. "Lincoln" foi bem além das expectativas ao oferecer um comovente e reflexivo painel não apenas de um sistema político, no caso, a democracia norte-americana, mas igualmente de questões sobre o homem e seu destino, o progresso humano no andamento das civilizações e o registro da história.
O inglês Daniel Day-Lewis interpreta Abraham Lincoln em seu empenho pela abolição dos escravos
O filme foi baseado em "Team of Rivals: the Political Genius of Abraham Lincoln", livro da historiadora Doris Kearns Goodwin, editado no Brasil em uma versão compacta intitulada "Lincoln", é considerado a melhor e mais completa biografia do presidente dos Estados Unidos.
Para uma cinematografia conhecida por desrespeitar a veracidade dos fatos, seja mitológica, biográfica ou histórica, é deveras salutar se assistir a "Lincoln", um filme que respeita com fidelidade canina um personagem em seu momento histórico sem contradições com a intelectualidade.
Independente disso, "Lincoln", o filme, surpreende também por expor esse personagem não como um monumento, mas como um homem comum que buscava nas metáforas, citações religiosas e fatos reais o sentido do momento, das coisas e do mundo. É especialmente notável a cena em que o presidente conversa com dois jovens telegrafistas e cita, procurando um sentido para os seus próprios atos, na sentença "as coisas que são iguais à mesma coisa também são iguais entre si", o pensamento expressado pelo filósofo Euclides, o pai da geometria, para a igualdade de tudo.
Reside neste sentido da igualdade das coisas do mundo o sentido de justiça buscado por Lincoln, o presidente. E se igualdade é uma coisa da justiça, está perante a lei. E se está na lei, não pode ser confrontada.
Nesse entendimento do mundo, Lincoln envereda pela ausência de sentido em uma guerra fratricida que culminaria na morte de 650 mil pessoas. Para acabar com a ela, e conceder constitucionalmente a sonhada liberdade aos negros escravizados, a 13ª Emenda era a solução. O filme conta a história dessa outra guerra travada nos bastidores entre o presidente e os políticos de seu tempo.
É nesse desenrolar que "Lincoln" escancara a democracia. No enfrentamento da parte da nação preconceituosa e exploradora da escravidão - os estados do norte, com a econômica básica na agricultura e mão de obra escrava - representada em uma Câmara citada como "um ninho de ratos" pelo Secretário de Estado William Seward (David Strathairn), que "Lincoln" expõe como ervas daninhas a ideologia partidária, racismo e interesses econômicos.
Fragilidade
Questões que o roteirista Tony Kushner (da série de TV "Angels in America"), parceiro de Steven Spielberg em "Munique" (2005), desenvolve com notável desenvoltura. Louve-se, na obra do diretor, o fato de expor um Abraham Lincoln como um homem capaz de aceitar a fraqueza dos políticos por cargos e corrompê-los em número suficiente para alcançar "os seus fins".
Notável a frase do republicano Thaddeus Stevens (Tommy Lee Jones) ao entregar o documento histórico a sua empregada e amante e pronunciar a história frase "a maior medida do século XIX, aprovada pela corrupção, ajudada e instigada pelo homem mais puro da América". Com outros viés (a grana bruta) essa história repetiu-se por aqui um século e meio depois. Os historiadores têm razão: a história se repete, apenas se repete, dizem alguns historiadores, mas com outros aspectos.
Destino
Um outro aspecto explorado sutilmente em "Lincoln", alia destino, causa e tempo. Ainda na cena de Lincoln com os dois telegrafistas, ele pergunta: "Você acha que escolhemos para nascer?", pergunta Lincoln, "estamos preparados para o tempo em que nascemos?". O engenheiro diz há máquinas, mas ninguém fez a instalação. É preciso, claro que haja alguém para isso.
Na questão, dissipa-se o inexistente acaso e entra em cena determinismo e destino. Abraham Lincoln, 16º presidente dos EUA, surgiu em um tempo de mudanças exigida e inspirada pela Revolução Francesa nos ideais de igualdade e liberdade. Os EUA vinham com movimentos de secessão e a da guerra civil (1861-65), promovida por 11 estados do sul que formaram os Estados Confederados da América, foi o último deles, finalizada nos campos de batalha e no Congresso com a aprovação da 13ª Emenda.
É o homem que formaliza a História, aprimora a sua sociedade através dos tempos e edifica uma civilização. Abraham Lincoln, buscando na igualdade nas coisas, expressa essa formalização. Um filme para se refletir sobre o homem, a democracia e a história.
Leia mais em http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema
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Lincoln (Lincoln, EUA, 2012), de Steven Spielberg, com Daniel Lee-Lewis, Sally Field e Tommy Lee Jones. Salas e horários no Caderno Zoeira
PEDRO MARTINS FREIRECRÍTICO DE CINEMA
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1227278
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