segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vox Populi mostra empate técnico com vantagem de Dilma

 Dilma Rousseff e Aécio Neves: considerando apenas os votos válidos, presidente tem 51% e o tucano soma 49%

Segundo levantamento, presidente tem 45% das intenções de voto contra 44% de Aécio 

São Paulo - Pesquisa Vox Populi divulgada nesta segunda-feira mostrou empate técnico na disputa do segundo turno da eleição presidencial entre Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, e o candidato do PSDB, Aécio Neves, com vantagem numérica para a presidente.

Segundo o levantamento realizado no sábado e domingo, Dilma tem 45 por cento das intenções de voto contra 44 por cento de Aécio. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

Os eleitores que planejam votar em branco ou nulo somam 5 por cento, e os indecisos outros 5 por cento.

Considerando apenas os votos válidos (que excluem os brancos, nulos e indecisos), a presidente tem 51 por cento e o tucano soma 49 por cento.

As pesquisas mais acompanhadas pelos analistas, Datafolha e Ibope, divulgaram na quinta-feira passada levantamentos que mostravam empate técnico, mas com vantagem numérica para Aécio. Pelo eleitorado total, o placar favorável ao tucano era de 46 a 44 por cento; pelos votos válidos era de 51 a 49 por cento. A margem de erro das duas pesquisas é de 2 pontos percentuais.

No levantamento divulgado nesta segunda-feira, o Vox Populi ouviu 2.000 eleitores em 147 municípios.

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/vox-populi-mostra-empate-tecnico-com-vantagem-numerica-de-dilma-sobre-aecio

Presidente do PSB declara apoio a Dilma e diz que Aécio é polo atrasado

Mensagem aos militantes do PSB e ao povo brasileiro
A luta interna no PSB, latente há algum tempo e agora aberta, tem como cerne a definição do país que queremos e, por consequência, do Partido que queremos. A querela em torno da nova Executiva e o método patriarcal de escolha de seu próximo presidente são pretextos para sombrear as questões essenciais. Tampouco estão em jogo nossas críticas, seja ao governo Dilma, seja ao PT, seja à atrasada dicotomia PT-PSDB – denunciada, na campanha, por Eduardo e Marina como do puro e exclusivo interesse das forças que de fato dominam o país e decidem o poder.
Ao aliar-se acriticamente à candidatura Aécio Neves, o bloco que hoje controla o partido, porém,  renega compromissos programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática.
Esse caminhar tortuoso contradiz a oposição que o Partido sustentou ao longo do período de políticas neoliberais e desconhece sua própria contribuição nos últimos anos, quando, sob os governos Lula dirigiu de forma renovadora a política de ciência e tecnologia do Brasil e, na administração Dilma Rousseff, ocupou o Ministério da Integração Nacional.      
Ao aliar-se à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB. A sociedade brasileira, ampla e multifacetada, não cabe nestas duas agremiações. Por isso mesmo e, coerentemente, votei, na companhia honrosa de Luiza Erundina, Lídice da Mata, Antonio Carlos Valadares, Glauber Braga, Joilson Cardoso, Kátia Born e Bruno da Mata, a favor da liberação dos militantes.     
Como honrar o legado do PSB optando pelo polo mais atrasado? Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado. Nas ante-salas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano. A tragédia do PT e de outros partidos a caminho da descaracterização ideológica não serviu de lição: nenhuma agremiação política pode prescindir da primazia do debate programático sério e aprofundado. Quem não aprende com a História condena-se a errar seguidamente.       
Estamos em face de uma das fontes da crise brasileira: a visão pobre, míope, curta, dos processos históricos, visão na qual o acessório toma a vez do principal, o episódico substitui o estrutural, as miragens tomam o lugar da realidade. Diante da floresta, o medíocre contempla uma ou outra árvore. Perde a noção do rumo histórico.       
Ao menosprezar seu próprio trajeto, ao ignorar as lições de seus fundadores – entre eles João Mangabeira, Antônio Houaiss, Jamil Haddad e Miguel Arraes –, o PSB renunciou à posição que lhe cabia na construção do socialismo do século XXI, o socialismo democrático, optando pela covarde rendição ao statu quo. Renunciou à luta pelas reformas que podem conduzir a sociedade a um patamar condizente com suas legítimas aspirações.
Qual o papel de um partido socialista no Brasil de hoje? Não será o de promover a conciliação com o capital em detrimento do trabalho; não será o de aceitar a pobreza e a exploração do homem pelo homem como fenômeno natural e irrecorrível; não será o de desaparelhar o Estado em favor do grande capital, nem renunciar à soberania e subordinar-se ao capital financeiro que construiu a crise de 2008 e construirá tantas outras quantas sejam necessárias à expansão do seu domínio, movendo mesmo guerras odientas para atender aos insaciáveis interesses monopolísticos.       
O papel de um partido socialista no Brasil de hoje é o de impulsionar a redistribuição da riqueza, alargando as políticas sociais e promovendo a reforma agrária em larga escala; é o de proteger o patrimônio natural e cultural; é o de combater todas as formas de atentado à dignidade humana; é o de extinguir as desigualdades espaciais do desenvolvimento; é o de alargar as chances para uma juventude prenhe de aspirações; é o de garantir a segurança do cidadão, em particular aquele em situação de risco; é o de assegurar, através de tecnologias avançadas, a defesa militar contra a ganância estrangeira; é o de promover a aproximação com nossos vizinhos latino-americanos e africanos; é o de prover as possibilidades de escolher soberanamente suas parcerias internacionais. É o de aprofundar a democracia.      
Como presidente do PSB, procurei manter-me equidistante das disputas, embora minha opção fosse publicamente conhecida. Assumi a Presidência do Partido no grave momento que se sucedeu à tragédia que nos levou Eduardo Campos; conduzi o Partido durante a honrada campanha de Marina Silva. Anunciados os números do primeiro turno, ouvi, como magistrado, todas as correntes e dirigi até o final a reunião da Comissão Executiva que escolheu o suicídio político-ideológico.
Recebi com bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido o papel a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática. Sem declinar das nossas diferenças, que nos colocaram em campanhas distintas no primeiro turno, o apoio a Dilma representa mais avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo, como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário global.
Denunciamos a estreiteza do maniqueísmo PT-PSBD, oferecemos nossa alternativa e fomos derrotados: prevaleceu a dicotomia, e diante dela cumpre optar. E a opção é clara para quem se mantém fiel aos princípios e à trajetória do PSB.
O Brasil não pode retroagir.
Convido todos, dentro e fora do PSB, a atuar comigo em defesa da sociedade brasileira, para integrar esse histórico movimento em defesa de um país desenvolvido, democrático e soberano. 
Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014.
Roberto Amaral”

Fonte: http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/10/11/presidente-psb-declara-apoio-dilma-e-diz-que-aecio-e-polo-atrasado/

Para Dilma, apoio de Marina a Aécio é 'compreensível'

A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, neste domingo (12), que a decisão da ex-candidata à presidência Marina Silva (PSB) de apoiar o candidato Aécio Neves (PSDB) no segundo turno é "compreensível" devido à similaridade nos programas econômicos dos dois. “A opção [de Marina] é compreensível. A proximidade que ela tem é com o programa econômico do Aécio e tem menos proximidade com o meu e do presidente Lula", disse a candidata à reeleição durante um evento na capital paulista. Na votação do primeiro turno, Marina ficou em terceiro lugar, com 21,3% dos votos válidos, enquanto Aécio obteve 33,6% e Dilma, 41,6%. "Não acredito que exista transferência automática de votos, porque acredito na democracia. O voto é de cada pessoa que vai na urna e registra o voto”, declarou a petista. Dilma ainda continuou a comparação entre seu programa econômico e os programas de Aécio e Marina. "Não falhamos, tínhamos outro alinhamento. Eles concordaram com o Banco Central independente, nós não. Querem diminuir a participação dos bancos públicos, nós não. Isso, aliás, acabaria ou iria reduzir muito o [programa] Minha Casa, Minha Vida", explicou.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/161711-para-dilma-apoio-de-marina-a-aecio-e-039-compreensivel-039.html