terça-feira, 29 de junho de 2021

Com repasse de R$ 71,6 milhões, IBGE trabalha em atividades preparatórias do Censo de 2022

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) teve a liberação de R$ 71,6 milhões do governo federal para realizar neste ano etapas preparatórias do Censo Demográfico de 2022. O repasse pelo Ministério da Economia, a partir da abertura de crédito suplementar, consta em publicação no Diário Oficial da União na semana passada.

 

Consultado pela reportagem, o IBGE informou nesta segunda-feira (28) que o montante será usado para custear despesas com analistas censitários temporários, que já trabalham no instituto.

 

"No dia 21 de junho de 2021, foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria nº 7.048, pela qual o Ministério da Economia liberou para o IBGE R$ 71 milhões. Esse montante se destina a custear a permanência, até o final de 2021, dos analistas censitários temporários, que já trabalham no Instituto em operações preparatórias para o Censo Demográfico, a ser realizado em 2022", disse o IBGE.

 

A confirmação da quantia ocorre em torno de um mês depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) estabelecer a realização do levantamento no próximo ano. Em maio, o IBGE informou que organizaria um plano para cumprir a decisão judicial, mas que haveria "necessidade urgente" de recomposição de recursos para conclusão de etapas preparatórias do Censo.

 

Produzido a cada dez anos, o levantamento mergulhou em impasse no país. A nova edição da pesquisa estava prevista para 2020, mas foi adiada para 2021 em razão da pandemia. O que acabou inviabilizando o trabalho pela segunda vez foi o corte de recursos destinados à pesquisa.

 

O Orçamento de 2021, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), passou a prever R$ 53 milhões para o Censo. Antes, a quantia estimada era de R$ 2 bilhões, mas foi reduzida ao longo da tramitação do projeto no Congresso.

 

Em maio, o IBGE chegou a solicitar auxílio da AGU (Advocacia-Geral da União) para tentar garantir a verba necessária. O instituto relatou à época que fez o contato para que a AGU mediasse as tratativas em busca de recursos.

 

A incerteza relacionada ao Censo espalhou preocupação entre especialistas. É que o levantamento representa a pesquisa mais detalhada sobre as características demográficas e socioeconômicas do país.

 

Sem ele, o temor é de que o Brasil amargue uma espécie de apagão estatístico. Na prática, os dados apurados pelo IBGE servem como base para políticas públicas e decisões de investimento de empresas. Por exemplo: antes de fazer um aporte em uma região, um empresário tende a analisar traços do mercado consumidor local.

 

"Entre várias outras atividades preparatórias, o IBGE está se preparando para a realização de um teste de homologação de equipamentos e sistemas, a fim de realizar os últimos ajustes, se necessários. Este teste será realizado este ano nos municípios de Paulo de Frontin, Angra dos Reis e Paraty", disse o instituto nesta segunda-feira.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/122887-com-repasse-de-r-716-milhoes-ibge-trabalha-em-atividades-preparatorias-do-censo-de-2022.html

AstraZeneca: Estudo diz que 3ª dose ou maior intervalo entre doses ampliam imunidade da vacina


 Um estudo divulgado nesta segunda-feira (28) pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostrou que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida em conjunto com o laboratório AstraZeneca registrou aumento da resposta imune com a aplicação de uma terceira dose, que atualmente não está prevista no esquema de vacinação.

 

Segundo o G1, a mesma pesquisa também apontou que a ampliação do intervalo entre as duas doses atualmente previstas também amplia a proteção oferecida pela vacina.

 

Em relação à terceira dose, os dados mostraram que o reforço, dado pelo menos seis meses após a segunda dose, foi capaz de aumentar a resposta imune em até seis vezes e ainda de manter a produção dos chamados linfócitos T.

 

Os pesquisadores ressaltam, entretanto, que os dados de efetividade não indicam, por enquanto, a necessidade do reforço, sobretudo diante da escassez de vacinas na maioria dos países. Apesar disso, o governo britânico estuda se haverá a necessidade de uma campanha de reforço da vacinação no outono.

 

De acordo com Teresa Lambe, professora associada de Oxford, os dados servem para esclarecer a dúvida se a utilização de uma dose seria eficiente no caso da necessidade de uma campanha de reforço. "Houve algumas dúvidas se poderíamos usar a vacina em uma campanha de reforço, e certamente não é isso que os dados estão apontando", disse Teresa.

 

“Os dados da efetividade no mundo real mostram que essas vacinas têm um grande impacto contra a hospitalização. E há tantos países ao redor do mundo que ainda não aplicaram uma dose, então, no momento, acho que essas doses deveriam ir para esses países. Esse cenário pode mudar como vimos no inverno e talvez possamos ver que a eficácia desta vacina precisa de um impulso, mas no momento eu não acho que estamos vendo essa evidência", disse Teresa Lambe, pesquisadora de Oxford.

 

Outro ponto citado no estudo é que a terceira dose aumentou a atividade neutralizante contra as principais variantes do novo coronavírus no Reino Unido, a alfa (inglesa), beta (sul-africana) e delta (indiana). A pesquisa aponta que um intervalo estendido de 45 semanas (cerca de 11 meses) entre as primeiras duas doses da vacina aumentou a resposta imune em até 18 vezes, 28 dias após tomar a segunda dose. A AstraZeneca fala que o intervalo maior mostra que uma demora na aplicação não afeta o efeito da vacina no corpo.

 

No Brasil, atualmente é utilizado um intervalo de 12 semanas (três meses) entre as doses da vacina.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/260075-astrazeneca-estudo-diz-que-3-dose-ou-maior-intervalo-entre-doses-ampliam-imunidade-da-vacina.html