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sábado, 24 de agosto de 2024

Butantan encerra estudo para vacina contra Covid-19 após baixo resultado na fase de testes

O Instituto Butantan confirmou na sexta-feira (23), por meio de nota oficial, que irá encerrar o desenvolvimento de imunizante contra a Covid-19. De acordo com o Butantan, os estudos para a vacina estavam Fase II e contava com testes em 400 voluntários, porém, os resultados obtidos foram abaixo do desempenho esperado, ficando aquém de outras vacinas utilizadas no país.

 

“De acordo com a pesquisa, a Butanvac dobrou a quantidade de anticorpos contra a doença após 28 dias de sua aplicação, quando a meta esperada era que induzisse uma produção de anticorpos quatro vezes maior, número atingido por vacina já disponível à população”, diz a nota.

 

O diretor do Instituto, o epidemiologista Esper Kallás, frisou que não significa que o Butantan deixará a questão de lado, porém, sem a vacina, que era chamada internacionalmente de NDV-HXP-S, serão buscadas novas rotas para o tratamento da doença.

 

“O ensaio clínico cumpriu o seu papel. No Butantan, temos respeito absoluto pelo processo e resultado científicos. Por isso, a população pode acreditar na gente. Quando dizemos que uma vacina é boa, é porque os estudos demonstraram isso. Nesse caso, o desfecho não demonstrou a imunogenicidade esperada. Por isso, interrompemos o seu desenvolvimento e seguimos no desenvolvimento de rotas mais promissoras”, explica o diretor do instituto, o epidemiologista Esper Kallás, no comunicado.

 

O imunizando desenvolvido pelo instituto brasileiro era uma parceria com o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia, a partir de tecnologias que o instituto já dominava para a produção de vacina contra a gripe causada pelos vírus influenza e que utilizam ovos de galinha para produzir os antígenos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31839-butantan-encerra-estudo-para-vacina-contra-covid-19-apos-baixo-resultado-na-fase-de-testes

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Brasil aumenta vacinação infantil em 2023, mas mundo ainda tem 2,7 milhões crianças não imunizadas

Em todo o mundo, 2,7 milhões de crianças continuam sem vacinação ou estão com a imunização abaixo do preconizado, de acordo com o relatório anual global do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado neste domingo (14).
 

As estimativas globais de vacinação, calculadas anualmente pelas entidades com dados de 185 países, mostram que a cobertura do imunizante DTP (difteria, tétano e coqueluche), que protege contra infecções bacterianas na infância, estagnou em 84% (equivalente a 108 milhões de crianças) em 2023.
 

Por outro lado, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da vacina aumentou de 13,9 milhões, em 2022, para 14,5 mi no ano passado, dados alarmantes para a proteção da saúde dos menores.
 

Outras 6,5 milhões de crianças no mundo receberam a primeira, mas não foram imunizadas com a terceira dose, o que é necessário para atingir a proteção completa.
 

A vacina DTP é considerada um modelo para a imunização infantil --isto é, quando suas taxas estão baixas, também estão para as demais vacinas infantis.
 

O estudo calculou o número de crianças que não receberam a primeira dose (também chamadas zero dose) da DTP, que no Brasil também é chamada de pentavalente, pois protege contra cinco tipos de infecções bacterianas. A imunização completa é feita com uma dose aos dois meses de idade seguida de dois reforços: um aos quatro e outro aos seis meses.
 

Se as estimativas globais indicam que houve um aumento no número de crianças sem nenhum dose ou com doses em atraso, o Brasil reverteu a tendência de queda e aumentou a cobertura vacinal: o número de crianças zero dose caiu de 687 mil, em 2021, para 103 mil no último ano, enquanto aquelas que não foram imunizadas com a terceira dose caíram de 846 mil para 257 mil no mesmo período.
 

Isso fez com que o país saísse da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo.
 

"Quando fiquei sabendo, eu dei pulo de alegria, porque isso representa um grande avanço no nosso país. Cada criança imunizada, a gente salva uma vida. Tivemos mais de 500 mil crianças salvas no período", diz Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil.
 

Ela ressalta, porém, que no contexto global não houve um avanço, com uma estagnação em relação ao conceito de criança zero dose. E isso pode ser explicado, em parte, devido à dificuldade de recuperação da imunização infantil em países de baixa e média renda após a pandemia.
 

"A pandemia afetou todo mundo, mas enquanto países que já tinham o sistema de saúde fortalecido recuperaram a cobertura vacinal, aqueles que já não iam bem não conseguiram melhorar."
 

Em países ricos, as principais barreiras no acesso à vacinação foram a desinformação e a hesitação vacinal.
 

O estudo analisou ainda a taxa de vacinação para outros 13 imunizantes disponíveis na infância que previnem contra doenças contagiosas.
 

ZONAS DE CONFLITO
De forma semelhante, a vacina contra sarampo, administrada em duas doses aos 12 meses (tríplice viral) e depois uma dose (tetraviral) aos 15 meses de idade, estagnou mundialmente. No planeta, a cobertura infantil da primeira dose foi de 83%, enquanto a imunização com a segunda dose teve um pequeno aumento no último ano, chegando a 74%. Esses números estão bem abaixo do preconizado pela OMS, de 95%, para eliminação do sarampo.
 

Mais importante, diz o relatório, 3 em cada 4 crianças no mundo vivem em um dos 103 países onde foram registrados surtos de sarampo nos últimos cinco anos, colocando esses jovens em maior risco para adoecimento e até morte.
 

Isso é especialmente preocupante ao considerar que mais da metade das crianças não imunizadas vive em países em conflito, onde a garantia dos direitos básicos infantis --incluindo a vacinação-- é frágil.
 

No relatório anterior, divulgado em abril do ano passado, 48 milhões de crianças não haviam recebido nenhuma dose preconizada da vacina DTP de 2019 a 2021. No caso do Brasil, o período da pandemia deixou 1,6 milhão de crianças sem vacinação, e outras 2,4 milhões com atraso vacinal.
 

"O Brasil está avançando. Para continuar avançando, duas coisas vão ter que ser feitas. Uma é aumentar a velocidade desse avanço. A outra é pensar na imunização de forma intersetorial, unindo vários setores, para recuperar a cobertura vacinal -e nesse sentido os três entes responsáveis, federal, estadual e municipal, cada um tem o seu papel", diz Phebo.
 

Para Isabella Ballalai, pediatra e diretora da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), o governo federal passou a investir mais na recuperação das taxas vacinais com planejamento nos municípios e busca ativa de crianças em atraso. "A gente volta a um cenário melhor também, o brasileiro confia em vacina, o brasileiro acredita na importância da vacina. Quando a gente tem uma queda da confiança, é muito mais Covid [os pais que não querem vacinar os seus filhos] do que outra coisa", afirma.
 

HPV

Um dado animador do relatório foi o aumento da cobertura vacinal do HPV (papilomavírus humano) em meninas, impulsionado pela introdução do imunizante em países como Bangladesh, Indonésia e Nigéria por estratégias como a Gavi, Aliança da OMS para distribuição de vacinas.
 

Em 2022, a taxa de vacinação em meninas adolescentes (9 a 14 anos) era de 20%, passando para 27%, em 2023. O uso do esquema de dose única também ajudou a aumentar a cobertura vacinal.
 

Apesar de um avanço, ainda é bem abaixo da meta de 90% para eliminar o câncer de colo de útero, explica Sania Nishtar, diretora executiva da Gavi. "Com vacinas disponíveis [nesses países] para mais de 50% das meninas nos países africanos, temos muito trabalho a fazer, mas podemos hoje ver um caminho claro para eliminar essa terrível doença."
 

No Brasil, segundo os dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal nas meninas com a primeira dose contra o HPV não atingiu 76%; para a segunda ficou abaixo de 60%. Em relação aos meninos, 42% receberam a primeira dose e 27% a segunda.
 

Na última semana, a pasta da Saúde anunciou a inclusão no calendário para a imunização contra o HPV no SUS (Sistema Único de Saúde) usuários de PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o HIV de 15 a 45 anos. Em abril, o ministério já havia incluído adolescentes de até 19 anos e pessoas com papilomatose respiratória recorrente (tumor benigno causado pelo vírus HPV que pode acometer crianças ou adultos), independentemente da idade.
 

Phebo aponta a comunicação, especialmente focada em certos grupos e territórios, como ferramenta de auxílio para imunização. "As famílias que levam as crianças [para vacinar] e não conseguem por falta de estoque, ou porque o posto está fechado, não se sentem com seus direitos garantidos. Isso pode ser um motivo de não levar na próxima vez, além da falta de informação sobre as doenças e como preveni-las."


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/287036-brasil-aumenta-vacinacao-infantil-em-2023-mas-mundo-ainda-tem-27-milhoes-criancas-nao-imunizadas

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Vacina da dengue: Brasil inicia vacinação em fevereiro; Bahia imuniza 115 municípios

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (25) que a campanha de vacinação da dengue se inicia em fevereiro em todo o país. A pasta divulgou em conjunto com a campanha, a lista dos municípios do Brasil que vão receber o imunizante e as ações para o combate à doença. 

 

A escolha das cidades que vão receber a vacinação foi de acordo com os critérios: municípios de grande porte (com mais de 100 mil habitantes), com alta transmissão de dengue registrada em 2023, e com maior predominância do sorotipo DENV-2.


O grupo prioritário a receber a vacinação neste primeiro momento é formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A faixa etária é a que possui o maior número de internações por dengue, seguido por idosos. Porém, o grupo dos mais velhos ainda não tem indicação de vacinação pela Anvisa. 

 

A Bahia é o segundo estado com maior número de municípios que vão receber o imunizante. Com 115 cidades, o estado só perde para Goiás com 134. Mato Grosso do Sul tem 79 cidades cadastradas e o Paraná tem 30. O Ministério indicou que tem a previsão de vacinar 3,2 milhões de pessoas.

 

O imunizante Qdenga tem esquema vacinal formado de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A ministra da Saúde Nísia Trindade já tinha apontado que parte do Nordeste e as regiões Centro-Oeste e Sudoeste foram as escolhidas por concentrarem um aumento expressivo no número de casos de dengue. 

 

“Tínhamos um prognóstico de aumento de casos, o que tem se confirmado, mas ele não se dá de maneira uniforme”, disse.

 

As aplicações serão distribuídas ao longo do ano, seguindo o calendário de entrega das doses pela fabricante. Serão 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1,650 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro. Toda a oferta da vacina será realizada de forma gratuita.

 

CIDADES DA BAHIA QUE VÃO RECEBER DOSES DA VACINA DA DENGUE:

  • Aiquara 
  • Almadina 
  • Amélia Rodrigues
  • Angical 
  • Anguera
  • Antônio Cardoso
  • Apuarema 
  • Arataca 
  • Aurelino Leal 
  • Baianópolis 
  • Baixa Grande
  • Barra do Rocha 
  • Barreiras 
  • Barro Preto
  • Boa Nova 
  • Brejões 
  • Brejolândia 
  • Buerarema 
  • Camacan
  • Camaçari
  • Canavieiras 
  • Candeal
  • Candeias
  • Capela do Alto Alegre
  • Catolândia 
  • Coaraci
  • Conceição do Jacuípe
  • Conde
  • Coração de Maria
  • Cotegipe 
  • Cravolândia 
  • Cristópolis
  • Dário Meira 
  • Dias d’Ávila
  • Feira de Santana
  • Floresta Azul 
  • Formosa do Rio Preto 
  • Gavião
  • Gongogi
  • Ibicaraí 
  • Ibirapitanga 
  • Ibirataia 
  • Ichu
  • Ilhéus 
  • Ipecaetá
  • Ipiaú 
  • Ipirá
  • Iraju
  • Iramaia 
  • Irará
  • Itabuna
  • Itacaré 
  • Itagi 
  • Itagibá 
  • Itaju do Colônia 
  • Itajuípe
  • Itamari 
  • Itaparica
  • Itapé 
  • Itapitanga 
  • Itaquara 
  • Itiruçu 
  • Jaguaquara 
  • Jequié 
  • Jitaúna 
  • Jussari 
  • Lafaiete Coutinho 
  • Lajedo do Tabocal 
  • Lauro de Freitas
  • Luís Eduardo Magalhães 
  • Madre de Deus
  • Manoel Vitorino 
  • Mansidão 
  • Maracás 
  • Maraú
  • Mascote 
  • Mata de São João
  • Mundo
  • Nova Fátima
  • Nova Itarana 
  • Pau Brasil
  • Pé de Serra
  • Pintadas
  • Planaltino 
  • Pojuca
  • Rafael Jambeiro
  • Riachão das Neves 
  • Riachão do Jacuípe
  • Salvador
  • Santa Bárbara
  • Santa Cruz da Vitória 
  • Santa Inês 
  • Santa Luzia 
  • Santa Rita de Cássia 
  • Santanópolis
  • Santo Amaro
  • Santo Estêvão
  • São Desidério 
  • São Francisco do Conde
  • São Gonçalo dos Campos
  • São José da Vitória 
  • São Sebastião do Passé
  • Saubara
  • Serra Preta
  • Simões Filho
  • Tabocas do Brejo Velho 
  • Tanquinho
  • Teodoro Sampaio
  • Terra Nova
  • Ubaita
  • Ubatã
  • Una 
  • Uruçuca 
  • Vera Cruz
  • Wanderley 
Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31274-vacina-da-dengue-brasil-inicia-vacinacao-em-fevereiro-bahia-imuniza-115-municipios

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Vacina atualizada para novas cepas da Covid pode ser mais eficaz que a bivalente, diz estudo

Atualizar as vacinas contra Covid para serem mais adaptadas às novas variantes pode ser mais eficaz na proteção contra o vírus do que utilizar doses bivalentes, que combinam a cepa ancestral e novas variantes.
 

Além disso, os níveis de anticorpos produzidos a cada nova imunização e presentes na corrente sanguínea decaem após alguns meses, enquanto a resposta imune fornecida por células de defesa pode ser mais duradoura. É o que mostra artigo publicado nesta quinta-feira (12) na revista científica Science.
 

No caso das vacinas bivalentes contra a Covid, o fenômeno de reação cruzada indica uma proteção alta contra partes do vírus compartilhadas pela variante de Wuhan e as linhagens em circulação, descendentes da ômicron, mas não conseguem oferecer muita proteção humoral (de anticorpos) contra as novas cepas.
 

Por isso, acabam sendo menos eficazes do que as vacinas monovalentes adaptadas, argumentam no artigo Florian Krammer, virologista da Escola de Medicina Icahn do Hospital Mount Sinai, em Nova York, e Ali Ellebedy, professor de patologia e imunologia da Universidade de Washington.
 

Apesar disso, os autores afirmam que ainda é cedo para saber quais as formas do vírus que devem ser escolhidas para as atualizações e com qual frequência as novas doses devem ser produzidas -se a cada seis meses ou um ano.
 

No artigo, Krammer e Ellebedy afirmam que as vacinas contra Covid fabricadas no início da pandemia foram importantes para garantir a imunização de um grande número de pessoas, impedindo assim o espalhamento do vírus e, principalmente, os quadros graves e óbitos de Covid.
 

Porém, conforme o vírus foi se modificando, as novas formas conseguiam escapar da proteção conferida pelos anticorpos se apresentassem alterações significativas na sua estrutura.
 

Ao entrar em contato com o vírus na vida real, o organismo já possui uma memória imunológica para reconhecer aquele alvo e produzir os anticorpos, reduzindo a infecção.
 

Só que as vacinas feitas lá atrás usavam o antígeno da variante de Wuhan, e o Sars-CoV-2 ainda está em evolução, ganhando novas mutações a cada replicação na população. Algumas das formas que apresentaram esse chamado escape imune foram a beta (detectada em 2020 na África do Sul), delta (em abril, na Índia) e a ômicron (novembro de 2021).
 

Diferentemente da gripe, cuja cepa dominante já é conhecida e definida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) no ano anterior da nova estação, dando assim possibilidade de modificar as vacinas, é difícil prever qual será a variante dominante da Covid.
 

A resposta imune gerada por vacinas formuladas com as cepas antigas é, assim, menos eficaz em reconhecer esses novos epítopos (parte do vírus que sofre modificação), tornando a estratégia de reforço com doses desatualizadas menos interessante a longo prazo.
 

"As vacinas bivalentes foram importantes para aumentar a resposta imune e fornecer proteção extra. Infelizmente, o vírus já evoluiu o suficiente desde o lançamento do reforço bivalente. Agora, estamos em um momento melhor [...], e as vacinas monovalentes atualizadas são próximas do vírus atualmente dominante (XBB.1.5)", disse Krammer, do Hospital Mount Sinai, em NY, em entrevista por email à Folha de S.Paulo.
 

Olhando para o futuro, usar vacinas que sejam mais eficientes contra as cepas em circulação parece ser uma opção mais viável do que a atualização anual, afirma o virologista. "Na minha opinião, uma solução melhor ao problema seria que as vacinas incluam linhagens distintas que focam na resposta imune em áreas do vírus conservadas entre as diferentes variantes."
 

Em setembro, a agência reguladora americana FDA, responsável por licenciar produtos alimentícios e medicamentos, deu aval para a utilização das vacinas monovalentes das farmacêuticas Moderna e Pfizer atualizadas contra a subvariante XBB.1.5, descoberta no final do ano passado e considerada altamente transmissível.
 

A autorização veio após a análise de um estudo apresentado pelas próprias empresas mostrando que as novas versões geram uma resposta imune elevada contra as formas em circulação.
 

A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) também recomendou a utilização de vacinas adaptadas contra as cepas mais transmissíveis e que vêm provocando aumento de casos de Covid no mundo. Já a OMS indicou que a vacinação contra Covid deve ser anual, com as doses de reforço já reformuladas para novas variantes que surgirem.
 

Tecnologias de vacinas como o RNA mensageiro (mRNA), cuja descoberta levou a bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico Drew Weissman a serem laureados com o prêmio Nobel de fisiologia ou medicina deste ano, permitem essa adaptação com facilidade, uma vez que é preciso apenas "trocar" o código do material genético nas fórmulas responsável por ler e produzir a proteína S ou Spike (espícula, gancho utilizado pelo vírus para entrar nas células) do Sars-CoV-2.
 

Outras plataformas, como as vacinas de proteínas recombinantes (como a Novavax, que também já tem uma versão atualizada contra a XBB.1.5), também podem ser facilmente adaptadas.
 

Os autores advertem que doses anuais de reforços podem ser difíceis de se estabelecer a nível global, e a desigualdade vacinal vai sempre levar ao aparecimento de novas variantes, com a possibilidade de surtos serem registrados aqui e ali.
 

Pessoas com comorbidades ou com um risco elevado de adoecimento por Covid podem ser priorizadas para receber essas fórmulas atualizadas, já que seriam mais suscetíveis às novas variantes mais evasivas.
 

Além disso, o desenvolvimento de vacinas em spray nasal, capazes de barrar o vírus já na porta de entrada no organismo, podem ser interessantes para gerar uma maior proteção na população.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/247473-vacina-atualizada-para-novas-cepas-da-covid-pode-ser-mais-eficaz-que-a-bivalente-diz-estudo

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Vacina diminui número de mortes e casos de Sarampo no mundo, aponta Opas

A adesão da vacina contra o sarampo influenciou a queda no número de mortes e casos de sarampo no Brasil e no mundo. De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a vacinação contra o sarampo evitou cerca de 21, 1 milhão de mortes entre 2000 a 2017 no mundo. Antes da imunização, a doença matava 2,6 milhões por ano no mundo antes da existência da vacina. 

 

O aumento da imunização fez também com que a enfermidade fosse considerada menos fatal por médicos, especialistas e boa parte da população. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, uma em cada 20 crianças com sarampo podem evoluir para um quadro de pneumonia, que é a causa mais comum de morte por sarampo na infância. 

 

A pasta apontou ainda que cerca de uma em cada dez crianças com sarampo podem desenvolver uma otite aguda que pode resultar em perda auditiva permanente. 

 

Segundo publicação da Agência Brasil, o integrante da Comissão  Permanente de Assessoramento em Imunizações do Estado de São Paulo, Guido Levi afirmou que viu a transformação e mudança realizadas pela vacina. 

 

"O sarampo era uma das doenças mais graves que acometiam a infância e uma das que causavam maior mortalidade. Quando fui consultor do Hospital Infantil da Cruz Vermelha Brasileira, em São Paulo, no começo da década de 1980, metade do hospital era tomada por crianças com sarampo, e com altíssima mortalidade", relembrou Guido Levi.

 

O avanço da vacinação permitiu ainda que a enfermidade fosse “ eliminada” não apenas do Brasil, mas de todo o continente americano, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que considerou o continente o primeiro a se livrar da doença. 

 

A vacinação contra o sarampo no Programa Nacional de Imunizações (PNI), que completa 50 anos em 2023, acontece por meio das vacinas tríplice viral e tetra viral. A primeira é aplicada quando a criança completa o primeiro ano de vida, e protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já a segunda é indicada para os 15 meses de vida, com ao menos 30 dias de intervalo após a tríplice viral.

 

Já na tetra viral, além das três doenças da tríplice, a proteção está incluída a varicela, causadora da catapora na infância e da herpes zoster na vida adulta. Quando a tetra não estiver disponível no posto, ela pode ser substituída por uma dose da tríplice viral e uma dose da vacina varicela monovalente.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/30862-vacina-diminui-numero-de-mortes-e-casos-de-sarampo-no-mundo-aponta-opas