sexta-feira, 8 de março de 2013

Conclave que vai eleger novo papa começa na próxima terça-feira (12)

Funcionários do Vaticano organizam a Capela Sistina para receber os 115 cardeais que escolherão o próximo papa

O conclave que vai definir o próximo líder da Igreja Católica será iniciado na próxima terça-feira (12), anunciou o Vaticano em um pronunciamento nesta sexta-feira (8).
O último dos 115 cardeais com direito a voto na escolha do próximo papa chegou ao Vaticano na tarde de quinta-feira (7) e já participou da congregação geral — reunião preparatória para o conclave.  
A presença do vietnamita Jean Baptiste Pham Minh Man era aguardada para que os cardeais pudessem enfim definir a data de início do conclave, como afirmou o porta-voz do Vaticano durante a semana.
Segundo Federico Lombardi, seria uma "demonstração de respeito" aguardar até que o Colégio de Cardeais estivesse completo para tomar a decisão.
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Antigamente, um conclave podia durar semanas, ou até mesmo meses até as primeiras décadas do século 19, mas desde então foram drasticamente encurtados e os cardeais que participam deles precisaram apenas de um a quatro dias para eleger um novo Papa.
Veja ao final quanto tempo durou para escolher os papas dos últimos dois séculos.
O que é um conclave?
O conclave que se reunirá no dia 12 de março no Vaticano é uma assembleia de cardeais regida por regras muito rígidas, durante a qual os cardeais se isolam do mundo exterior para evitar pressões até terem escolhido um novo papa.
A palavra "conclave" vem do latim, "cum clavis", e significa precisamente "fechado à chave".
Na próxima semana, 115 cardeais com menos de 80 anos dos 117 que compõem o corpo eleitoral (um indonésio e um britânico não participarão) se fecharão no recinto da cidade do Vaticano, declarado zona de Conclave.
Antes, todo o Colégio Cardinalício, incluindo os maiores de 80 anos, terão realizado as chamadas congregações ou assembleias para debater o estado da Igreja e definir o perfil do sucessor de Bento 16, após sua histórica renúncia no dia 28 de fevereiro.
O novo papa será eleito em uma das votações que serão realizadas na Capela Sistina.
Durante a duração do Conclave, os cardeais serão proibidos de utilizar qualquer tipo de comunicação com o exterior, sem telefone ou computadores. Não poderão enviar mensagens eletrônicas ou alimentar suas contas nas redes sociais.
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Vigilância
O Vaticano ordenou inclusive uma limpeza eletrônica para detectar qualquer possível mecanismo transmissor ou receptor camuflado no âmbito da clausura e colocou um aparelho que restringe os sinais de rádio dentro da Capela Sistina e nas áreas próximas a ela.
No início do conclave, os cardeais farão um juramento de silêncio. Além dos cardeais, todos os funcionários do serviço que têm acesso a eles também deverão jurar que manterão segredo sobre tudo o que tiver relação com as reuniões, sob pena de excomunhão.
O conclave terá início com uma missa votiva "Pro elegendo papa", após a qual os cardeais se dirigirão em procissão até a Capela Sistina, local da eleição, cantando o "Veni Crator" para invocar a ajuda do Espírito Santo, segundo a tradição da Igreja Católica Apostólica Romana.
Além disso, o mestre de cerimônias pronuncia o "Extra omnes!" ("Fora todos!", ordenando que aqueles que não tenham a ver com a eleição saiam do recinto).
As portas se fecham e ficam sob a proteção da Guarda Suíça.
Para ser eleito, um cardeal precisará de uma maioria de dois terços, ou seja, 77 votos. O voto é secreto. Os cardeais não têm direito de se abster nem de votar em si mesmos.
Na Capela Sistina serão realizadas duas votações matutinas e duas vespertinas. Duas vezes ao dia, uma depois de cada rodada, os papéis são queimados. A cor da fumaça que sairá da chaminé anuncia ao mundo o resultado: preta, se ainda não houver uma decisão, e branca, se um novo papa tiver sido eleito.
Nos três últimos conclaves (dois em 1978 e outro em 2005), para desespero dos jornalistas, o sistema não funcionou corretamente e a fumaça que deveria ser branca apareceu como cinza. Na última destas ocasiões foi incorporada uma estufa auxiliar com o objetivo de queimar produtos químicos que tingissem claramente a fumaça da cor correta, embora tampouco tenha funcionado.

"Habemus papam"
Quando o cardeal eleito papa for definido, um repique de sinos de São Pedro se somará ao anúncio do evento, e assim tudo será mais claro para a imprensa e para os milhares de católicos que seguirão o evento.
Se depois do terceiro dia nenhum candidato alcançar o mínimo exigido, a tradição estabelece uma pausa de 24 horas, que será dedicada "à oração, ao colóquio (...) e a uma breve exortação espiritual".
Se ocorrerem outras sete votações inúteis, será feita outra pausa de um dia.
O último ato do conclave é a pergunta que três cardeais fazem ao eleito: "Aceita sua eleição como Sumo Pontífice?". Após a resposta afirmativa, segue outra pergunta, "Como quer ser chamado?".
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Depois de ser parabenizado pelos cardeais, o sucessor do papa alemão, que poderá escolher livremente seu nome, se dirigirá a uma pequena sala contígua onde o esperam três hábitos papais (de tamanhos pequeno, médio e grande) para se vestir. Costuma ser chamada de "Sala das Lágrimas", já que parece que todos os eleitos, segundo diz o Vaticano, choram ali em relativa intimidade diante da magnitude da responsabilidade que acabam de assumir.
Em seguida, o novo papa vai à sacada da basílica de São Pedro depois que o protodiácono, neste caso o cardeal francês Jean Louis Tauran, anunciar aos fiéis: "Habemus papam!" para ser apresentado à multidão reunida na gigantesca praça de São Pedro no Vaticano.

Veja abaixo quanto tempo durou para escolher os papas dos últimos dois séculos:
Bento 16 (2005): 2 dias
João Paulo 2º (1978): 2 dias
João Paulo 1º (1978): 1 dia
Paulo 6º (1963): 3 dias
João 23 (1958): 3 dias
Pio 12 (1939): 1 dia
Pio 11 (1922): 4 dias
Bento 15 (1914): 3 dias
Pio 10 (1903): 4 dias
Leão 13 (1878): 1 dia e meio
Pio 9º (1846): Menos de dois dias
Gregório 16 (1831): 54 dias
Pio 8º (1829): Mais de um mês
Leão 12 (1823): 26 dias
Pio 7º (1799-1800): 3 meses e meio

Fonte:  R7

10 curiosidades sobre o Dia Internacional da Mulher

1. A primeira proposta de criar um dia em homenagem às mulheres foi feita pelo Partido Socialista norte-americano em 1909.

2. No ano seguinte, a Internacional Comunista, realizada em Copenhague, decidiu colocar a ideia em prática, já que manifestações pelo direito de voto e fim da discriminação feminina se multiplicavam em todos os países industrializados.

3. Até 1913, nos Estados Unidos, a ocasião era lembrada no último domingo do mês de fevereiro. A data, porém, demorou a ser comemorada de fato: a primeira vez ocorreu em 1910, graças a uma iniciativa da 2ª Conferência Internacional das Mulheres, realizada em Copenhague (Dinamarca). O dia 19 de março acabou sendo escolhido para sediar a celebração. 

4. O dia 8 de março passou a ser o Dia Internacional dos Direitos da Mulher e pela Paz em 1977, por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Existem algumas versões para sua escolha. 

5. A versão mais conhecida diz que, nessa data, em 1857, 129 operárias de uma fábrica têxtil de Nova York entraram em greve. Além de salário igual ao dos homens, elas reivindicavam a redução da jornada de trabalho, que era de até 16 horas diárias. Os patrões trancaram as operárias e incendiaram a fábrica. Todas as grevistas morreram queimadas. 

6. O barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos da era moderna, era contra a presença de mulheres nas disputas. Mas havia uma grande pressão por parte das feministas, cada vez mais atuantes. Em 1900, seis corajosas tenistas e cinco golfistas enfrentaram as recusas dos organizadores. Para acalmar a fúria dessas precursoras, foi montada uma espécie de torneio paralelo. Em 1920, inscreveram-se 63 mulheres nos Jogos da Antuérpia. Elas já somavam 136 em 1924.

7. Logo na abertura dos Jogos de Amsterdã, em 1928, o barão subiu à tribuna e pediu demissão do cargo de presidente de honra do Comitê Olímpico Internacional. No discurso, ele acusou seus seguidores de haverem "traído o ideal olímpico, permitindo a presença de mulheres". 

8. Na Olimpíada de Pequim, em 2008, o Brasil teve a maior delegação de atletas mulheres da história do país. Participaram dos jogos 133 mulheres, o que representa 48% do total de esportistas.

9. O Exército brasileiro foi a primeira instituição militar do hemisfério sul a admitir mulheres em seus quadros permanentes e de carreira. Em 1992, eles incorporaram ao seu quadro administrativo a primeira turma feminina de oficiais. Antes deles, porém, a Marinha já havia formado, em 1981, 307 mulheres. Apesar do pioneirismo, até hoje a Marinha não deixa que elas façam parte da Escola Naval e concorram às vagas de capitão-de-mar-e-guerra, contra-almirante e almirante.

10. A Aeronáutica, por sua vez, abriu as portas para as oficiais femininas pouco depois, mas foi muito mais exigente nos pré-requisitos das candidatas. Apenas as solteiras de até 27 anos eram admitidas para exercer funções meramente administrativas. Em 1997, o campo se expandiu e a Força Aérea Brasileira passou a aceitar pilotos mulheres.

Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/1262/1/dia-internacional-da-mulher.html