sábado, 29 de dezembro de 2012

Viagem no tempo: conheça 'o grande museu da internet'

Curiosamente, a página de abertura diz que o local tem entrada gratuita, e que está aberto constantemente, sete dias por semana, 24 horas por dia, mas estará fechado durante o Carnaval no Brasil, "por razões óbvias" Foto: Internet Museum

Embora esteja em constante evolução, a internet já coleciona alguns marcos históricos desde sua criação, e agora muitos deles podem ser visitados em um museu - online, obviamente -, criado por três holandeses: The Big Internet Museum. Entre as atrações estão a ARPAnet, que deu origem à rede, o email, IRC e ICQ (os vovôs do MSN, Gtalk e Skype), o spam e até mesmo os emoticons.
Para os que viram a WWW (World Wide Web) nascer, é uma viagem no tempo, e para as gerações mais novas, acostumadas ao mundo dos tablets, trata-se de uma oportunidade de entender como chegou-se até aqui em tão pouco tempo.
"Nós não temos um prédio. A razão é simples: nossa coleção só existe online. Fora isso, somos um museu como qualquer outro -com curadores, uma coleção permanente diversificada, exposições temporárias, diferentes alas, doações, e mais. Talvez possamos até abrir uma loja de souvenirs no futuro", diz um anúncio dos criadores Dani Polak, Joep Drummen e Joeri Bakker no site: .
Curiosamente, a página de abertura diz que o local tem entrada gratuita, e que está aberto constantemente, sete dias por semana, 24 horas por dia, mas estará fechado durante o Carnaval no Brasil, "por razões óbvias".
O museu também dá a possibilidade de o usuário se transformar em um dos curadores, ao mover objetos que acha mais importantes na coleção, além de enviar sua própria entrada para a exposição, com algo que julgue relevante na história da rede.
Alas especializadas
"O museu tem sete alas especializadas. Por exemplo, na ala de história os visitantes descobrem os primeiros testes com a ARPAnet [primeiro "sistema operacional" da internet antes da criação da WWW]", explicam os criadores.
Na ala "meme", encontram-se fenômenos virais como Chuck Norris, que em 2005 foi criticado por sua suposta dureza, e o Nyan Cat, uma animação de um gato feita em 8 bits ao ritmo da canção "Nyanyanyanyanyanyanya".
Entre as exposições temporárias, a agência britânica de produção de conteúdo digital MediaMonks prepara uma mostra especial sobre o Adobe Flash - plataforma multimídia para agregar animações, vídeos e interatividade.
Em sua resenha sobre o museu, o blog especializado em tecnologia The Verge diz que "apesar de ser uma boa maneira de refrescar a memória sobre as coisas que havíamos esquecido", as exposições "não oferecem a possibilidade de ver de perto os curiosos objetos físicos da história da internet".

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/conheca-o-grande-museu-da-internet,2347a92999dcb310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

China aperta restrições no uso da Internet

A China tem uma grande actividade online, nomeadamente em fóruns de discussão e redes sociais Reuters

O país, que já é um dos que mais controlam as actividades online, quer agora que todos os clientes de Internet estejam devidamente identificados.

A China aprovou novas regras que obrigam os clientes de serviços de acesso à Internet a identificarem-se com um nome verdadeiro e que colocam sobre os operadores responsabilidades acrescidas na identificação de conteúdo proibido.
Os novos regulamentos permitem que os cibernautas chineses continuem a usar pseudónimos para colocar conteúdos online, mas têm de se identificar com o nome verdadeiro quando estabelecem um contrato com o fornecedor de Internet.
Numa conferência de imprensa, o ministro chinês da Indústria e Tecnologias de Informação, citado pelo New York Times, explicou que quase todos os clientes de acessos fixos de Internet já estão devidamente identificados junto dos fornecedores, mas apenas 70% dos clientes de serviços móveis estão registados com nomes verdadeiros.
Regras semelhantes já tinham sido postas em vigor por autoridades locais, mas os fornecedores de Internet estavam a ser lentos na adopção das medidas, com medo de perder clientes num país com um historial de controlo muito apertado da Internet e onde são conhecidos vários casos de prisão por conteúdos colocados online. As novas regras foram agora aprovadas por um comité do congresso chinês (com 145 votos a favor, cinco abstenções e um voto contra), o que coloca mais pressão sobre os fornecedores de acesso para cumprirem as disposições, escreve aquele jornal.
Apesar das restrições, a China tem uma grande actividade online, nomeadamente em fóruns de discussão e redes sociais como o Weibo, uma espécie de Twitter local, que contava em meados deste ano com cerca de 370 milhões de utilizadores. 
A Sina Corp, dona do Weibo e uma das maiores empresas de Internet do país, já tinha avisado eeste ano que a obrigatoriedade de identificação dos utilizadores levaria a uma queda do tráfego neste site, recorda a BBC.
As medidas aprovadas colocam também responsabilidades acrescidas sobre os fornecedores de acesso, que passam a ter de interromper a transmissão de informação considerada ilegal assim que é detectada e apagar conteúdos proibidos (guardando os registos) ainda antes de comunicarem o caso às autoridades.

Fonte: http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/china-aperta-restricoes-no-uso-da-internet-1578892