quinta-feira, 16 de maio de 2024

Águia, gavião e falcão: qual é a diferente entre essas aves?

Desde tempos antigos, as águias, gaviões e falcões têm cativado a imaginação das pessoas com sua majestade e habilidades de caça. Essas aves de rapina, conhecidas como os "senhores dos céus", são admiradas por sua força, velocidade e adaptabilidade em uma variedade de habitats ao redor do mundo. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre as diferenças entre esses magníficos predadores.

Águias

Águia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Águia-de-cabeça-branca. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

As águias se destacam como os maiores raptores, reconhecidas por suas envergaduras imponentes, garras poderosas e corpos robustos. Possuem cabeças grandes com bicos curvos adaptados para arrancar carne de presas maiores. Exibem uma plumagem escura ou marrom, com destaque para o branco na cabeça e no pescoço em várias espécies.

Elas podem alcançar envergaduras que ultrapassam os 2 metros e pesos de até 7 kg. Em termos de velocidade, algumas espécies, como a águia-real, podem voar a até 145 km/h em voo normal e ainda mais rápido durante um mergulho. Preferem habitats abertos e selvagens, construindo grandes ninhos em árvores altas ou falésias. São monogâmicas e retornam aos mesmos locais de nidificação.

Gaviões

Gavião-de-cauda-vermelha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Gavião-de-cauda-vermelha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os gaviões são ágeis caçadores, de porte menor em comparação com as águias, com asas e caudas proporcionais ao seu tamanho. Podem medir entre 40 e 50 centímetros de comprimento, com uma envergadura que pode alcançar até um metro e peso que varia entre 300 gramas e 1,5 kg, dependendo da espécie.

Em termos de velocidade, alguns gaviões, como o gavião-de-cauda-vermelha, podem voar a até 193 km/h em mergulhos rápidos para capturar presas. Adaptam-se a uma ampla gama de ambientes, desde florestas até áreas urbanas, construindo ninhos em diferentes locais, como árvores altas, arbustos densos ou no chão. São monogâmicos e cuidam dos filhotes até que sejam independentes.

Falcões

Falcão-peregrino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Falcão-peregrino. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Os falcões destacam-se pela sua aerodinâmica e habilidade na caça em pleno voo, com asas longas e pontiagudas facilitando voos velozes e mergulhos precisos. Podem medir entre 30 e 50 centímetros de comprimento, com envergadura de até 1 metro e peso entre 100 gramas e 1 kg, dependendo da espécie.

Os falcões são reconhecidos por sua velocidade, com o falcão-peregrino sendo o mais rápido de todas as aves, atingindo velocidades de mergulho que ultrapassam os 300 km/h. Progridem bem em ambientes abertos e alguns adaptam-se a áreas urbanas, fazendo ninhos simples em rochas ou estruturas elevadas. 

Ao entender as diferenças entre essas aves poderosas, podemos não apenas apreciar melhor sua beleza e importância ecológica, mas também fortalecer nossa conexão com a incrível diversidade da vida selvagem. Que a presença majestosa das águias, a agilidade dos gaviões e a velocidade dos falcões continuem a inspirar e encantar aqueles que observam o reino das aves de rapina nos céus. 

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/aguia-gaviao-e-falcao-qual-e-a-diferente-entre-essas-aves

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Ming: o molusco gigante que viveu mais de 5 séculos

No fundo do oceano, em um lugar remoto ao largo da costa da Islândia, uma descoberta incrível foi feita em 2006: um molusco-quahog gigante, conhecido cientificamente como Arctica islandica, foi trazido à superfície. Mas este não era um quahog comum, era um ancião marinho, um sobrevivente dos séculos, que poderia muito bem ser um professor de história. 

Batizado de Ming — em homenagem à dinastia chinesa Ming, já que o molusco havia nascido enquanto a dinastia atuava —, este quahog-oceânico se tornou uma lenda científica, revelando segredos que vão da ciência do envelhecimento às mudanças climáticas. Como isso é possível?

Ancião das profundezas

Ming, o molusco gigante. (Fonte: Science Nordic, Bangor University / Divulgação)
Ming, o molusco gigante. (Fonte: Science Nordic, Bangor University / Divulgação)

Ming não era um molusco qualquer. Sua idade, inicialmente estimada em 405 anos e posteriormente corrigida para impressionantes 507 anos, transformou o pacato quahog no molusco mais antigo já documentado. 

Ao que as medições por carbono-14 apontaram, nosso ancião nasceu por volta de 1499, ou seja, foi contemporâneo de figuras históricas como Colombo, Leonardo da Vinci e Pedro Álvares Cabral. Além disso, atravessou grandes momentos da humanidade, testemunhando o Renascimento, a Reforma Protestante e a Revolução Russa.

Nesse cenário, a pergunta que fica é: como um molusco pode viver tanto tempo? A resposta está em sua biologia única.

Ao que indicam os especialistas, são três fatores que contribuem para a longevidade da espécie: o baixo consumo de oxigênio, o metabolismo lento e uma incrível capacidade de manutenção celular ao longo dos anos. Com esses mecanismos, a vida útil do quahog-oceânico tende a ser maior, principalmente por viver como se fosse em câmera lenta. 

Morte trágica

De todos os trágicos eventos ocorridos no planeta e dos perigos marinhos enfrentados, Ming não sobreviveu ao maior terror da Terra: o ser humano

Arrancado de seu habitat natural durante uma expedição científica, ele não sobreviveu à jornada para a superfície. Congelado acidentalmente a bordo do navio, Ming se tornou uma vítima involuntária da busca pelo conhecimento. 

Sua morte gerou controvérsias, com alguns condenando os cientistas como "assassinos de moluscos", enquanto outros reconheciam o valor de seu sacrifício para a ciência.

Legado científico

Cada anel que surge na concha é um ano de vida do animal. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Cada anel que surge na concha é um ano de vida do animal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Apesar da tragédia de sua morte, o legado de Ming vive através da ciência. Os estudos feitos a partir do molusco forneceram informações importantes sobre o envelhecimento biológico, as mudanças nos oceanos e até mesmo as complexidades do clima global. 

A idade do quahog-oceânico está impressa em sua concha, pois os cientistas afirmam que os anéis que se formam na estrutura representam o tempo de existência do molusco. Para cada ano que passa, um anel é criado — mecanismo semelhante ao que acontece com os anéis das árvores.  

Esses "anéis de crescimento" funcionam como uma espécie de cápsula do tempo, não só revelando a idade do animal, mas também fornecendo informações valiosas sobre as condições ambientais ao longo dos séculos. 

Eles podem, por exemplo, ajudar-nos a identificar a temperatura do oceano em períodos específicos, o que abre portas para entendermos melhor como que as variações térmicas das águas impactam o clima.

Os pesquisadores indicam também que Ming pode não ser único. Especula-se que outros quahogs oceânicos ainda mais antigos possam estar escondidos nas profundezas do mar, guardando segredos ainda maiores.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/ming-o-molusco-gigante-que-viveu-mais-de-5-seculos

terça-feira, 14 de maio de 2024

Chocolate rosa: o que aconteceu com a "maior inovação dessa indústria desde o chocolate branco"?

O chocolate rosa é mais do que uma simples novidade na indústria de chocolates. Desde o seu lançamento, essa iguaria tem despertado curiosidade e entusiasmo, transformando a paisagem dos doces com sua cor rosa distinta e sabor frutado. Conheça mais sobre sua origem e a rápida ascensão como um dos tipos mais cobiçados de chocolate.

Complexidade de sabor

O chocolate rosa é feito a partir de grãos de cacau rubi. (Fonte: Getty Images / Reprodução)




Também conhecido como chocolate rubi, ele é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento pela Barry Callebaut, uma das maiores processadoras de cacau do mundo. Lançada em 2017, essa variedade é feita a partir de grãos de cacau rubi, cuidadosamente selecionados por suas características únicas que conferem ao chocolate sua cor e sabor distintos.

Uma das características mais marcantes do chocolate rosa é seu sabor levemente agridoce, que lembra frutas como framboesa ou cranberry. Diferente dos tradicionais chocolates amargo, ao leite e branco, o rosa tem uma acidez natural que complementa sua doçura, criando uma combinação irresistível.

Além disso, ele tem uma textura cremosa e uma coloração que o torna esteticamente atrativo, tornando-o popular não apenas pelo sabor, mas também pela experiência visual que oferece aos consumidores. Sua versatilidade na culinária e confeitaria tem inspirado uma série de novos produtos e criações artísticas, impulsionando sua presença no mercado global de doces.

Expansão global

O chocolate rosa está disponível em lojas especializadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)



Após seu lançamento e sucesso inicial, o chocolate rosa continuou a expandir sua presença global e conquistou rapidamente o mercado internacional. Grandes marcas incluíram esse item em suas linhas de produtos, como Kit Kat, Häagen Dazs e Starbucks. Assim, ele se tornou presente em muitas prateleiras e menus ao redor do mundo. Sua popularidade está bastante ligada à tendência "rosa millennial", que influenciou fortemente as preferências de consumo na década de 2010.

Embora ainda seja considerado uma novidade em muitos mercados, a iguaria está disponível em lojas especializadas de chocolates, butiques de confeitaria e algumas grandes cadeias de varejo em várias partes do mundo. Sua presença no mercado reflete a demanda dos consumidores por experiências gastronômicas exclusivas e pela busca por novas variedades de chocolates.

Além disso, ele se tornou um destaque em eventos gastronômicos e festivais de chocolates, onde chefs e chocolatiers renomados o utilizam em criações inspiradoras. A disponibilidade do chocolate rosa é frequentemente associada a tendências de consumo e à busca por sabores inovadores, especialmente entre os consumidores mais jovens e influenciados pelas mídias sociais.

O interesse do público e a demanda crescente por essa novidade gastronômica continuam a impulsionar a inovação na indústria de chocolates. À medida que mais empresas exploram o potencial do chocolate rosa em suas criações, a expectativa é que ele permaneça relevante e emocionante para os consumidores em todo o mundo.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/chocolate-rosa-o-que-aconteceu-com-a-maior-inovacao-dessa-industria-desde-o-chocolate-branco

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Sem definição sobre possível paralisação, CBF convoca reunião com os 20 clubes da Série A

Em meio a discussão sobre a paralisação do futebol brasileiro devido a tragédia climática que acontece no Rio Grande do Sul, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) convocou, neste domingo (12), uma reunião para o dia 27 de maio, às 14h, com os presidentes dos 20 clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.

 

Segundo comunicado da entidade máxima do futebol brasileiro, o Conselho Técnico Extraordinário vai debater sobre  aspectos técnicos das competições bem como a situação de registro e transferência de atletas, questões jurídicas com relação aos acessos às competições internacionais como Libertadores, Sul-Americana e Mundial de Clubes e questões de direitos de transmissão e patrocínios.

 

No último dia 6, a entidade adiou todas as partidas envolvendo equipes gaúchas nas competições nacionais até o dia 27 de maio. Até o momento, nenhum campeonato foi adiado pela CBF e há um pedido do Ministério do Esporte pela paralisação do futebol no Brasil. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/69232-sem-definicao-sobre-possivel-paralisacao-cbf-convoca-reuniao-com-os-20-clubes-da-serie-a

domingo, 12 de maio de 2024

Chuva deve dar trégua a partir da noite desta segunda em Porto Alegre

A chuva que vem castigando a cidade de Porto Alegre deve dar uma pausa da noite desta segunda (13) até a próxima quarta (15), segundo previsão da Climatempo.
 

A previsão é que a chuva diminua amanhã ao longo do dia, ainda ocorrendo com intensidade fraca a moderada durante a madrugada e manhã. À tarde deve apenas garoar, e a noite já deve ser de tempo firme.
 

A terça e a quarta serão de tempo seco, com sol na maior parte do dia. A chuva deve retornar durante a quinta (16).
 

Os próximos dias serão de frio em Porto Alegre. A previsão é de que a temperatura amanhã fique entre 15°C e 19°C e, na terça, entre 11°C e 16°C.
 

A madrugada de quarta deve ser a mais fria do ano, com 8º C de mínima e máxima de 15º C.
 

Entre 9h de sexta (10) e 9h de hoje, choveu 92,7mm na região do Jardim Botânico. O total acumulado de 1º de maio até 9h de hoje está em 305,6mm.
 

É quase o triplo do volume de chuva médio para um mês de maio, que é de aproximadamente 113mm, segundo a Climatempo. O total de chuva acumulada nestes 12 dias de maio é o maior volume para o mês desde 1961.
 

Enchentes no RS deixaram 143 mortos
 

Desalojados passam de 500 mil. Segundo o boletim mais recente do governo estadual, às 9 horas deste domingo (12), mais de 2 milhões de pessoas já foram afetadas pelas cheias.
 

A tragédia soma 143 mortos, 125 desaparecidos e 806 pessoas feridas. Segundo o boletim, outras 76.399 foram resgatadas das cheias.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/277688-chuva-deve-dar-tregua-a-partir-da-noite-desta-segunda-em-porto-alegre

sábado, 11 de maio de 2024

Risco de tragédia por chuvas em Porto Alegre foi detectado em 2023

Uma semana antes das primeiras mortes no contexto das chuvas no Rio Grande do Sul, o Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) alertou que o estado poderia sofrer com alagamentos e inundações em regiões urbanas.
 

O órgão é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
 

No dia em que o estado de calamidade nos municípios gaúchos foi reconhecido pelo governo federal, na segunda-feira (6), uma nota técnica do Cemadem apontava que a falta de estrutura de Porto Alegre para enfrentar as consequências das mudanças climáticas é conhecida desde há pelo menos um ano.
 

"A falta de resiliência de Porto Alegre frente aos extremos de clima e mudança climáticas foi detectada em 2023, e este é o caso de outras grandes cidades que podem não estar preparadas para extremos climáticos como os ocorridos em 2023 ou nas próximas décadas", diz o documento, obtido pela Folha.
 

Procurado, o Governo do Rio Grande do Sul elencou uma série de ações realizadas desde o último ano, incluindo o empenho de R$ 579 milhões para enfrentamento de desastres naturais e o incremento do orçamento da Defesa Civil.
 

Desde 2023, a gestão Eduardo Leite (PSDB) afirma que foram destinados quase R$ 40 milhões em auxílio para as famílias atingidas, R$ 120 milhões aos municípios afetados, R$ 20 milhões para urgências de saúde, R$ 2 milhões à escolas, R$ 60 milhões para reconstrução de estradas e mais R$ 200 milhões emergenciais no contexto da atual tragédia.
 

Também foram criados programas sociais, linhas de crédito e financiamento, cursos de capacitação, planos de ação de combate às mudanças climáticas, foi realizada a construção de moradias populares e a recuperação do solo afetado, visando a agricultura de baixo impacto.
 

Nesta semana, reportagem da Folha mostrou que o governo Leite alterou em torno de 480 normas do Código Ambiental do estado em seu primeiro ano de mandato, em 2019.
 

Há menos de um ano, em junho de 2023, 16 pessoas morreram após fortes tempestades no estado, que atingiram inclusive a região metropolitana de Porto Alegre, durante a passagem de um ciclone extratropical na região.
 

Três meses depois, um novo ciclone trouxe um quadro ainda mais grave, com 53 óbitos, dessa vez no interior do estado.
 

Já em novembro, novas chuvas atingiram diversas cidades gaúchas, inclusive a capital, causando inundações, mas sem mortes.
 

O Rio Grande do Sul sofre desde o final de abril com tempestades e inundações. Mais de cem mortes já foram registradas. São mais de 400 municípios atingidos, 150 mil desalojados e quase 70 mil desabrigados, segundo o monitoramento da Defesa Civil.
 

Os primeiros dois óbitos no contexto das tempestades foram registrados em 29 de abril, após um carro ser levado pela enxurrada.
 

Uma semana antes, o boletim geo-hidrológico do Cemadem, publicado no dia 22 de abril (com dados do dia anterior), avisou pela primeira vez sobre riscos na região.
 

O documento classificou o perigo na categoria moderada. Foi o primeiro de uma série ininterrupta de comunicados sobre riscos de enchentes.
 

O órgão ressaltou que as chuvas fortes poderiam "deflagrar alagamentos em áreas urbanizadas e com drenagem deficiente" no oeste do estado —portanto, ainda não na capital Porto Alegre.
 

No dia 24, o centro projetou possíveis "inundações bruscas" também em Santa Catarina e no Paraná.
 

Porto Alegre apareceu pela primeira vez no boletim de 26 de abril, portanto com informações da data anterior, já com possibilidade de alagamento em áreas mais baixas.
 

No dia seguinte, a área de risco, até então restrita a regiões específicas do estado, começou a aumentar significativamente, segundo os mapas produzidos pelo órgão.
 

O dia 29 constou: "Tem-se registrado incrementos de níveis dos rios em alguns locais, ainda dentro da normalidade, por conta das chuvas das últimas 24 horas".
 

Na data em que o governador Eduardo Leite decretou estado de calamidade pública, 30 de abril, o Cemadem elevou a classificação de risco para alta e expandiu a área de alerta para mais da metade do Rio Grande do Sul. Também incluiu, além dos alertas para inundações e enchentes, aviso para riscos de deslizamento.
 

A partir dos dados compilados, uma das funções do centro é emitir alertas para os municípios.
 

Uma nota técnica do órgão afirma que, até o dia 2 de maio, já tinham sido emitidos 67 avisos para diferentes municípios gaúchos, 18 deles de nível máximo (inclusive para Porto Alegre), tanto para alagamentos e enxurradas, quanto para deslizamentos de terras e quedas de barreiras.
 

Foi em nota técnica emitida no último domingo (5) que o Cemadem afirmou que a tragédia que assola o estado já era previsível, em razão dos mesmos fenômenos observados um ano antes, quando o Rio Grande do Sul também passou por inundações e enxurradas.
 

"Podemos afirmar que os desastres gerados por chuvas intensas são consequência de atividades humanas. Construções em áreas com risco de inundações, que já foram inundadas em setembro de 2023, voltaram a ser inundadas novamente em maio de 2024; porém, com maior número de fatalidades", disse o Cemadem.
 

"Estruturas hidráulicas que protegem a cidade de Porto Alegre não resistiram às ondas de inundações e se romperam, o que sugere que foram subdimensionadas ou que não se consideraram que os volumes de chuvas poderiam aumentar com o tempo."
 

O centro faz, finalmente, outro alerta: mais cidades já registraram, nos últimos três anos, cenários semelhantes ao de Porto Alegre. Notadamente, Petrópolis, no Rio de Janeiro, e Recife.
 

"Assim, as mudanças climáticas podem aumentar o cenário de risco de desastres em áreas urbanas do Brasil", conclui o órgão.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/277614-risco-de-tragedia-por-chuvas-em-porto-alegre-foi-detectado-em-2023

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Campanha de doação de leite materno beneficia 8 mil bebês na Bahia

O número de doadoras de leite materno em toda Bahia chegou a 8 mil, no ano passado, tendo sido coletados aproximadamente 7 mil litros de leite que beneficiaram 8 mil bebês. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, na última segunda-feira (06), quando a pasta lançou a campanha "Doe leite materno: vida em cada gota recebida". A meta é ampliar os números alcançados em 2023. 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o país, foram doados 253 mil litros de leite humano, que ajudaram 225.762 recém-nascidos em todo o Brasil. Esse número é 8% maior do que o registrado em 2022 e representa 55% da real necessidade por leite humano no país. A expectativa da pasta é para que em 2024, a oferta de leite materno a recém-nascidos internados nas unidades neonatais cresça em mais 5%. 

 

A cada ano 340 mil bebês brasileiros prematuros ou de baixo peso nascem no Brasil, o que corresponde a 12% do total de nascidos vivos, segundo estimativas da pasta. A doação de leite humano traz benefícios aos recém-nascidos prematuros ou de baixo peso que estão internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatais e não podem ser amamentados pela própria mãe. As chances de recuperação e de uma vida mais saudável aumentam se a alimentação exclusiva com leite humano for possibilitada.  

 

O Brasil possui 225 bancos de leite humano em todos os estados e 217 postos de coleta. A rede brasileira é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e atualmente integra a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança e Aleitamento Materno (PNAISC).   

 

A doação de leite humano representa, ainda, uma importante economia de recursos para o País com a diminuição da necessidade de compra de fórmulas infantis para recém-nascidos prematuros nas maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS).   

 

O Banco de Leite Humano dos Servidores é um desses espaços. Muitas mães com dificuldade para amamentar agendam visitas ao local para receber orientações e suporte necessário para a ordenha e o armazenamento do leite. Quando há excedente, elas doam aos recém-nascidos internados no hospital.  

 

BENEFÍCIOS DA AMAMENTAÇÃO

O Ministério da Saúde destaca que a amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da morbimortalidade infantil, com grande impacto na saúde da criança, diminuindo a ocorrência de diarréias, afecções perinatais e infecções, principais causas de morte de recém-nascidos.

 

Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios para a saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama e de ovário. Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31572-campanha-de-doacao-de-leite-materno-beneficia-8-mil-bebes-na-bahia

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Bombeiros baianos seguem realizando buscas a desaparecidos no Rio Grande do Sul

A tropa do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) continua atuando no município de Bento Gonçalves. O objetivo é encontrar três pessoas que estão desaparecidas naquela região. No início da tarde de ontem (8), por volta das 14h, as condições climatológicas mudaram drasticamente e as buscas tiveram que ser suspensas. Durante as buscas em Bento Gonçalves a retroescavadeira que dava apoio na operação ficou atolada, tendo que ser recolocada em condições normais de atuação pelos bombeiros, operação que durou cerca de 1h. 

 

Em Galópolis, distrito de Caxias do Sul, as buscas aconteceram também como a de curso d'água e barreiras de deslizamentos. O objetivo também era de localizar 14 pessoas desaparecidas. Em todo estado, esse número sobe para 100 pessoas que ainda estão sendo procuradas.

 

"Nesta quarta não localizamos nenhum dos desaparecidos. É um trabalho bastante delicado, nossos bombeiros atuam com ferramentas como pás para escavar a terra e em muitos casos também usam as mãos. Em Bento Gonçalves tiveram o apoio de uma retroescavadeira. Estamos seguindo indicações de familiares e traçamos quadrantes para realizarmos buscas minuciosas. É uma atuação bastante delicada, precisa e cansativa, mas vamos permanecer aqui até concluir o nosso trabalho", explicou o coronel BM Jadson Almeida.

 

Até a última terça-feira (7), foram resgatadas, pelo menos, 212 pessoas em áreas de risco e 20 animais. Os bombeiros recuperaram, ainda, seis corpos. Durante as buscas, os bombeiros precisam ter atenção redobrada, pois os riscos de novos deslizamentos de terra são grandes. "Numa das regiões em que atuamos, a terra já cedeu cerca de 100 vezes", acrescentou o oficial. 

 

Os militares da Bahia seguiram para o estado gaúcho na última quinta-feira (2). Eles estão atuando com outros corpos de bombeiros do país e além das buscas os militares levam carinho e alento aos cidadãos que sofrem com a chuva que incide na região.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/292112-bombeiros-baianos-seguem-realizando-buscas-a-desaparecidos-no-rio-grande-do-sul