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quarta-feira, 20 de março de 2024

Justiça da Espanha decide dar liberdade provisória para Daniel Alves sob fiança milionária

A Justiça de Barcelona decidiu na manhã desta quarta-feira (20) que Daniel Alves terá liberdade provisória. De acordo com informações publicadas pelo G1, o jurí aceitou liberar o ex-jogador, condenado por estupro, sob fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,4 milhões).

 

Daniel Alves foi condenado em fevereiro a quatro anos e meio pelo crime de agressão sexual. O baiano foi acusado de estuprar uma mulher em uma boate em Barcelona no ano de 2022. Após a decisão, a defesa do ex-atleta recorreu da sentença e pediu para que ele aguardasse a decisão em liberdade.

 

"O tribunal delibera, por maioria e com voto individual: 'Acordar a prisão provisória de Daniel Alves, que pode ser evitada mediante o pagamento de uma fiança de 1.000.000 euros e, se o pagamento for verificado, e acordada a sua libertação provisória, o retirada de ambos os passaportes, espanhol e brasileiro, a proibição de sair do território nacional, e a obrigação de comparecer semanalmente a este Tribunal Provincial, bem como quantas vezes for convocada pela Autoridade Judiciária", disse a sentença.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/68534-justica-da-espanha-decide-dar-liberdade-provisoria-para-daniel-alves-sob-fianca-milionaria

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Cientistas estudam DNA da ‘mulher mais velha do mundo’ para descobrir segredo da longevidade

Parece que alguém conseguiu viver mais que a rainha Elizabeth, essa pessoa foi Maria Branyas, com 116 anos, que já presenciou duas guerras mundiais, uma guerra civil, a revolução russa, um terremoto mortal e um grande incêndio. Com a longevidade da catalã, que nasceu em 1907 e se mantém lúcida, sem problemas cardiovasculares ou neurodegenerativos, a ciência quer entender como. Para isso, pesquisadores começaram a examinar o DNA da idosa, a fim de descobrir segredos da longevidade e novas pistas para tratamento de doenças.

 

Segundo o O Globo, o estudo começou com a visita à senhora em maio, na casa onde ela vive na Catalunha e é liderado por um dos principais pesquisadores de genética do mundo: Manel Esteller, diretor do Instituto Josep Carreras de Pesquisa em Leucemia e professor de genética na Universidade de Barcelona. Ele conta que, geneticamente, Maria parece ser mais nova do que é cronologicamente.

 

“Ela tem mais de 116 anos cronologicamente. Isso é o que diz o relógio, o calendário, mas estudando seu material genético em laboratório, já vemos que é mais nova, pelo menos dez anos mais nova”, relatou Esteller ao jornal espanhol “ABC”.

 

 

No X (antigo Twitter), que mantém com a ajuda de uma das filhas, Maria se apresenta como a "super vovó catalã" e, na descrição, alega ser “velha, muito velha, mas não idiota".

 

Além de um padrão de vida, a idosa também possui genes e à “sorte” o motivo de ter vivido tanto tempo, e é corroborada por Manel Esteller. Suas poucas complicações de saúde incluem apenas problemas de audição e mobilidade.

 

“Está claro que há um componente genético, já que há vários membros de sua família com mais de 90 anos”, relatou o especialista em genética.

 

Na visita para o estudo, foram coletadas amostras de saliva, urina e sangue. Os cientistas estudarão seis bilhões de segmentos de DNA, com foco em 200 genes que se acredita estarem ligados ao envelhecimento.

 

Segundo o cientista, o objetivo é que o estudo das células de Maria dê novas pistas sobre como tratar doenças neurodegenerativas e cardiovasculares associadas à idade e ao câncer.

 

Maria Branyas já adiantou que uma das coisas que fez foi cortar “pessoas tóxicas”, evitar “excessos” e comer iogurte natural todos os dias.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31022-cientistas-estudam-dna-da-mulher-mais-velha-do-mundo-para-descobrir-segredo-da-longevidade

sábado, 30 de setembro de 2023

Homem é detido por importunação sexual em Morro do Chapéu

Agentes da polícia militar da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Semiárido prenderam um suspeito de importunação sexual no município de Morro do Chapéu, na manhã desta sexta-feira (29).


Os militares foram acionados por um investigador da Polícia Civil, para tentar localizar um indivíduo que estaria cometendo crime de importunação sexual. O mesmo teria praticado os atos libidinosos em via pública, sendo presenciado por populares que passavam pelo local.


A guarnição realizou buscas na Rua das Orquídeas, bairro de Pedra Grande, quando o homem foi localizado e detido pelos pms.


O suspeito foi conduzido para a Delegacia de Morro do Chapéu, onde foram adotadas as medidas cabíveis.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/36177-homem-e-detido-por-importunacao-sexual-em-morro-do-chapeu

quarta-feira, 8 de março de 2023

Mulheres são maioria do eleitorado, mas comandam só 4 dos 31 partidos do país

Apesar de serem maioria no eleitorado (53%), as mulheres estão à frente de apenas 4 dos 31 partidos políticos brasileiros.
 

De distintas correntes ideológicas, Gleisi Hoffmann (PT), Renata Abreu (Podemos), Heloísa Helena (Rede Sustentabilidade) e Suêd Haidar (PMB) relatam a necessidade de se impor em um universo predominantemente masculino.
 

Ainda que no comando dessas siglas, admitem dificuldades em conseguir ampliar a participação de outras mulheres na política e mesmo na estrutura partidária.
 

"A política espelha a nossa sociedade patriarcal, é um espaço dominado por homens brancos e, em consequência, predominantemente machista, na linguagem, nas práticas, até nos horários", relata a paranaense Gleisi, 57. "É só ver os ataques que sofremos no Parlamento, nas redes sociais", acrescenta.
 

Para a alagoana Heloísa Helena, 60, porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade, há uma "cantilena machista impregnada até em algumas mulheres sobre a supremacia masculina nas instâncias de decisão e poder".
 

Segundo ela, existe uma imensa desigualdade no acesso à dignidade humana para mulheres.
 

"Para uma mulher enfrentar a tripla jornada -família, trabalho, militância- sem estrutura financeira, sem equipamentos sociais, sem acesso à formação técnica e sem trabalho digno é missão considerada impossível, mas milhares de mulheres desafiam seus 'destinos' e a tornam possível no cotidiano."
 

Dirigente de um partido recriado pelo tio (o PTN, hoje Podemos), a paulistana Renata Abreu, 40, também cita a dificuldade de lidar com a distância dos três filhos.
 

"Não é fácil quando você vem para Brasília, teu filho te abraça e fala: 'Mamãe, não vai'. Toda semana eu ouço isso. E você tem que fazer ele dormir muitas vezes no FaceTime. Ele me liga: 'Me bota' para dormir?' E eu ligo o FaceTime aqui, fazendo reunião, boto só para ele ficar me olhando e dormindo."
 

A maranhense Suêd Haidar, 64, fundadora do Partido da Mulher Brasileira, diz que a participação feminina na política não é apenas uma questão de justiça social e igualdade de gênero, mas também de efetividade democrática.
 

"Quando as mulheres têm voz e poder na política, as decisões são mais representativas e levam em conta a diversidade e as necessidades da população como um todo."
 

Apesar do nome, o PMB retratou, ao longo de sua história, uma realidade comum a outras legendas: é composto majoritariamente por homens. Em 2015, dos 20 integrantes, 18 eram homens -hoje, o partido não está representado no Congresso.
 

Hoje no Ministério da Ciência e Tecnologia, a pernambucana Luciana Santos, 57, é presidente licenciada do PC do B.
 

Ela diz que os entraves vão "desde os contextos culturais e socioeconômicos que permeiam a construção da nossa sociedade e pautam o nosso desenho institucional até uma dinâmica de proteção dos centros de poder."
 

Segundo maior partido da Câmara com 68 deputados, o PT só tem 18 mulheres em sua atual bancada --entre elas Gleisi. No Podemos, dos 16 integrantes, só há duas parlamentares: Renata e Nely Aquino (MG).
 

No PC do B, a situação é mais equilibrada: são 4 homens e 3 mulheres. Na Rede, só o deputado Túlio Gadêlha (PE) representa o partido na Câmara --Marina Silva (SP) se licenciou para assumir o Ministério do Meio Ambiente.
 

DESAFIOS
 

Renata Abreu (Podemos): "O grande desafio da mulher na política é o emocional. A gente é muito explosiva, a gente fala o que pensa. E na política você tem que ter estratégia. Você tem que engolir sapo. O problema da mulher é que a gente não engole sapo. E na articulação você precisa engolir crocodilos".
 


 

Suêd Haidar (PMB) : "Eu vim acompanhando anos e anos as nossas mulheres sendo usadas como laranja, sendo trapaceadas, abusadas, oprimidas e vítimas de diversos preconceitos. Encontrei muitos desafios nesse cenário político masculinizado e perverso. Tive que lidar com o sexismo e o preconceito que muitas vezes são dirigidos às mulheres na política".
 

COTAS
 

Gleisi Hoffmann (PT): "No Congresso, apresentei emenda para aumentar essa cota para 50%. Afinal, nós mulheres somos mais de 50% da população brasileira e do eleitorado (...) O ideal seria termos paridade nas cadeiras dos legislativos, obrigando os partidos a investirem seriamente nas candidaturas femininas".
 

Heloísa Helena (Rede): "Não há lógica para explicar a repetição da maioria masculina [em cargos públicos], como se apenas eles tivessem atributos para ocupação desses espaços (...) Importante também deixar claro o quanto dessa visibilidade social de mulheres nas instâncias de decisão e espaços de poder auxiliam na mudança de paradigmas, pois a presença delas já sinaliza para meninas e meninos como se divide o poder e se partilha o comando das ações".
 

POLÍTICAS DE INCENTIVO
 

Luciana Santos (PC do B): "Além de uma dinâmica interna e cotidiana que privilegia e incentiva a participação das mulheres no cotidiano, nas eleições procuramos ultrapassar a cota estabelecida pela legislação eleitoral. Nossas candidatas têm acompanhamento e apoio específico por parte da Secretaria de Mulheres e, entre outras ações, realizamos cursos e seminários de formação, prestação de contas, comunicação para garantir apoio em todas as áreas que identificamos como mais difíceis para as campanhas delas".
 

Gleisi Hoffmann (PT): "O PT foi pioneiro, em 1991, ao instituir cota de 30% para a participação das mulheres em cargos de direção. Depois, em 2017, aprovamos uma resolução no estatuto para haver paridade entre mulheres e homens nos cargos. Na Secretaria de Mulheres do PT adotamos várias medidas internas para estimular a participação das mulheres na política, como o Programa Elas por Elas, que cuida da formação das nossas militantes".
 

REPRESENTATIVIDADE NOS PARTIDOS
 

Heloísa Helena (Rede): "No caso da Rede, em todos os estados temos dois porta-vozes, sendo uma mulher e um homem, de preferência possibilitando encontro intergeracional. Mas não quer dizer que seja sempre consenso progressivo, pois não estamos imunes ao que é impregnado nas pessoas. Temos muitos conflitos e também a necessária e dura reação para impedir que esse ridículo comportamento se fortaleça".
 

Luciana Santos (PC do B): "Atualmente, temos quatro estados em que o partido é presidido por mulheres: Paraíba, com Gregória Benário; Amapá, com nossa ex-deputada Marcivânia Flexa; Roraima, com a Tatiane Cassiano; e Mato Grosso do Sul, com a Iara Gutierrez. Mas ter mulheres na presidência do partido não é uma novidade para o PC do B".
 

FUNDO ELEITORAL
 

Renata Abreu (Podemos): "Esse também é um desafio. Toda a distribuição de fundo nos partidos leva em conta também o potencial eleitoral e histórico de voto. Esse é o desafio de todas. E o que acontece, você tem um resultado a entregar, tem uma cláusula de barreira a cumprir. Então você precisa também ter pragmatismo na distribuição de fundo".
 

Suêd Haidar (PMB): "Falta financiamento adequado para as campanhas. As mulheres muitas vezes enfrentam dificuldade para obter financiamento para suas campanhas eleitorais e isso limita suas chances de eleição".


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/214417-mulheres-sao-maioria-do-eleitorado-mas-comandam-so-4-dos-31-partidos-do-pais

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Mulheres são vítimas de 89% dos casos de estupro na Bahia; estado registrou mais de 3 mil denúncias em 2022

O termo “Cultura do Estupro” surgiu em meados dos anos 70, na segunda onda do movimento feminista quando uma das pautas era, inclusive, contra a violência sexual. 50 anos se passaram e esta “cultura” ainda permanece enraizada em nossa sociedade atual. As mulheres foram vítimas 89,04% dos casos de estupro na Bahia em 2022. Até novembro do ano passado, o estado registrou 3.706 ocorrências, sendo um crescimento de 31,78% sobre 2021.

 

Os dados foram obtidos pelo Bahia Notícias por meio da Coordenação de Documentação e Estatística Policial, da Polícia Civil.

 

A Região Metropolitana foi a área em que houve a maior incidência de mulheres vítimas de estupro, com 90% dos casos tendo figuras femininas sendo violentadas. No ano passado, a RMS registrou 50 ocorrências, sendo 45 com mulheres. Porém, as denúncias de estupro, no geral, caíram 71,59% em comparação com o ano de 2021 (176 casos).

 

Das 3.706 ocorrências, o interior do estado foi “responsável” por 3.152 (85%) das denúncias de estupro no ano passado. As mulheres foram vítimas de 89,3% (2.815) do número total de casos reportados nos 404 municípios analisados pela Polícia Civil. Entre 2022 e 2021, as denúncias cresceram 47,35%.

 

Em Salvador, foram registrados 505 casos de estupro até novembro do ano passado, sendo uma alta de 25,31% nas denúncias ante ao registrado em 2021 (403). No ano de 2022, cerca de 87% (440) das vítimas desta categoria de violência sexual foram mulheres.

 

Os casos de abusos contra a população masculina também registraram crescimento no ano passado. A Polícia recebeu 406 denúncias de estupro contra homens em 2022, enquanto em 2021 esse número foi de 303, representando uma alta de 25,36% nos casos.

 

A população feminina é maioria na Bahia. O estado com quase 15 milhões de habitantes conta com 7,663 milhões de mulheres, representando 51,6% dos baianos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A masculina gira em torno de 7,1910 milhões.

 

Levando em consideração os dados disponibilizados pela Polícia Civil e pelo IBGE, uma em cada 2.322 mulheres foram estupradas na Bahia no ano passado. Calculando as vítimas masculinas, esse número fica em uma em cada 17.709 homens violentados em 2022. 

 

Os números obtidos pela Polícia Civil podem estar defasados e, na verdade, podem ser ainda maiores. Apenas duas em cada 10 mulheres procuram ajuda e denunciam quando são vítimas de estupro, isso segundo a pesquisa "Experiências sobre estupro e percepções sobre saídas institucionais para as vítimas", realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva.

 

 
 

Considerando a estatística da pesquisa e calculando de forma proporcional, na verdade o número de casos de mulheres estupradas na Bahia pode ultrapassar os 13 mil. Com isso, 1 em cada 589 mulheres baianas seriam vítimas dessa violência em 2022.

 

COMO DENUNCIAR

As vítimas de violência sexual  podem registrar os crimes online ou presencialmente. A Delegacia Virtual é uma ferramenta importante para vítimas que podem ter dificuldades para se dirigir até uma unidade física. As denúncias podem ser feitas pela internet, no site (clique aqui).

 

O Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) tem uma assistente virtual, a Judi. Pelo número de WhatsApp (71) 99978-4768, é possível obter informações sobre os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher (psicológica, física, sexual, moral e patrimonial), além de ter acesso aos canais de denúncia.

 

Os crimes contra crianças, adolescentes e mulheres também podem ser registrados nas delegacias especializadas, como as Delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) e as Delegacias de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Derccas).


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/276339-mulheres-sao-vitimas-de-89-dos-casos-de-estupro-na-bahia-estado-registrou-mais-de-3-mil-denuncias-em-2022

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Com 5 deputadas federais, Bahia elege maior bancada feminina desde a redemocratização

A Bahia elegeu a sua maior bancada feminina desde as eleições gerais de 1986. Em 2023, das 39 vagas destinadas para o estado na Câmara dos Deputados, cinco serão ocupadas por mulheres. As estreantes Roberta Roma (PL), Rogéria Andrade e Ivoneide Caetano (PT) se juntam as veteranas Alice Portugal (PCdoB) e Lídice da Mata (PSB).

 

O número representa um aumento de 66% em relação às eleições de 2018, quando foram eleitas três mulheres. Alice e Lídice foram reeleitas no pleito deste ano, enquanto Dayane Pimentel (União) não conseguiu se reeleger.  

 

O histórico mostra que o número de mulheres escolhidas para representar o eleitorado baiano em Brasília têm passado por constantes oscilações. Em 1986, a Bahia elegeu Abigail Fonseca (PMDB) e Lídice da Mata, na época no PCdoB. Na eleição seguinte, em 1990, nenhuma mulher foi eleita. Já em 1994, apenas Simara Ellery (PMDB) passou no teste das urnas.

 

Em 1998 houve um retrocesso, quando o resultado foi o mesmo do início da década, com nenhuma mulher eleita. Já o ano de 2002 marcou a primeira vitória de Alice Portugal nas urnas e junto com ela também se elegeu Zelinda Novaes (PFL).

 

O recorde anterior de mulheres eleitas pela Bahia para a Câmara Federal aconteceu em 2006. Naquele ano, a bancada feminina no estado foi composta por quatro representantes: Alice Portugal, Lídice da Mata, Jusmari (PR) e Tonha Magalhães (PR).

 

Em 2010, a quantidade caiu drasticamente, com apenas uma eleita, que foi novamente a comunista. Em 2014, Alice e Moema Gramacho (PT) se elegeram.

 

BRASIL

A bancada feminina na Câmara dos Deputados cresceu e será composta por 91 mulheres, em 2023. O número corresponde a um aumento de 18% das vagas, já quem em 2018 foram eleitas 77. As mulheres vão representar 17,7% das cadeiras da Câmara dos Deputados. Hoje a representação é de 15%.

 

A bancada feminina terá, pela primeira vez na história da Casa, duas deputadas trans: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG). As duas já passaram por cargos dos legislativos locais antes de chegar à Câmara dos Deputados, com votações recorde em seus estados.

 

Apesar de ser a maior parte do eleitorado brasileiro, com 52,65%, as mulheres ainda estão longe de ser maioria nas casas legislativas. Segundo a União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa a 146º posição na participação de mulheres nos parlamentos entre 193 países analisados. Na América Latina, Cuba e México tem melhores desempenhos, com 53,4% e 50% dos assentos parlamentares ocupados por mulheres. Os dados são de agosto de 2022.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/273174-com-5-deputadas-federais-bahia-elege-maior-bancada-feminina-desde-a-redemocratizacao.html
 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Mulheres negras desistem de ter filhos por medo do racismo e proteção à saúde mental

"E se isso acontecer com um filho meu?" Foi o que se perguntou Lorena Vitória, uma mulher negra de 21 anos, após ver seus namorados, todos negros, serem abordados de forma violenta pela Polícia Militar.
 

O medo de que os futuros rebentos sejam vítimas de racismo faz com que a estudante de design de moda questione se vale a pena ceder ao desejo de ser mãe, ou se é melhor não colocar outra criança negra em um mundo racista.
 

"A gente vê hoje em dia as coisas que acontecem, tanto de abordagem como de morte, e eu sempre fico muito mal e acabo imaginando: se com o filho dos outros já me dói tanto, como seria se isso acontecesse com um filho meu?", diz.
 

A indecisão de Lorena é comum entre mulheres negras. O medo de que seus filhos sofram racismo --que se manifesta na violência policial e obstétrica, no preconceito e na discriminação-- faz com que muitas delas abram mão da maternidade. A decisão também serve como proteção à própria saúde mental.
 

Isso ocorre pois o racismo é motor de sofrimento psíquico, afirma Marizete Gouveia, doutora em psicologia pela Universidade de Brasília e autora da tese "Onde se esconde o racismo na psicologia clínica?".
 

Segundo a especialista, o sofrimento causado pelo preconceito racial faz com que mulheres negras criem mecanismos de proteção à saúde mental. Não ter filhos é um deles, uma vez que não precisariam se preocupar com as violências que viriam a sofrer.
 

"Pode ser uma medida de autoproteção, no sentido de não ter que se preocupar com a criança, mas vai além disso. É também não trazer uma criança para esse mundo violento. Eu vou me poupar de não ter essa preocupação, mas também é um alívio não vivenciar essa criança sendo exposta a esse mundo."
 

De acordo com o Atlas da Violência 2021, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, desde a década de 80, quando começaram a crescer as taxas de homicídio no Brasil, o aumento foi mais acentuado entre a população negra, especialmente entre os mais jovens.
 

E o medo se torna ainda maior se o filho for homem. Um levantamento realizado pelo Fórum com microdados do Anuário de Segurança Pública mostra que negros são 78,7% do total de mortes violentas intencionais entre homens. Isso significa que um homem negro tem 3,7 vezes mais chances de morrer do que um não negro.
 

É o caso da babá Gisele (nome fictício, a pedido), que teve sua decisão pautada na violência crescente entre negros e na sua experiência profissional. Percebeu que era uma inquietação constante a ideia de deixar seus filhos em casa para cuidar dos filhos de outras mulheres.
 

"Como que eu vou me sujeitar a ter um filho e passar a semana fora de casa?", diz ela. "É esse o problema, tirar do filho o direito de ter a mãe por perto, porque esse trabalho consome."
 

Ela, que evita transitar em espaços em que pode sofrer racismo, sente que não vale a pena ter um filho que terá sua liberdade podada para que não passe por situações de preconceito e discriminação.
 

"Muitas vezes você tem o sonho dessa realização na sua vida, mas por falta de opção, por falha do estado e pelo racismo, você tem que tomar outros caminhos."
 

Evelyn Daisy de Carvalho de Sousa, 39, por outro lado, nunca teve um forte desejo de ser mãe devido a uma condição de saúde hereditária. Conforme se tornou adulta, o medo de que seus filhos sofressem violência foi o que era preciso para que ela confirmasse a decisão. Percebeu também que precisava proteger sua saúde mental. Sabia que ter um filho negro seria motivo de preocupação constante.
 

Sua decisão acumula ainda outras variantes. Fundadora do Traçamor, um projeto que atende mulheres em período de transição capilar, Evelyn também é responsável pela criação de dois sobrinhos negros, o que faz com pense constantemente em como os manter vivos e seguros.
 

"Imagina eu tendo gerado, colocado uma criança no mundo para ter essa preocupação? Porque sobrinho e marido não são exatamente uma escolha. Engravidar, não. Você coloca uma pessoa no mundo para sofrer essas consequências."
 

Além disso, viu a irmã sofrer com a violência obstétrica em suas quatro gravidezes, sendo mal atendida por médicos em dois partos. "Na ginecologia nós passamos muita humilhação. Eu passei muita humilhação com o ginecologista do posto do meu bairro. Imagina se eu estivesse grávida?"
 

O estudo "A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil", publicada nos Cadernos de Saúde Pública em 2017, mostra que mulheres pretas são mais propensas do que brancas a terem um pré-natal inadequado, ausência de acompanhantes no parto e menos anestesia local quando praticada a episiotomia, que consiste num corte na região da vagina para facilitar a saída do bebê.
 

Para Janete Santos Ribeiro, mestre em educação pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e ex-coordenadora pedagógica do Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais Negras da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o racismo tem definido as necessidades e escolhas da população negra. A pesquisadora se diz dividida quanto ao que pensa sobre a decisão de mulheres negras que optam por não ter filhos.
 

Por um lado, crê que a população negra não deve pautar suas escolhas apenas com base na violência que sofre. Por outro, acredita ser importante que essas mulheres encontrem mecanismos que as ajudem a proteger seu bem-estar e saúde mental.
 

"Eu acolho as duas perspectivas, mas acredito que o importante é que a pauta, o agenciamento seja nosso. Não partir das violências impostas historicamente aos nossos corpos. Se não você sai de um adoecimento para outro", afirma Ribeiro, que também é professora da educação básica.
 

A pesquisadora pondera, porém, que a decisão deve levar em consideração se existe o desejo pela maternidade e pensar em quais formas isso será sanado para não virar um fator de sofrimento. "A solidão da mulher negra tem sido uma imposição da cultura patriarcal, elitista e racista. Não queremos mais essa solidão pautando nossas decisões e escolhas."

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/176075-mulheres-negras-desistem-de-ter-filhos-por-medo-do-racismo-e-protecao-a-saude-mental.html

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Único baiano, Doce Mel/Jequié estreia neste domingo no Brasileirão Feminino Série A3

Único representante baiano, o Doce Mel/Jequié estreia neste domingo no Brasileirão Feminino Série A3. A equipe enfrentará o Estanciano, de Sergipe, em jogos de ida e volta, pela primeira fase da competição. Novidade no calendário, o torneio definirá quatro times para acessar a Série A2 por meio de mata-mata. 

 

“Vai ser uma partida difícil, vamos enfrentar o campeão sergipano. Apesar de algumas atletas termos revelado para outros times a nível nacional, mantivemos alguma parte, trouxemos reforços, atletas jovens, para fazer uma boa estreia. É um campeonato que não permite muitos erros”, avaliou Tinho, técnico da equipe, em entrevista ao Bahia Notícias. 

 

Formado a partir de uma parceria entre o Doce Mel e o Jequié, o time de futebol feminino tem atuação mais forte no futsal e no Fut7. Em 2021, contudo, foi vice-campeão baiano de futebol, perdendo para o Bahia na decisão. 

 

Na opinião de Tinho, o Brasileirão é um passo grande para o Doce Mel, e deve ser uma caminhada difícil. “Acho que tem um equilíbrio muito grande, temos várias equipes fortes. Sabemos que vamos encontrar dificuldades”, afirmou. 

 

Para conquistar o acesso, o Doce Mel/Jequié terá o reforço da zagueira Tânia Maranhão, de 47 anos. Medalha de prata com a Seleção Brasileira feminina nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e Pequim (2008), a atleta será a capitã da equipe baiana. 

 

“Vim mais para reforçar a equipe. Recebi vários convites, mas como eu gosto de desafio, disse: Tinho, eu topo. Me surpreendi muito com a equipe do Doce Mel. Bem qualificada, muitas jogadoras de alto nível. Estamos sempre aprendendo, com a troca, a conversa, é bom escutar. Isso é importante”, destacou ao BN.

 

Tânia Maranhão conquistou duas medalhas de prata com a Seleção Brasileira | Foto: Reprodução / Twitter

 

Tânia acredita que o sistema de mata-mata torna a missão de subir para a Série A2 mais complicada. “Cada jogo é uma final, temos que levar a sério. É jogo de seriedade, o que pudermos fazer para vencer, faremos”, opinou. Caso avance de fase, o Doce Mel/Jequié enfrentará o vencedor do duelo entre Náutico e Sport. 

 

Para o Brasileirão, o time que foi vice-campeão baiano perdeu algumas peças. “Perdemos a atacante Sol, a atacante Ju, nossa dupla. Nossa volante, que foi destaque, fraturou a perna em uma competição de futsal. Conseguimos trazer Tânia Maranhão, ex-Seleção Olímpica, e temos jovens talentos na região de Jequié”, pontuou Tinho. 

 

VALORIZAÇÃO 

O Brasileirão Série A3 fará sua estreia em 2022 e, para Tinho e Tânia, representa um avanço enorme na valorização da modalidade. Esta será, inclusive, a primeira vez que a cidade de Jequié receberá uma partida de futebol nacional. 

 

“Estamos conseguindo dar um salto gigante. No passado ficamos muito aquém do ideal. Nesses últimos anos, conseguimos avançar bastante com três divisões. É importante ter competições na categoria de base, ter as partidas transmitidas. É um avanço enorme”, destacou o técnico. 

 

“Para mim é uma satisfação muito grande. Estou no futebol há tanto tempo, e é gratificante. Quero cada vez mais que o futebol feminino tenha divisões. Série A3, Série A4, se puder. Não tem preço”, complementou Tânia. 

 

O primeiro jogo entre Doce Mel/Jequié e Estanciano acontece neste domingo (12), às 15h, no estádio Augusto Franco, em Estância. A volta será no dia 18 de junho, no mesmo horário, no Waldomiro Borges, em Jequié. 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/62249-unico-baiano-doce-meljequie-estreia-neste-domingo-no-brasileirao-feminino-serie-a3.html 

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Homem é preso suspeito de agredir esposa com socos no rosto e nas costas no interior da Bahia


Um homem foi preso na cidade de Inhambupe, cerca de 150 km de Salvador, suspeito de agredir a esposa com socos no rosto e nas costas. O caso ocorreu na noite de sábado (2), na região central do município.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), uma equipe do 4º Batalhão da PM fazia rondas pelo local e foi informada sobre a ocorrência. Os policiais foram até o endereço e prenderam o homem em flagrante.

O órgão de segurança pública não informou detalhes sobre o estado de saúde da mulher, nem o tempo que o casal estava junto. O suspeito foi levado para a Delegacia Territorial (DT) de Inhambupe, onde está à disposição da Justiça.

Fonte: https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/10/03/homem-e-preso-suspeito-de-agredir-esposa-com-socos-no-rosto-e-nas-costas-no-interior-da-bahia.ghtml

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

PM registra casos de agressão contra mulheres em Araçás e Inhambupe; homens são presos

Dois homens acusados de agredirem suas companheiras foram capturados por equipes do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM/Alagoinhas), momentos após praticarem os crimes. As ações distintas aconteceram na noite do sábado (11), nos municípios de Araçás e Inhambupe. 

 

Por volta das 20h, a primeira vítima, moradora de Araçás, acionou o Centro Integrado de Comunicações (Cicom) da Secretaria da Segurança Pública, através do telefone 190, e relatou que ela e a filha haviam sido agredidas pelo seu companheiro, que estava alcoolizado. 

 

“Na mesma hora o Cicom nos informou e fomos verificar. Chegamos no bairro Araçás Mirim e encontramos ela machucada no rosto, pescoço e perna”, contou o comandante do 4º BPM, major Antônio Roque Ávila dos Anjos. 

 

Elas apontaram para os PMs o local para onde o homem tinha ido e, após rondas, encontraram ele na casa de sua mãe, em outra localidade do município. Já às 23h, o outro acionamento, também feito via 190, relatou que, no município de Inhambupe, um homem agrediu a esposa no rosto. Os PMs chegaram na Travessa Mandacaru, Centro da cidade, e conseguiram prender o agressor.

 

A dupla foi encaminhada para a Delegacia Territorial (DT) de Alagoinhas, para as providências de Polícia Judiciária.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/27022-pm-registra-casos-de-agressao-contra-mulheres-em-aracas-e-inhambupe-homens-sao-presos.html

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Mulheres indígenas iniciam marcha por direitos em Brasília

Foi iniciada nesta  terça-feira (7) a a II Marcha das Mulheres Indígenas. A ação reúne cerca de 4 mil líderes, de 150 etnias de várias regiões do país. Elas se unem a 1,2 mil indígenas que estão acampados no Distrito Federal desde o dia 24 de agosto para acompanhar o julgamento do chamado marco temporal para a demarcação de terras, no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso volta à pauta do Supremo nesta quarta-feira (8).

 

Os ministros devem decidir se é válida a tese na qual indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. 

 

"As mulheres indígenas assumiram um papel fundamental na articulação das redes de apoiadores nesse momento [...]. Há muitas mulheres indígenas com atuações significativas na contribuição pela defesa dos direitos dos povos indígenas – muitas vezes enfrentando diversas formas de violências", diz trecho do manifesto divulgado pelo grupo.

 

Com o tema "Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra", a marcha é organizada Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).

 

Conforme os organizadores, os acampados estão imunizados com as duas dose da vacina contra a Covid-19.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261801-mulheres-indigenas-iniciam-marcha-por-direitos-em-brasilia.html 

sábado, 14 de agosto de 2021

Violência contra mulheres cresce em 20% das cidades durante a pandemia

Em 483 cidades houve aumento de casos de violência contra a mulher durante a Covid-19, que atingiu o Brasil em fevereiro de 2020. O número equivale a 20% dos 2.383 municípios ouvidos pela nova edição da pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) sobre a pandemia. A informação foi divulgada pela Agência Brasil.

 

Em 269 (11,3%) municípios, houve elevação nas ocorrências de violência contra criança e adolescente, em 173 (7,3%) foram registrados mais episódios de agressão contra idosos, e em 71 (3%) contra pessoas com deficiência. Em outras 1.684 cidades (70,7%), as prefeituras não receberam mais denúncias de violência contra esses segmentos.

 

Somados, os percentuais de cidades onde houve acréscimo de casos de agressão contra diferentes segmentos chegam a 41,9% dos municípios ouvidos no estudo. É a primeira vez que a pesquisa da CNM sobre a covid-19, realizada semanalmente, trata de casos de violência.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261155-violencia-contra-mulheres-cresce-em-20-das-cidades-durante-a-pandemia.html

 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Câmara de Veredadores de Inhambupe concede Moção de Aplausos a professora Paula Alcântara pelo o dia da Mulher Negra

Câmara de Vereadores de Inhambupe concede Moção de Aplausos a professora Paula Alcântara pelo o dia da Mulher Negra de autoria do Vereador e Professor Ednilson, uma moção de aplausos a Senhorita PAULA EMANUELA ALCÂNTARA DE SOUZA, em regozijo ao Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha. Essa homenagem às mulheres negras da América Latina, que foi instituída no ano de 1992 no primeiro encontro de Mulheres Afro Latinas Americanas Caribenhas, na cidade de São Domingos na República Dominicana. Na própria nota do vereador fala um pouco dessa grande mulher. "A homenageada por mim escolhida representa bem a mulher negra no nosso município, pelo seu dinamismo, luta, coragem e tenacidade. Paula Alcântara, entre outras coisas tem um currículo vasto de conquista, quebrando todas as barreiras da discriminação racial em ênfase a mulher afrodescendente.

 Nascida no município de Inhambupe, filha dos senhores Edvaldo Pereira de Souza e Vera Lúcia Alcântara de Souza, exerce a profissão de educadora desde o ano 2007, ano esse que também consegui a dádiva de ser aprovado no concurso público realizado a época pela prefeitura municipal de Inhambupe na gestão da saudosa e eterna prefeita Simone Simões Neri. Também exerce a função de educadora no município vizinho de Sátiro Dias, desde o ano de 2002. É graduada em Pedagogia e História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), sendo a primeira no ano de 2007 e a segunda no ano de 2017.

Atualmente é coordenadora pedagógica do Centro Educacional de Inhambupe, onde também é professora de Cultura Regional. A homenageada nunca mediu esforços e vem trabalhando muito pela melhoria na qualidade da educação pública. Ela acredita na educação e cultura atribuindo esses fatores como principais pilares para inclusão social. Segundo a mesma só teremos uma sociedade mais justa quando a educação e a cultura deixar de ser uma política de governo, e passar a ser de fato uma política de Estado. Diante das explanações citadas venho pedir aos meus pares, a aprovação da referida Moção de Aplauso em homenagem ao Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha a senhora PAULA EMANUELA ALCÂNTARA DE SOUZA". 

Veja o que o próprio professor Ednilson falou na última terça, 26 de julho de 2021. "A homenageada por mim escolhida representa bem a mulher negra no nosso município, pelo seu dinamismo, luta, coragem e tenacidade. Paula Alcântara, entre outras coisas tem um currículo vasto de conquista, quebrando todas as barreiras da discriminação racial em ênfase a mulher afrodescendente".

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Seleção feminina goleia a China na estreia dos Jogos Olímpicos de Tóquio


 A seleção brasileira feminina estreou com goleada no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos. No início da manhã, no horário de Brasília, desta quarta-feira (21), as comandadas da técnica Pia Sundhage venceram a China por 5 a 0, no Estádio de Miyagi, pela primeira rodada do Grupo F. O placar foi construído por Marta, duas vezes, Debinha, Andressa Alves, de pênalti, e Bia Zaneratto.

 

O Brasil jogou com: Bárbara; Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Júlia Bianchi), Andressinha, Duda (Andressa Alves) e Marta (Ludmila); Bia Zaneratto e Debinha.

 

No momento, o Brasil é o líder do grupo com três e quatro gols de saldo. Logo mais às 8h, Zâmbia e Holanda fazem o segundo jogo da chave. Na próxima rodada, as brasileiras encaram as holandesas no sábado (24), às 8h no horário de Brasília, novamente em Miyagi.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/esportes/noticia/58919-selecao-feminina-goleia-a-china-na-estreia-dos-jogos-olimpicos-de-toquio.html

terça-feira, 13 de julho de 2021

DJ Ivis: Imagens não superam 'presunção de inocência', aponta advogada sobre agressões

Impactantes, injustificáveis e revoltantes. As cenas das agressões físicas cometidas pelo produtor musical DJ Ivis contra sua ex-companheira, a arquiteta Pamella Gomes, gerou intensa comoção nas redes sociais (reveja) e um questionamento recorrente: por que, mesmo com as imagens, o agressor continua solto? Os vídeos viralizaram neste domingo (11). “Me calei por muito tempo, sofria sozinha”, desabafou Pamela. 

 

Após a repercussão das imagens, o artista entrou com um processo na Justiça, solicitando a remoção das imagens e de notícias que pautaram o caso. Os advogados de DJ Ivis alegaram que a exposição do caso é caluniosa. Nos autos do processo, a defesa ainda pede para que o Facebook seja intimado numa tentativa de silenciar a vítima para que ela não consiga fazer mais postagens. A Justiça não aceitou o pedido feito pelos advogados. Os vídeos e um laudo pericial do exame de corpo de delito feito pela vítima comprovam as agressões.

 

Autora de pesquisas sobre violência doméstica e feminício desde 2001, a advogada Angela Farias chama em causa a compreensão de “escalada da violência”. Sucessivas agressões - psicológicas, emocionais, físicas – que antecedem desfechos trágicos de assassinato da mulher. Apesar da revolta pela manutenção da liberdade do agressor, ela destaca que, apesar das imagens, tem vigor o princípio de “presunção de inocência”. 

 

“A questão é que o nosso direito prevê a inocência, é o princípio da presunção da inocência. Ninguém é culpado até o trânsito julgado da sentença penal condenatória. Embora as imagens sejam nítidas, o que acontece é que não foi um caso flagrante delito. Foi uma situação que chegou ao Judiciário após os fatos ocorridos, uma série de agressões. É preciso juntar as provas para que ele seja sentenciado no crime de violência doméstica cuja a lei é conhecida como a Maria da Penha.” 

 

Ao analisar as imagens que circularam nas plataformas digitais, Angela reconhece que, a depender da análise feita, as imagens e o contexto também podem basear um pedido de prisão preventiva. “Ele tem poder, tem dinheiro, é um homem violento. Há indícios suficientes para que o delegado peça a prisão preventiva, mas vai depender da análise. Ali está comprovada a materialidade e autoria”, avalia.

 

OMISSÃO DE SOCORRO

Em algumas das imagens, além da presença do agressor e da vítima, outras pessoas aprecem na cena do crime, no entanto, não se observa atos para evitar as agressões ou defender a mulher em situação de vulnerabilidade. Juridicamente, estes podem também ser responsabilizados.

 

“Eu quero só deixar claro que, nas imagens que aparece outra mulher, essa mulher é minha mãe. Não babá ou funcionária. Mas a minha mãe, que estava me ajudando com a minha filha”, explicou a arquiteta após questionamentos na internet. 

 

Sobre o homem, de prenome Charles, a explicação foi dada pelo próprio DJ Ivis, em mensagem publicada também nas redes sociais. "Esse cara que aparece nos vídeos que ela postou é o Charles. Eu trouxe o Charles da Paraíba para cá, porque não aguentava mais sofrer sozinho. Esse cara tomou a faca da minha mão, uma vez que eu chamei a viatura para mim, porque eu não aguentava mais. Eu tentei… contra mim mesmo. Eu não aguentava". 

 

A advogada Naiaringred Ribas, que integra o projeto “Por todas nós”, uma iniciativa de assistência jurídica gratuita à mulheres de baixa renda vítimas de violência doméstica, sugere que é “analisar a responsabilização daquele que não mete a colher em briga de marido e mulher”. 

 

“É perfeitamente exequível a responsabilização penal a título de omissão de socorro, que se vê neste caso de DJ Ivis. As pessoas que estavam presentes omitiram socorro à vítima", enfatiza.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/260421-dj-ivis-imagens-nao-superam-presuncao-de-inocencia-aponta-advogada-sobre-agressoes.html