terça-feira, 15 de novembro de 2011

2ª Gincana Pedagógica do Colégio Estadual Mário Costa Filho



































Aconteceu durante todo o dia de hoje, a 2ª Gincana do Colégio Estadual Mário Costa Filho, o evento foi realizado na Praça de Eventos.

Veja o nome das equipes:

Esquadra Real (rosa)


Freestyle (amarela)

Blue Star (azul claro)

Velozes e Furiosos (lilás)

Os Protetores (Verde)

Gueto é o Gueto (vermelho)

Peixe-boi (azul marinho)



Já é tradição as gincanas do Mário, que já teve várias como:

Gincana da História

Gincana Estudantil

Gincana Recreativa

Gincana Pedagógica

Parabéns a todos que fizeram parte desse evento que é muito importante para a comunidade escolar.

São nas fases escolares que os alunos desenvolvem a capacidade de convivência com outras crianças, ou adolescentes da mesma idade. É quando elas aprendem a respeitar os limites de convivência, e desenvolvem o respeito pelo que lhe é diferente. E não é só na hora do aprendizado em sala de aula que os alunos trabalham o espírito de coletividade, pois a gincana promovida pelo o Mário é uma ótima maneira de permitir que os alunos interajam de outra forma, aprendendo a verdadeira força do trabalho em equipe.

Fotos de animais estavam presente nas camisas de todos que participaram da gincana.

Obrigado a Professora Valdiva por dar as informações acima.

Proclamação da República


O processo histórico em que se desenvolveu o fim do regime monárquico brasileiro e a ascensão da ordem republicana no Brasil perpassa por uma série de transformações em que visualizamos a chegada dos militares ao poder. De fato, a proposta de um regime republicano já vivia uma longa história manifestada em diferentes revoltas. Entre tantas tentativas de transformação, a Revolução Farroupilha (1835-1845) foi a última a levantar-se contra a monarquia.

Podemos destacar a importância do processo de industrialização e o crescimento da cafeicultura enquanto fatores de mudança sócio-econômica. As classes médias urbanas e os cafeicultores do Oeste paulista buscavam ampliar sua participação política através de uma nova forma de governo. Ao mesmo tempo, os militares que saíram vitoriosos da Guerra do Paraguai se aproximaram do pensamento positivista, defensor de um governo republicano centralizado.

Além dessa demanda por transformação política, devemos também destacar como a campanha abolicionista começou a divulgar uma forte propaganda contra o regime monárquico. Vários entusiastas da causa abolicionista relacionavam os entraves do desenvolvimento nacional às desigualdades de um tipo de relação de trabalho legitimado pelas mãos de Dom Pedro II. Dessa forma, o fim da monarquia era uma opção viável para muitos daqueles que combatiam a mão de obra escrava.

Até aqui podemos ver que os mais proeminentes intelectuais e mais importantes membros da elite agroexportadora nacional não mais apoiavam a monarquia. Essa perda de sustentação política pode ser ainda explicada com as consequências de duas leis que merecem destaque. Em 1850, a lei Eusébio de Queiroz proibiu a tráfico de escravos, encarecendo o uso desse tipo de força de trabalho. Naquele mesmo ano, a Lei de Terras preservava a economia nas mãos dos grandes proprietários de terra.

O conjunto dessas transformações ganhou maior força a partir de 1870. Naquele ano, os republicanos se organizaram em um partido e publicaram suas ideias no Manifesto Republicano. Naquela altura, os militares se mobilizaram contra os poderes amplos do imperador e, pouco depois, a Igreja se voltou contra a monarquia depois de ter suas medidas contra a presença de maçons na Igreja anuladas pelos poderes concedidos ao rei.

No ano de 1888, a abolição da escravidão promovida pelas mãos da princesa Isabel deu o último suspiro à Monarquia Brasileira. O latifúndio e a sociedade escravista que justificavam a presença de um imperador enérgico e autoritário, não faziam mais sentido às novas feições da sociedade brasileira do século XIX. Os clubes republicanos já se espalhavam em todo o país e naquela mesma época diversos boatos davam conta sobre a intenção de Dom Pedro II em reconfigurar os quadros da Guarda Nacional.

A ameaça de deposição e mudança dentro do exército serviu de motivação suficiente para que o Marechal Deodoro da Fonseca agrupasse as tropas do Rio de Janeiro e invadisse o Ministério da Guerra. Segundo alguns relatos, os militares pretendiam inicialmente exigir somente a mudança do Ministro da Guerra. No entanto, a ameaça militar foi suficiente para dissolver o gabinete imperial e proclamar a República.

O golpe militar promovido em 15 de novembro de 1889 foi reafirmado com a proclamação civil de integrantes do Partido Republicano, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Ao contrário do que aparentou, a proclamação foi consequência de um governo que não mais possuía base de sustentação política e não contou com intensa participação popular. Conforme salientado pelo ministro Aristides Lobo, a proclamação ocorreu às vistas de um povo que assistiu tudo de forma bestializada.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/historiab/proclamacaodarepublica.htm
Fonte da imagem: http://blog.educacional.com.br

Joãozinho da Gomeia


Caros amigos, estou repassando essa crônica para que possamos avaliar nossos atos. A alguns dias cerca de um mês ou mais, saiu uma matéria no Jornal O GLOBO dizendo que a sepultura de Seu Joãosinho da Goméa. Estava sendo escondida por plantas colocada no local para este fim e que as roupas doadas ao Instituto Histórico da Câmara Municipal de Duque de Caxias, tinha desaparecido.

O repórter não se preocupou com o conteúdo da matéria sensacionalista e outro jornalista do Município repetiu a informação sem averiguar os fatos, Até o presente dia a funcionaria responsável pelo acervo não conseguiu o direito de resposta. Afirmo com certeza que as roupas ainda do Rei do Candomblé, ainda existente no Instituto. Quem quiser ver basta ir ate lá e marca, pois as peças não ficam expostas devido a espaço físico suficiente.

A maior preocupação que tenho e que estas matérias depois servem de fonte primaria para estudos universitários e infelizmente a noticia não e real, fico a pensar qual a diferença da fofoca para imprensa alienada repetidora de ideias e sem avaliação de fatos. Pessoas poderiam ter perdido empregos e ate mesmo a justiça poderia ter sido envolvida no meio, para ambas as partes.

A notinha do jornal causou uma de duvidas e seguidores do candomblé, por saberem que tenho vídeos de seu João no Youtube e pesquiso a goméia a alguns anos. Entraram em contato comigo que tentei esclarecer, com isso perceberam o descaso das autoridades com o nome de Seu João Alves Torres Filho que tantos olhares atraiu para Duque de Caxias.

Esta crônica foi enviada por uma adepta do candomblé que diferente dos repórteres, foi buscar prova de parte da denuncia. Com isto ela junto de outros amigos, idealizou uma homenagem a Seu João da Goméa. Que será realizado do dia 02 de Novembro as 10hs da manhã no cemitério do corte 8, seguindo com uma procissão ate o antigo Terreiro. A idéia e relembrar o acordo firmado com a prefeitura para construção do “Centro Cultural Afro Brasileiro Joãosinho da Goméa”. Ao povo do santo, não confundam a ideia de preservar o nome de seu João da Goméa com as intrigas ou brigas pelo poder do titulo de herança. Seu João foi uma personalidade que representou a luta homossexual, a resistência negra e realizou muita ajuda social na região próximo ao seu terreiro.

Pela pessoa que foi, deve ser respeitada a sua história. O antigo terreno hoje pertence a prefeitura, seu nome e tumulo pertence as paginas da história. O centro cultural afro brasileiro condo contruido pode tornar-se uma referencia a cultura negra na região da Baixada fluminense.

Axé a todos.

----- Mensagem encaminhada ----
De: Claudia Regina Ignacio da Silva <codinhadf@yahoo.com.br>
Para: progenerico@yahoo.com.br
Enviadas: Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010 6:55:55
Assunto: Cronica Ngangalesi

JG - A SAGA
Por muito tempo, relutei por entrar num cemitério.Mesmo com a perca de vários entes amados, nunca fui visitá-los . NUnca rezei diante de suas lápides. DEfinitivamente não gosto de cemitérios. MAs, lá estava eu. Movida por um "não sei o quê", talvez pelo desafio, simplesmente, e acompanhada por um novo amigo de "infancia", adentrei à recepção do cemitério e já fui indagando:
Alguem, poderia me mostrar onde fica a sepultura de Joãozinho da Goméia?
- E a moça morena indagou: Quem?
A senhora sabe a data do sepultamento, o número da sepultura, em que quadra ele está?
É claro que eu não sabia nada disso. E precisava saber? Afinal era de Sr João da Goméia que eu estava falando.
E ela ainda complementou:
_ Senhora, veja qtos livros, como vou poder procurar um por um?
Meu jovem amigo, se espantou ao saber que ali não tinha computador.
E subimos a ruazinha estreita que adentra o cemitério, e entre tantas informações incorretas, um jovem coveiro, (ou seria auxiliar de sepultamento ?), nos indicou a direção da sepultura.
Diante daquele pequeno espaço ( o que nos cabe, desse latifúndio), evitei pensar. Não, não quiz repensar na vida, não me permití concentração, não me permití uma oração, não me permití "religar".Achei!
E num túmulo simples, simplório, simplemente um túmulo como tantos outros, mas, entre outros tantos, imponentes, bem cuidados, decorados, que guardam anonimos amados, alí naquele encontra-se descansando aquele que fundou uma raiz religiosa. Aquele que elevou o nome de uma religião. Que mostrou à alta sociedade, preconceituosa e déspota, de sua época , a beleza e a magia do candomblé. Ali jaz, quem em vida não foi simples. Polemico e atrevido, simplemente deixou um legado de fé e história. Diante da foto estampada na lápide, lê-se apenas " J.Goméia". MAis nada. Uma floreira, sem flores, algumas flores artificiais, que um dia foram bonitas, e dois jarros, de barro, como o barro que cobrirá a todos nós, que com certeza, algum significado religioso contiveram um dia, e hoje apenas, servem de criadouro para mosquitos. NAda mais. Uma lápide apenas. Simples assim.
No túmulo vizinho, deparo com duas palmeirinhas, ( o motivo da minha visita), ladeando carinhosamente, e sombreando a ultima morada de alguem lembrado com carinho pelos seus. Elas emprestam seus fios de sombra, e refrescam o descanso do vizinho ilustre, aos seus pés, como se dando adobale.
Não, definitivamente, aquelas palmeirinhas, não foram plantadas para "esconder" a morada de J. Goméia. Ele está lá, esperando ser lembrado, ao menos por aqueles que cultuem ancestralidades, que cultuem história, que cultuem axé.E eu alí.
Cézar meu amigo e irmão de fé, se empolga, e visita outros túmulos de outros zeladores, não tão famosos,mas tambem importantes, porém nítidamente mais acarinhados pelos seus descendentes, visto, o cuidado com seus túmulos.
Minha missão estava cumprida. Podemos voltar aos nossos lares, postar informações. Adeus J.Goméia! Não me cabe contar sua história. Fizeram-te cadeira cativa em teses de mestrados.Adeus, " Rei do Candomblé".!
MAs..
PAra que uma saga, seja mesmo uma saga, ela precisa ser complicada. e em se tratando de J.goméia, nada pdoe ser simples.
Já ofegante, tamanha força despreendida, para evitar emoção, mostrei ao meu amigo-irmão-repórter-fotógrafo-apoio
Cézar de Oxóssi ( tinha que ser!), a direção de onde era localizado a roça, o barracão, a casa de J.Goméia, e como que levados, enlevados, enredados, entusiasmados, seguimos naquela direção.
Conheço o bairro, conheço o lugar. PArentes, amigos, residiram e ainda residem naquela rua, porem, nunca tive intimidade com a história daquela casa, daquele axé.
Chamo para me auxiliar, uma amiga de longa data, da minha família, e ela sem pestanejar nos leva ao terreno, onde um dia, foi o império do Rei do Candomblé.
Empolgada com minha presença, visto que não nos víamos há muito, minha amiga, conta pequenas histórias , que ainda vem à sua memória, dos belos tempos de função na casa do Sr João. Fala da belas festas, qdo a rua ficava lotada de carros, de gente bonita. Fala com orgulho que sua mãe era filha de santo daquela casa, e teria sido criada, alí dentro, ajudando, brncando, crescendo, mesmo sem ter sido iniciada. Mostra com riqueza de certeza e de detalhes, onde ficava a casa do Caboclo Pedra Preta, a casa de Obaluaê, onde teria sido o roncó, e as outras dependencias, e por fim mostrou-nos onde teria sido a residencia do sacerdote.
E como toda saga tem seu momento de ápice. Era aquele alí o meu momento.
Quando após chamados insistente, sai de dentro do casebre( que um dia foi palácio), um senhorzinho, meio mudo, meio surdo, meio curvado, meio feio, meio cuidado, e logo nas suas primeiras palavras, percebí que Eu é quem estava enganada por inteiro. Eu estava defronte de um ser humano inteiro!
Apenas, 85 anos de idade. 62 anos de iniciado pelas mãos de J. Goméia. E alí ainda estava. Nem tão firme, e nada forte, mas alí permanecia.Preocupado ainda, com a quebra de seu runjeve, anunciando talvez a sua partida. Enquanto pergunto se gostaria de ir à uma festa de candomblé, seus olhos brilham e com gestos claudicantes, demonstra o quanto gostava e sabia dançar.
Eu estava diante de muita história, de muita riqueza, de muito fundamento, que poderia ser passado, e está alí, se perdendo, se esvaindo, escorrendo pelas mãos.O que fazer?
MInha amiga, conta com nostalgia, de como eram brancas e lindamente engomadas as saias de Oyá, e como ela dançava majestalmente quando incorporada naquela pessoa franzina.
E poucas foram as histórias ali, contadas devido o adiantar da hora. MAs muitas foram as impressões deixadas.
PAra quem não entende de ancestralidade, de axé, de legado, não consegue dimensionar o sentimento de quem vê aquele espaço sacralizado, plantado, que tanto serviu à Orixás, Nkice, à fé., simplesmente, não, simplesmente não, grandiosamente abandonado e destruído.
Axé!
Nzambi ua Kuatesá