terça-feira, 30 de outubro de 2012

A super tempestade do século (Furacão Sandy)

Furacão Sandy deixa 8,1 milhões de casas sem energia nos EUA

A Con Edison disse aos clientes via Twitter que as áreas mais afetadas poderão ficar mais de uma semana sem energia. Um total de 787 mil residências e estabelecimentos residenciais estavam sem energia em Nova York e em Westchester como um todo, de um total de 3 milhões de clientes da Con Edison.
NOVA JERSEY
Em Nova Jersey, 62 por cento das residências estavam sem energia, de acordo com a DOE. A agência de Nova Jersey Public Service Electric and Gas (PSE&G) informou em um tweet que essa foi a "maior tempestade da história da PSE&G". A empresa pediu que os clientes sejam pacientes, pois a inundação "sem precedentes" ameaçava deixar as casas sem força durante dias.
Pensilvânia, Rhode Island, Nova Hampshire, West Virginia, Nova York, Nova Jersey e Connecticut tiveram apagões afetando 20 por cento ou mais dos clientes, de acordo com a DOE.
Uma companhia previu que as perdas econômicas poderiam chegar a 20 bilhões de dólares em todo país -- apenas metade estava assegurada.
A Long Island Power Authority (LIPA), de propriedade do Estado, foi uma das agências mais atingidas, com 85 por cento de seus 1,1 milhão de clientes em Nova York sem energia. Ela informou que poderá levar entre sete a 10 dias para que todos os clientes voltem a ter energia.
O site da Connecticut Light and Power informou que 38 por cento de seus clientes estavam sem energia.
Os fornecedores de energia enfatizaram que os clientes devem manter distância das linhas de energia derrubadas. Uma mulher na cidade de Nova York morreu depois de pisar em uma poça eletrificada.

Fonte: http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE89T06K20121030?pageNumber=2&virtualBrandChannel=0

 


Lista de benefícios e alto salário deixam deputados federais longe da realidade da população

Brasília – Receber um salário de R$ 26,7 mil é um luxo para poucos no país. Mas para os deputados federais que ganham essa bolada todos os meses, os rendimentos privilegiados não são o único atrativo do cargo. A lista de benefícios é tão extensa que um parlamentar pode viver sem sequer colocar a mão no próprio bolso. Além do gordo contracheque, eles têm direito a atendimento médico ilimitado, passagens aéreas, carro alugado, combustível, conta de telefone paga pelo estado e auxílio-moradia. Numa comparação dos benefícios garantidos aos deputados com os direitos assegurados aos cidadãos comuns é fácil constatar que a situação de quem tem mandato no Congresso destoa – e muito – da realidade dos brasileiros que eles representam.

Na semana que passou, esse abismo entre a ilha em que vivem os parlamentares e a realidade do trabalhador comum ficou mais evidente quando a Câmara restringiu as sessões deliberativas às terças, quartas e quintas-feiras. Assim, ficou oficializada uma prática já bastante popular entre os representantes do povo: a de desaparecer do Congresso na segunda e na sexta-feira.

Em relação aos vencimentos salariais, nem mesmo na capital federal, onde a renda já é bastante alta em comparação com o resto do país, existem tantas famílias que chegam ao nível de remuneração dos parlamentares. São 7.783 famílias vivendo com renda domiciliar entre 40 e 50 salários mínimos, o que corresponde a 1% dos lares brasilienses. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, 90% dos trabalhadores ganham menos de R$ 2,5 mil, ou seja, recebem menos de um décimo do que ganham os parlamentares.

Como 505 dos 513 deputados vêm de outras unidades da Federação, a Câmara garante R$ 3 mil mensais para que os beneficiários paguem o aluguel de um imóvel ou a conta de um hotel. A Casa legislativa dispõe ainda de 432 apartamentos funcionais e, para mantê-los, gastou R$ 30 milhões desde 2008. Essa benesse está bem longe da realidade da maioria dos brasileiros. Em raros casos o trabalhador recebe uma mãozinha do empregado como os deputados.

A assistência médica ilimitada é outro benefício utópico para a maioria dos cidadãos. Os deputados podem pedir reembolso de despesas médicas e hospitalares realizadas em qualquer local do país. A Câmara paga cirurgias, exames e tratamentos realizados na clínica ou hospital de preferência do parlamentar. Segundo a Câmara, esse serviço de reembolso é mais vantajoso para os cofres públicos. Isso porque o custo de pagar um plano de saúde para deputados seria alto, já que a maioria tem mais de 50 anos.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, explica que poucas empresas oferecem planos de saúde com sistema de reembolso que cubram todo e qualquer tipo de procedimento ou consulta. Ele estima que um benefício como esse custaria pelo menos R$ 5 mil para um cidadão comum. "É um plano de saúde muito caro. Se a pessoa quiser incluir cirurgias, transplantes, todos os exames, o valor é altíssimo. Poucas empresas oferecem essa possibilidade de o paciente ser atendido em qualquer lugar e depois pedir reembolso das despesas", comenta Arlindo.

Tanque cheio Mas é na cota parlamentar que estão as maiores vantagens do cargo. Os deputados têm direito a reembolso dos recursos gastos com uma série de produtos ou serviços e o limite mensal varia de R$ 23 mil a R$ 34,2 mil, dependendo do estado do parlamentar. Com esse dinheiro, é possível comprar passagens aéreas; pagar telefone e serviços postais; manter escritório de apoio à atividade parlamentar; acertar conta de restaurantes e de hotéis; alugar ou fretar aeronaves, embarcações ou carros; encher o tanque de combustível; contratar segurança particular ou serviços de consultoria.

Apesar de todas as regalias e de terem aprovado a rotina de três dias de expediente, os parlamentares até hoje adiam uma decisão a respeito do fim do 14° e 15° salários. Eles recebem em fevereiro e em dezembro de todos os anos uma "ajuda de custo" equivalente à remuneração de R$ 26,7 mil. Em um ano, esses salários extras representam um incremento médio de R$ 4,4 mil no rendimento mensal. 


Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/10/21/interna_politica,324642/lista-de-beneficios-e-alto-salario-deixam-deputados-federais-longe-da-realidade-da-populacao.shtml