É incrível como nesse período do ano aparecem super-homens na cidade. Uma quantidade imensurável, e o mais interessante: dos mais variados poderes. Promessas? É o que não faltam para esses seres que conseguem tudo com um piscar de olhos, mas quando eles precisam dos seus “eleitores” é claro, ninguém faz nada grátis.
Na verdade, esses super-homens costumam desaparecer depois de um ano das eleições, geralmente só são vistos falando nas rádios e se famosos forem aparecem na televisão, com promessas de salvar a humanidade. Problemas? Enquanto os seus poderes estiverem na Terra não mais existiram as mazelas sociais, mas a parte cômica disso tudo, nunca vi um poder mais frágil e um enigma mais fácil de ser quebrado do que o deles. A juventude que fez revolução nos anos sessenta parece ter parado no tempo, e observem, eles que são na verdade a sociedade de hoje.
Com tudo isso é na época dos fogos de artifícios e do enorme número de turistas que o interior é visto por políticos que fazem da festa de São João uma das maiores festas políticas. Patrocínios é o que não faltam, banners ou qualquer outra forma de divulgação é válida, para todos aqueles que não conhecem a realidade do município sair dizendo: “Que gestor é aquele? Promover uma festa desse quilate não é para qualquer um. Este tem respaldo político.” Parece-me que alguns se esqueceram da tão importante política de manipulação das massas, conhecida como populismo, que utiliza como principal mecanismo o “pão e circo” nessa época nem pão têm. Só o circo mesmo.
Tudo leva a crer que o São João só tende a ficar mais elitizado. Gasta-se uma fortuna de dinheiro, do tão suado bolso da população. Na verdade eles lançam na economia tentando um retorno para o comércio o que geraria um ciclo de dinheiro, mas essa jogada econômica não é tão óbvia como se parece, você estará tentando, ou melhor, apostando na boa vontade dos turistas que se hospedaram durante dias de folia, passou isso o comércio adormece, e lá se vai mais de um milhão de reais, que poderiam ser investidos no combate da fome e na melhor remuneração dos funcionários públicos do município.
Não esquecendo os super-homens que somem mais uma vez e aí só voltam em alguma inauguração, ou quem sabe, no próximo São João. O negócio é: Não ir onde tem pouca gente. Podemos denomina-los assim de políticos caipiras, como afirma meu pai.
Essa síndrome toma conta do interior eles descem da capital ou de onde qualquer lugar que estejam para comer o milho do interior, conversar e acima de tudo colocam em algum blog: “Estive articulando a política de tal município do INTERIOR.” Parece que o povo está em êxtase com esse tipo de “cidadão” que pregam durante a campanha o apoio incondicional à população e no final das contas, não fazem nada.
Estamos em pleno dia 28 de Junho de 2011. Na era digital, da informação constante e do pensamento crítico, para alguns. E escrevo neste momento para você, meu caro leitor que não havia ainda se atentado para este detalhe importante para o aumento da sua criticidade e sórdido para os que são adeptos dessa política imunda. Vamos dar um basta. Os candidatos passam por sua aprovação, é o seu voto mais o de uma maioria, que permitem a eles exercerem cargos públicos. Ou seja, estão para te servir, porque é do seu problema mais o de outras pessoas que nasce o interesse coletivo.
Não permita que todos aqueles que compactuam com a ideia do “Pão e Circo” seja eleito. Político bom para sociedade é aquele que conhece as suas mazelas e tenta soluções concretas para a solução das mesmas.
(Texto Adaptado)
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