Chuva de meteoros Orionídeos vive pico entre esta sexta e sábado. Visibilidade pode ser prejudicada por luminosidade da Lua.
Do G1, em São Paulo
Imagem
composta de várias fotos tiradas durante a chuva de meteoros Orionídeos
mostra alguns dos meteoros que cruzaram o céu no dia 21 de outubro de
2014 em South Park, no estado de Colorado (Foto: Reprodução/Facebook/Joe
Randall)
Até o início de novembro, quem olhar para o céu na direção da
Constelação de Órion poderá ter a sorte de observar a chuva de meteoros
Orionídeos.O fenômeno, que ocorre todo ano nesta época e é visível tanto
do hemisfério norte quanto do hemisfério sul, começou em meados de
outubro e vai até o início de novembro. Segundo a Nasa, o fenômeno vive
seu pico entre esta sexta e sábado (21 e 22).
Segundo o astrônomo Cásiso Barbosa, autor do Blog Observatório, do G1,
o melhor horário para observar o céu seria entre 22h e meia-noite.
Depois, só os meteoros mais brilhantes, que são a minoria, serão
visíveis.
Para tentar ver os meteoros, também é preciso que o local de observação esteja escuro.
Este ano, o fenômeno deve ser caracterizado por poucos meteoros e a
visibilidade pode ser prejudicada por causa da fase da Lua (cheia até
esta noite e minguante a partir de amanhã), cujo brilho deve ofuscar
outros objetos celestes.
A chuva de meteoros Orionídeos ocorre quando a órbita da Terra cruza com detritos originários do Cometa Halley.
Os estudantes poderão levar lanches e que estes serão também vistoriados no ENEM 2016. (Foto: Reprodução/Internet)
No fim de semana dos dias 5 e 6 de novembro, mais de 8,6 milhões de candidatos farão o Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio) em mais de 1,7 mil cidades. A
segurança de um exame desse porte contará pela primeira vez com
coleta de dado biométrico dos participantes, além disso, até mesmo os lanches dos candidatos serão vistoriados.
Saiba detalhes sobre a realização da prova do ENEM 2016
Nesta semana, o Ministério da Educação detalhou em entrevista à
imprensa a logística do exame. Serão impressas 18 milhões de provas, que
estarão em 77 mil malotes com lacres eletrônicos que registram o
momento exato em que foram abertos.
No Enem de 2016, haverá a coleta de
impressões digitais dos participantes. “Isso irá se traduzir em
maior segurança. A Polícia Federal tem um banco de digitais e poderá
conferir se o participante é quem afirma ser e não outra pessoa”,
explica a presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira), Maria Inês Fini. A coleta será feita no
dia do exame e, caso haja suspeita, a conferência será depois pela
Polícia Federal.
O esquema de segurança conta ainda com
detectores de metais e envelopes porta-objetos, onde os
candidatos deverão colocar objetos como celulares, objetos eletrônicos e
outros que possam comprometer a lisura das provas. O envelope deve ser
lacrado e colocado embaixo da carteira. Candidatos que postarem fotos ou
mensagens dentro dos locais de prova serão desclassificados.
Maria Inês disse que os estudantes
poderão levar lanches e que estes serão também vistoriados. A caneta
usada deve ser de tinta preta em material transparente.
Equipe
No total, 655,5 mil pessoas trabalharão
no Enem, entre coordenadores, chefes de sala, fiscais de apoio, agentes
de segurança pública, funcionários dos Correios, entre outros. O Enem
custará este ano R$ 90 por participante.
Nos dois dias de prova, os portões serão
abertos às 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. Os estudantes
devem ficar atentos ao horário de verão e verificar na localidade onde
moram o horário exato do exame. As provas começam a ser aplicadas
às 13h30.
No primeiro dia, serão realizadas as
provas de ciências humanas e de ciências da natureza, com duração
de quatro horas e meia. No segundo dia, os participantes terão cinco
horas e meia para resolver questões de linguagens e códigos, redação
e matemática.
A nota do Enem é usada na seleção para
vagas em instituições públicas, por meio do Sisu (Sistema de
Seleção Unificada); bolsas na educação superior privada, pelo Prouni
(Programa Universidade para Todos); além de ser requisito para receber o
benefício do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Para pessoas
maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado como certificação do ensino
médio.
Os cenários de seca extrema e seca excepcional cresceram no Nordeste,
abrangendo partes de todos os 9 Estados. É o que mostra o mapa de
setembro do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil. O Ceará é um dos que
apresentam maior avanço da estiagem. Segundo a Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), 75% do território do Estado
apresenta seca extrema ou seca excepcional.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o quadro se agravou de
forma significativa na região. Em setembro de 2015, o Maranhão, por
exemplo, possuía áreas de seca grave, moderada e fraca. O mapa de
setembro deste ano mostra grande parte do território do estado com seca
extrema.
"O avanço da intensidade de seca mais severa tem atingido até regiões
litorâneas que, geralmente, são mais beneficiadas com chuvas. Por
exemplo, o litoral do leste do Nordeste, desde o Rio Grande do Norte até
parte da Bahia", cita o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.
No Ceará, o mapa do Monitor mostra a expansão da seca extrema em
direção ao norte e o aumento da área com seca excepcional no Centro Sul.
Os contornos de seca extrema em municípios da Região Metropolitana de
Fortaleza também ficam evidentes em setembro. Até agosto, a área
apresentava seca grave.
"Essa situação já era esperada porque, de agosto para setembro, a
ocorrência de chuvas é insignificante e o segundo semestre é considerado
seco. Geralmente, tem um chuvisco ao longo do litoral. Sem chuva, a
condição de seca tende a se agravar. As condições já vinham secas e
pioraram ainda mais", explica Fritz.
Ele acrescenta que a tendência é de o quadro se agravar até dezembro
tanto devido à ausência de chuva como pela elevada radiação solar, que
provoca a evaporação da água dos reservatórios do estado. Os 153 açudes
monitorados pelo Governo do Ceará possuem, juntos, apenas 8% de sua
capacidade.
Em Quixadá, no Sertão Central (a 215 quilômetros de Fortaleza), não se
vê chuva desde o fim da quadra invernosa deste ano (período entre
fevereiro e maio que concentra a maior parte da chuva no estado). O
relato é do presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de
Riacho Verde, Francisco Rodrigues. O centenário açude Cedro, símbolo das
primeiras intervenções para enfrentar os efeitos da seca, já não
contribui mais nem com água nem com forragem para alimentar os animais.
"A maioria dos produtores teve que se desfazer do rebanho para não ver
os animais morrerem e alguns que ainda têm gado sobrevivem a duras
penas. Na agricultura, não teve produção porque o inverno foi muito
fraco. A situação está difícil."
O Ceará enfrenta cinco secas seguidas desde 2011 e a Fundação Cearense
de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) ainda não se pronunciou
sobre a estação chuvosa de 2017. De acordo com o meteorologista da
fundação, ainda não há definições sobre as condições dos oceanos
Atlântico e Pacífico, que influenciam as chuvas no estado.
Pelo quadro atual, conforme Rodrigues, existe uma baixa probabilidade
de que ocorra um El Niño (aquecimento anormal das águas do Pacífico
Equatorial, que atrapalha o regime de chuva). Por outro lado, é possível
que haja La Niña (resfriamento da mesma área do oceano, que têm efeito
inverso do El Niño), mas o fenômeno pode não ser intenso nem se
prolongar por toda a quadra invernosa no Ceará.
"As pessoas, vendo esse resfriamento do Oceano Pacífico, ficaram
animadas, mas a gente tem que ter cautela. Vamos ver se vai se
configurar como fenômeno típico, se vai ter uma intensidade que permita
ter uma repercussão positiva."
Passado o segundo turno das eleições, a situação financeira das prefeituras virá à tona. De 3.155 municípios que informaram o quadro de suas finanças ao Tesouro Nacional,
2.442, ou 77,4%, já estão com as contas no vermelho, segundo
levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). E a
situação vai piorar até o fim do ano, com a contínua queda da
arrecadação, deixando a bomba fiscal para a próxima administração.
Ao
contrário dos governadores, que alardearam nos últimos meses a crise
sem precedentes nos seus cofres para ganhar mais dinheiro do governo
federal, as prefeituras empurraram os problemas para debaixo do tapete
durante a campanha eleitoral - não é exatamente um trunfo eleitoral
mostrar que as finanças estão descontroladas.
Os futuros
prefeitos, que vão herdar o rombo - no caso dos reeleitos, deles mesmos
-, fizeram uma romaria nos últimos dias pelos gabinetes do Congresso em
busca de dinheiro para 2017. Mas, com o teto de gastos já aplicado ao
Orçamento federal do ano que vem, se depararam com uma grande
dificuldade em emplacar seus pedidos de emendas aos deputados e
senadores.
As informações prestadas pelos municípios ao Tesouro
não são obrigatórias. Por isso, boa parte dos 5.570 prefeitos não as
enviam. Mesmo assim, o levantamento representa o retrato mais amplo
disponível sobre as finanças das prefeituras. Ao analisar por Estados,
todos os municípios do Amazonas e do Rio que divulgaram as informações
estão no negativo. Em São Paulo, 402 prefeituras registram déficit. No
Rio Grande do Sul, o quadro não é muito diferente, com 371 cidades nessa
situação."A bomba já estourou e vai ficar pior até o final do ano. No
período eleitoral, quem vai dizer que está mal?", diz o presidente da
CNM, Paulo Ziulkoski. Segundo a confederação, 576 delas estão atrasando
salários.
Fundo menor
A
crise se agravou porque os prefeitos contavam com R$ 99 bilhões de
repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 2016, mas a
previsão é que esse valor não chegará a R$ 84 bilhões no fim do ano. A
queda das transferências da União é mais dramática para Estados do
Nordeste e Norte do País, onde boa parte das prefeituras depende desse
dinheiro.
As prefeituras também arcam com custos cada vez maiores
com a Previdência. No ano passado, a despesa com servidores inativos
cresceu 13,22% ante 2014, segundo dados do Tesouro Nacional para
municípios acima de 200 mil habitantes. As receitas correntes, por sua
vez, subiram apenas 6,81% no período.
"Só vamos saber mesmo a
situação quando sentarmos na cadeira", diz o prefeito eleito de Brejo
Grande (SE), Clysmer Ferreira. Membro do PSB, ele era o candidato da
oposição no município e esteve no Congresso na última semana para pedir
emendas aos parlamentares.
Se para os prefeitos que vão assumir os
cargos a perspectiva para o ano que vem não é animadora, para os que
estão deixando o cargo com as contas deficitárias o risco é de uma
condenação por crime de responsabilidade fiscal. Na avaliação da CNM,
muitos prefeitos vão virar ficha- suja. A Lei de Responsabilidade Fiscal
proíbe uma série de práticas nos últimos oito meses do mandato, entre
elas deixar ao sucessor restos a pagar a descoberto (sem dinheiro em
caixa para honrar o pagamento).
O economista José Roberto Afonso,
pesquisador do Ibre/FGV e um dos formuladores da LRF, acredita que a
sanção é correta, desde que em situação de normalidade econômica. "Não é
o caso agora. Seria preciso encontrar uma solução que impedisse uma
gastança, mas não levasse a punições de prefeitos por fatores que são
alheios à sua atuação."