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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Após nova alta, Selic só deve começar a cair em 2026, dizem analistas

Economistas e especialistas que acompanham a política monetária brasileira afirmam que, após a nova alta de 0,25 ponto percentual da Selic (taxa básica de juros), que foi de 14,75% para 15% ao ano nesta quarta-feira (18), os juros devem ser mantidos nesse patamar até o início de 2026.
 

"Até dezembro deste ano [a Selic] vai ficar em 15% e, na primeira reunião do ano que vem, vai começar uma queda", diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Ratings.
 

Segundo ele, nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), mesmo com manutenção da taxa no mesmo patamar, as atas devem sinalizar que em algum momento um ciclo de queda de taxas vai começar.
 

Gabriel de Barros, economista-chefe da ARX Investimentos, também diz que espera que o juro fique estável em 15% pelos próximos seis meses.
 

Para ele, houve duas surpresas nesta quarta-feira: o aumento da taxa e o tom do comunicado do Copom, com frases que ele classificou como "hawkish" (um jargão do mercado financeiro para se referir a política rigorosa ou restritiva).
 

Barros chamou a atenção para um trecho do comunicado que diz que "para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado".
 

Na nota do Banco Central, a expressão "bastante prolongado" é usada três vezes.
 

Para André Perfeito, economista-chefe da APCE, isso significa pelo menos de seis a oito meses de manutenção do atual patamar de juros, "para ancorar as expectativas no período relevante, que é de 2026 para frente".
 

Segundo ele, a alta de 0,25 ponto percentual serve mais para sinalizar, porque na prática não faz tanta diferença se os juros são de 14,75% ou 15%.
 

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, afirma que pode ser que a taxa nominal não fique exatamente em 15% o tempo inteiro. Para o economista, agora inflação dos alimentos não está tão alta e os juros altos devem começar a fazer efeito no setor de serviços, mas pode haver uma mudança "a depender do que vier pela frente".
 

"O cenário é uma queda moderada no final do ano por causa desse cenário de inflação um pouco mais comedida, desde que não haja turbulência negativa no ano que vem."
 

Para ele, o BC provavelmente vai evitar mexer nos juros durante o período eleitoral do ano que vem. Por isso, as mudanças devem acontecer antes de as eleições realmente entrarem em pauta.
 

Em nota, a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) afirmou que "a medida pode restringir ainda mais os investimentos produtivos, ampliar os custos de produção, reduzir a competitividade da indústria brasileira e levar a impactos negativos sobre a geração de empregos e a renda das famílias."
 

O presidente da entidade, Flávio Roscoe, afirma que o Banco Central e o governo têm adotado medidas antagônicas: enquanto a autoridade monetária faz uma política contracionista, o governo expande os gastos públicos.
 

"Não há alinhamento. O Banco Central aumenta as taxas de juros e o governo segue em ciclo de expansão para que o cenário econômico não piore. O dinheiro público é gasto em forças que se anulam. Por isso que não tem o efeito da taxa de juros."
 

Para Roscoe, a política monetária vai continuar restritiva enquanto não houver equilíbrio nas contas públicas.
 

Adriana Dupita, analista de mercados emergentes da Bloomberg, afirma que a decisão e a nota de hoje têm três grandes objetivos: desestimular o mercado a incorporar em seus projetos novas altas de juros e ao mesmo tempo evitar que os agentes financeiros projetem em seus investimentos que vai haver corte de juros no futuro próximo e, finalmente, dar credibilidade aos diretores do Copom.
 

O aumento de 0,25 ponto, segundo ela, é um custo baixo a se pagar para convencer o mercado financeiro de que vai haver cortes na curva de juros.
 

Antes da divulgação da nova Selic, a Bloomberg afirmava que após a decisão anterior, quando a taxa foi levada a 14,75%, o Banco Central foi vago em relação a qual seria o próximo passo, o que fez com que os analistas se dividissem a respeito de qual seria a ação.
 

Antes da reunião dos últimos dois dias, os economistas ouvidos pelo Banco Central esperavam que o Copom encerrasse a sequência de alta da Selic e mantivesse o índice em 14,75%
 

Por um lado, a taxa de inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em maio foi de 0,23%, uma desaceleração em comparação ao mês anterior, quando havia sido 0,43%. Ao mesmo tempo houve uma alta nos preços internacionais de petróleo.
 

Essa é a quarta decisão do Copom desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência do Banco Central.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/341968-apos-nova-alta-selic-so-deve-comecar-a-cair-em-2026-dizem-analistas 

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Na Bahia, 6,18 milhões de pessoas poderão ter gratuidade na tarifa de energia elétrica

Mais de 6,18 milhões de baianos, o equivalente a 41,6% da população do estado, poderão ser beneficiados pelas novas regras da Tarifa Social de Energia Elétrica a partir do dia 5 de julho. A medida faz parte da reestruturação do setor elétrico promovida pela Medida Provisória nº 1.300/2025, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 20 de maio.

 

De acordo com as novas diretrizes, famílias de baixa renda que consumirem até 80 quilowatts-hora (kWh) por mês terão isenção total da tarifa de energia elétrica. Quem ultrapassar esse limite pagará apenas pela diferença excedente.

 

Na Bahia, 1,76 milhão de unidades consumidoras já se enquadram para receber o benefício, o que representa 23% de todas as famílias contempladas na região Nordeste. O estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional de beneficiários, ficando atrás apenas de São Paulo, que conta com 2,41 milhões de famílias atendidas, cerca de 8,43 milhões de pessoas.

 

No total, 17,39 milhões de famílias brasileiras terão direito à nova Tarifa Social, o que representa mais de 60 milhões de pessoas em todo o país. A região Nordeste lidera em número de beneficiados, com 7,75 milhões de famílias (27,1 milhões de pessoas), seguida pelas regiões Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/305785-na-bahia-618-milhoes-de-pessoas-poderao-ter-gratuidade-na-tarifa-de-energia-eletrica

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Pix automático entra em operação nesta segunda-feira; saiba detalhes

O Pix automático, nova funcionalidade do sistema de pagamentos instantâneos, entra em operação nesta segunda-feira (16). A modalidade autorizará o débito automático de contas recorrentes, como água, luz, telefone, academias e serviços por assinatura sem a necessidade de confirmação a cada cobrança.
 

Para utilizar o serviço, o cliente deve definir regras, como um valor máximo a cada pagamento. Também é possível cancelar o agendamento até as 23h59 do dia anterior, caso não concorde com o valor cobrado.
 

Apesar do lançamento da modalidade nesta segunda-feira, sua adoção deve ser gradual. Inicialmente, poucas empresas estarão preparadas para oferecer a nova opção, o que pode atrasar o uso efetivo pelos consumidores.
 

Segundo o Banco Central, a novidade ampliará o acesso a pagamentos recorrentes para cerca de 60 milhões de brasileiros que hoje não têm cartão de crédito.
 

Segundo o estudo Beyond Borders 2025, realizado pelo Ebanx, o Pix automático deve movimentar ao menos US$ 30 bilhões no comércio digital nos dois primeiros anos de operação. Nesse mesmo período, a modalidade deve responder por 12% de todo o volume financeiro movimentado via Pix no comércio digital.
 

A pesquisa também aponta que, atualmente, pagamentos recorrentes com cartão de crédito somam US$ 50 bilhões por ano no Brasil. Deste montante, cerca de US$ 2 bilhões devem migrar para o Pix automático já no primeiro ano.
 

"O Pix trouxe 71,5 milhões de pessoas para o sistema financeiro formal apenas em seus dois primeiros anos. Hoje, 91% dos adultos brasileiros usam esse pagamento instantâneo lançado há menos de cinco anos. O Pix automático potencializará essa tendência ao desbloquear serviços de assinatura que antes eram inacessíveis para quem não tinha cartão", afirma Eduardo de Abreu, vice-presidente de produto do Ebanx.
 

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE O PIX AUTOMÁTICO E O DÉBITO AUTOMÁTICO?
 

Embora as duas modalidades sirvam para pagamentos recorrentes, Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil, diz que há diferenças na experiência de uso e acessibilidade para empresas.
 

"No débito automático tradicional, a empresa precisa de convênios bancários individuais com cada banco do pagador, um processo complexo e burocrático". Além disso, nem todos os modelos de cobrança são compatíveis, o que gera limitações e custos.
 

"O Pix automático é uma opção menos burocrática e mais econômica. Sua arquitetura padronizada e integrada ao ecossistema do Pix dispensa a necessidade de convênios complexos ou intermediários", afirma.
 

Em relação ao controle do consumidor, ele aponta que no débito automático, o lojista pode agendar cobranças sem validação prévia dos valores ou frequências pelo banco, o que reduz o controle do usuário e torna o cancelamento mais difícil.
 

No Pix automático, é necessário o consentimento expresso e autenticado do consumidor, com parâmetros definidos por ele, como valor máximo, frequência e validade da autorização. O consumidor também recebe notificações antes de cada cobrança.
 

QUANDO USAR CADA SERVIÇO?
 

Segundo o especialista, o Pix automático é vantajoso para o consumidor em contextos que exigem controle, previsibilidade e segurança, já que, por funcionar com regras e prazos previamente validados, ele reduz o risco de cobranças indevidas.
 

Já o débito automático pode ser mais adequado em casos que envolvem contratos antigos de contas de consumo (viabilizado por empresas que só disponibilizam essa modalidade) ou em relações consolidadas com prestadores de serviço que ainda não aderiram ao Pix automático.
 

O PIX AUTOMÁTICO VAI SUBSTITUIR O DÉBITO AUTOMÁTICO?
 

Por ter um custo menor e mais flexibilidade, o Pix automático é apontado pelo Banco do Brasil como uma evolução do débito automático. A expectativa é que a nova modalidade ganhe escala rapidamente, especialmente entre empresas de menor porte e, no médio prazo, deve substituir o sistema tradicional de débitos recorrentes.
 

ELE TAMBÉM IRÁ SUBSTITUIR O BOLETO?
 

É possível que a novidade substitua os boletos em contextos que envolvam o pagamento de mensalidade, serviços por assinatura e outras cobranças recorrentes. O Itaú espera que o Pix automático ajude a melhorar em até 30% o pagamento de clientes que hoje usam boletos e QR Codes. Em testes internos, o banco verificou que clientes que passam a pagar por recorrência, ou seja, de forma automática, tendem a manter os pagamentos em dia com mais frequência.
 

COMO FUNCIONA O PIX AUTOMÁTICO?
 

- O cliente deve checar se a empresa (como sua academia ou seu serviço de streaming) oferecem o Pix automático como forma de pagamento
 

- Depois, será necessário autorizar o pagamento das cobranças e definir regras, como o valor máximo de cada pagamento e se vai usar ou não linha de crédito
 

- Periodicamente, nos dias anteriores ao pagamento, a empresa enviará a cobrança ao banco do pagador
 

- O banco agenda o pagamento e notifica o cliente, que pode conferir, antes do pagamento e no app da sua conta, se está tudo certo
 

- No dia previsto, o banco efetiva o pagamento da cobrança de acordo com as regras definidas na autorização
 

É POSSÍVEL LIMITAR O VALOR DE CADA COBRANÇA?
 

Sim. O pagador pode definir um valor máximo para cada débito autorizado. Isso significa que, se uma cobrança ultrapassar esse limite, o pagamento não será feito automaticamente.
 

No entanto, esse valor máximo pode ter um valor mínimo, chamado de "piso", definido pelo recebedor. Por exemplo: se o piso for R$ 50, o pagador só poderá estabelecer um limite igual ou acima disso.
 

Esse limite pode ser ajustado na hora da autorização ou alterado depois, a qualquer momento. O banco do pagador verifica esse valor sempre que uma nova cobrança é agendada. Se a cobrança for maior do que o limite definido, ela não será agendada, e o pagador será avisado.
 

É importante saber que esse valor máximo é verificado na hora do agendamento da cobrança, e não no momento em que o dinheiro sai da conta. Se o pagador mudar o limite depois que uma cobrança já tiver sido agendada, a mudança não vale para essa cobrança.
 

O QUE ACONTECE SE O CONSUMIDOR NÃO TIVER SALDO NA CONTA?
 

Se não houver saldo o pagamento não será feito, e o pagador será notificado. O banco tentará novamente outras vezes no mesmo dia. Se mesmo assim o pagamento não for realizado, o usuário será avisado mais uma vez.
 

Em alguns casos, se o recebedor permitir, o banco pode tentar fazer o pagamento nos dias seguintes. As novas tentativas após o vencimento devem ocorrer em, no máximo, três datas diferentes, respeitar um prazo máximo de sete dias corridos após a data de liquidação original e não ultrapassar a data de início do próximo ciclo.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/341441-pix-automatico-entra-em-operacao-nesta-segunda-feira-saiba-detalhes

sábado, 7 de junho de 2025

Preço da cesta básica cai em 15 de 17 capitais do Brasil

O preço da cesta básica de alimentos diminuiu em 15 capitais do país no mês de maio, em comparação a abril. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (6), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais. 

 

Em Salvador, a cesta básica chegou a R$ 628,97, o segundo menor valor avaliado. O menor valor absoluto registrado foi em Aracaju (R$ 579,54), e Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73) ficaram em terceiro e quarto lugar no país. São Paulo foi a capital em que o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo: R$ 896,15, seguida de Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). 

 

Comparando o preço da cesta básica de maio deste ano com a do mesmo mês de 2024, houve alta em 16 das 17 capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Na capital sergipana, não houve variação.

 

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano (de janeiro a maio), o custo da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas, com taxas que oscilaram entre 2,48%, em Campo Grande, e 9,09%, em Belém.

 

São Paulo registrou a cesta mais cara em maio. E, levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de uma família, de quatro pessoas, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, no quinto mês do ano, deveria ser de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518.

 

As informações são da Agência Brasil. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/305448-preco-da-cesta-basica-cai-em-15-de-17-capitais-do-brasil

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Correios oferecem atendimento presencial para aposentados do INSS em seis cidades baianas

Aposentados e pensionistas em todo estado passaram a ter uma nova opção para resolver questões relacionadas a descontos associativos não autorizados em seus benefícios em 325 pontos de atendimento. Agora, é possível consultar, contestar e acompanhar a análise de descontos indevidos diretamente nas agências dos Correios em seis cidades baianas.

 

Na Bahia, 325 agências dos Correios estão habilitadas para atender os beneficiários em todos os 417 municípios do estado. A capital, Salvador, lidera com 13 pontos de atendimento. Em seguida, Feira de Santana conta com três agências, e as cidades de Lauro de FreitasMucuriNova Viçosa Porto Seguro possuem duas agências cada.

 

A nível nacional, mais de cinco mil agências participam da iniciativa. O serviço foi criado pensando especialmente nas pessoas que têm dificuldade com os canais digitais, como o aplicativo Meu INSS ou a Central 135.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/municipios/noticia/45554-correios-oferecem-atendimento-presencial-para-aposentados-do-inss-em-seis-cidades-baianas

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Fila do INSS chega a recorde de 2,7 milhões e gera custo de bilhões às contas públicas

A fila de espera por benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) disparou no início de 2025, bateu novos recordes e deve impactar as contas públicas no ano.
 

Em abril havia 2,678 milhões de requerimentos para pagamento de aposentadorias, pensões, licença maternidade e benefícios por incapacidade e assistenciais. No mesmo mês de 2024, esse estoque era de 1,4 milhão, ou seja, houve um aumento de 91%.
 

O maior patamar foi registrado em março deste ano, quando foram 2,707 milhões de pedidos.
 

A maior parte da fila se refere a benefícios por incapacidade (48%), seguidos pelos assistenciais (24%) e aposentadorias (17%).
 

A XP Investimentos estima um impacto de R$ 6 bilhões apenas com o pagamento dos valores em atraso para 1,3 milhão dos pedidos que estão na fila. O custo em 12 meses seria em torno de R$ 27 bilhões para o mesmo número de beneficiários. Como apenas uma parcela dos pedidos é aprovada (outros caem em restrição ou são negados), o custo anual deve ficar em R$ 14 bilhões.
 

Em seu relatório de acompanhamento fiscal de abril, a IFI (Instituição Fiscal Independente) diz que o aumento da fila pode ser explicado, ao menos parcialmente, pela greve dos médicos peritos de agosto do ano passado e abril deste ano. Para a instituição, o fim da greve dos peritos do INSS pode acelerar o ritmo de concessão de benefícios.
 

Em abril, por exemplo, a análise de pedidos (1,072 milhão) superou a entrada de novos requerimentos (1,062 milhões), o que se refletiu na redução da fila em relação ao mês anterior.
 

O órgão, que é ligado ao Senado, projeta uma despesa previdenciária R$ 16 bilhões acima do R$ 1,015 trilhão previsto no Orçamento de 2025. O número da instituição considera o ritmo de crescimento dos benefícios emitidos até dezembro de 2024 -último dado disponível na data de divulgação do documento.
 

O advogado Valdir Moysés Simão, que foi presidente do INSS em duas ocasiões e também ministro do Planejamento, afirma que parte da explicação pelo aumento da fila é uma mudança de estratégia do próprio INSS que impactou a solicitação do auxílio-doença.
 

Houve uma tentativa de tornar a avaliação médica mais tecnológica e menos dependente da atuação dos peritos, por meio do Atestmed, sistema online que dispensa a perícia presencial. Mas, diante de um aumento significativo nos pedidos e nas concessões de benefício, houve a decisão de retomar o exame para alguns tipos de auxílio-doença.
 

"O INSS concedeu muitos benefícios sem necessariamente observar se o segurado tinha de fato direito, e nos últimos meses houve um esforço da entidade para fazer uma revisão disso. A grande fila que temos hoje é em relação ao afastamento por doença", afirma Simão.
 

Ele diz que o aumento das filas implica prejuízo na casa dos bilhões para o sistema. Quando a consulta demora mais de 60 dias para ser agendada, o segurado pode receber o benefício mesmo se já tiver superado a incapacidade, e o INSS acaba pagando por um período em que o trabalhador poderia estar ativo.
 

Carlos Vinicius Lopes, dirigente do Sindisprev-Rio (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro), afirma que o problema central é a falta de servidores, mas também diz que há questões de infraestrutura: "Os sistemas da Dataprev não estão atendendo a demanda".
 

Ele citou também duas greves que aconteceram no ano passado. Uma delas foi dos servidores administrativos, que durou cerca de 80 dias e teve adesão de 20% da categoria. Houve ainda a paralisação dos peritos médicos, que durou mais de 230 dias. "A greve deles foi diferenciada, porque a maioria trabalhou, mas fazia menos perícias do que o necessário. Essa, sim, teve impacto na fila".
 

Nesta semana, o INSS publicou portaria que define que o instituto e o Ministério da Previdência Social vão pagar até R$ 17,1 mil para os servidores do órgão destravarem a fila de pedidos de aposentadoria, pensão e outros benefícios, e realizarem revisão do BCP (Benefício de Prestação Continuada).
 

Segundo o documento, é possível receber R$ 68 extra por cada tarefa, chegando aos R$ 17 mil.
 

Para receber os valores, as regras são as mesmas do programa anterior para destravar filas: primeiro, é preciso cumprir a meta de trabalho mensal do servidor, e só depois dá para participar do programa, com a possibilidade de ganhar valores a mais. Quem não cumpre a primeira etapa, majorada pelo INSS, não recebe.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/337454-fila-do-inss-chega-a-recorde-de-27-milhoes-e-gera-custo-de-bilhoes-as-contas-publicas

terça-feira, 20 de maio de 2025

Entenda por que a Bolsa brasileira está batendo recordes históricos

O mercado parece ter saído mais forte da prova de fogo das últimas semanas. Com o arrefecimento das tensões comerciais causadas pela cruzada tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsas pelo mundo -inclusive a brasileira- estão registrando disparadas que pareciam estar fora do radar até pouco tempo atrás.
 

O Ibovespa renovou seu recorde histórico nominal mais uma vez nesta segunda-feira (19) e chegou até a ultrapassar o inédito patamar de 140 mil pontos ao longo do período de negociações. O fechamento deste pregão -uma alta de 0,32%, a 139.636 pontos- colocou a Bolsa brasileira mais próxima do chamado "bull market", ou "mercado de touro" em português.
 

O termo significa um momento de valorização de um determinado índice, como o Ibovespa, por um período significativo de tempo. A metáfora alude ao momento de ataque do touro, que golpeia a presa com os chifres em um movimento que parte de baixo e vai para cima. Nas definições técnicas, essa "chifrada" aparece quando um índice está 20% acima da mínima atingida no último ciclo de baixa.
 

"Considerando a mínima do dia 13 de janeiro, quando houve um ponto de inflexão nos mercados, a alta acumulada do Ibovespa chega a 17%. Não estamos tecnicamente em um ‘bull market’, mas estamos muito próximo dele", diz Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos.
 

O motivo por trás da disparada é o mesmo que suscitou pânico nos mercados no mês de abril: a política dos Estados Unidos.
 

Está em curso uma "rotação" para fora dos mercados norte-americanos, sobretudo os que estão mais sujeitos a volatilidades causadas pelo vaivém do presidente. "A política tarifária fez com que os recursos, principalmente de fundos de pensão europeus, migrassem de lugar. Quando os gestores tiraram esse dinheiro, alocaram uma parte nos mercados emergentes, e o Brasil capturou um pouco dessa dispersão", diz João Piccioni, CIO (chefe de investimentos) da Empiricus Gestão.
 

"Não foi um volume muito grande, mas foi o suficiente para provocar essa ebulição no mercado." A rotação, ele acrescenta, já era antecipada por algumas gestoras de investimentos antes da virada do ano.
 

Segundo relatório do Santander, as novas entradas de investidores estrangeiros na Bolsa somaram mais de R$ 20 bilhões desde o dia 17 de abril. O braço de análise do banco estima que o movimento ganhe tração nos próximos meses, "dada a contínua diversificação das ações americanas para o resto do mundo".
 

O relatório cita dados do Departamento do Tesouro dos EUA. De acordo com a autoridade americana, os estrangeiros detinham 17,8% dos títulos de ações do país em 2024 -o equivalente a US$ 16,8 trilhões (R$ 94 trilhões) do valor de mercado total do segmento.
 

"Cada ponto percentual de realocação equivale a US$ 950 bilhões em potenciais fluxos de diversificação no mercado internacional. O Brasil poderia ganhar aproximadamente US$ 26,5 bilhões (R$ 150 bilhões) em entradas de capital, considerando um cenário modesto de realocação."
 

Ou seja, a menos que haja alguma reversão na tendência dos investidores globais, o mercado prevê que a Bolsa brasileira continuará em tempos de fartura.
 

Parte disso também se explica pelo que o mercado resumiu como "Bolsa barata". Segundo Piccioni, boa parte das empresas listadas fez o "dever de casa" nos últimos anos e apresentou resultados sólidos nos balanços financeiros, e o valor das ações não necessariamente acompanhou essa melhora de performance.
 

"As ações ficaram muito defasadas, e as empresas do ciclo doméstico estão surpreendendo. Várias delas estão subindo mais de 40% no ano, e agora o investidor local parece estar mais confortável para voltar para a Bolsa de novo. Não à toa, o Ibovespa está rompendo as máximas históricas sem o suporte da Vale e da Petrobras, as duas maiores empresas do índice, que estão longe de seus próprios recordes", diz Piccioni.
 

O momento também se ampara no possível fim do ciclo de altas da taxa Selic, hoje em 14,75% ao ano. O presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, chegou a dizer nesta segunda que a autoridade monetária está dependente de novos dados sobre a economia para decidir o que fará com os juros nas próximas reuniões.
 

Segundo o relatório do Santander, conversas com investidores estrangeiros indicaram que eles já haviam previsto uma interrupção nas altas da Selic e que isso foi um catalisador para adicionar ações brasileiras às carteiras.
 

"Tudo isso cria um ambiente favorável para se investir em ações. Claro, os fundamentos do Brasil não são dos melhores. Os juros altos, mais cedo ou mais tarde, vão bater na economia, e as políticas fiscais expansionistas prejudicam bastante a relação risco-retorno. Mas eu acredito que boa parte disso já está sendo considerada pelo investidor, e, como o Brasil representa uma posição pequena em relação ao resto do mundo, ainda há espaço para mais alocações estrangeiras aqui", diz Villegas, da Genial Investimentos.
 

Para quem não tem investimentos na Bolsa, os efeitos dessa disparada são menos palpáveis. Eles aparecem, sobretudo, como um novo dinamismo na economia, onde grandes empresas aproveitam dos bons ventos para colocar novos produtos e serviços no mercado. "É um momento onde as companhias costumam ser mais vocais sobre elas mesmas, incentivando o consumo, aquecendo a atividade e dando um impulso novo para alguns segmentos", afirma Piccioni.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/337082-entenda-por-que-a-bolsa-brasileira-esta-batendo-recordes-historicos

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Após caso de gripe aviária no RS, preço dos ovos pode cair com impacto nas exportações

A confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul, já começa a gerar efeitos no mercado interno. Um dos principais impactos pode ser a queda no preço dos ovos, item que acumulou alta de 12,32% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA. As informações são da Folha de São Paulo.

 

Com a suspensão temporária das importações por países como China, União Europeia, México e Chile — que juntos representam 28% das exportações brasileiras de frango e ovos em 2024 —, o excedente que seria enviado ao exterior deve ser redirecionado ao mercado interno. A sobreoferta pode pressionar os preços para baixo, avaliam especialistas.

 

O economista Andre Braz, do FGV Ibre, explica que o aumento da oferta, tanto de frango quanto de ovos, tende a provocar uma redução temporária nos preços ao consumidor. Ele afirma que, em um segundo momento, os produtores devem ajustar a produção para evitar prejuízos com os custos de criação.

 

Em Minas Gerais, por exemplo, o governo estadual já determinou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados vindos do Rio Grande do Sul como medida preventiva. Ao todo, cerca de 1,7 milhão de ovos foram destruídos após a confirmação da presença do vírus H5N1 na granja gaúcha.

 

Felipe Vasconcellos, sócio da gestora Equus Capital, reforça que a indústria terá que se adaptar ao novo cenário, buscando alternativas para cortes ou produtos tradicionalmente destinados à exportação. A expectativa é de que a pressão sobre o mercado interno seja sentida nas próximas semanas.

 

O Ministério da Agricultura informou que os países com restrições regionais — como Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes — continuam recebendo produtos de outras áreas do país. No entanto, a ruptura nos principais mercados pode exigir reorganização na logística e no armazenamento de ovos e frango, o que também influencia nos preços.

 

Apesar da instabilidade inicial, especialistas acreditam que o ajuste na produção e a possível retomada das exportações devem reequilibrar o setor nos próximos meses.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304806-apos-caso-de-gripe-aviaria-no-rs-preco-dos-ovos-pode-cair-com-impacto-nas-exportacoes

sábado, 17 de maio de 2025

Balanço do INSS aponta que mais de 1,3 milhão de beneficiários solicitaram reembolso

Um total de 1,345 milhão de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) solicitaram reembolso dos valores descontados de forma não autorizada por entidades associativas. O balanço divulgado pela instituição nesta sexta-feira (16) contabiliza os três primeiros dias de solicitações, recebidas pelo órgão desde a última quarta-feira (14).

 

Os pedidos foram realizados por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site de mesmo nome ou pelo telefone 135. Em números totais, 1.370.635 segurados consultaram a plataforma Meu INSS ou o atendimento telefônico para obter informações sobre descontos de entidades associativas, sendo que apenas 24.818 informaram que o desconto foi autorizado. 

 

Segundo o INSS, foram feitos 34.960.465 de acessos à plataforma Meu INSS. Desse total, 5.997.999 de segurados buscaram informações sobre consulta dos descontos no Meu INSS, e 2.836.350 buscaram a plataforma para informar que não tiveram descontos.

 

Por meio do aplicativo, o beneficiário pode consultar quanto teve de descontos ao longo dos últimos anos e informar se foram autorizados ou não, abrindo, assim, um processo administrativo para receber o dinheiro de volta. São 41 entidades associativas contestadas em todos esses lançamentos, abrangendo todas que têm ou tinham algum credenciamento com o órgão para fazer o desconto.

 

Cerca de 9 milhões de segurados começaram a ser notificados desde terça-feira (13) sobre descontos por entidades e associações. Agora, é possível saber o nome da entidade à qual o aposentado ou pensionista que teve desconto, por meio do serviço Consultar Descontos de Entidades Associativas, disponível no aplicativo.

 

Investigação
Os descontos dos aposentados e pensionistas são alvo de investigação pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que apuram a atuação de organizações criminosas para fraudar os benefícios previdenciários, associando de forma não autorizada os segurados do INSS.

 

Ao todo, desde quinta-feira (15), mais de 4,3 milhões de usuários consultaram a plataforma Meu INSS para verificar quanto tiveram de desconto. O prazo para solicitar um eventual reembolso é indeterminado.

 

As associações que tiverem seus descontos contestados por um segurado terão de apresentar uma documentação individualizada, no prazo de 15 dias úteis, para comprovar a adesão voluntária do beneficiário aos descontos ou efetuar o recolhimento do dinheiro devido. 

 

Em caso de pagamento, o valor será repassado ao Tesouro Nacional para posterior devolução na conta do segurado. Essas organizações poderão usar uma plataforma própria disponibilizada pela Dataprev. As informações são da Agência Brasil. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304769-balanco-do-inss-aponta-que-mais-de-13-milhao-de-beneficiarios-solicitaram-reembolso

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Primeiro dia sem Via Bahia: Praças de pedágio amanhecem sem cobrança de tarifa; veja fotos

As praças de pedágio nas rodovias BR-116, BR-324, BA-526 e BA-528 amanheceram sem cobranças de tarifa, nesta quinta-feira (15). Este é o primeiro dia após o encerramento do contrato de concessão com a Via Bahia, empresa responsável pela administração dos trechos desde 2009. 

 

O contrato terminou oficialmente às 23h59 da quarta-feira (14).

 

 

Com o fim da concessão, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) assume, de forma emergencial, a administração, operação, manutenção e conservação das rodovias. A medida permanecerá em vigor até que seja realizado um novo leilão para a contratação de outra concessionária, ainda sem data definida.

 

A retomada dos investimentos federais nas rodovias baianas foi anunciada no dia 21 de março pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, por meio das redes sociais. O acordo foi possível após uma longa negociação com o Tribunal de Contas da União (TCU).

 

 

“Essas rodovias, que já causaram muita tristeza ao povo da Bahia, voltarão a receber investimentos por meio do DNIT, que já inicia obras de recuperação do pavimento. Além disso, será elaborado um novo projeto de concessão, que irá a leilão ainda este ano”, afirmou o ministro.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304707-primeiro-dia-sem-via-bahia-pracas-de-pedagio-amanhecem-sem-cobranca-de-tarifa-veja-fotos

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Dia do Trabalho: qual a história e onde é feriado em 1° de Maio

Dia do Trabalho, comemorado em 1º de maio, é muito mais do que um simples feriado no Brasil. Trata-se de uma data celebrada em mais de 150 países, dedicada à luta e às conquistas dos trabalhadores ao longo da história. É a única data não religiosa com abrangência global.

A origem do Dia do Trabalho remonta ao século XIX, nos Estados Unidos, quando, em 1º de maio de 1886, cerca de 300 mil trabalhadores foram às ruas de cidades como Chicago, Nova York, Detroit e Milwaukee exigindo a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, sem redução de salário. O movimento, marcado pelo slogan “Diária de oito horas sem redução no pagamento”, resultou em confrontos violentos, especialmente em Chicago, no episódio conhecido como Massacre de Haymarket, que deixou mortos e feridos e se tornou símbolo da luta operária mundial.

Poucos anos depois, em 1889, a data foi oficializada por um grupo internacional de trabalhadores, tornando-se um marco global para reivindicações e celebrações trabalhistas. Curiosamente, nos Estados Unidos, o feriado do trabalho é celebrado em setembro, para evitar associações com os movimentos operários mais radicais do final do século XIX. Na Austrália, por exemplo, o dia de celebração varia de acordo com a região. Em Portugal, o 1º de maio voltou a ser feriado depois da queda da ditadura portuguesa, tendo a União Geral dos Trabalhadores (UGT) o papel de articuladora das manifestações dos trabalhadores portugueses.

No Brasil, as primeiras menções ao 1º de maio surgiram ainda na década de 1890, em meio ao avanço da industrialização e à organização dos primeiros movimentos de trabalhadores, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. A data foi oficializada como feriado nacional em 1925, durante o governo de Arthur Bernardes, e ganhou ainda mais relevância na Era Vargas, quando, em 1943, foi utilizada para marcar a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), um dos principais marcos dos direitos trabalhistas no país.

Desde então, o Dia do Trabalho é celebrado com manifestações, eventos culturais, shows e homenagens aos trabalhadores, além de ser um momento de reflexão sobre as conquistas e os desafios ainda enfrentados pela classe trabalhadora brasileira.

No Brasil, o 1º de maio é feriado nacional garantido por lei, mesmo quando cai em um domingo. Para quem trabalha nesse dia, a legislação prevê compensação com folga ou pagamento em dobro, exceto em casos de jornadas especiais, como a escala 12x36. Profissionais de áreas essenciais, como saúde e segurança, podem trabalhar normalmente, mas também têm direito a compensações previstas em lei.

Hoje, o 1º de maio segue como um dos principais feriados do calendário brasileiro e mundial, lembrando que cada conquista foi fruto de muita luta, resistência e solidariedade entre os trabalhadores.

Fonte: https://www.bnews.com.br/noticias/geral/dia-do-trabalho-qual-a-historia-e-onde-e-feriado-em-1-de-maio.html