segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Aplicação da vacina contra Covid-19 deve começar até março de 2021, diz Fiocruz

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) prevê que as primeiras doses da vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19 devem ser aplicadas no Brasil até março de 2021. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (2) pela presidente da fundação, Nísia Trindade Lima.

Segundo Lima, a expectativa é que a produção seja iniciada pela Fiocruz em janeiro ou fevereiro: "Todo trabalho [será] acompanhado pela Anvisa. Assim, temos toda a esperança que possamos ter no primeiro trimestre de 2021 esse processo de imunização", afirmou após ato pelo Dia de Finados no Cemitério da Penitência, no Rio de Janeiro.

Em setembro, a Fiocruz assinou contrato de encomenda tecnológica com a farmacêutica AstraZeneca para produzir 100 milhões de doses da vacina desenvolvida em Oxford, principal aposta do presidente Jair Bolsonaro.

A AstraZeneca detém os direitos de produção, distribuição e comercialização da vacina. O governo federal abriu crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e a aquisição das doses do imunizante pela Fiocruz.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, 15 milhões de doses do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) da vacina de Oxford, fabricado na China, serão encaminhadas ao Brasil em dezembro para dar início à produção das primeiras doses da vacina em território nacional.

Em setembro, a fase 3 da testagem da vacina havia sido interrompida temporariamente em todo o mundo, após a identificação de uma doença neurológica grave, chamada mielite transversa, em uma voluntária no Reino Unido. Os testes foram retomados após a constatação de que a doença não tinha relação com a vacina.

Ao final de outubro, um voluntário do ensaio da AstraZeneca no Brasil morreu após complicações de Covid-19. Após análise dos dados, no entanto, a Anvisa constatou que o paciente estava no chamado grupo de controle e não tomara a vacina.

A chamada vacina de Oxford, em fase avançada, é uma das principais apostas para a imunização no Brasil. Também está na última fase de testes o imunizante Coronavac, em desenvolvimento pela empresa chinesa Sinovac, que será produzido no país pelo Instituto Butantan, em São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro tem feito declarações contra o que chama de "vacina chinesa" de João Doria (PSDB), governador de São Paulo visto como potencial adversário nas eleições presidenciais de 2022. Bolsonaro também tem defendido que a imunização não seja obrigatória.

Um dia após o Ministério da Saúde anunciar acordo para comprar 46 milhões de doses da Coronavac, Bolsonaro disse que a aquisição de vacinas pelo governo está descartada até que haja comprovação de eficácia.

Diante do recuo e das afirmações do presidente, governadores buscam uma saída pelo Legislativo para garantir que o governo federal tenha de comprar vacinas validadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sejam quais forem.

Com cartazes contra o governador de São Paulo, João Doria, um grupo de bolsonaristas protestou neste domingo (1º) na capital paulista contra a obrigatoriedade da vacina de coronavírus, apelidada por alguns de "vachina".

"Meu corpo me pertence", "Go Trump", "Fora Doria e Vachina" e "Doria, não sou cobaia" eram algumas das frases estampadas nos cartazes. A vacina foi chamada no carro de som de "experimento socialista". Muitos manifestantes também não usavam máscara --item de proteção obrigatório durante a pandemia.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/96283-aplicacao-da-vacina-contra-covid-19-deve-comecar-ate-marco-de-2021-diz-fiocruz.html 

Dia dos Mortos é celebrado em vários cantos do mundo de diferentes maneiras

 O Dia de Finados, ou Dia dos Mortos, é celebrado em vários cantos do mundo de diferentes maneiras. A data é uma homenagem às pessoas que já faleceram, por isso os cemitérios do Brasil ficam cheios de gente que levam flores aos túmulos de familiares e amigos que não estão mais neste mundo.

Porém, nem todos os países vivenciam a data como um dia de luto e de tristeza. Pelo contrário: em outros lugares o Dia dos Mortos chega a ser motivo de festa e comemoração. Enquanto por aqui a gente chora, reza e lamenta a perda dos entes queridos, em outros países a festa corre por dias e a memória dos falecidos é resgatada com entusiasmo e diversão.

Quer saber mais sobre os rituais de comemoração de finados em diferentes países? Leia nosso post de hoje que a gente conta tudo sobre como essa data é experimentada em diversas culturas!

A origem do Dia de Finados

Uma das origens apontadas para a celebração do Dia de Finados está associada aos rituais religiosos da Idade Média. Foi por volta do ano de 998 que um monge francês solicitou aos outros monges que fossem até o cemitério para rezar para os mortos, principalmente para aqueles que não tinham quem orasse por eles.

Ano após ano o ritual foi se consolidando e não só os monges como a população no geral passaram a ir até os cemitérios rezar pelos seus mortos. No século XIII, com a tradição se estabelecendo, ficou decidido que o dia do ritual seria no 2 de novembro, um dia após o Dia de Todos os Santos.

Essa história reflete diretamente na forma com que nós vivemos o Dia de Finados, como parte de uma devoção e herança cristã. Contudo, em diferentes localidades do globo, a mistura de culturas e crenças fez com que a tradição ganhasse novos hábitos e significados, e por isso alguns países criaram suas próprias formas de homenagear os ancestrais.

O Dia de Finados em diferentes países

México

Não há como falar de Dia dos Mortos sem lembrar das famosas comemorações mexicanas que celebram a memória e a vida dos que já faleceram. O Dia de Los Muertos é na verdade uma comemoração de 3 dias, que começa em 31 de outubro e vai até 2 de novembro.

No México, familiares e amigos se reúnem para relembrar de forma positiva e animada seus entes queridos que já foram. Para as festas, são feitos altares com fotos, objetos pessoais, comidas, velas e decorações coloridas em homenagem aos falecidos. Nesses altares são colocadas as famosas caveiras coloridas que já viraram símbolo do país.

As decorações tomam conta das ruas das cidades e todo o país entra em clima de festa para saudar seus antepassados. Com essa celebração, os mexicanos acreditam que estão honrando e revivendo o legado que as pessoas deixaram.

Guatemala

No Dia de Finados da Guatemala a população vai para as ruas e produz pipas gigantes que enchem o céu, simbolizando a alma dos que já partiram. As pipas são coloridas, têm desenhos e traços alegres e quando são levantadas tingem o céu de várias cores. É um verdadeiro espetáculo!

As pipas não são utilizadas à toa ou por pura decoração. Para os moradores, além de cada uma representar uma alma que já partiu, o barulho que elas produzem no vento afasta os maus espíritos e permite que os bons estejam em paz. Geralmente as pessoas se reúnem nos cemitérios para soltar as pipas e a celebração continua nas casas com muita comida na mesa.

Haiti

No Haiti, o Dia dos Mortos também é um feriado nacional. Por lá se misturam rituais católicos e vodu, a maior religião do país. Os católicos acordam pela manhã, rezam a missa e visitam os cemitérios levando flores para ornar as tumbas nos cemitérios. Já a tradição ligada ao vodu envolve ofertas de comida e bebida para os mortos em campos e cemitérios. Durante os rituais, o povo entoa cantigas que foram herdadas de gerações passadas e tocam grandes tambores com o intuito de acordar o Deus dos Mortos.

Japão

Assim como no México, no Japão a festividade do Dia dos Mortos também dura 3 dias, embora a data principal da comemoração seja 15 de agosto. Os japoneses vivem o Festival Obon, como a data é conhecida, com respeito e carinho. Para esse povo, essa é uma oportunidade de reunir a família e se preparar para o retorno dos mortos.

É isso mesmo! Na cultura japonesa acredita-se que os espíritos dos ancestrais vão retornar, por isso é necessário limpar a lápide dos falecidos. Por esse mesmo motivo, os japoneses colocam na frente de suas casas, nas ruas e até sobre os lagos centenas de lanternas que servirão para iluminar o retorno das almas.

Espanha

Na Espanha a data é comemorada junto ao Dia de Todos os Santos, em 1º de novembro. Nessa ocasião as famílias se reúnem, visitam suas cidades natais e vão aos cemitérios com flores e objetos decorativos. Com a família reunida, os espanhóis preparam um almoço especial, e após a refeição é servida a típica sobremesa da data, Hueso de Santos. O doce é feito de marzipã, ovos e uma calda caramelizada feita de água com açúcar.

Como no México, na Espanha o dia é alegre e festivo, por isso são usadas roupas coloridas e realizadas paradas pelas ruas das cidades em homenagem aos mortos.

Cada um desses lugares, encontrou com seus recursos culturais e históricos, uma forma de encarar a morte. O luto é vivido por todos, isso não há dúvida. A diferença está nos significados que são atribuídos a morte e ao Dia de Finados.

Para alguns lugares, como o Brasil, a data carrega toda a tristeza da lembrança daqueles que não poderão estar mais aqui. Já no México, a festa dos mortos é uma forma de não só agradecer aos que já foram como celebrar a própria vida. O comum entre todas essas experiências é a saudade daqueles que já foram.

Viu só como diferentes culturas constroem tradições e rituais diferentes para expressarem os mesmos sentimentos e vivências?

E aí, você já sabia que existiam tantas formas diferentes de comemorar a data? Conta para a gente se você gostou de saber mais sobre as celebrações do Dia de Finados!

Fonte: https://www.unimonte.br/blog/sabia-que-o-dia-de-finados-e-celebrado-em-diferentes-paises/

Pantanal tem pior outubro de queimadas da história e fogo cresce 121% na Amazônia

As queimadas continuam castigando biomas brasileiros. Na Amazônia, o fogo aumentou 121% em outubro em relação ao mesmo mês em 2019. Enquanto isso, o Pantanal teve o seu pior outubro de incêndios já registrado.

Na Amazônia, foram registrados 17.326 focos de queimada no último mês, segundo dados do Programa Queimadas, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em outubro de 2019, foram 7.855 (menor valor que havia sido registrado no bioma).

É o segundo pior outubro de queimadas da Amazônia dos últimos dez anos, atrás apenas de 2015, com 19.469 focos de calor. O fogo no bioma tem origem humana e é normalmente ligado ao desmatamento.

O elevado valor ocorre apesar da proibição de uso de fogo na Amazônia e também da presença, desde maio, das Forças Armadas na floresta para a Operação Verde Brasil 2 contra ilícitos ambientais. Além de queimadas, o desmatamento também permanece em níveis elevados.

Ao mesmo tempo, o Pantanal continua enfrentando o seu pior ano de queimadas. O fogo na região também tem origem majoritariamente humana (seja acidental ou proposital) e a situação se torna ainda mais complexa porque o bioma passa pela pior seca dos últimos 60 anos.

Em outubro, foram 2.856 focos de calor, o maior valor já registrado para o mês. Trata-se de um aumento de 17% em relação ao mesmo mês de 2019.

A situação, porém, parece ter apresentado pequena melhora quando comparada aos três meses anteriores. Em julho, agosto e setembro, o aumento das queimadas no Pantanal foi de, respectivamente, 241%, 251% e 181%, em relação aos mesmo meses de 2019.

Setembro teve o maior número queimadas já registrado em qualquer mês no bioma.

O uso de fogo também está proibido no Pantanal desde julho, por um decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, porém, desdenhou do possível efeito do mesmo. O estado de Mato Grosso já havia proibido antes as queimadas.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/96239-pantanal-tem-pior-outubro-de-queimadas-da-historia-e-fogo-cresce-121-na-amazonia.html