sábado, 18 de outubro de 2014

A imprensa venceu o debate

Imagem: www.vermelho.org.br

O debate entre os candidatos à Presidência da República, promovido pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), o portal UOL e a rádio Jovem Pan, no começo da noite de quinta-feira (16/10), foi uma vitória retumbante da imprensa hegemônica no Brasil.
Os dois representantes do que resta da política partidária se aproximaram muito do nível a que a mídia rebaixou o confronto republicano: a linguagem dos candidatos finalmente se alinhou com o estilo dos mais prestigiados pitbulls entre os colunistas de jornais e os mais agressivos ativistas das redes sociais digitais.
Foi rompido o protocolo que costumava definir as fronteiras do que deve ou não deve ser dito numa disputa de ideias sobre o destino do país, e os dois contendores afirmaram diante das câmeras o que muitos têm pudor de dizer em reuniões sociais. Questões pessoais foram sobrepostas à agenda governamental e muitas acusações ficaram em suspenso, dependendo da iniciativa e disposição de cada eleitor para consultar os registros da internet sobre o assunto, ou esperar por esclarecimentos da imprensa.
O candidato Aécio Neves afirmou que o irmão da presidente foi funcionário-fantasma na prefeitura de Belo Horizonte; os jornais de sexta-feira (17) o desmentem. A candidata à reeleição questionou o oponente sobre o que achava da Lei Seca, referindo-se diretamente a um episódio sobre Aécio Neves que corre nas redes sociais e que o relacionam a uso de drogas e alcoolismo; ele procurou aliviar o golpe admitindo que havia se recusado a fazer o teste do bafômetro quando foi abordado pela polícia, no Rio de Janeiro, e que se arrependia disso.
Voltamos ao padrão de 1989, quando Lula da Silva foi derrotado por Collor de Mello, em meio a ataques pessoais. Na ocasião, o então candidato do Partido dos Trabalhadores se recusou a usar contra o oponente boatos e denúncias sobre sua vida privada. Acabou derrotado.
Um quarto de século depois, Dilma Rousseff dá voz aos comentários das redes sociais para desconstruir Aécio Neves. Qual será o resultado?
Um tucano morto
No meio do bate-boca em que se transformou o debate eleitoral, os três jornais de circulação nacional tentam posar de moderadores numa briga de rua, mas a imprensa hegemônica não pode fugir às suas responsabilidades. Quem estabeleceu a agenda de baixarias e determinou o nível rastaquera das discussões políticas no Brasil foram as grandes empresas de mídia, ao trocar o jornalismo pelo panfletarismo.
O que faz o candidato da oposição, continuamente, é manusear o material que lhe oferece a imprensa, todos os dias, há anos. O que decide fazer a candidata à reeleição é manusear o que lhe oferecem as redes sociais. Nenhum dos dois se sente obrigado a comprovar cada uma das acusações, porque o contexto midiático há muito deixou de se preocupar com aquelas qualidades essenciais do jornalismo, como a ética e o pressuposto da objetividade.
No espaço restrito dos debates com tempo curto para argumentações, e em meio ao lamaçal criado pela mídia, quem se preocupar com o decoro perde o jogo. 
Assim é que chegamos a uma semana da decisão nas urnas com a agenda política tomada por factoides, meias-verdades, manipulação de indicadores e outras delinquências comunicacionais. Em meio ao noticiário sobre o debate no SBT, os jornais jogam uma cartada de truco: o envolvimento de um tucano morto no escândalo da Petrobras.
Grita a manchete da Folha de S. Paulo: “Delator diz ter pago propina a ex-presidente do PSDB”. Em título no alto da primeira página, O Estado de S. Paulo apregoa: “Ex-diretor da Petrobras diz que tucano recebeu R$ 10 mi”. O Globo, em nota mais discreta também na primeira página, afirma: “Costa diz que pagou propina a ex-dirigente tucano”.
O que isso significa? – perguntaria o leitor ou a leitora que sabe ler nas entrelinhas. Muito simples: a imprensa parece ter acesso exclusivo à fonte da delação premiada, mas precisa reforçar a credibilidade das denúncias, porque as pesquisas indicam que esse escândalo não tem mais potencial para afetar a decisão dos eleitores. Então, recauchuta-se o factoide, incluindo entre os acusados o falecido ex-senador pernambucano Sérgio Guerra, do PSDB, que já não pode ser punido nem se defender.
Você, aí, acha que o debate político caiu na lama? Não se preocupe. A imprensa sempre dá um jeito de piorar.

Fonte: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_imprensa_venceu_o_debate

Bahia perde para o São Paulo e continua na zona da degola

O Bahia perdeu por 2 a 1 para o São Paulo na noite deste sábado (18), no Morumbi, em partida válida pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols do time paulista foram marcados por Rogério Ceni e Paulo Henrique Ganso. Enquanto Fahel descontou para o Tricolor baiano. Com o resultado, o Esquadrão de Aço permanece na zona da degola da competição.

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/161999-bahia-perde-para-o-sao-paulo-e-continua-na-zona-da-degola.html

Cartazes próximos à sede da Rede Bahia acusam prefeito ACM Neto de ser 'coronel da mídia'

Os postes de energia da Rua Professor Aristides Novis, onde se localiza a sede da Rede Bahia, tiveram diversos cartazes estampados em que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), é acusado de ser “Dono da Mídia” por conta de sua relação familiar com o grupo de comunicação, que também é dono do jornal Correio*. O protesto faz parte da campanha nacional “Fora Coronéis da Mídia”, que é a favor da Lei da Mídia Democrática, “uma iniciativa popular para acabar com  privilégios e com o discurso de que ‘qualquer tentativa de regular a comunicação é censura’". Na Bahia, os protestantes também mencionam o deputado Félix Mendonça Júnior (PDT). Renan Calheiros Filho (PMDB-AL), Tasso Jereissatti (PSDB-CE), José Agripino (DEM-RN) e Aécio Neves (PSDB-MG) estão entre os políticos mencionados.


Foto: Leitor Bahia Notícias

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/noticia/161991-cartazes-proximos-a-sede-da-rede-bahia-acusam-prefeito-acm-neto-de-ser-039-coronel-da-midia-039.html

Referência a gays fica de fora de mensagem do Sínodo

Apenas uma referência aos divorciados, nenhuma menção aos gays. A mensagem final da 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que se encerra neste domingo (19), no Vaticano, após duas semanas de debates e reflexão sobre a família, exalta a beleza do matrimônio cristão e enumera as dificuldades que os casais enfrentam, sem entrar nas questões polêmicas que agitaram as discussões dos padres sinodais - cardeais e bispos vindos de todos os continentes. Somando-se os convidados, entre os quais 14 casais, foram 253 os participantes da reunião. Ao falar da eucaristia dominical como encontro com Cristo e comunhão dos fiéis com Deus, o texto informa que o Sínodo refletiu sobre o acompanhamento pastoral e sobre o acesso aos sacramentos dos divorciados. Essa discussão dividiu o plenário: uma ala conservadora defendeu as regras atuais, de proibição da distribuição da comunhão aos casais em segunda união, enquanto os reformistas acenaram com a possibilidade de a Igreja permitir que os divorciados possam comungar. O fato de a mensagem não se referir à união de pessoas do mesmo sexo não significa que a questão será deixada de lado. O cardeal-arcebispo do Rio, d. Orani João Tempesta, um dos brasileiros participantes, disse à Rádio Vaticano que esse e outros temas serão aprofundados pelas dioceses para serem retomados, em outubro de 2015, na segunda etapa do Sínodo. A mensagem divulgada neste sábado, 18, adverte para as crises que atingem o matrimônio cristão, como o enfraquecimento da fé e dos valores, o individualismo, "que dão origem a novas relações, novos casais, novas uniões e novos matrimônios, criando situações familiares complexas e problemáticas". O texto ressalta também a realidade das famílias pobres, das vítimas de violência e daquelas que são obrigadas a emigrar por causa de guerras e de perseguições. O Sínodo será encerrado no domingo, 19, com a celebração de uma missa solene na Praça de São Pedro pelo papa Francisco. 
 
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/57105-referencia-a-gays-fica-de-fora-de-mensagem-do-sinodo.html

Após clima tenso, Dilma e Aécio se reencontrarão em debate da Record

 Os candidatos têm usado metralhadoras de acusações

A tendência é que o debate tenha ainda mais importância e ajude o eleitor a decidir o seu voto no segundo turno, que acontece no dia 26 deste mês

Após o debate da última quinta-feira (16), marcado pelos ataques entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), os presidenciáveis se reencontrarão no próximo domingo (19), às 22h30 em um novo debate promovido pela Rede Record.

O confronto de ideias poderá ser acompanhado pela TV Record Bahia.  A tendência é que o debate tenha ainda mais importância e ajude o eleitor a decidir o seu voto no segundo turno.

Abordando temas sempre polêmicos, os candidatos têm usado metralhadoras de acusações, com as seguintes pautas, principalmente: nepotismo, corrupção, violência e Lei Seca, com munição pesada.

Com a proximidade do segundo turno da eleição, a disputa pelo voto tem sido acirrada. De acordo com as últimas pesquisas realizadas pelo Ibope e Datafolha, os candidatos estão empatados tecnicamente na intenção de votos dos eleitores.

Presidente tem queda de pressão A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff passou mal durante uma entrevista concedida logo após o debate realizado na quinta-feira. Segundo a assessoria de imprensa, ela teve uma oscilação de pressão porque, de acordo com a assessoria, não havia se alimentado bem durante o dia.

Fonte: http://www.folhavitoria.com.br/politica/noticia/2014/10/apos-clima-tenso-dilma-e-aecio-se-reencontrarao-em-debate-da-tv-vitoria-record.html

Pesquisa eleitoral erra por não saber lidar com indecisos, diz estatístico


As pesquisas Ibope e Datafolha do primeiro turno das eleições 2014 registraram uma média de 7% de indecisos, que acabaram fazendo a diferente quando foram divulgados os resultados (Marri Nogueira/Agência Senado/Divulgação)Segundo especialista, uma mudança que seria necessária é a divulgação de dados apenas com os votos válidos, além de se criar uma forma de aferir a convicção do entrevistado
 
As pesquisas Ibope e Datafolha do primeiro turno das eleições 2014 registraram uma média de 7% de indecisos, que acabaram fazendo a diferente quando foram divulgados os resultados
A falta de convicção do voto declarado pelos entrevistados e a anulação involuntária do voto — em razão da inabilidade de muitos eleitores com a urna eletrônica — estão entre os fatores que explicam a disparidade dos números das pesquisas eleitorais em relação aos resultados do primeiro turno das eleições gerais de 2014, afirma o estatístico Marcos Oliveira, do DataSenado.
O estatístico Marcos Oliveira: 'Indeciso é difícil você mensurar' (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Divulgação)
O estatístico Marcos Oliveira: "Indeciso é difícil você mensurar"
 
Uma das discrepâncias verificadas diz respeito à guinada do candidato Aécio Neves (PSDB), que ultrapassou e venceu com boa margem Marina Silva (PSB), passando para a disputa no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). No primeiro turno, Dilma teve quase 42% dos votos válidos, Aécio teve perto de 34% e Marina, 21%. A pesquisa Datafolha de 4 de outubro (um dia antes da votação) apontou 44% para Dilma, 26% para Aécio e 24% para Marina.

"Eu também acredito que os indecisos tiveram papel preponderante nesses resultados, e indeciso é difícil você mensurar", diz o estatístico. Os institutos de pesquisa mais conhecidos, como Ibope e Datafolha, registraram uma média de 7% de indecisos nos últimos levantamentos feitos antes do primeiro turno. De acordo com o resultado das urnas, os que se declaravam indecisos, em sua maioria, votaram em Aécio Neves.

Segundo o especialista, além da decisão de última hora, outra variável importante adiciona um entrave à idelidade das pesquisas: a incapacidade dos institutos de medir se a intenção de voto se concretiza, já que o eleitor pode mudar de ideia. Marcos Oliveira explica também que os entrevistados podem ter indicado para os entrevistadores um voto diferente daquele que pretendiam dar, seja por vergonha, desinteresse ou desconfiança em relação ao instituto pesquisador. "Os resultados foram mesmo surpreendentes, evidenciam a limitação das pesquisas e servem como lição: é um alerta para a gente ler os levantamentos de intenção de voto com cuidado".

Na opinião do estatístico, para evitar equívocos, são necessários alguns aperfeiçoamentos metodológicos, difíceis de acontecer agora pelo pouco prazo para entrar em vigor e principalmente porque são caros. Segundo ele, além da divulgação das pesquisas com votos válidos, e não com os totais — algo que já vem mudando neste segundo turno, observa — é necessário criar mecanismos para aferir o nível de convicção do voto declarado, para tentar mensurar a diferença entre a intenção de voto e o voto propriamente dito e estar mais preparado para perceber a volatilidade do eleitor.

Fonte: http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/atualidades/2014/10/16/noticia_atualidades,150862/pesquisa-eleitoral-erra-por-nao-saber-lidar-com-indecisos-diz-estatistico.shtml

TSE condena ataques mútuos entre os presidenciáveis na TV

O ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou em julgamento na quinta-feira (16) que a campanha presidencial neste segundo turno precisa ser mais propositiva e menos “pirotécnica”. Na ocasião, o ministro criticou os ataques mútuos entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).

Ainda de acordo com Toffoli, o TSE não irá mais tolerar tal conduta no horário eleitoral. A partir de julgamento de quinta-feira, o presidente ainda acredita que o resultado seja levado pelo TSE ao Congresso Nacional para que novas formas de fazer propagandas sejam repensadas.

Fonte: http://esplanadanews.com.br/portal/noticia.php?id=8071