terça-feira, 11 de junho de 2019

Advogado de mulher que acusa Neymar de estupro deixa o caso



Danilo Garcia de Andrade, que era advogado de Najila Trindade, disse na noite desta segunda (10) que deixou o caso e não representará mais a mulher que acusa Neymar de estupro.

"Devo me tirar do processo", afirmou Andrade. "Sim, estou anunciando oficialmente nesta entrevista [...] Não sou mais advogado de Najila", ele declarou ao SBT.

Segundo o UOL, Andrade disse que tomou a decisão após a cliente o acusar de planejar um arrombamento em seu apartamento e de roubar o tablet onde estaria um vídeo que mostraria o segundo encontro dela com Neymar, em Paris.

Andrade esteve na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, na tarde desta segunda-feira (10).

Ele disse para a delegada Juliana Lopes Bussacos que deixaria o caso se a sua cliente não entregasse celular ou tablet com o vídeo até a meia-noite. Quando Bussacos deixou a DDM, às 20h30, nada havia sido entregue.

A mulher registrou boletim de ocorrência, no último dia 31, acusando o jogador de estuprá-la no dia 15 de maio em um hotel em Paris. Ela afirmou ter imagens que comprovariam isso em seu tablet.

"Vim informar à delegada que eu não tenho o celular, nem o tablet. Ela [Najila] tem até meia-noite de hoje para entregar à delegada ou para mim. Eu me comprometi a trazer. Se não fizer isso até meia noite, eu deixo o caso. Não tem como defender uma pessoa que não entrega suas provas", disse Andrade mais cedo.

Em depoimento na sexta-feira (7), no prédio da 6ª DDM, em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, Najila prometeu entregar o aparelho celular nesta segunda-feira. Ela pediu prazo para salvar arquivos e agenda.

A gravação de sete minutos seria a íntegra de um trecho de pouco mais de um minuto, que vazou na última quarta-feira e mostra uma briga entre ela e o jogador no hotel.

Em entrevista ao SBT na última quarta, a modelo diz que atraiu Neymar para filmá-lo no segundo encontro e comprovar que havia sido estuprada e agredida pelo atacante no dia anterior (15 de maio).

Em seu celular, que é aguardado pela polícia, a modelo também diz que há fotos e prints de conversas com Neymar e com uma amiga, com quem teria conversado sobre o que ocorreu entre ela e o jogador em um quarto de hotel em Paris.

Danilo foi o primeiro advogado que se apresentou à delegada Bussacos. Antes dele, a modelo contratou José Edgard da Cunha Bueno Filho que, em vez de procurar a polícia, sugeriu buscar um acordo diretamente com Neymar.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/42429-advogado-de-mulher-que-acusa-neymar-de-estupro-deixa-o-caso.html

Imunização contra HPV entre meninos não chega a 20% na Bahia e preocupa oncologistas



Apenas 17,83% dos meninos da Bahia com idade entre 11 a 14 anos, público alvo da vacina contra o Papilomavírus humano (HPV), receberam as duas doses da imunização e consequentemente estão imunizados por completo. Esse índice considera o período a partir de quando o Ministério da Saúde passou a disponibilizar a vacina contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS), há dois anos, até maio de 2019. Os dados são da própria pasta.

O índice de garotos que receberam as duas doses da vacina contra HPV no estado está muito longe da meta estabelecida pelo governo federal, que é de 80%. No entanto, a situação da Bahia não difere muito do cenário nacional, cuja média de vacinação foi de 22,38% neste mesmo período.

Entre os meninos que tomaram apenas a primeira dose da vacina o número foi pouco maior que o dobro, e chegou aos 39,72%.

A vacina contra o HPV previne o vírus que tem mais de 100 tipos e que pode infectar a pele e as mucosas de homens e mulheres. Entre os problemas causados por eles estão lesões com potencial de progressão para o câncer, como o de colo de útero, nas meninas.

A médica oncologista especializada em tumores femininos do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB), Renata Cangussú, atribui a baixa adesão à vacina do HPV ao desconhecimento da população sobre seus benefícios e sobre os riscos de desenvolver doenças causadas pelo vírus. "A gente tem feito um trabalho no sentido de conscientização da importância da vacinação, mas eu acho que isso está sendo um pouco mais divulgado com relação às meninas do que aos meninos", analisou a médica. "Como a questão com os meninos foi um fato posterior, essa informação ainda não chegou a todo público e por isso é que realmente a adesão ainda não está adequada", prosseguiu.

Os dados do Ministério da Saúde fortalecem a teoria da médica, uma vez que os números de meninas de nove a 15 anos imunizadas contra o HPV na Bahia são superiores aos meninos. As garotas dessa faixa etária que tomaram a primeira dose da imunização representam 58,49% do público alvo, e as que receberam a segunda dose foram 39,60%.

A oncologista alertou para a importância tanto das meninas quanto dos meninos serem imunizados. "O menino sendo portador do HPV pode transmitir para a menina, acaba que por isso é extretamente importante ele ser vacinado", explicou Renata Cangussú. "Para que a gente consiga a longo prazo vir a eliminar o câncer de colo uterino e vários outros tipos de neoplasias ginecológicas que são evitaveis através da vacina", completou a médica do NOB.

O Ministério da Saúde informou que, até maio de 2019, 6,1 milhões de meninas completaram o esquema vacinal com a segunda dose no Brasil, o que representa 51,4%. Já com a primeira dose, foram vacinadas 10,1 milhões de meninas, o que corresponde a 72,27%.

Entre os meninos de 11 a 14 anos, 3,5 milhões foram vacinados com a primeira dose, a partir de 2017, o que corresponde a 48,9% do público-alvo, e com a segunda dose foram vacinados 1,6 milhão, o que representa 22,4% deste público.

A pasta considera a média abaixo do esperado e informou em nota que mais de 9,2 milhões de adolescentes ainda precisam ser vacinados com a 1º e a 2º dose em todo o país. A pasta, no entanto, não informou o número de meninos e meninas que ainda precisam ser imunizados na Bahia. O Ministério da Saúde ainda reforçou que a cobertura vacinal só está completa com as duas doses.

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/22814-imunizacao-contra-hpv-entre-meninos-nao-chega-a-20-na-bahia-e-preocupa-oncologistas.html