terça-feira, 24 de março de 2020

Por coronavírus, Aneel suspende cortes de energia por três meses


Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu os cortes no fornecimento de energia por falta de pagamento das contas de luz por 90 dias (três meses).  O motivo é a pandemia do novo coronavírus, que dificulta o trabalho da equipe de manutenção das redes de distribuidoras e até mesmo o pagamento das contas de luz por parte dos clientes. A decisão foi aprovada por unanimidade pelos cinco diretores do órgão regulador.

A medida valerá para todos os consumidores residenciais e também para serviços essenciais – como unidades de saúde e hospitais, serviços de entrega de alimentos e metrô, por exemplo. “Nesse momento de crise, algumas atividades devem ser mantidas para não haver desordem pública, desabastecimento e aflição das pessoas”, disse relator do processo, diretor Sandoval de Araújo Feitosa.

Além da suspensão de cortes, a população de baixa renda, cadastrada no programa Tarifa Social, terá outro benefício. Verificações periódicas em relação ao cadastro dessas pessoas não serão realizadas, de forma que ninguém seja retirado do programa nos próximos três meses. Estimativas do setor apontam que 50% dos consumidores pagam as tarifas de energia em agências bancárias, lotéricas e redes de atendimento das próprias distribuidoras, todos reduzidos em razão do avanço da covid-19.

Decretos publicados no fim de semana no Diário Oficial da União ampliaram a lista de atividades classificadas como essenciais e que, consequentemente, também terão direito à suspensão de corte de energia por inadimplência. 

Integram a lista empresas de telecomunicações e internet, serviço de call center, companhias de água, esgoto e lixo, guarda e uso de substâncias radioativas e vigilância sanitária, por exemplo.

“Não se trata de isentar consumidores, mas de garantir a continuidade do fornecimento em momento de calamidade pública”, afirmou Feitosa.

O diretor fez um apelo aos clientes que continuem a manter as contas em dia, se puderem, já que as empresas precisam pagar seus empregados. “Quem tiver condições de honrar seus compromissos assim o faça, de maneira constante e responsável”, disse.

Apesar de suspender o corte de energia por falta de pagamento, as dívidas não serão perdoadas. Pelo contrário: passado o prazo da medida, elas serão cobradas com multa e juros. “Encerrada a calamidade, os consumidores estarão sujeitos à suspensão de fornecimento por inadimplemento”, disse o relator.

Flexibilização

A Aneel também flexibilizou regras de atendimento das distribuidoras durante a pandemia, cuja violação pode resultar em punições e multas. Prazos regulamentares serão suspensos, bem como atividades acessórias.

Por outro lado, as empresas deverão focar sua atividade em reforço de rede e aumento das equipes de plantão. O atendimento de urgência e emergência deverá ser priorizado, enquanto o presencial poderá ser suspenso.

A entrega física da fatura deverá ser substituída por recursos digitais. A leitura do consumo também poderá ser feita com periodicidade diferente e, eventualmente, até substituída pela média do consumo dos últimos meses.

Todas as medidas aprovadas hoje valerão por 90 dias, mas poderão ser prorrogadas ou revistas a qualquer tempo, de acordo com a Aneel. Devido à pandemia, a Aneel dispensou a análise de impacto regulatório e a realização de audiência pública para a tomada de decisão.  

Medidas adicionais

De acordo com a Aneel, 47% do faturamento do setor vem de consumidores residenciais, e a inadimplência média é inferior a 5%. Segundo Feitosa, caso a inadimplência aumente muito, a agência e o governo deverão adotar medidas alternativas para garantir a sustentabilidade do setor elétrico.

Outro aspecto que será observado nas próximas semanas, segundo o diretor, é a possível sobra de energia devido à queda de demanda, que pode gerar sobrecontratação para as distribuidoras. O tema será tratado em um outro processo, segundo o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

Não está definido se as distribuidoras contarão com algum auxílio no caixa. Se houver, a decisão é da União e só poderia ocorrer por meio de Medida Provisória, e não por deliberação da Aneel. Também cabe ao governo decisões que ampliem os benefícios e descontos tarifários da população de baixa renda.

Na reunião desta terça-feira, 23, a Aneel não aprovou a suspensão de reajustes tarifários de distribuidoras. O pleito foi feito por alguns governadores, entre eles o de São Paulo, João Dória. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, essa solicitação não será atendida.

Pedidos

Nos últimos dias, a Aneel informou ter recebido 11 pedidos de distribuidoras e associações do setor para adoção de medidas emergenciais em meio à pandemia do novo coronavírus.

Com participação virtual na reunião, a presidente do Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Enersul, Rosimeire Cecília da Costa, deu apoio à adoção de ações pela Aneel para ajudar os consumidores.

Segundo ela, o comércio de Campo Grande já perdeu R$ 90 milhões em razão das medidas de contenção do avanço da doença. A estimativa é perder R$ 300 milhões até 6 de abril, o que deve dificultar o pagamento das contas de luz.

Representante do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o advogado Michel Roberto de Souza pediu ainda a religação da energia daqueles já estão com o fornecimento cortado. Ele também participou da reunião por meio de videoconferência. Não ficou claro se essa solicitação será atendida.

Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,aneel-suspende-cortes-no-fornecimento-de-energia-para-clientes-residenciais,70003246291

Coronavírus: Olimpíada de Tóquio é adiada para 2021

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que teriam início em 24 de julho, concordaram em adiar o evento por um ano devido à pandemia de coronavírus.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que o Comitê Olímpico Internacional concordou com o adiamento.
"Propus o adiamento por um ano e o presidente do COI, Thomas Bach, concordou 100%", afirmou.
O adiamento de um ano também se aplicará aos Jogos Paralímpicos de Tóquio, segundo o governo japonês.
O primeiro-ministro acrescentou: "Isso permitirá que os atletas joguem em suas melhores condições e tornará o evento seguro para os espectadores".O evento ainda será chamado de Tóquio 2020, apesar de ocorrer em 2021, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Em uma declaração conjunta, o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2020 e o COI disseram: "A disseminação sem precedentes e imprevisível do surto levou a situação no resto do mundo se deteriorar".
A nota menciona a avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a pandemia está "acelerando".
"Atualmente, existem mais de 375 mil casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora", diz a nota.
"Nas circunstâncias atuais e com base nas informações fornecidas hoje (terça) pela OMS, o presidente do COI e o primeiro-ministro do Japão concluíram que os Jogos da 32ª Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional."

Primeiro adiamento em 124 anos

As Olimpíadas nunca tinham sido adiadas em seus 124 anos de história moderna, embora tenham sido canceladas em 1916, 1940 e 1944, durante as duas guerras mundiais.
Além disso, boicotes dos EUA e União Soviética em meio à Guerra Fria afetaram os Jogos de verão de Moscou e Los Angeles, em 1980 e 1984.
A nota diz ainda que "os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente".
"Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020".

Segunda Olimpíada

O Japão sediou os Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1964, quando surpreendeu o mundo ao mostrar sua reconstrução após a Segunda Guerra Mundial.
Agora, os japoneses querem promover o multiculturalismo, a sociedade 5.0 — conceito lançado pelo país que prevê o uso de novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população — e os esforços feitos para reconstruir as áreas devastadas pelo tsunami e consequente desastre nuclear de 2011.
Em estudo de 2016, o professor da escola de negócios da Universidade de Oxford, Bent Flyvbjerg, constatou que sediar uma Olimpíada é, essencialmente, um péssimo negócio. De acordo com ele, esses megaeventos são extraordinariamente caros e deficitários.
Com a Tóquio 2020, o país asiático vinha tentando fugir desse estigma, fazendo ajustes para reduzir custos, porém sem se descuidar do rigor com o cronograma.
O roteiro da segunda olimpíada japonesa em 56 anos vinha sendo meticulosamente preparado muito antes de o país conquistar o direito de sediar o evento, em 2013. A projeção de custos, porém, subiu tanto que se tornou um dos grandes desafios, ainda maior do que amenizar os efeitos do verão úmido japonês.
Os custos diretos dos Jogos de 1964 chegaram a cerca de US$ 300 milhões (em valores atualizados), segundo o Comitê Organizador das Olimpíadas. Porém, a entidade observa que se forem considerados outros custos indiretos relacionados ao evento, o total chegou a US$ 9 bilhões (3,1% do Produto Interno Bruto do Japão daquele ano).
Para receber os Jogos, o país investiu pesado na construção de estradas e na implantação do serviço de trem-bala (shinkansen) e da linha de metrô, considerados até hoje os grandes legados do megaevento.
Agora em 2020, a estimativa dos organizadores era realizar os Jogos com investimento direto de US$ 12,6 bilhões, bem maior que a avaliação inicial, de US$ 7,3 bilhões, apresentada durante a candidatura. O orçamento final, entretanto, pode crescer ainda mais, de acordo com a Agência de Auditoria do Japão.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52021589

Após nota da Sesab, prefeitura nega caso de Covid-19 em Alagoinhas


Após a Sesab divulgar em seu boletim na manhã desta terça-feira(24), que um caso de Covid-19 havia sido confirmado no município , a prefeitura de Alagoinhas, através da Secretaria Municipal de Saúde, emitiu uma nota esclarecendo que o caso é, na verdade de Salvador.

Segundo a nota, a paciente do sexo feminino, de 41 anos, deu entrada no Hospital Couto Maia, na capital baiana, no último dia 22 de março, já recebeu alta e permanece em isolamento, mão confirmou que não esteve no município de Alagoinhas.

Ainda conforme nota de Sesau, as equipes da Vigilância Epidemiológica do município e do Núcleo Regional de Saúde fizeram contato direto com a paciente e reforçam  que o caso não é de Alagoinhas. Uma solicitação para a correção da informação divulgada já foi encaminha ao Estado da Bahia e a Secretaria Municipal de Saúde destacou que segue monitorando a situação, com o cumprimento em integralidade das recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado (sesab).

Fonte: https://apo.com.br/2020/03/24/apos-nota-da-sesab-prefeitura-nega-caso-de-covid-19-em-alagoinhas/

Galpão de papel reciclado da Ascoba em Inhambupe pega fogo

Um incêndio atingiu o depósito de papel reciclado da Ascoba no município de Inhambupe por volta 18h desta segunda-feira (23).

Populares acionaram os responsáveis pelo galpão e ajudaram a conter as chamas. Logo em seguida, a Polícia Militar chegou e o caminhão pipa da Secretaria Municipal de Infraestrutura para conter as chamas.

Em conversa com um dos catadores, o caminhão pipa foi muito importante, pois  de imediato chegou, mas em seguida o Corpo de Bombeiros de Alagoinhas também chegou para ajudar e fazer o trabalho de rescaldo que se prolongou até a madrugada.

Segundo o catador, há suspeita do incêndio ter sido intencional, pois no local não há fiação elétrica para justificar o ocorrido.

“choveu muito no dia anterior e o material estava molhado. No local não há fiação elétrica para que houvesse o circuito, mas de repente houve fogo e causou este prejuízo”, disse.

Ainda de acordo as informações, os responsáveis pelo galpão deve registrar um boletim de ocorrência.

O espaço onde ocorreu o incêndio é de propriedade particular e está alugado a Associação dos Catadores e Catadoras de Material Reciclável da Bahia - Ascoba

Foto RL News/Arquivo
Fonte: http://www.ronaldoleitenews.com.br/2020/03/galpao-de-papel-reciclado-da-ascoba-em.html

Bonner quebra protocolo do 'JN', pede calma ao público e admite medo de adoecer; assista

O jornalista William Bonner quebrou o protocolo do "Jornal Nacional" durante a abertura da edição desta segunda-feira (23). Apos exibir os destaques da noite, ele surgiu pedindo calma para a população.

"Antes de falar sobre as notícias de hoje, a gente vai fazer uma pausa, porque é muita informação o tempo todo sobre o coronavírus. Você já viu os destaques de hoje, e a gente vai fazer essa pausa primeiro para dizer simplesmente o que a gente fica repetindo um para o outro aqui: calma. Não dá para começar o 'JN' de hoje sem pedir calma", iniciou.

O ancora, então, seguiu dizendo que essa pausa era para "respirar" e para que as pessoas entendam que a crise terá altos e baixos. "Vai exigir sacríficos, mas no fim o Brasil e o mundo vão superar, apesar da aflição e dor que muitas famílias estão enfrentando", completou.

Colega de bancada, Renata Vasconcellos lembrou que algumas categorias seguem trabalhando, obedecendo as orientações de cuidado. "Mas claro que alguns profissionais não podem parar. Isso vale para os profissionais de saúde, mas também para quem recolhe o lixo nas ruas, os policias, para quem faz manutenção das redes elétricas e muitos outros", fixou.

O editor-chefe admitiu ainda que tem medo de adoecer durante esse processo. "Quando a Globo aumentou o tempo diário do jornalismo, foi para levar essa informação necessária sem correria. Você saber como agir para se proteger. E claro que a gente também tem medo de adoecer, aqui não tem super-herói, nem entre nós nem entre colegas de outras categorias", reafirmou.

Por fim, Vasconcellos explicou que na emissora, os colegas da redação com 60 anos ou mais, que estão no grupo de risco para a covid-19, passaram a trabalhar de casa e qualquer um que apresente sintoma de gripe também é orientado a trabalhar de home office. Assista:

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/holofote/noticia/57756-bonner-quebra-protocolo-do-jn-pede-calma-ao-publico-e-admite-medo-de-adoecer-assista.html