O relator, deputado Leonardo Quintão, afirma que a proposta irá garantir o direito de expressão para todas as religiões
Foi instalada nesta quarta-feira (4) comissão especial para analisar o Projeto de Lei 6314/05,
que elimina a possibilidade de professor ou ministro religioso ser
processado por injúria ou difamação por opiniões emitidas no exercício
da profissão.
A proposta, que altera o Código Penal,
foi apresentada pelo deputado Takayama (PSC -PR). O deputado lembra que
o próprio Código já prevê a exclusão de crime de injúria e difamação
para algumas atividades, como a de crítico literário e artístico, e de
advogado durante a defesa do cliente.
Para Takayama, a inclusão de professores e religiosos nessa regra é
importante porque eles estão rotineiramente opinando sobre os
comportamentos sociais para alunos e fiéis, e as opiniões podem ser
consideradas ofensivas para quem pensa diferente.
Foi eleito para presidir a comissão o deputado Antônio Jácome
(PMN-RN), que designou o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) como
relator da proposta. Quintão disse que a comissão será importante para
garantir o direito de crença e expressão de todas as religiões.
"Nosso papel, como relator, é receber as sugestões de todas as
religiões para que a gente possa construir um estatuto para que as
pessoas possam exercer sua fé de maneira respeitosa", afirmou Quintão.
A comissão especial analisará outras duas propostas, que tramitam em conjunto:
- PL 1089/15, do deputado Josué Bengtson (PTB-PA), que assegura o
livre exercício da liberdade religiosa, de expressão e de consciência.
Segundo esse projeto, os líderes religiosos de qualquer denominação
poderão ensinar a doutrina professada pela sua igreja, acerca de
qualquer tema, de acordo com os textos sagrados por ela adotados.
- PL 2909/15,
da Comissão de Legislação Participativa, que proíbe intervenção estatal
em organização religiosa.Conforme esse projeto, são nulos de pleno
direito os atos administrativos e as decisões judiciais na parte em que
estabeleçam restrições, modificações ou intervenções na área
administrativa, fiscal, financeira ou de gerência de entidade religiosa.
Tramitação
Depois que for votado na comissão especial, o projeto será analisado pelo Plenário.
Depois que for votado na comissão especial, o projeto será analisado pelo Plenário.
Íntegra da proposta:
Da Redação - WS
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITO-E-JUSTICA/499426-CAMARA-INSTALA-COMISSAO-SOBRE-LIBERDADE-DE-OPINIAO-DE-PROFESSOR-E-MINISTRO-RELIGIOSO.html