Em 26 de maio de 1914 nasceu aquela que um dia viria a ser
chamada de “o anjo bom da Bahia”. Assim era conhecida Irmã Dulce, que,
se estivesse viva, completaria 99 anos neste domingo. Para comemorar a
data, amanhã está programada uma procissão que irá da Colina Sagrada
(Bonfim) até o Largo de Roma, onde fica a sede das Obras Sociais Irmã
Dulce (OSID). A concentração começa a partir das 15h30 e a saída, às 16
horas. Na chegada, acontece uma missa solene, às 17 horas, no Santuário
da freira baiana. São esperados membros de paróquias da capital e do
interior do estado, além de fiéis e admiradores.
Com o tema 99 anos de Irmã Dulce: celebrando o amor e o serviço pela fé, a festa terá ainda a participação da banda
da Polícia Militar e um mini trio. O padre Ricardo Henrique, da
Paróquia Nossa Senhora das Dores (Lobato), fará orações e relembrará
passagens da vida de Irmã Dulce durante o percurso. Além da imagem de
Irmã Dulce, vão seguir em procissão as imagens do Senhor do Bonfim, da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus e de Santo Antônio (do qual a freira
era devota). Ao chegar ao Largo de Roma, a procissão será recebida com
foguetes e música. Logo após haverá o repicar dos sinos e canto de
parabéns para a homenageada.
Uma das propostas do evento é relembrar alguns feitos da freira
durante anos de solidariedade. “Nesse 26 de maio, devemos celebrar tudo
que Irmã Dulce foi para nós e sua história, feita de conquistas na
dimensão da caridade, do amor e do serviço aos mais pobres”, declara o
reitor do santuário, padre Alberto Montealegre, que vai presidir a missa
solene.
O capelão da OSID, Frei Beto, reforça a importância do “anjo bom da
Bahia” na iniciativa solidária. “Se esta é uma festa para recordar os 99
anos de vida de Irmã Dulce, então é preciso falar de amor e serviço.
Assim como a fé, foi o que a guiou em sua caminhada. Ela costumava dizer
que melhor do que falar de caridade é fazer caridade”, comenta.
Entre os feitos de Irmã Dulce, um dos que mais se destacam é a
criação da OSID. A instituição nasceu oficialmente em 1959, mas a
atuação de Irmã Dulce no local começou dez anos antes, quando a freira
abrigou 70 doentes no galinheiro do Convento das Irmãs Missionárias da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Hoje, com estrutura e organização
maiores, as Obras Sociais faz, em média, 5 milhões de atendimentos
ambulatoriais por ano.
Na área de saúde, além do Hospital Santo Antônio, a OSID abriga o
Hospital da Criança, um centro geriátrico, um centro de tratamento do
alcoolista e um centro de apoio ao portador de deficiência. A
instituição ainda atua nas áreas educacionais, pesquisa científica e
memória cultural.
Atualmente, Irmã Dulce passa por um processo de canonização (ser
declarada santa), ainda em fase de recolhimento de relatos. Para isso, é
necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à freira baiana.
Desde a data de 10 de dezembro de 2010, quando o papa Bento XVI assinou o
decreto de beatificação, já foram enviados mais de 1,5 mil relatos.
Competição paraolímpica
A equipe de bocha adaptada do Centro de Reabilitação e Prevenção de
Deficiências (CRPD), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), está
representando o Estado no Campeonato Regional Nordeste de Bocha
Paraolímpica, que começou nessa sexta-feira (24/5) e continua neste
sábado, das 10h às 19h, com entrada franca, no Centro de Convenções da
Bahia. A competição é realizada pela Associação Nacional de Desporto
para Deficientes (Ande), entidade que organiza a modalidade no Brasil.
A bocha adaptada é similar à convencional, na qual o objetivo do
jogador é encostar o maior número de bolas coloridas na bola-alvo, a
branca. A equipe da OSID estreia na modalidade com um grupo formado por
seis atletas, entre moradores da instituição e pacientes do
ambulatório.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2013/05/25/99-anos-do-nascimento-de-irma-dulce-comemorado-com-missa-procissao