terça-feira, 13 de março de 2012

APLB mobiliza categoria para a greve nacional da Educação









Sob a liderança da APLB Sindicato, os trabalhadores da Educação da Bahia vão aderir à greve nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). As redes públicas de ensino dos municípios e do Estado da Bahia irão parar nos próximos dias 14, 15 e 16 de março, para lutar em defesa de melhorias no ensino.

A diretoria da APLB já iniciou a mobilização da categoria, com assembléias nas regionais e reuniões com representantes das unidades escolares. A greve tem como principais bandeiras de luta questões como o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, a implantação do PNE (Plano Nacional de Educação), o cumprimento integral da Lei do Piso Nacional, onde entra a implantação de 1/3 de hora-atividade para o magistério.

De acordo com o coordenador geral da APLB Sindicato, Professor Rui Oliveira, em nível local a mobilização dos educadores se incorpora à luta da sociedade civil pela moralização da administração municipal.

“No dia 14 vamos realizar um ato lúdico-político, na Praça da Piedade, para protestar contra o projeto de mudança de índice no cálculo para o reajuste do piso, que se encontra em tramitação na Câmara Federal, e em nível local, contra as manobras na Câmara Municipal para aprovar as contas da Prefeitura, que foram rejeitadas pelo TCM. Vamos realizar diversas atividades circenses na praça para parodiar toda esta situação”, destaca o Professor Rui.


A diretora Elza Melo destaca que as questões que estão sendo reivindicadas na paralisação nacional convocada pela CNTE, e organizada pelos sindicatos dos trabalhadores em educação em todo o país, atingem diretamente a categoria, mas se refletem em toda população.

“As bandeiras de luta nacional atingem diretamente a categoria nos estados, além disso, vamos incorporar lutas nossas, como a estruturação e implementação do Plano de Saúde dos servidores municipais, a destinação de 25% do orçamento municipal para a Educação, no caso de Salvador, e o cumprimento de questões como o pagamento do Piso Salarial Nacional nos municípios”, afirma.
Ela disse ainda que a mobilização é fundamental para que professores, pais e alunos saiam às ruas de Salvador e dos municípios do interior e que o poder público entenda que a valorização profissional é o caminho para a conquista de uma educação pública de qualidade para todos e todas.

A Paralisação Nacional em Salvador terá a seguinte programação: No dia 14, às 08 horas, a diretoria do APLB Sindicato vai colocar uma coroa de flores na estátua de Castro Alves, na Praça Castro Alves; às 09 horas, inicia o Ato Público, na Praça da Piedade, onde além da manifestação política, a APLB vai lançar o Concurso Estadual de Poesia dos Educadores da Bahia, que será encerrado no dia 24de abril, data do aniversário da APLB Sindicato; no dia 15, a partir das 10 horas, os trabalhadores da Rede Municipal de Ensino realizam manifestação pelo Plano de Saúde, na Seplag; e no dia 16, o Sindicato promove um debate sobre Previdência e outras questões do interesse da categoria, na Faculdade
Olga Mettig, a partir das 09 horas.
 


Fonte: APLB Sindicato.

A Polêmica do Décimo Terceiro Signo

Nos últimos tempos, temos visto alguma polêmica e alguns mal-entendidos no que diz respeito aos signos do zodíaco e às constelações que o mesmo contém. Na verdade, não devemos fazer confusão entre signo e constelação zodiacal. Os signos, em número de doze, correspondem cada um à divisão de 30 graus do círculo zodiacal ( 360 /12 = 30), os quais recebem o nome da constelação mais significativa daquela região do céu conforme os povos antigos que criaram tal concepção de organização estelar, e que a Astrologia adotou e ajudou a popularizar.

As constelações sempre tiveram, desde a época das civilizações mais antigas, a importante função de dar uma organização ao céu, facilitando sua leitura e ajudando na identificação dos astros. Sempre representaram uma verdadeira cartografia do céu. Acontece, contudo, que até o início deste século, a delimitação das constelações não respeitava um critério padrão, existindo cartas celestes com limites irregulares, além de arbitrários e ainda com algumas linhas curvas. Havia também mapas e globos celestes com configurações artisticamente elaboradas, sem a precisão do rigor científico, como ainda constelações que eram identificadas por linhas arbitrárias que interligavam suas estrelas.

Foi a partir de 1922, quando da criação da União Astronômica Internacional (UAI), que o conceito de constelação começou a mudar e surgiu Ofiúco (Ophiucus) como uma 13a constelação zodiacal. Durante a assembléia geral da UAI em 1925, em Cambridge, foi criado um grupo de trabalho para estudar a questão das delimitações das constelações, surgindo daí a proposta de criação de regiões na esfera celeste, tal como um país dividido em estados. Assim, a esfera celeste foi dividida em 88 regiões, também chamadas constelações, com tamanhos variados e delimitações bem definidas e retilíneas. Cada região recebeu o nome da principal constelação nela predominante e todas aquelas cortadas pela linha da eclíptica (linha que no céu, vista da Terra, representa o caminho percorrido pelo Sol durante o ano) passaram a ser consideradas zodiacais.

Convém explicar que o zodíaco é um círculo ou faixa de 17 graus no céu, que abrange toda a esfera celeste e que tem no centro a linha da eclíptica. Foi desta forma, então, que o zodíaco acabou por ser premiado com 13 regiões ou constelações, que são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Convém salientar novamente que para ser considerada zodiacal a constelação deve ser atravessada pela linha da eclíptica, ou seja, o sol deve cruzá-la ao longo do ano. Acontece que depois de passar por Libra e Escorpião, o sol cruza Ofiúco de 30 de novembro a 17 de dezembro, antes de entrar em Sagitário. Porém, esta passagem do sol por Ofiúco não é considerada pela astrologia.

Do modo como foi organizado o céu pela UAI, todas as treze constelações ocupam espaços diferentes ao longo da linha da eclíptica, o que significa dizer que a divisão do zodíaco em doze signos de trinta graus cada um é puramente arbitrária e segue apenas a tradição dos povos antigos. Ofiúco é uma constelação um tanto extensa, sendo conhecida também por Serpentário. Na mitologia grega, este agrupamento de estrelas estava associado a Esculápio, deus da medicina. Segundo a lenda, Esculápio passou a dedicar-se à arte da cura após ver uma serpente ressuscitar outra com algumas ervas que trazia em sua boca.

Esta é, inclusive, a origem do símbolo das ciências médicas: duas serpentes enroladas num bastão. Ainda sobre esta constelação, diz-nos o saudoso professor Amaro Seixas Netto:

"Em realidade, o Zodíaco atual tem treze constelações. Desde 1952, temos adotado esta Constelação Zodiacal em nossos estudos, criando assim o Zodíaco perfeito e exato sobre a Eclíptica. Esta descoberta decorreu duma análise profunda do curso do Sol zodiacal, e deste modo propusemos a sua notação na Faixa Zodiacal bem como criamos o seu signo, publicado na Imprensa para registro. Pode observar-se que o Sol, no Zodíaco, percorre pequena parte do Escorpião e logo entra no Ofiuco, para depois ingressar em Sagitário." SEIXAS NETTO, A. O zodíaco. São Paulo : Editora do Escritor, p[agina 60.

Para alguns astrólogos, a polêmica a respeito da existência de um 13° signo não faz sentido, haja vista que não são as constelações lá no céu que influenciam os seres aqui na Terra e sim energias cósmicas que tomam como referência os signos tradicionais. Há também opiniões que procuram justificar que tanto a cobra (Ofiúco) como o escorpião são animais que trocam de pele, indicando uma personalidade sujeita a grandes flutuações, e que, neste caso, Ofiúco vem a ter o mesmo significado astrológico de Escorpião.

Portanto, apesar de termos 13 constelações zodiacais, com a inclusão de Ofiúco, a divisão do zodíaco em doze signos, para efeito da astrologia, segue a antiga tradição e não precisa levar em consideração as mudanças estabelecidas pela UAI, o que muitos astrônomos consideram uma imperfeição. E como a divisão do zodíaco em signos não apresenta nenhum interesse prático maior para a astronomia, o surgimento de Ofiúco como região zodiacal em nada deverá abalar as crenças e os estudos astrológicos, pois os astrólogos sabem que suas concepções não partem das constelações e sim dos signos, que são meras convenções.

Paulo Araújo Duarte. Professor de Astronomia do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina. - pduarte45@hotmail.com.


Autor: Sandra Regina da Luz Inácio
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/13967/1/a-polemica-do-13-signo/pagina1.html