Centro de Convenções de Inhambupe na semana pedagógica
Estatísticas mostram que o Brasil avançou nos últimos anos na área da educação. Hoje, segundo dados do governo, quase todas as crianças têm acesso ao ensino básico no país.
No entanto, o Brasil continua tendo grandes problemas nesse setor. É grande a porcentagem de alunos que repetem de ano e que acabam tendo que abandonar os estudos porque precisam trabalhar para sobreviver.
Como é possível melhorar a educação no Brasil? É melhor investir no treinamento e capacitação de mais professores ou na modernização das escolas? O currículo escolar deve passar por alterações, para preparar as pessoas para os desafios da era da globalização? E como é possível resolver os problemas da evasão e repetência escolares?
Alguns comentários de outros sites sobre a educação: Mande o seu também.
Os políticos brasileiros descobriram há muito tempo que povo sem cultura é facilmente manipulável e, portanto, não têm interesse na solução dos problemas na educação. Tudo que se tem feito a respeito é pura demagogia. E agora, às vésperas das eleições, mais uma promessa de campanha. E pensar que o nosso maior mandatário desempenhou a função de educador quando estava no exílio (utopia tupiniquim).
Edmundo Tadeu Coppede - São Paulo (SP)
Felizmente a questão da educação no Brasil vem mostrando uma significatica melhora no que diz respeito ao analfabetismo. Mas, por outro lado, se faz urgente e necessário um investimento por parte do governo no que se refere à formação, capacitação e remuneração dos professores, bem como às melhorias das condições de trabalho dos mesmos. A evasão e a repetência escolar são frutos de um governo omisso que não tem como prioridade a educação de todo o cidadão. Nosso país somente será uma nação quando os nossos governantes se conscientizarem de que um futuro promissor está intimamente ligado a uma educação digna e de qualidade.
Luene - Londres (Grã-Bretanha)
1 - Colégios internos. 2 - Um centro nacional de preparação do material escolar, incluindo as aulas. 3 - distribuição do material escolar para os colégios, onde os/as professores(as) explicariam as matérias aos alunos por meio de aulas vindas em videocassetes ou DVD.
Manoel Wanderley - Rio de Janeiro (RJ)
O caminho é longo... Eu, como professor e mestrando em educação, sei perfeitamente disso. Tudo que se faz em termos de educação, deve-se entender que surte efeito a médio e longo prazo. Um bom começo, no entanto, passa pela capacitação dos professores atuais em termos de adaptação a novas pedagogias e uma nova visão de mundo.
Joaquim Augusto - Guarulhos (SP)
Deve ocorrer uma melhora, ao mesmo tempo, em todos os níveis. Isso quer dizer que não é possivel só pensar no ensino fundamental como foi feito. Para que se tenha um ensino fundamental de qualidade é necessária uma qualificação dos professores que irão lecionar neste ensino. Mas, para que se tenha uma melhor qualificação desses professores, eles já devem chegar com uma boa base ao ensino de terceiro grau. Para isso deve-se melhorar o ensino médio. Mas, para que se melhore o ensino médio, temos que ter melhores licenciados, e os alunos devem ter tido uma boa base no ensino fundamental. Todos os níveis de ensino são elos da corrente. Não podemos tentar melhor um elo da corrente se o outro está fraco. Se deixarmos um destes elos fracos, a corrente se arrebenta.
E. Zimmer - Brasília (DF)
Creio que é necessário, um melhor investimento na modernização das escolas e também uma maior valorização dos profissionais da área, porém existe um grande problema que é a falta de condições que muitas famílias encontram para manter os filhos nas escolas. Famílias que não têm nem o que comer não sabem nem o que significa a palavra escola. Desta forma, é necessário que haja um planejamento familiar e uma melhor distribuição de renda, aí sim haveria melhorias na educação no Brasil, pois com a barriga cheia ficaria mais fácil para os menos privilegiados pensar na palavra escola e entender o seu significado.
Jefferson Osório - Pelotas (RS)
Nunca se escreveu tanto e tão bem sobre o assunto. Há o reconhecimento de que algo precisa ser feito e urgentemente. Mas como fazê-lo se a própria política fomenta a situação caótica em que vive a educação no Brasil? De que adianta o governo dizer que quase todas as crianças têm acesso ao ensino básico no país se por trás disto tudo o quadro é desesperador? Se de fato a "repetência" fosse levada a sério possivelmente teríamos uma visão mais realista a ser enfrentada. Por que não mostrar claramente que estas mesmas crianças estão chegando à quarta série sem saber ler na maior parte das escolas da rede pública? Seria isto uma evolução? Estamos realmente diante de novos fatos? Mas, ao que parece, procuramos escondê-los diante de cada um de nós e dizer que o país tem avançado nos últimos anos na área da educação. É hora de arregaçarmos as mangas. Valorizar o profissional que abriga, que aninha todo o processo de aprendizado- o professor - e reconhecer quando um sistema básico de vida não está caminhando bem. Montar uma ação que envolva todos os segmentos da sociedade talvez seja um início para se fazer algo pelo futuro da educação em nosso país.
Marcos Eleutherio Carvalho de Almeida - Rio de Janeiro (RJ)
Formar melhores professores, na minha opinião, seria o primeiro passo. Tendo eu mesma freqüentado um curso de licenciatura, sei da fragilidade desses cursos, da incompetência generalizada com que os alunos são "diplomados" - e vão, em seguida, preencher as vagas de magistério nos vários níveis de nossa escola. Minha professora de Didática de Inglês dizia, com todas as letras: "Você não precisa saber Inglês para dar aulas - basta estudar a lição do dia." E todos os meus colegas, que saíram da faculdade sem conhecer o básico da língua estão dando aulas de Inglês para alunos do fundamental e médio... Portanto, antes de modernizar uma escola, é preciso tornar os professores realmente competentes em suas áreas e com conhecimentos mínimos nas outras, para que o ensino verdadeiro, aquele apregoado pelos novos parâmetros de educação do país (perfeitos, na teoria...) possam ser, de fato, aplicados. Ensinar (de novo?), reciclar, treinar, atualizar nossos professores s! er! ia o primeiro e indispensável passo para a melhoria de nosso ensino. Depois, a modernização de instalações e de equipamentos.
Vania Dantas Pinto - Sete Lagoas (MG)
Não consigo dissociar a capacitação profissional do docente da modernização das escolas. Mas, por "modernização", quero que fique bem claro que não se trata daquela empreendida pela Pedagogia, uma vez que esta em nada contribui. O que significa uma "escola piagetiana"? A maioria nunca leu ou sequer entendeu Piaget. Como são encaminhadas as agressões contra professores feita por seus alunos? Não me refiro somente à agressão física, mas a agressão num sentido genérico. Como ter educação, sem resolver isto? É muito comum ouvirmos falar de questões salariais, mas e as morais? O professor da escola particular virou sinônimo de "entertainer", e a própria escola pública, uma espécie "parking para desocupados", onde as atividades dos alunos pouco ou nada têm a ver com educação. Infelizmente, em nosso país, assim como em outros, a decadência financeira é uma conseqüência (e não a causa) de uma decadência moral e institucional. Professores humilhados, outros ainda que já se condicionaram perfeitamente a este ambiente, aceitando-o e corroborando para sua perpetuação, são a norma. E, para tudo isso, há a base jurídica onde um aluno, por mais mau-caráter que seja, tem a premissa de que passará, pois basta uma ação na Jstiça. Até que a escola recorra (se fizer isto!) já é tarde demais. É isso, a educação já não existe mais.
Anselmo Heidrich - São Paulo (SP)
Precisamos de vontade política e pressão popular, modernizar o ensino e dar salários dignos aos professores. Acabar também com essa história de passe livre de ano letivo é fundamental!Victor - São Caetano (SP)
Acho que o problema da Educação está nas pessoas responsáveis pelo planejamento, programas que são implantados sem ter o mínimo conhecimento da prática, do dia-a-dia das escolas. As mudanças devem ser regionais e com participação de pessoas que tenham interesse em mudar esse quadro vergonhoso da nossa educação.
Maria de Lurdes dos Santos - Lins (SP)
Primeiramente, os políticos devem deixar de pensar que a ignorância do povo é uma coisa boa. Haja vista que desse modo é mais fácil enganar o povo. É preciso parar com a palhaçada de que ninguém mais repete em escola pública. Em resumo, precisamos de políticos decentes, que parem de desviar o dinheiro de nossas escolas. Para assim termos uma melhor infra-estrutura, e podermos pagar melhores sálarios para os nossos professores, e dessa forma acabaríamos com as greves e teríamos um ensino melhor.
Antonio Carlos - São Paulo (SP)
Estou trabalhando em um projeto que atende crianças do Ensino Fundamental da rede pública (Favela da Maré), e a situação é caótica: crianças que chegam à 4ª série e não reconhecem sequer o nome, crianças que não sabem ler nem escrever. Acho que grande parte dos professores dessas crianças deveria ser demitida pois não tem o menor interesse em mudar esse estado de coisa. São despreparados, desinteressados, não querem estudar. É claro que o salário deveria ser maior, as escolas deveriam ser mais bonitas e agradáveis e deveria haver material didático. Outro ponto crítico é a falta de um horário para que as crianças possam brincar: a famosa hora do recreio que grande parte das escolas do Munícipio do Rio retirou da grade escolar. Acho, ainda, que a Secretaria de Educação deveria acabar com esse negócio de aprovação automática que é na verdade uma grande enganação.
Georgina Martins - Rio de Janeiro (RJ)
Na minha opinião a grande maioia dos professores não está preparada para os desafios da era da globalização. Portanto, precisamos capacitá-los, bem como modificar o currículo escolar para resolver o problema da repetência e conseqüentemente o da evasão escolar. As escolas também devem ser modernizadas, pois só assim a grande maioria dos alunos pode ter acesso aos computadores e à internet.
Maria Luiza Moscato Izzoppi Marini - Castro (PR)
Para que a educação no Brasil melhore é preciso dar uma atenção maior à capacitação dos professores e garantir uma infra-estrutura adequada para as escolas. Nas zonas rurais é preciso oferecer transporte também. Programas de incentivo à leitura e às ciências são essenciais. Quanto à repetência, para diminuí-la não adianta adotar o sistema de escola plural, em que o aluno simplesmente não repete, mas sim um reforço extra para aqueles que têm maior dificuldade em algumas matérias. Afinal é desumano ter que absorver bem os conteúdos da escola em uma sala com cerca de 50 alunos e professores impacientes para resolverem as dúvidas individuais. A escola tem que se tornar mais atrativa do que a rua.
Brenda Marques Pena - Belo Horizonte (MG)
Achei interessante as idéias de James Tooley, se as adaptarmos à realidade brasileira. Talvez o Estado e a iniciativa privada em parceria conseguissem dar ensino privado como uma alternativa viável. Também acho fundamental treinar e remunerar melhor professores, pois é a capacidade de transmitir conhecimento que pode fazer a diferença no déficit educacional atual. Claro que em conjunto com programas sociais que possibilitem a volta das crianças às escolas, como a alimentaçào nas escolas, o Vale-Leite e a Bolsa-Escola, entre outros.
Denys Deutscher - Curitiba (PR)
Uma mudança de hábitos de um país inteiro não acontece da noite para o dia: leitura. Há de se criar o hábito de gostar de ler. A educação então começa em casa, com os pais oferecendo bons títulos e desligando a TV na hora das novelas. Os professores podem indicar outros bons titulos para exames e cultura geral. Conscientizar um país inteiro de que a educação começa por mudança de hábitos e dentro de casa é o grande desafio. É importante ressaltar que professores bem treinados podem indicar bons títulos, mas os pais devem incentivar o ato continuamente.
Solange Kashivaqui - Tóquio (Japão)
Em primeiro lugar, talvez sejam necessárias mais verbas para a escola pública, mas também pode ser que o uso desse dinheiro não seja bem aplicado (desvios), é só uma questao de ter mais controle. Em segundo lugar, é preciso dar capacitação para aqueles professores que realmente estão querendo mudar o que está aí e mudar a si mesmos. Para que isso ocorra, a rede pública precisaria de um plano de carreira. Em terceiro lugar, deve-se mudar esse currículo horroroso. Na verdade, acaba-se por se preocupar em demasia em dar conta do conteúdo, não levando em conta outras interferências, tal como os acontecimentos importantes que acontecem diariamente no mundo. Deve-se usar a leitura de jornais, revistas e o uso dos computadores em busca de novos conhecimentos, tudo isso integrado com as outras materias, a fim de preparar o jovem para o mundo globalizado. Tenho certeza de que, se a escola mudar seus procedimentos, dificilmente o aluno irá sair dela.
Sonia Maria Pires - São Bernardo do Campo
A educação, como estrutura, não pode ser vista em suas frações isoladamente, mas sim como um todo que precisa ter suas partes desenvolvidas adequadamente. A parte física deve oferecer os recursos necessários à aplicação de didáticas interdisciplinarmente ligadas, e estas didáticas devem ser aplicadas por professores devidamente preparados.
Sérgio Mendonça - Aracaju (SE)
Acho que em primeiro lugar é preciso aumentar o número de escolas. É um absurdo o número tão pequeno de escolas nas favelas. Aumentando o número de escolas, aumentará consideravelmente o acesso das crianças a elas. Sobre investimento nos professores, acho que o professor é ferramenta fundamental no estímulo aos estudantes. Não só em salários, mas em capacitação também. Não existe coisa mais desestimulante do que um professor sem brilho. Em terceiro lugar, acho que os cientistas educacionais têm de descobrir uma metodologia que traga a realidade das crianças para dentro da escola, trabalhar com a realidade talvez seja mais estimulante para os alunos. Claro que modernização é importante, a tecnologia faz parte do cotidiano, mas, se os estudantes não estiverem preparados e em um ambiente propício, essa modernizacao não terá o feito devido.
Izabel Oliveira - Seatlle (EUA)
O Brasil deve investir na qualidade da educação, no ensino fundamental e na concientização do povo. Assim teremos mais qualidade de vida com amor e paz no Brasil.
Paulo Amorim - São João do Meriti (RJ)
A melhoria da educação no Brasil começa com a vontade do povo, agindo como cidadão, a fiscalização das irregularidades e a vontade política dos legisladores, tanto a nível federal como estadual e municipal. Os legisladores não podem agir de acordo com suas vontades, em prol de benefícios particulares, mas sim pelas solicitações dos cidadãos, ao mesmo tempo que o cidadão não pode agir sem o apoio do Legislativo.
Erasmo - Florianópolis (SC)
1) Melhorar a formação dos professores e modernizar as escolas utilizando as tecnologias existentes. 2) O currículo escolar pode ser melhorado. Por exemplo, com a inclusão de uma terceira língua no ensino médio, e.g. espanhol, alemão, francês, russo. 3) Evasão. A evasão escolar acontece por várias razoes: trabalho infantil etc. Os problems não são homogêneos e exigem soluções diferenciadas para cada região. No Nordeste, a bolsa-escola parece ser uma solução. 4) Repetência. Nunca vamos conseguir evitar a repetência em 100%, mas podemos diminuir o fator percentual. No geral, educação no Brasil precisa de investimentos, dinheiro mesmo, ação do governo, pois idéias para melhorar o ensino existem muitas, mas todas dependem de orçamento e de um projeto de longo prazo, algo como 10 anos.
DeepBlue - Berlim (Alemanha)
Acima são sugestões de como melhorar a educação de um país, estado ou até de um município, mande a sua sugestão também. Lembre o mundo vai lê seus comentários:
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/forum/020819_educacaoforum.shtml
Estatísticas mostram que o Brasil avançou nos últimos anos na área da educação. Hoje, segundo dados do governo, quase todas as crianças têm acesso ao ensino básico no país.
No entanto, o Brasil continua tendo grandes problemas nesse setor. É grande a porcentagem de alunos que repetem de ano e que acabam tendo que abandonar os estudos porque precisam trabalhar para sobreviver.
Como é possível melhorar a educação no Brasil? É melhor investir no treinamento e capacitação de mais professores ou na modernização das escolas? O currículo escolar deve passar por alterações, para preparar as pessoas para os desafios da era da globalização? E como é possível resolver os problemas da evasão e repetência escolares?
Alguns comentários de outros sites sobre a educação: Mande o seu também.
Os políticos brasileiros descobriram há muito tempo que povo sem cultura é facilmente manipulável e, portanto, não têm interesse na solução dos problemas na educação. Tudo que se tem feito a respeito é pura demagogia. E agora, às vésperas das eleições, mais uma promessa de campanha. E pensar que o nosso maior mandatário desempenhou a função de educador quando estava no exílio (utopia tupiniquim).
Edmundo Tadeu Coppede - São Paulo (SP)
Felizmente a questão da educação no Brasil vem mostrando uma significatica melhora no que diz respeito ao analfabetismo. Mas, por outro lado, se faz urgente e necessário um investimento por parte do governo no que se refere à formação, capacitação e remuneração dos professores, bem como às melhorias das condições de trabalho dos mesmos. A evasão e a repetência escolar são frutos de um governo omisso que não tem como prioridade a educação de todo o cidadão. Nosso país somente será uma nação quando os nossos governantes se conscientizarem de que um futuro promissor está intimamente ligado a uma educação digna e de qualidade.
Luene - Londres (Grã-Bretanha)
1 - Colégios internos. 2 - Um centro nacional de preparação do material escolar, incluindo as aulas. 3 - distribuição do material escolar para os colégios, onde os/as professores(as) explicariam as matérias aos alunos por meio de aulas vindas em videocassetes ou DVD.
Manoel Wanderley - Rio de Janeiro (RJ)
O caminho é longo... Eu, como professor e mestrando em educação, sei perfeitamente disso. Tudo que se faz em termos de educação, deve-se entender que surte efeito a médio e longo prazo. Um bom começo, no entanto, passa pela capacitação dos professores atuais em termos de adaptação a novas pedagogias e uma nova visão de mundo.
Joaquim Augusto - Guarulhos (SP)
Deve ocorrer uma melhora, ao mesmo tempo, em todos os níveis. Isso quer dizer que não é possivel só pensar no ensino fundamental como foi feito. Para que se tenha um ensino fundamental de qualidade é necessária uma qualificação dos professores que irão lecionar neste ensino. Mas, para que se tenha uma melhor qualificação desses professores, eles já devem chegar com uma boa base ao ensino de terceiro grau. Para isso deve-se melhorar o ensino médio. Mas, para que se melhore o ensino médio, temos que ter melhores licenciados, e os alunos devem ter tido uma boa base no ensino fundamental. Todos os níveis de ensino são elos da corrente. Não podemos tentar melhor um elo da corrente se o outro está fraco. Se deixarmos um destes elos fracos, a corrente se arrebenta.
E. Zimmer - Brasília (DF)
Creio que é necessário, um melhor investimento na modernização das escolas e também uma maior valorização dos profissionais da área, porém existe um grande problema que é a falta de condições que muitas famílias encontram para manter os filhos nas escolas. Famílias que não têm nem o que comer não sabem nem o que significa a palavra escola. Desta forma, é necessário que haja um planejamento familiar e uma melhor distribuição de renda, aí sim haveria melhorias na educação no Brasil, pois com a barriga cheia ficaria mais fácil para os menos privilegiados pensar na palavra escola e entender o seu significado.
Jefferson Osório - Pelotas (RS)
Nunca se escreveu tanto e tão bem sobre o assunto. Há o reconhecimento de que algo precisa ser feito e urgentemente. Mas como fazê-lo se a própria política fomenta a situação caótica em que vive a educação no Brasil? De que adianta o governo dizer que quase todas as crianças têm acesso ao ensino básico no país se por trás disto tudo o quadro é desesperador? Se de fato a "repetência" fosse levada a sério possivelmente teríamos uma visão mais realista a ser enfrentada. Por que não mostrar claramente que estas mesmas crianças estão chegando à quarta série sem saber ler na maior parte das escolas da rede pública? Seria isto uma evolução? Estamos realmente diante de novos fatos? Mas, ao que parece, procuramos escondê-los diante de cada um de nós e dizer que o país tem avançado nos últimos anos na área da educação. É hora de arregaçarmos as mangas. Valorizar o profissional que abriga, que aninha todo o processo de aprendizado- o professor - e reconhecer quando um sistema básico de vida não está caminhando bem. Montar uma ação que envolva todos os segmentos da sociedade talvez seja um início para se fazer algo pelo futuro da educação em nosso país.
Marcos Eleutherio Carvalho de Almeida - Rio de Janeiro (RJ)
Formar melhores professores, na minha opinião, seria o primeiro passo. Tendo eu mesma freqüentado um curso de licenciatura, sei da fragilidade desses cursos, da incompetência generalizada com que os alunos são "diplomados" - e vão, em seguida, preencher as vagas de magistério nos vários níveis de nossa escola. Minha professora de Didática de Inglês dizia, com todas as letras: "Você não precisa saber Inglês para dar aulas - basta estudar a lição do dia." E todos os meus colegas, que saíram da faculdade sem conhecer o básico da língua estão dando aulas de Inglês para alunos do fundamental e médio... Portanto, antes de modernizar uma escola, é preciso tornar os professores realmente competentes em suas áreas e com conhecimentos mínimos nas outras, para que o ensino verdadeiro, aquele apregoado pelos novos parâmetros de educação do país (perfeitos, na teoria...) possam ser, de fato, aplicados. Ensinar (de novo?), reciclar, treinar, atualizar nossos professores s! er! ia o primeiro e indispensável passo para a melhoria de nosso ensino. Depois, a modernização de instalações e de equipamentos.
Vania Dantas Pinto - Sete Lagoas (MG)
Não consigo dissociar a capacitação profissional do docente da modernização das escolas. Mas, por "modernização", quero que fique bem claro que não se trata daquela empreendida pela Pedagogia, uma vez que esta em nada contribui. O que significa uma "escola piagetiana"? A maioria nunca leu ou sequer entendeu Piaget. Como são encaminhadas as agressões contra professores feita por seus alunos? Não me refiro somente à agressão física, mas a agressão num sentido genérico. Como ter educação, sem resolver isto? É muito comum ouvirmos falar de questões salariais, mas e as morais? O professor da escola particular virou sinônimo de "entertainer", e a própria escola pública, uma espécie "parking para desocupados", onde as atividades dos alunos pouco ou nada têm a ver com educação. Infelizmente, em nosso país, assim como em outros, a decadência financeira é uma conseqüência (e não a causa) de uma decadência moral e institucional. Professores humilhados, outros ainda que já se condicionaram perfeitamente a este ambiente, aceitando-o e corroborando para sua perpetuação, são a norma. E, para tudo isso, há a base jurídica onde um aluno, por mais mau-caráter que seja, tem a premissa de que passará, pois basta uma ação na Jstiça. Até que a escola recorra (se fizer isto!) já é tarde demais. É isso, a educação já não existe mais.
Anselmo Heidrich - São Paulo (SP)
Precisamos de vontade política e pressão popular, modernizar o ensino e dar salários dignos aos professores. Acabar também com essa história de passe livre de ano letivo é fundamental!Victor - São Caetano (SP)
Acho que o problema da Educação está nas pessoas responsáveis pelo planejamento, programas que são implantados sem ter o mínimo conhecimento da prática, do dia-a-dia das escolas. As mudanças devem ser regionais e com participação de pessoas que tenham interesse em mudar esse quadro vergonhoso da nossa educação.
Maria de Lurdes dos Santos - Lins (SP)
Primeiramente, os políticos devem deixar de pensar que a ignorância do povo é uma coisa boa. Haja vista que desse modo é mais fácil enganar o povo. É preciso parar com a palhaçada de que ninguém mais repete em escola pública. Em resumo, precisamos de políticos decentes, que parem de desviar o dinheiro de nossas escolas. Para assim termos uma melhor infra-estrutura, e podermos pagar melhores sálarios para os nossos professores, e dessa forma acabaríamos com as greves e teríamos um ensino melhor.
Antonio Carlos - São Paulo (SP)
Estou trabalhando em um projeto que atende crianças do Ensino Fundamental da rede pública (Favela da Maré), e a situação é caótica: crianças que chegam à 4ª série e não reconhecem sequer o nome, crianças que não sabem ler nem escrever. Acho que grande parte dos professores dessas crianças deveria ser demitida pois não tem o menor interesse em mudar esse estado de coisa. São despreparados, desinteressados, não querem estudar. É claro que o salário deveria ser maior, as escolas deveriam ser mais bonitas e agradáveis e deveria haver material didático. Outro ponto crítico é a falta de um horário para que as crianças possam brincar: a famosa hora do recreio que grande parte das escolas do Munícipio do Rio retirou da grade escolar. Acho, ainda, que a Secretaria de Educação deveria acabar com esse negócio de aprovação automática que é na verdade uma grande enganação.
Georgina Martins - Rio de Janeiro (RJ)
Na minha opinião a grande maioia dos professores não está preparada para os desafios da era da globalização. Portanto, precisamos capacitá-los, bem como modificar o currículo escolar para resolver o problema da repetência e conseqüentemente o da evasão escolar. As escolas também devem ser modernizadas, pois só assim a grande maioria dos alunos pode ter acesso aos computadores e à internet.
Maria Luiza Moscato Izzoppi Marini - Castro (PR)
Para que a educação no Brasil melhore é preciso dar uma atenção maior à capacitação dos professores e garantir uma infra-estrutura adequada para as escolas. Nas zonas rurais é preciso oferecer transporte também. Programas de incentivo à leitura e às ciências são essenciais. Quanto à repetência, para diminuí-la não adianta adotar o sistema de escola plural, em que o aluno simplesmente não repete, mas sim um reforço extra para aqueles que têm maior dificuldade em algumas matérias. Afinal é desumano ter que absorver bem os conteúdos da escola em uma sala com cerca de 50 alunos e professores impacientes para resolverem as dúvidas individuais. A escola tem que se tornar mais atrativa do que a rua.
Brenda Marques Pena - Belo Horizonte (MG)
Achei interessante as idéias de James Tooley, se as adaptarmos à realidade brasileira. Talvez o Estado e a iniciativa privada em parceria conseguissem dar ensino privado como uma alternativa viável. Também acho fundamental treinar e remunerar melhor professores, pois é a capacidade de transmitir conhecimento que pode fazer a diferença no déficit educacional atual. Claro que em conjunto com programas sociais que possibilitem a volta das crianças às escolas, como a alimentaçào nas escolas, o Vale-Leite e a Bolsa-Escola, entre outros.
Denys Deutscher - Curitiba (PR)
Uma mudança de hábitos de um país inteiro não acontece da noite para o dia: leitura. Há de se criar o hábito de gostar de ler. A educação então começa em casa, com os pais oferecendo bons títulos e desligando a TV na hora das novelas. Os professores podem indicar outros bons titulos para exames e cultura geral. Conscientizar um país inteiro de que a educação começa por mudança de hábitos e dentro de casa é o grande desafio. É importante ressaltar que professores bem treinados podem indicar bons títulos, mas os pais devem incentivar o ato continuamente.
Solange Kashivaqui - Tóquio (Japão)
Em primeiro lugar, talvez sejam necessárias mais verbas para a escola pública, mas também pode ser que o uso desse dinheiro não seja bem aplicado (desvios), é só uma questao de ter mais controle. Em segundo lugar, é preciso dar capacitação para aqueles professores que realmente estão querendo mudar o que está aí e mudar a si mesmos. Para que isso ocorra, a rede pública precisaria de um plano de carreira. Em terceiro lugar, deve-se mudar esse currículo horroroso. Na verdade, acaba-se por se preocupar em demasia em dar conta do conteúdo, não levando em conta outras interferências, tal como os acontecimentos importantes que acontecem diariamente no mundo. Deve-se usar a leitura de jornais, revistas e o uso dos computadores em busca de novos conhecimentos, tudo isso integrado com as outras materias, a fim de preparar o jovem para o mundo globalizado. Tenho certeza de que, se a escola mudar seus procedimentos, dificilmente o aluno irá sair dela.
Sonia Maria Pires - São Bernardo do Campo
A educação, como estrutura, não pode ser vista em suas frações isoladamente, mas sim como um todo que precisa ter suas partes desenvolvidas adequadamente. A parte física deve oferecer os recursos necessários à aplicação de didáticas interdisciplinarmente ligadas, e estas didáticas devem ser aplicadas por professores devidamente preparados.
Sérgio Mendonça - Aracaju (SE)
Acho que em primeiro lugar é preciso aumentar o número de escolas. É um absurdo o número tão pequeno de escolas nas favelas. Aumentando o número de escolas, aumentará consideravelmente o acesso das crianças a elas. Sobre investimento nos professores, acho que o professor é ferramenta fundamental no estímulo aos estudantes. Não só em salários, mas em capacitação também. Não existe coisa mais desestimulante do que um professor sem brilho. Em terceiro lugar, acho que os cientistas educacionais têm de descobrir uma metodologia que traga a realidade das crianças para dentro da escola, trabalhar com a realidade talvez seja mais estimulante para os alunos. Claro que modernização é importante, a tecnologia faz parte do cotidiano, mas, se os estudantes não estiverem preparados e em um ambiente propício, essa modernizacao não terá o feito devido.
Izabel Oliveira - Seatlle (EUA)
O Brasil deve investir na qualidade da educação, no ensino fundamental e na concientização do povo. Assim teremos mais qualidade de vida com amor e paz no Brasil.
Paulo Amorim - São João do Meriti (RJ)
A melhoria da educação no Brasil começa com a vontade do povo, agindo como cidadão, a fiscalização das irregularidades e a vontade política dos legisladores, tanto a nível federal como estadual e municipal. Os legisladores não podem agir de acordo com suas vontades, em prol de benefícios particulares, mas sim pelas solicitações dos cidadãos, ao mesmo tempo que o cidadão não pode agir sem o apoio do Legislativo.
Erasmo - Florianópolis (SC)
1) Melhorar a formação dos professores e modernizar as escolas utilizando as tecnologias existentes. 2) O currículo escolar pode ser melhorado. Por exemplo, com a inclusão de uma terceira língua no ensino médio, e.g. espanhol, alemão, francês, russo. 3) Evasão. A evasão escolar acontece por várias razoes: trabalho infantil etc. Os problems não são homogêneos e exigem soluções diferenciadas para cada região. No Nordeste, a bolsa-escola parece ser uma solução. 4) Repetência. Nunca vamos conseguir evitar a repetência em 100%, mas podemos diminuir o fator percentual. No geral, educação no Brasil precisa de investimentos, dinheiro mesmo, ação do governo, pois idéias para melhorar o ensino existem muitas, mas todas dependem de orçamento e de um projeto de longo prazo, algo como 10 anos.
DeepBlue - Berlim (Alemanha)
Acima são sugestões de como melhorar a educação de um país, estado ou até de um município, mande a sua sugestão também. Lembre o mundo vai lê seus comentários:
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/forum/020819_educacaoforum.shtml