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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Saúde anuncia liberação de R$ 300 mi para compra de repelentes para gestantes
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nesta quinta (25) no
Senado, a transferência ao Ministério de Desenvolvimento Social de R$
300 milhões para a compra de repelentes, que serão distribuídos para
gestantes atendidas pelo Bolsa Família. A estratégia tem como objetivo
reduzir o risco de casos de zika entre grávidas e, consequentemente, de
nascimento de bebês com microcefalia. Embora não haja uma afirmação
categórica de organismos internacionais de saúde, para o governo
brasileiro está certa a relação entre o aumento de casos da má-formação
com a transmissão vertical do vírus.
O anúncio foi feito durante uma
sessão realizada no Plenário do Senado Federal para discutir a
microcefalia e o zika no País. Castro se referiu ao momento pelo qual o
País passa como um dos mais difíceis da saúde pública brasileira e
mundial. "Não é à toa que a última vez que o Brasil havia declarado
emergência pública foi em 1917, com a gripe espanhola", disse o
ministro. Castro voltou a afirmar que a tarefa de se combater o mosquito
não cabe apenas ao governo federal. "O mosquito não tem filiação
partidária. A responsabilidade é de todos brasileiros e de toda
humanidade", completou. Ele ressaltou a necessidade do trabalho do poder
municipal, da sociedade civil e chegou a sugerir que pessoas
"inspecionem seus vizinhos" em busca de focos do mosquito Aedes
aegypti.
Questionado sobre os gastos com vigilância, Castro fez uma
comparação com o que foi investido na área durante os governos de
Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
De acordo com ele, entre 1995 e 2002, foram aplicados R$ 20,63 bilhões.
Durante o governo Lula, foram investidos R$ 44,1 bilhões e nos 5 anos da
presidente Dilma, R$ 53 bilhões. "Todos reconhecemos que não é
suficiente. Precisamos de mais", concluiu.
Mais uma vez, o ministro
praticamente descartou a possibilidade da incorporação da vacina contra
dengue, produzida pela Sanofi Pasteur na rede pública de saúde. Ele
observou que o imunizante, que já recebeu aval da Anvisa para
comercialização no Brasil, é caro, tem de ser aplicado em três doses e,
sobretudo, não é indicado para um público alvo considerado essencial
pelo governo: crianças e idosos. "Na vacina da dengue, as crianças
abaixo de 10 anos e os mais idosos são prioridade. E essa vacina não
presta para isso", completou. Castro apontou ainda o problema de a
vacina ter eficácia distinta, de acordo com o subtipo do vírus da
dengue.
O único ponto positivo citado pelo ministro foi a possibilidade
de a vacina reduzir o porcentual de casos graves e de internação de
pacientes. Apesar de tantas restrições, o ministro afirmou que a decisão
sobre a incorporação da vacina da dengue no SUS ainda não está tomada.
"Isso precisa de uma análise mais detalhada", completou. Não há prazo
para essa decisão ser tomada.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/estadao/noticia/118355-saude-anuncia-liberacao-de-r-300-mi-para-compra-de-repelentes-para-gestantes.html
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