segunda-feira, 11 de março de 2013

Silvio Santos desafia o tempo e a necessidade de mudanças

O cenário do programa foi levemente renovado, bem como a tintura do seu cabelo. Detalhes praticamente imperceptíveis, assim como os novos quadros apresentados, quase idênticos aos antigos. A esta altura, ninguém espera por mudanças quando Silvio Santos retorna das férias.
Para os fãs basta a sua volta. E mais uma vez ele não decepcionou. Aos 82 anos, Silvio Santos não dá o menor sinal de cansaço ou tédio de fazer tudo sempre igual. Ao contrário. Com uma energia impressionante, parece se divertir como se estivesse fazendo aquelas piadas e brincadeiras pela primeira vez. Um fenômeno.
Especulou-se que o apresentador, devoto de “Nossa Senhora das Plásticas”, teria se submetido a uma nova cirurgia estética durante as férias. Ele não confirmou nem negou, como é de seu feitio, mas disse durante o programa, enquanto examinava a foto de uma atriz: “O que uma operação plástica não faz?! Silvio Santos que o diga. Senão Silvio Santos estava parecendo uma passa. Conhece passa? Aquela que é feita de uva. Toda enrugada.”
O tempo deixou Silvio Santos mais desbocado e despreocupado. Sabe que está acima do bem e do mal e fala o que lhe passa pela cabeça, fazendo ou não sentido. A candidata no “Show de Calouros” diz que é de El Salvador. E Silvio: “Conhece o Fidel Castro?” Em outro momento, observou: “A Claudia Leitte é leite há tanto tempo que já virou coalhada”.
A certa altura do “Jogo dos Pontinhos”, Silvio quase ficou sem calças. O cinto se soltou e o apresentador ficou alguns minutos com a mão esquerda nas costas, segurando a roupa enquanto conduzia a atração (veja o vídeo abaixo). “Engordei”, explicou em meio a gargalhadas. Naturalmente, poderia ter tirado o trecho da edição final, mas sabe que vale a pena expor as suas trapalhadas.
Como já é uma tradição, no “Jogo dos Pontinhos” o apresentador fez todas as piadas de duplo sentido possíveis, rindo da própria filha, Patrícia Abravanel, e suspirando pelas beldades Helen Ganzarolli e Lívia Andrade. Qualquer outro homem de 82 anos seria chamado de “velho tarado” e “gagá”. Mas não Silvio Santos. Ele pode.
Audiência: No ar por quatro horas, entre 20h e 0h, Silvio registrou média de 9 pontos no Ibope, deixando o SBT na vice-liderança, à frente da Record (8) e atrás da Globo (21).
Leia também: Silvio Santos faz acordo com autor e volta a usar o jingle de seu programa. E no vídeo abaixo, o momento em que o apresentador segurou as calças no meio do “Jogo dos Pontinhos”.

Pobreza recua no Brasil, mas fim da miséria é questionável

A alteração, diz o governo, permitirá que 2,5 milhões de brasileiros se somem a 22 milhões de beneficiários do Bolsa Família
Foto: Guga Matos/JC Imagem

Apesar de expressivos avanços no combate à extrema pobreza, erradicar a miséria do Brasil e transformá-lo num país de classe média será mais complexo e demorado do que o discurso do governo sugere, segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

Há duas semanas, à frente de uma placa com o slogan "O fim da miséria é só um começo" – provável lema de sua campanha à reeleição –, a presidente Dilma Rousseff anunciou a ampliação das transferências de renda às famílias mais pobres que constam do Cadastro Único do governo.

Com a mudança, os mais pobres receberão repasse complementar para que a renda per capita de suas famílias alcance ao menos R$ 70 ao mês – patamar abaixo do qual são consideradas extremamente pobres pelo governo. A alteração, diz o governo, permitirá que 2,5 milhões de brasileiros se somem a 22 milhões de beneficiários do Bolsa Família que ultrapassaram a linha da pobreza extrema nos últimos dois anos.

Para que o programa seja de fato universalizado, porém, o governo estima que falte registrar 2,2 milhões de brasileiros miseráveis ainda à margem das políticas de transferência de renda, o que pretende realizar até 2014.

Especialistas em políticas antipobreza ouvidos pela BBC Brasil aprovaram a expansão do programa, mas fazem ressalvas quanto à promessa do governo de erradicar a miséria.

Para Otaviano Canuto, vice-presidente da Rede de Redução da Pobreza e Gerenciamento Econômico do Banco Mundial, o Bolsa Família – carro-chefe dos programas de transferência de renda do governo – é bastante eficiente e tem um custo relativamente baixo (0,5% do PIB nacional).

Canuto diz que o plano e outros programas de transferência de renda ajudam a explicar a melhora nos índices de pobreza e desigualdade no Brasil na última década, ainda que, somados, tenham tido peso menor do que a universalização da educação – "processo que vem de antes do governo Lula" – e a evolução do mercado de trabalho, com baixo desemprego e salários reais crescentes.

Apesar do progresso, estudiosos dizem que, mesmo que o Cadastro Único passe a cobrir todos os brasileiros que hoje vivem na pobreza, sempre haverá novas famílias que se tornarão miseráveis.

Há, ainda, questionamentos sobre o critério do governo para definir a pobreza extrema – renda familiar per capita inferior a R$ 70, baseado em conceito do Banco Mundial que define como miserável quem vive com menos de US$ 1,25 por dia.

Adotado em junho de 2011 pelo governo, quando foi lançado o plano Brasil Sem Miséria (guarda-chuva das políticas federais voltadas aos mais pobres), o valor jamais foi reajustado. Se tivesse acompanhado a inflação, hoje valeria R$ 76,58.

Em onze das 18 capitais monitoradas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), R$ 70 não garantem sequer a compra da parte de uma cesta básica destinada a uma pessoa. Em São Paulo, seriam necessários R$ 95,41 para a aquisição.

Em 2009, o então economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Neri, defendeu em artigo que a linha de miséria no país fosse de R$ 144 por pessoa. Essa linha, segundo o autor, que hoje preside o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão ligado à Presidência), atende necessidades alimentares mínimas fixadas pela Organização Mundial da Saúde.

O economista Francisco Ferreira, também do Banco Mundial, considera positivo que o Brasil tenha definido uma linha de pobreza, mas afirma que o valor deveria ser ajustado ao menos de acordo com a inflação e que está "muito baixo" para o país.

Segundo Ferreira, o Banco Mundial estabeleceu a linha de miséria em US$ 1,25 ao dia para uniformizar seus estudos, mas cada país deveria definir próprios critérios. "Não me parece adequado que o Brasil adote a mesma linha aplicável a um país como o Haiti, por exemplo."

Tiago Falcão, secretário de Superação da Pobreza Extrema do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), reconhece que mesmo que o Bolsa Família chegue a todos os brasileiros pobres sempre haverá novas famílias que cairão abaixo da linha da miséria.

"Buscamos a superação da miséria do ponto de vista estrutural, para que não existam brasileiros que não sejam atendidos por nenhuma política pública. E estamos tentando encurtar o prazo de resgate dos extremamente pobres."

Falcão diz que a linha de R$ 70 responde a compromisso internacional do governo assumido com as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), que previam a redução à metade da pobreza extrema no país até 2015. Tendo como referência a linha do Banco Mundial, diz Falcão, o governo se "propôs um desafio muito mais complexo, que é a superação da extrema pobreza".

"Era uma meta ambiciosa para o Brasil e, por outro lado, factível. Hoje consideramos que acertamos ao definir a linha de R$ 70".

O secretário diz, no entanto, que se trata de um piso de "carências básicas" que, uma vez definido, poderá ser aumentado levando em conta as disparidades regionais e o quão solidária a sociedade quer ser com os mais pobres.

Para Alexandre Barbosa, professor de história econômica do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, o governo deveria levar em conta outros critérios além da renda em sua definição de miséria. Em 2011, Barbosa coordenou um estudo do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) intitulado "O Brasil Real: a desigualdade para além dos indicadores".

O estudo, que contou com apoio da ONG britânica Christian Aid, afirma que as políticas de transferência de renda melhoraram a vida dos mais pobres, mas não alteraram a estrutura social brasileira. Barbosa é especialmente crítico à ideia de que, com a redução na pobreza, o Brasil está se tornando um país de classe média, tese defendida pela presidente.

"Considerar classe média alguém que recebe entre um e dois salários mínimos, que mora em zona urbana sem acesso a bens culturais nem moradia decente, que leva três horas para se deslocar ao trabalho? Essa é a classe trabalhadora que está sendo redefinida."

Para o professor, a transferência de renda deveria integrar um conjunto mais amplo de ações do governo com foco na redução da desigualdade. Entre as políticas que defende estão reduzir os impostos indiretos sobre os mais pobres, fortalecer cooperativas e agregar valor à produção industrial, para que os salários acompanhem os ganhos em eficiência.

Falcão, do MDS, diz que o governo já tem atacado a pobreza por vários ângulos. Segundo ele, o Cadastro Único – "uma inovação em termos de política social ainda pouco compreendida no Brasil" – revolucionou a formulação de políticas públicas para os mais pobres.

O cadastro hoje inclui 23 milhões de famílias (ou cerca de 100 milhões de pessoas, quase metade da população) e é atualizado a cada dois anos com informações sobre sua situação socioeconômica.

Segundo o secretário, o cadastro tem orientado programas federais de expansão do ensino integral, fortalecimento da agricultura familiar e qualificação profissional, que passaram a atender prioritariamente beneficiários do Bolsa Família.

Para Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, manter o Brasil numa trajetória de melhoria dos indicadores sociais não dependerá apenas de políticas voltadas aos mais pobres. Ele diz que o "modelo ultraexitoso" que permitiu a redução da pobreza na última década, baseado no aumento do consumo doméstico e da massa salarial, está próximo do limite.

De agora em diante, afirma Canuto, os avanços terão que se amparar em maiores níveis de investimentos, que reduzam o custo de produzir no Brasil. "É preciso pensar no que é necessário para que, daqui a uma geração, os benefícios de transferência condicionada de renda não sejam mais necessários. Para isso, o foco tem que ser em boa educação, acesso à saúde, emprego de qualidade, melhoria da infraestrutura e espaço para o desenvolvimento do talento empresarial."
Fonte: BBC Brasil

Seca em Inhambupe é relatada no facebook

 Seca em Inhambupe é relatada no facebook, as imagens acima foi tirada da página de Lucas  Miranda e ele falou o seguinte: "Cada dia q passa a seca vem castigando nosso Município , os animais a cada dia q passa estão morrendo... Aff... muito triste"..
 
Veja os comentários dos amigos do facebook.
 
Helia Figueiredo "verdade...so sabe o q significa é quem estar no convivio com esses pobres animais no sofrimento do dia a dia"...

Lucas Miranda "Verdade tirei essa fotos domingo na roça... Muito Sofrimento dos animais".

Helia Figueiredo "passei o FDS na roça tamb amigo...vi de perto o sofrimento...meu DEUS...só jesus viu"... 
Manuela Mota "que DEUS nos ajude".
 
No último sábado dia 09 de março, Inhambupe foi citado no diário Oficial junto com mais 213 municípios em situação de emergência.
 
Veja o que está no Diário Oficial:
 
"“Fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais, no âmbito das suas competências, para envidar esforços no intuito de apoiar as ações de resposta ao desastre, reabilitação do cenário e reconstrução”, diz o artigo 2º do Decreto nº 14.346 de 8 de março deste ano com vigência de 180 dias".
 
Vários animais estão morrendo no município de Inhambupe. 

Médica do Samu é flagrada usando dedos de silicone para registrar ponto de colegas

Uma médica foi detida em flagrante em Ferraz de Vasconcelos, no interior de São Paulo, enquanto marcava o ponto para colegas de trabalho usando dedos de silicone. O caso aconteceu neste domingo (10). Segundo o G1, a médica trabalha para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade. Levada à delegacia pela Guarda Municipal, a médica então denunciou um esquema que contava com 11 médicos, 20 enfermeiros e era organizado pelo coordenador do Samu da cidade, Jorge Cury. Seis dedos de silicone foram apreendidos com a médica detida, Thauane Nunes Ferreira, 29 anos. Thauane confessou na delegacia que fazia o registro em nomes dos outros médicos, segundo ela a mando do diretor do Samu. Ela irá responder por falsificação de documento público. O advogado dela, Celestino Gomes Antunes, disse que a cliente batia o ponto dos outros “em função do emprego, era uma condição de contratação”. Jorge Cury, coordenador do Samu, disse que ficou surpreendido com a notícia e nega envolvimento no esquema. “O secretário de Saúde me ligou e estou indo para a delegacia. Isso é um absurdo! Sou funcionário da prefeitura há 25 anos. Eu nunca soube disso. Passo no Samu todo domingo e nunca faltava funcionário. Hoje que não fui aconteceu isso’, garante. Os guardas municipais que flagraram a irregularidade ficaram de plantão no local depois de uma denúncia anônima sobre o caso. Os profissionais do Samu batem ponto na prefeitura. A Guarda Municipal, com autorização do Ministério Público, registrou em imagens o momento em que a médica usava os dedos para registrar a presença dos colegas.
(Correio da Bahia)

Fonte: http://aragaonoticias.com.br/

Veja a situação da Rua João Silva Pinto

O internauta Elton Tammy Eterno mandou esse foto hoje(11-03), reclamando de grande quantidade de lixo nessa rua próxima da Avenida Beira Rio.
Mande a sua notícia para o blog e fale o que precisa melhorar, mas é preciso que os moradores colaborem para a limpeza das ruas de Inhambupe.
Não podemos esperar apenas pelo o setor público.

Veja o que Tammy falou no facebook sobre esse lixo.

"Eu entendi o que você quis dizer mais o problema,é que é preciso um tonel da mesma forma que antes, pois retiraram da nossa rua e se colocassem nas portas das casas os animais iriam rasgar as sacolas e iria ficar uma bagunça... Olhe o carro do lixo passa somente uma vez nessa rua e muito cedo, e os moradores colocam o lixo na rua um pouco mais tarde, daí o carro do lixo só passa no outro dia e por isso o acúmulo do lixo e tambem como pode ver os urubús... Ah! E não passa aos domingos, e o resultado na segunda é esse ai!Tammy" 

Morre no Rio de Janeiro a atriz Rosita Lopes

Morreu de falência múltipla dos órgãos na noite deste sábado (9), no Rio de Janeiro, a atriz Rosita Thomaz Lopes, que interpretou Letícia, na novela "Brilhante", e Úrsula Pelegrini, em "Pátria Minha". A atriz completaria 93 anos em junho e estava em seu apartamento na companhia de dois filhos. Rosita teve uma longa carreira no teatro e começou a atuar aos 40 anos de idade. Atual na companhia Tônia-Celi-Autran, criada pelos atores Tônia Carrero, Adolfo Celi e Paulo Autran. Na televisão, seu primeiro trabalho foi em "A Morte sem Espelho", de 1963. Viveu a personagem Odete na primeira versão de "Anjo Mau", e atuou em novelas como "Marron Glacê", "Guerra dos Sexos" e "Perigosas Peruas". Seu último trabalho foi em 1999, quando interpretou Fabíola na novela "Força de um Desejo", da Globo.
(Informações da Folha)

Fonte:  http://aragaonoticias.com.br/

Dom Odilo está entre favoritos para suceder Bento 16

A missa celebrada pelo arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, de 63 anos, indicou neste domingo (10) que, para a imprensa estrangeira, ele está entre os mais cotados para suceder o papa Bento 16. Repórteres, fotógrafos e cinegrafistas italianos, espanhóis, portugueses, norte-americanos e canadenses lotaram neste domingo a Igreja de Sant'Andrea (Santo André, em português), no centro de Roma, para assistir à cerimônia. Na relação dos cardeais com chance de suceder Bento 16, há brasileiros, argentinos, colombianos, asiáticos, africanos, europeus, canadenses e norte-americanos. O nome de dom Odilo passou a ser citado com mais frequência, embora ainda ocorram menções a outros candidatos. Odilo Scherer nasceu em uma família de 13 filhos, de pais descendentes de alemães radicados no interior do Rio Grande do Sul. Desde cedo, demonstrou vocação para o sacerdócio, estudando no Seminário São José, em Toledo, no Paraná, no Seminário Menor São José, em Curitiba, e na Faculdade de Educação da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O cardeal é formado em Teologia, no Studium Theologicum da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, é mestre em Filosofia e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Dom Odilo domina vários idiomas, entre eles alemão, italiano e latim. 

Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/132892-dom-odilo-esta-entre-favoritos-para-suceder-bento-16.html

Último dia de Jornada Pedagógica em Inhambupe no dia 07-03-2013

Veja os vídeos do último dia da Jornada Pedagógica em Inhambupe, que aconteceu no dia 07 de março de 2013.

Problema da Igreja é achar linguagem que alcance o povo, diz padre italiano

Basílica de São Pedro neste sábado (2) (Foto: AFP)
 

Para Antonio Marrazzo, reformar a Cúria é adaptá-la a exigências.
Igreja Católica vive à espera de novo Papa após a renúncia de Bento XVI.

As crises enfrentadas pela Igreja Católica têm sido bastante discutidas nos últimos dias, com a renúncia do agora Papa Emérito Bento XVI e as preparações para o conclave que que começará na terça-feira (12) e que vai eleger um novo pontífice. Reforma da Cúria, vazamento de documentos, denúncias de corrupção e escândalos de pedofilia, além de outras condutas sexuais impróprias, estão entre os principais desafios para o próximo Papa.

Um padre italiano que trabalha próximo à Santa Sé, entretanto, acredita que o grande problema é outro: conseguir achar a linguagem certa para se comunicar com os fiéis sem perder o sentido da Igreja.

“O ponto crítico não é explicar para as pessoas a estrutura da Igreja como função. Isso está escrito, e quem quiser saber pode achar no site do Vaticano. O problema nosso hoje é achar uma linguagem que permita que as pessoas entendam por que Cristo é salvação, por que ele me libera como pessoa. É essa a grande crise que vivemos hoje”, disse ao G1 o padre Antonio Marrazzo, um italiano de 60 anos que trabalha como postulador da causa dos santos para a Congregação dos Redentoristas e, por isso, vive próximo do Vaticano.

Para ele, todos os problemas enfrentados pela Igreja devem ser vistos de forma mais simples – a Igreja deve servir os fiéis e estar à disposição deles, mas sem se transformar, perder o conteúdo ou sua essência. “O protagonista é Cristo, não os sacerdotes. Nós fazemos apenas a mediação. Mas para atrairmos mais pessoas, estamos nos transformando. Perde-se o conteúdo, o que é a essência, o senso do que fazemos.”

'Mundo vive momento crítico'
Padre Marrazzo lembra que não apenas a Igreja, mas o mundo todo vive um momento crítico. “Em uma história de 2 mil anos, sempre houve crises. Não vejo onde está o problema”, explica.
O protagonista é Cristo, não os sacerdotes. Nós fazemos apenas a mediação. Mas para atrairmos mais pessoas, estamos nos transformando. Perde-se o conteúdo, o que é a essência, o senso do que fazemos"
Padre Antonio Marrazzo
“São tempos muito mais complexos. Com a globalização, temos acesso a tudo. Os problemas antes eram menos complexos. Hoje temos situações que não podem ser previstas. Também temos uma grande variedade de culturas. No século passado, as culturas eram mais restritas, até geograficamente, eram mais homogêneas. Hoje, os meios de comunicação permitem que se conheça, com mais facilidade e em tempo real, o que acontece no mundo todo.”

A globalização aumenta também o impacto do papel da Igreja e das declarações dadas por suas principais figuras. “A Igreja hoje não influencia só seus fiéis, não alcança apenas o mundo católico, mas também outras religiões. E não só religiões, mas países, situações políticas”, afirma o padre italiano.

O reconhecimento da necessidade de se comunicar com uma linguagem mais inteligível aos fiéis é seguida de uma crítica aos próprios católicos, que muitas vezes veem a Igreja como uma prestadora de serviços, que deve adaptar-se às suas necessidades, e não se esforçam para se integrarem a ela.

“Para outras coisas elas [as pessoas] se movem. Se precisam viajar milhares de quilômetros para visitar um lugar nas férias, elas vão. Para as outras coisas no nível social, elas se esforçam. Com a Igreja não, precisamos estar à disposição do modo que lhes agrade mais. Deve estar disponível na necessidade das pessoas, mas quando é uma necessidade real. Quando é oportunismo, porque está cômodo a elas, é manipulação.”

Como outros religiosos, padre Marrazzo viu a renúncia de Bento XVI de maneira positiva, classificando-a como algo profético – e lembrando que o Papa não sucede a Cristo. “Não se trata de não ser capaz de continuar. Ele não podia continuar segundo o modo sobre os quais são feitas as exigências atuais. É um convite a todos nós a termos a consciência de que no momento em que não possamos mais levar adiante um papel, nós o passemos à frente. Pelo bem dos outros, porque nosso papel é de serviço”, afirmou.

“O Papa com a renúncia nos recordou que o limite de cada um de nós esta dentro de nós mesmos. Ficar velho não é uma doença. É um momento da vida.”
A globalização aumenta também o impacto do papel da Igreja e das declarações dadas por suas principais figuras
 
Reforma da Cúria
Em Roma e entre os religiosos de todo o mundo, se fala muito sobre a reforma da Cúria – muitos cardeais veriam a necessidade de se escolher um Papa com perfil de pastor, e não administrador, para evitar possíveis “carreiristas” dentro da Igreja. Para padre Marrazzo, a reforma da Cúria não se trata de mudar pessoas e sim adaptar o modo como ela trabalha.

“Se trata de achar um modo para que a Cúria se torne realmente um serviço. Tornar a estrutura mais funcional, que responda melhor às necessidades do homem contemporâneo. A Cúria é um serviço, não um discurso de poder. É preciso ajudar os bispos, e por consequência a todos os fiéis, a viver no modo mais correto e não de afastar da verdade de Cristo. Não se trata de mudar as pessoas que estão lá. Mas sim mudar o modo de servir, ajudar ainda mais os cristãos a viverem esse percurso”, afirmou.

O padre italiano lembra, ainda que todos os últimos Papas realizaram alguma mudança. “No nível pastoral, o Papa Bento XVI fez transformações – eliminando algumas comissões, juntando outras, e criou o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Todos os Papas reformaram alguma coisa. Reformar a cúria significar adaptá-la às exigências.”

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/renuncia-sucessao-papa-bento-xvi/noticia/2013/03/problema-da-igreja-e-achar-linguagem-que-alcance-o-povo-diz-padre-italiano.html

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