segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Resgate dos mineiros deve começar à meia-noite de terça-feira, diz ministro


Atualizado às 12h53.

O trabalho de resgate dos 33 mineiros isolados há mais de dois meses no Chile deve começar à meia-noite de terça-feira --entre a noite de terça (12) e a manhã de quarta(13)-- informou nesta segunda-feira o ministro de Mineração chileno, Laurence Golborne.

Em entrevista coletiva ao lado do ministro da Saúde, Jaime Mañalich, e do chefe das operações de resgate, André Sougarret, Golborne disse que todos os testes com a cápsula Fênix 1 já foram finalizados, e após a descida do dispositivo até 610 metros --dos 622 necessários para alcançar os mineiros-- foi possível determinar que não há riscos de desabamento durante a subida dos trabalhadores à superfície.

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A coletiva das três figuras principais nas operações de resgate chegou algumas horas depois de ter sido feito o anúncio de que o revestimento do túnel pelo qual os 33 mineiros chilenos devem ser resgatados foi concluído nas primeiras horas desta segunda-feira.

REVESTIMENTO

A operação consistiu em revestir o túnel que deve conduzir os mineradores até a superfície com 15 canos de aço, de seis metros cada, ou seja, os primeiros 90 metros da passagem, que tem 622 metros de profundidade e 66 centímetros de diâmetro.

Com o auxílio de helicópteros da Força Aérea chilena, as equipes de resgate ensaiaram durante a noite de domingo (10) e a madrugada desta segunda-feira as manobras de salvamento dos trabalhadores que, segundo as autoridades, deverão começar nesta quarta-feira (13).

O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, disse que já estão definidos os nomes dos quatro mineradores que serão resgatados primeiro, com base nos seguintes critérios: primeiro sairão os mais hábeis, para que possam enfrentar eventuais imprevistos, em segundo os mais debilitados e, por último, os mais fortes.

"Os primeiros quatro mineradores que vão subir já foram escolhidos e são pessoas que têm características muito especiais: maturidade psicológica, uma grande experiência e disposição", explicou Mañalich.

O ministro acrescentou que hoje, segunda-feira, junto com o ministro das Minas, Laurence Golborne, vai pedir a algum dos trabalhadores que seja voluntário para ser o primeiro a enfrentar a operação de resgate.

Também foi informado nesta segunda-feira que a perfuradora petrolífera está a ponto de chegar à galeria onde se encontram os mineradores, o que irá proporcionar uma via alternativa para o resgate caso exista alguma dificuldade com a primeira opção.

DESAFIOS DA SUBIDA

A enviada especial da Folha à Copiapó, Laura Capriglione, explica, em reportagem publicada na edição desta segunda-feira, que a saída dos mineiros à superfície deve enfrentar uma série de dificuldades.

Se os operadores do guindaste conseguirem manter a velocidade média em 1 metro por segundo (3,6 km/h), a "viagem" deve demorar 12 minutos. Parece fácil.

Mas o poço não foi escavado na vertical, como acontece em um elevador comum, e sim em um ângulo de 10º (para evitar possíveis desabamentos). Assim, será como se alguém subisse em um elevador com o poço "torto".

Para piorar, a ascensão acontecerá em condições claustrofóbicas -- a cápsula de transporte tem só 53 cm de diâmetro e o ombro do mineiro mais largo mede 51 cm.

Some-se a isso o fato de que será esta a primeira vez em que um mineiro ficará só.

"Lá, apesar de tudo, eles estão sumamente protegidos, monitorados. Será a primeira vez que estarão sozinhos. Na ascensão, podem sofrer baixas de pressão arterial, ter embolia pulmonar, náuseas, podem desmaiar", disse à Folha o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich.

A chance de um mineiro dentro da Fênix desmaiar com a cápsula enganchada em alguma saliência da rocha é o terror da operação.

É que a Fênix compõe-se de dois módulos acoplados. O primeiro tem formato de proa, para abrir caminho, e é hermeticamente fechado.

O segundo módulo, o de baixo, é onde irá o passageiro. É nela que ficam as manoplas que comandam a desacoplagem dos dois módulos e a lenta descida do módulo habitado de volta à mina. Para isso, é essencial que o passageiro esteja lúcido.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/813007-resgate-dos-mineiros-deve-comecar-a-meia-noite-de-terca-feira-diz-ministro.shtml

Círio de Nazaré reúne mais de 2 milhões de pessoas em Belém



Festa religiosa acontece todos os anos no 2º domingo de outubro.
É a maior celebração católica da região.

A multidão que este ano acompanhou o Círio de Nazaré, num trajeto de 4,6 km pelas ruas do centro de Belém (PA), chegou a 2,2 milhões de fiéis, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

As Forças Armadas e as polícias militar e civil utilizaram dez mil homens e mulheres, acrescidos de 12 mil voluntários da Cruz Vermelha, para garantir a segurança dos romeiros. O novo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, ficou impressionado com a devoção dos paraenses e também ao ver tanta gente nas ruas. "É uma demonstração de fé única, que não pode ser descrita, mas vivida", disse.


Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/10/procissao-do-cirio-de-nazare-reune-milhares-de-pessoas-em-belem.html

Em debate, Dilma foca privatização e Serra chama rival de "duas caras"


No mais duro debate travado nesta campanha presidencial, a petista Dilma Rousseff e o tucano José Serra trocaram ataques neste domingo (10) e usaram estratégias diferentes. Enquanto a ex-ministra da Casa Civil acirrou as críticas, em especial à gestão do adversário no governo de São Paulo, o ex-governador se esforçou para conciliar propostas e ataques, nos quais acusou a rival de ser incoerente.

A preferida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas, também mirou a gestão de Serra nos ministérios do Planejamento e da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. O tucano evitou criticas diretas ao mentor da candidatura de Dilma, mas retomou o tema aborto, dominante na primeira semana após a votação de primeiro turno, em 3 de outubro.

Os ataques mais duros foram trocados no primeiro bloco do debate da TV Bandeirantes. Dilma acusou a campanha do rival de promover “mentiras e calúnias” contra ela. Serra indicou que a petista busca a “vitimização” e questionou sua fé – um aspecto que promoveu mudanças no programa da ex-ministra no horário eleitoral obrigatório para atender o eleitorado religioso, que se afastava dela.

O tucano também afirmou que é atacado indevidamente por simpatizantes da petista. "São blogs com seu nome. Fazem ataque à família, amigos. É uma campanha orquestrada, que trata de ideias que não tenho", disse.

Quando a temática parecia se inclinar para temas ligados a religião e saúde –assunto que fez Serra acusar a rival de ter “duas caras”-, Dilma se concentrou nas privatizações feitas durante a gestão tucana no Palácio do Planalto. Mais tarde, o segundo colocado nas pesquisas ironizou a adversária pelo tom inédito em debates por parte dela.

"Tenho que confessar que eu estou surpreso com essa agressividade, esse treinamento da Dilma Rousseff, que esta se mostrando como é de verdade", afirmou.

Além das privatizações, a petista fez ataques nas políticas de educação e de segurança do governo Serra em São Paulo, Estado onde os dois tiveram votação próxima no primeiro turno. Dilma acusou o PSDB de ser favorável a privatizações e centrou suas perguntas e respostas nesse assunto nos segundo e terceiro blocos do encontro, que, de acordo com a Bandeirantes, teve picos de 6 pontos de audiência.

Privatizações e incoerência

Durante o segundo e terceiro blocos do primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais, Dilma e Serra trocaram acusações sobre privatização. A petista se esforçou para cravar a pecha no adversário, que viu incoerência da ex-ministra por ter elogiado a abertura do capital da Petrobras, feita no governo FHC.

A petista comparou a saúde financeira da Petrobras durante os governos FHC e Lula e sugeriu que Serra seria a favor da privatização da empresa. O tucano disse que a gestão atual aumentou a presença de capital privado no Banco do Brasil e privatizou dois bancos regionais. A petista preferiu concentrar as críticas nas posições de tucanos sobre a Petrobras e a exploração do petróleo do pré-sal.

“[A Petrobras] teve um processo de capitalização que arrecadou US$ 70 bilhões”, afirmou Dilma, sobre a recente operação conduzida pela estatal. “Vocês só conseguiram arrecadar US$ 7 bilhões”. Serra respondeu que “é só chegar a campanha eleitoral e o PT vem sempre com essa história”. Na votação de 2006, o assunto ampliou a vantagem de Lula, candidato à reeleição, sobre Geraldo Alckmin (PSDB).

“No caso de venda de empresas públicas, eles reclamam que venderam ações no governo passado, mas não falam do Banco do Brasil, que colocou [ações] em Nova York”, disse o tucano.

Dilma criticou o adversário por vender a Nossa Caixa, banco paulista que foi repassado ao governo federal. E levantou suspeitas sobre se Serra não faria o mesmo caso seja eleito presidente, ao comentar sobre programas educacionais que Serra terminou depois de assumir o governo deixado por Alckmin.

Políticas, ataques e aborto

Depois de dizer que quer uma política educacional na qual “professor não seja tratado a cassetete”, em ataque indireto ao rival, a petista questionou Serra com uma acusação. “Eu acho que a sua campanha procura me atingir por meio de calúnias, mentiras e difamações. Essas calúnias têm sido muito claras”, disse.

“Tenho visto o seu vice, Índio da Costa. A única coisa que ele faz é criar e organizar grupos, até aproveitando a fé das boas pessoas, para me atingir, em questões religiosas. Essa forma de campanha que usa o submundo é correta?”, questionou.

Serra começou com tom ameno, mas endureceu o debate aos poucos. “Me solidarizo com quem é vítima de ataques pessoais. Tenho recebido muito ataque e muita calúnia, até antes da campanha”, disse. “Mas nós somos responsáveis por aquilo que pensamos e aquilo que falamos. A população cobra programa de governo, mas cobra também conhecimento sobre os candidatos.”

Em seguida, o tucano acusou a petista de mudar de opinião sobre a legalização do aborto. O tema interessa a muitos dos eleitores que em 3 de outubro votaram na evangélica Marina Silva (PV) para a Presidência. A candidata verde somou quase 20% dos votos válidos e seu apoio é disputado pelos dois presidenciáveis.

“Na questão do aborto, você disse isso no debate da Folha, no UOL, que era a favor do aborto. Depois, disse que era contra. Isso não é estratégia de adversário”, disse. O tucano afirmou ainda que a petista “não sabe bem se acredita ou se não acredita” em Deus. “E depois vira uma devota”, disse, para depois emendar ataques a Erenice, demitida por suspeita de ilegalidades na Casa Civil.

“Seu braço direito organizou um grande esquema de corrupção. Você não tem nada a ver, é tudo alheio a você”, disse, em tom de ironia. Depois dessa resposta, Serra ouviu a adversária dizer, como fez em vários momentos do debate, que ele tem “mil caras”.

Depois disso, Dilma criticou Serra por acusar sua campanha de ter ligação com vazamentos de sigilos fiscais na Receita Federal. “A última mentira e calúnia contra mim: vocês diziam que a minha campanha tinha aberto sigilo fiscal. Hoje o juiz te denunciou e você é réu. Você se cuida, porque está dando os primeiros passos para entrar na questão da ficha limpa”, afirmou.

“Tem uma campanha contra mim. Você regulamentou o acesso ao aborto no SUS [Sistema Único de Saúde]. Eu concordo com a regulamentação. Entre prender e atender, eu fico com atender”, disse a petista.

Fonte: http://eleicoes.uol.com.br/2010/ultimas-noticias/2010/10/10/em-debate-duro-dilma-aponta-calunias-e-serra-critica-vitimizacao.jhtm

O Blog presta serviço na Barroquinha


O Blog é de todos inhambupenses que gosta desse município, coloquei na semana passada a foto de um orelhão e na mesma semana foi colocado na sua posição correta, é preciso que a população conserve os aparelhos de telefones público.

“A imprensa é livre, o que não quer dizer que é boa”, diz Franklin Martins

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, acredita ser “ideologização” as opiniões contra a proposta do governo para regulação da mídia observadas como risco à liberdade de imprensa no país. Franklin comentou que “neste governo, publica-se o que quiser. A imprensa é livre, o que não quer dizer que é boa”, segundo informações do O Estado de S. Paulo.

Em visita à Europa para conhecer experiências de regulação do setor, o ministro disse que o governo deve apresentar um ante-projeto de regras para mídia entre novembro e dezembro deste ano, sujeito à aprovação do próximo presidente eleito. Franklin afirmou que deixará seu cargo no fim do ano.

Segundo ele, a ideia do governo é que a fiscalização sobre o conteúdo da mídia seja responsabilidade de uma agência reguladora. “Tem que ter produção regional, produção independente, produção nacional, tem que ter certas regras de equilíbrio”, comentou.

O impasse sobre o projeto é “fazer as pessoas entenderem que a regulação faz bem para todo mundo”, seguindo exemplos na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Martins aponta que o desenvolvimento de novas tecnologias e a convergência de mídias necessitam regras atualizadas, que superem as normas em vigor desde 1962. Ele acredita que a regulação é importante para manter o poder de mercado da radiodifusão, com faturamento de R$ 13 bilhões em 2009 ante R$ 180 bilhões do setor de telefonia. “As empresas de radiodifusão serão atropeladas”, disse.

O ministro descartou a hipótese de um “tribunal da mídia” e afirmou ser favorável à auto-regulaçao do setor, desde que haja regras já estabelecidas. A participação de capital estrangeiro em empresas brasileiras do setor não é discutida no projeto.

Com passagem por Londres e Bruxelas, Frankiln confirmou a presença de entidades da França, Espanha, Portugal e Estados Unidos no seminário sobre meios eletrônicos agendado para os dias 09 e 10/11, em Brasília.

O ministro conta com a participação das empresas de comunicação nacionais no evento, pois estas “amadureceram” desde a recusa à Confecom, realizada em dezembro passado.

*Matéria originalmente publicada no Portal Imprensa