30 de Abril
Lei Nº 6.791 - 09/06/1980
Foi no dia 30 de abril que nasceu a fundadora do Conselho Nacional
da Mulheres, Sra. Jerônima Mesquita. Como
homenagem àquela extraordinária mulher, grande filantropa, foi
escolhido o dia de seu nascimento para se comemorar o Dia Nacional da Mulher.
Derrubaram-se tabus, obstáculos foram vencidos, a ocupação
dos espaços foi iniciada. Graças à coragem de muitas,
as mulheres conquistaram o direito ao voto, a chefia dos lares, colocação
profissional, independência financeira e liberdade sexual. Apesar de
válidas, essas aberturas ainda são uma gota num oceano de injustiças
e preconceitos.
No último século, o movimento feminista contribuiu imensamente
para a efetivação das conquistas das mulheres. Embora muito
tenha sido feito, as respostas às questões femininas são
pouco eficazes, já que os homens ainda detêm a hegemonia em diversos
setores sociais. As politicas públicas ainda devem muitos feitos à
população feminina.
Prova da necessidade de maior reconhecimento da mulher é a própria
institucionalização de uma data-homenagem; se a sociedade efetivamente
tivesse incorporado a idéia de que os dois sexos estão em pé
de igualdade, não haveria necessidade de se criar um dia para lembrá-la;
seria uma atitude inútil e redundante.
A busca incessante por um lugar ao sol está apenas começando.
As mulheres seguem às voltas com os mais variados tipos de violência:
no lar, no trabalho e na sociedade. São vítimas, na maioria
das vezes silenciosas e indefesas, de agressões físicas, sexuais
e psicológicas de todos os tipos e intensidades. E de outras tantas
formas de violência, bem mais sutis, embora não menos perversas,
como a desvalorização no mercado de trabalho (recebendo salários
sempre menores do que os homens que exercem as mesmas funções),
as dificuldades de ascensão a postos de comando (nas empresas e na
política) e a dupla jornada, entre outras tantas.
Ao contrário do que se possa pensar, não é necessária
uma "Guerra dos Sexos" para que o quadro de injustiças se
reverta. Sem destituir-se de sua feminilidade, as mulheres podem engajar-se
numa luta forte, mas não necessariamente agressiva. Provar ao mundo
que não é necessário se revestir de um invólucro
masculino para intimidar seus oponentes. A força feminina é
suave e poderosa por si só.
A história de lutas e conquistas de tantas mulheres, muitas delas
mártires de seu ideal, no decorrer de quase dois séculos, leva
a humanidade a iniciar um novo milênio diante da constatação
de que ela buscou e conquistou seu lugar. Mais que isso, assegurou seu direito
à cidadania, legitimando seu papel enquanto agente transformador.
Fonte: Planeta news
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