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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

4 SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS USADAS POR NOSSOS ANCESTRAIS

Os seres humanos sempre procuraram por maneiras de alterar seu estado mental, seja para relaxar ou simplesmente para ter sensações novas. E, muitas vezes, foi na própria natureza que eles encontraram as ferramentas para conseguir fazer isso. 

Ao longo da história, houve uma série de substâncias que já foram experimentadas por seu potencial alucinógeno. Confira a seguir quatro desses casos.

1. Cravagem

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Cravagem é o nome em português dado para ergot, que, no francês, significa “esporão”. Trata-se de uma doença causada por fungos e que acomete certas gramíneas, provocando o apodrecimento da espiga antes que chegue à maturação.

Quando consumida por humanos, a cravagem transmite uma doença chamada ergotismo, que pode ser fatal. Os sintomas incluem alucinações, delírios, espasmos musculares e convulsões.

Há indícios históricos que sugerem que, na Grécia antiga, durante os rituais de iniciação dos mistérios de Elêusis, dedicados às deusas agrícolas Deméter e Perséfone, as pessoas consumiam uma bebida contendo centeio infectado. Já na Revolução Francesa, a cravagem pode ter a ver com o episódio conhecido como Grande Medo, quando os camponeses ficaram aterrorizados pela possibilidade de que suas colheitas fossem roubadas e se revoltaram contra os seus senhores.

2. Castanheiro-do-diabo

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O castanheiro-do-diabo (também chamado de espinheiro) é uma erva daninha que chamou a atenção em 2022, quando contaminou grandes lotes de espinafre na Austrália. As pessoas que comeram o vegetal infectado descreveram depois ter tido alucinações, visão turva e cólicas abdominais.

Assim como a cravagem, o castanheiro-do-diabo possui alcaloides. Alguns deles são tóxicos e podem bloquear neurotransmissores, afetando o sistema nervoso e provocando delírios, inquietação e confusão.

No século XVI, uma unidade de soldados britânicos na Virginia teria experimentado uma grande alucinação coletiva ao compartilhar uma refeição contendo essa planta. Eles se despiram e, supostamente, começaram a se beijar. Foi a partir de então que a erva ganhou a associação com o diabo.

3. Noz-moscada

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A noz-moscada é uma especiaria comercializada e consumida em receitas pelo mundo todo, inclusive no Brasil. E ela já foi considerada uma das mais valiosas o mundo. Tanto que a Companhia Holandesa das Índias Orientais escravizou as populações das ilhas onde ela crescia, punindo com morte quem resolvesse plantá-la em outro lugar.

Ela sempre foi muito cobiçada, pois se acreditava que ela tinha poderes medicinais. Na Idade Média, achava-se que ela seria capaz de afastar a peste bubônica. Mas, além disso, a noz-moscada tem miristicina, composto que pode alterar a mente e provocar alucinações. Ainda hoje há quem tente consumi-la em grandes quantidades para obter esse efeito.

4. Sálvia

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

A sálvia é uma plantinha mexicana bastante conhecida aqui no Brasil. Só que, em sua "casa" original, ela tem caráter sagrado e é empregada no tratamento de pessoas com vícios em drogas. A crença ancestral é de que a sálvia seria capaz de curar os seres humanos de vários malefícios, caso consumida da forma correta.

O povo mazateca do sul do México costuma preparar rituais em que os pacientes entram em uma dieta rigorosa e se abstêm de sexo, álcool e alguns alimentos, antes de começar a consumir a sálvia. Supostamente, isso provocaria a limpeza do organismo. 

Recentemente, a ciência começou a comprovar que há algum fundamento nessa ideia: a sálvia é capaz de alterar o nível de dopamina no cérebro, ajudando no tratamento para sair do vício em cocaína, por exemplo, já que a pessoa passaria a se sentir "desligada" do seu corpo, diminuindo seu sofrimento.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127656-4-substancias-alucinogenas-usadas-por-nossos-ancestrais.htm

domingo, 21 de janeiro de 2024

VOCÊ SABIA QUE OS COPOS DECORADOS CONTÊM ALTOS NÍVEIS DE CÁDMIO E CHUMBO?

Praticamente todo brasileiro já teve em casa um daqueles copos enfeitados com um desenho, seja de requeijão, goiabada ou qualquer outro tipo.

E caso você ainda guarde um deles no seu armário, é bom ter cuidado, pois eles podem ser tóxicos à saúde, com altos níveis de cádmio e chumbo em sua composição. Essa informação foi divulgada pelo pesquisador Dr. Andrew Turner, da Universidade de Plymouth, do Reino Unido.

Perigo ao alcance da boca

Caso tenha algum copo decorado, é bom deixá-lo apenas como objeto decorativo. (Fonte: Helissa Grundemann/Shutterstock/Reprodução)Caso tenha algum copo decorado, é bom deixá-lo apenas como objeto decorativo. (Fonte: Helissa Grundemann/Shutterstock/Reprodução)

Durante o seu estudo, Turner realizou 197 testes em um total de 72 produtos de vidro, tanto novos quanto de segunda mão. A leva incluia modelos variados de copos, taças de cerveja e jarras.

Nos experimentos, o pesquisador identificou a presença de chumbo em 139 objetos analisados, enquanto o cádmio estava em 134. Esse material não foi encontrado apenas nas superfícies dos vidros, mas também nas bordas em que os lábios tocam. Essa área, inclusive, com uma concentração até 1000 vezes acima do nível de segurança.

Para o pesquisador, provavelmente o que acontece é que os flocos de tinta acabam se soltando durante o uso, fazendo com que tais substâncias sejam ingeridas no dia a dia. "A presença de elementos perigosos na pintura e no esmalte de vidro decorado tem implicações óbvias tanto para a saúde humana como para o meio ambiente. Por isso, foi uma verdadeira surpresa encontrar níveis tão elevados de chumbo e cádmio, tanto na parte externa do vidro como em torno da borda", comentou Turner. 

"Existem riscos genuínos para a saúde pela ingestão de tais níveis das substâncias durante um período prolongado, então este é claramente um problema que a indústria internacional de produtos de vidro precisa resolver com urgência", avaliou o pesquisador.

O problema está nas tintas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Apesar de serem bem nostálgicos e belos enfeites de decoração, o principal perigo dos objetos de vidro decorados está na composição das tintas. No caso do chumbo, ele é encontrado em praticamente todas as cores, enquanto o cádmio está mais presente no esmalte vermelho.

Um dado importante é que as concentrações de chumbo variaram entre cerca de 40 a 400.000 partes por milhão (ppm), enquanto as quantidades de cádmio variaram entre 300 a 70.000 ppm. Para comparação, o Escritório Norte-Americano de Avaliação de Riscos Ambientais à Saúde indica que os limites para a área dos lábios de vidros decorados são de 200 ppm para o chumbo e 800 ppm para o cádmio.

"Dado que alternativas mais seguras estão disponíveis para a indústria, os resultados globais deste estudo são surpreendentes e preocupantes," acrescentou o Dr. Turner.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128488-voce-sabia-que-os-copos-decorados-contem-altos-niveis-de-cadmio-e-chumbo.htm

sábado, 20 de janeiro de 2024

7 MEDOS E FOBIAS EXCLUSIVAS A CERTAS CULTURAS DO MUNDO

As fobias únicas de cada cultura oferecem um vislumbre fascinante das complexidades que influenciam o medo humano em contextos específicos. Enquanto algumas são compartilhadas globalmente, outras são tão distintas que podem parecer estranhas a olhos estrangeiros.

Embarque em uma jornada para compreender as peculiaridades que moldam sete fobias bizarras de diferentes partes do mundo.

1. Hipotermia por ventilador — Coreia do Sul

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O medo ao dormir com um ventilador elétrico na Coreia do Sul tem origens intrigantes. Nos anos 1970, surgiu uma história sem comprovação científica que sugeria que o uso prolongado de ventiladores durante o sono poderia resultar em morte por hipotermia.

Essa narrativa, alimentada por um incidente não confirmado, se enraizou na cultura sul-coreana, revelando como lendas urbanas podem moldar temores coletivos que resistem até mesmo à falta de fundamentação científica.

2. Taijin Kyofusho — Japão

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

No Japão, o Taijin Kyofusho é um transtorno que se manifesta como um medo extremo de ofender os outros com falas ou comportamentos sociais inadequados.

Esse medo reflete a importância da manutenção da harmonia e reputação social, e ilustra como a ansiedade social pode transcender as fronteiras do comum.

3. Custos de ambulância — EUA

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Nos Estados Unidos, a ansiedade em relação aos custos de uma ambulância destaca a vulnerabilidade de uma sociedade em que a falta de políticas públicas voltadas à saúde, assim como o alto valor mesmo com seguros, pode resultar em implicações financeiras significativas.

Esse medo ilustra as tensões no sistema de saúde norte-americano, evidenciando as preocupações financeiras associadas ao acesso aos cuidados de emergência.

4. Dizer "não" — México

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

No México, o receio de ser considerado rude por recusar algo de forma direta reflete uma cultura enraizada na cortesia e na importância das relações interpessoais.

Esse medo revela a valorização das conexões sociais e destaca a influência da etiqueta cultural nas interações cotidianas.

5. Número 4 em culturas asiáticas

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Ao contrário da superstição ocidental em torno do número 13, muitas culturas asiáticas, incluindo a China, evitam o número 4 devido à sua semelhança sonora com a palavra "morte".

Esse receio destaca a importância dos significados linguísticos na formação de crenças culturais e numerologia na região.

6. Cães de rua — Índia

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

O medo de cães de rua na Índia está profundamente relacionado a ataques frequentes e superstições locais.

Essa fobia destaca não apenas desafios de saúde pública relacionados a cães, mas também como crenças supersticiosas podem contribuir para a aversão cultural a animais.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128479-7-medos-e-fobias-exclusivas-a-certas-culturas-do-mundo.htm

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

O QUE É IRÍDIO, O RARO MATERIAL MAIS CARO QUE OURO?

Embora o ouro já tenha servido como a principal moeda do mundo e também tenha sido altamente requisitado entre as mais diferentes culturas no planeta, existem diversos outros recursos naturais mais preciosos do que esse metal. Desde os diamantes brilhantes até amostras de ródio, o ouro não tem valor nem próximo ao que esses materiais podem oferecer.

Um deles é o irídio, um elemento químico que possui número atômico 77 e é classificado como um metal de transição. Na temperatura ambiente, o irídio é sólido. Assim como o ouro, esse metal não é reativo e tem densidade e ponto de fusão muito altos. Inclusive, o irídio é o elemento mais resistente à corrosão da Tabela Periódica e por isso é altamente valioso.

Origem do Irídio

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Quem descobriu o irídio no mundo foi o químico inglês Smithson Tennant, ou ao menos quem ganhou a fama. Segundo historiadores, um grupo de químicos franceses composto por Collet-Descotils, Fourcroy e Vauquelin teriam encontrado o metal pela primeira vez em minérios de platina por volta de 1803.

Dada a alta densidade deste metal, a sua forma rara e pura é raramente usada. Na realidade, alguns cientistas argumentam que o irídio puro pode nem mesmo existir na natureza — um exemplo claro de sua raridade. A maioria dos minérios contendo irídio possuem apenas uma pequena porcentagem do metal em sua composição e podem ser achados na África do Sul, Alasca, Brasil, Mianmar e Rússia.

Em vez disso, é comum que esse metal seja combinado com platina para criar ligas que normalmente contêm 5 a 10% de irídio. Essas ligas são usadas em joias, pontas de canetas, metais cirúrgicos e contatos elétricos. Sendo assim, é bem provável que você já tenha entrado em contato com esse metal sem nem mesmo saber, ou que esteja olhando para ele neste exato momento.

Custo absurdo

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Um dos grandes problemas do irídio é que, por conta de sua raridade, seu valor de mercado é completamente absurdo. Por isso, sua utilização no dia a dia dos seres humanos é praticamente impossível, embora seja uma liga bastante eficiente. Para se ter noção, cada grama desse metal chega a custar US$ 160, enquanto a grama de ouro está custando aproximadamente US$ 74.

Somente na última década, o preço do irídio chegou a subir mais de 10 vezes e deverá aumentar até 100 vezes conforme novas aplicações para ele são descobertas. Por esse motivo, alguns pesquisadores têm trabalhado para encontrar outras matérias-primas a custos bem mais baixos que possam realizar o mesmo papel.

Até o momento, os cientistas relatam ter encontrado 10 ligas promissoras, todas usando metais de baixo custo, como vanádio, ferro, níquel e alumínio. Apesar de tudo, embora estejam lidando diretamente com uma indústria com vendas na casa de centenas de bilhões de dólares, o irídio ainda dá indícios de que dominará o mercado por algum tempo.

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128480-o-que-e-iridio-o-raro-material-mais-caro-que-ouro.htm

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

SEGUNDO PRIMATA MAIS RARO DO MUNDO É FLAGRADO NO VIETNÃ EM REGISTROS EXCLUSIVOS

Recentemente, pesquisadores conseguiram imagens preciosas de gibões cao-vit (Nomascus nasutus), o segundo primata mais raro do planeta, exibindo-se por uma floresta no Vietnã. Dois adultos e um filhote foram observados brincando juntos na copa das árvores antes do mais jovem desaparecer em meio às folhagens. A espécie apresenta dimorfismo sexual, onde os machos são pretos e as fêmeas apresentam pelagem marrom ou amarela.

Acredita-se que os gibões cao-vit, também conhecidos como gibões-de-crista-negra-oriental, totalizem apenas cerca de 135 indivíduos na natureza, e são classificados como criticamente ameaçados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Esses primatas foram considerados extintos até 2002, quando sua população remanescente foi redescoberta por cientistas em um pequeno pedaço de floresta na fronteira com a China.

Animais único

O nome "cao-vit" foi dado para essa espécie de gibão porque eles defendem seu território cantando, sendo uma das quatro espécies raras de gibão encontradas no Vietnã, segundo a Fauna & Flora International. Os gibões tornaram-se tão reduzidos em número por conta da perda e degradação do seu habitat, que foi atingido pelo pastoreio de gado e a destruição da floresta para a extração de lenha.

Da década de 1960 até a década de 2000, não houve avistamentos confirmados desses incríveis macacos, o que levou aos pesquisadores considerá-los extintos. Contudo, em 2002, uma pequenina população foi redescoberta por dois biólogos da Fauna & Flora em uma floresta cárstica do distrito de Trung Khanh, no nordeste do Vietnã. Até 2006, a espécie era considerada endêmica do país, quando também foi encontrada em uma pequena floresta da província de Guangxi, na China. 

Conhecidos como os "segundos primatas mais raros do mundo", os gibões cao-vit só ficam atrás de outra espécie de gibão: os gibões-de-Hanai, que contam com uma população de apenas 28 indivíduos em uma floresta tropical na Reserva Natural Nacional de Bawangling, no oeste de Hainan. "O gibão de Hainan (Nomascus hainanus) é o macaco mais raro do mundo, o primata mais raro do mundo e, quase certamente, também o mamífero mais raro do mundo", disse o pesquisador sênior da Sociedade Zoológica de Londres, Samuel Turvey, em entrevista à BBC.

Esforços de conservação

(Fonte: Nguy?n Van Tru?ng/Fauna & Flora/Reprodução)(Fonte: Nguy?n Van Tru?ng/Fauna & Flora/Reprodução)

O gibão cao-vit é classificado como separado de outros "gibões-de-crista" com base em dados moleculares relativamente recentes, coloração da pelagem e diferenças na sua comunicação vocal. Para se ter ideia, até alguns anos atrás, ele havia sido considerado coespecífico do gibão de Hainan. Contudo, o sequenciamento do gene mitocontrial do citocromo b revelou que as duas espécies possuíam algumas características marcantes, sendo caracterizados como animais distintos.

Nos últimos anos, pesquisadores têm trabalhado arduamente para aumentar lentamente a população dos cao-vits, protegendo os indivíduos restantes das ameaças e trabalhando com autoridades da China e do Vietnã para salvá-los. Em 2012, os governos de ambos os países assinaram um acordo para ajudar a conservar o habitat desse primata ameaçado. 

Fonte: https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128489-segundo-primata-mais-raro-do-mundo-e-flagrado-no-vietna-em-registros-exclusivos.htm