No 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, realizado em Santo Domingo (República Dominicana) em 25 de julho de 1992, definiu-se que este dia seria o marco internacional da luta e resistência da mulher negra.
Vários setores da sociedade têm atuado para dar visibilidade e consolidar esta data procurando combater a falta de oportunidades e de direitos, a depreciação e a diminuição da vida apresentadas pela ideologização do racismo, além da opressão de gênero vivenciada pelas mulheres negras latino-americanas e caribenhas.
O 25 de Julho tenta romper o mito da mulher universal e evidenciar as etnias, suas especificidades e desigualdades, sejam no âmbito da saúde, educação e mercado de trabalho, assim como em todos os aspectos da vida. Foi preciso destacar uma data para simbolizar quem somos e como vivemos enquanto mulher negra.
Dentre as questões que dizem respeito à população negra, tanto em relação à prédisposição genética quanto às condições sociais de exclusão impostas pelo capitalismo, temos agravos e problemas prioritários a considerar:
Mortalidade materna; transtornos comuns na infância como subnutrição, diarréias, doenças respiratórias; mortalidade infantil aguda; desnutrição (criança, gestante, idoso);
Doenças crônico-degenerativas: hipertensão e diabetes mellitus; doenças cardiovasculares;
Câncer de mama, útero, próstata e de pulmão;
Anemia falciforme; mortalidade precoce dos doentes falciformes;
Depressão, alcoolismo, estresse, etc; infecções e cirrose hepática.
Fonte: Seminário Nacional de Saúde da População Negra/2004 (Ministério da Saúde e
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial)