terça-feira, 24 de outubro de 2023

Cientistas estudam DNA da ‘mulher mais velha do mundo’ para descobrir segredo da longevidade

Parece que alguém conseguiu viver mais que a rainha Elizabeth, essa pessoa foi Maria Branyas, com 116 anos, que já presenciou duas guerras mundiais, uma guerra civil, a revolução russa, um terremoto mortal e um grande incêndio. Com a longevidade da catalã, que nasceu em 1907 e se mantém lúcida, sem problemas cardiovasculares ou neurodegenerativos, a ciência quer entender como. Para isso, pesquisadores começaram a examinar o DNA da idosa, a fim de descobrir segredos da longevidade e novas pistas para tratamento de doenças.

 

Segundo o O Globo, o estudo começou com a visita à senhora em maio, na casa onde ela vive na Catalunha e é liderado por um dos principais pesquisadores de genética do mundo: Manel Esteller, diretor do Instituto Josep Carreras de Pesquisa em Leucemia e professor de genética na Universidade de Barcelona. Ele conta que, geneticamente, Maria parece ser mais nova do que é cronologicamente.

 

“Ela tem mais de 116 anos cronologicamente. Isso é o que diz o relógio, o calendário, mas estudando seu material genético em laboratório, já vemos que é mais nova, pelo menos dez anos mais nova”, relatou Esteller ao jornal espanhol “ABC”.

 

 

No X (antigo Twitter), que mantém com a ajuda de uma das filhas, Maria se apresenta como a "super vovó catalã" e, na descrição, alega ser “velha, muito velha, mas não idiota".

 

Além de um padrão de vida, a idosa também possui genes e à “sorte” o motivo de ter vivido tanto tempo, e é corroborada por Manel Esteller. Suas poucas complicações de saúde incluem apenas problemas de audição e mobilidade.

 

“Está claro que há um componente genético, já que há vários membros de sua família com mais de 90 anos”, relatou o especialista em genética.

 

Na visita para o estudo, foram coletadas amostras de saliva, urina e sangue. Os cientistas estudarão seis bilhões de segmentos de DNA, com foco em 200 genes que se acredita estarem ligados ao envelhecimento.

 

Segundo o cientista, o objetivo é que o estudo das células de Maria dê novas pistas sobre como tratar doenças neurodegenerativas e cardiovasculares associadas à idade e ao câncer.

 

Maria Branyas já adiantou que uma das coisas que fez foi cortar “pessoas tóxicas”, evitar “excessos” e comer iogurte natural todos os dias.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31022-cientistas-estudam-dna-da-mulher-mais-velha-do-mundo-para-descobrir-segredo-da-longevidade