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quinta-feira, 12 de junho de 2025

Salvador sediará maior competição de robótica do mundo; confira data

A capital baiana será sede da RoboCup 2025, considerada a maior competição internacional de robótica e inteligência artificial. O evento acontecerá entre os dias 17 e 20 de julho, no Centro de Convenções Salvador. A edição anterior foi realizada em 2024, em Eindhoven, na Holanda.

 

A organização do evento no Brasil ficará sob responsabilidade da RoboCup Brasil em parceria com a Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e o Centro Universitário FEI, de São Bernardo do Campo, em São Paulo. 

 

Esta será a segunda vez que o país recebe a competição. A primeira foi em 2014, na cidade de João Pessoa, com a participação de mais de 400 equipes de 45 países.

 

A RoboCup 2025 reunirá pesquisadores, estudantes e profissionais das áreas de robótica e inteligência artificial em competições e desafios que envolvem o desenvolvimento de robôs autônomos. As provas simulam situações do cotidiano, como tarefas domésticas, além de jogos de futebol entre robôs, entre outras categorias.

 

 Futebol entre robôs está incluso na programação. Foto: Reprodução / RoboCup

 

A programação oficial para os competidores será de 15 a 21 de julho. O evento será aberto ao público nos dias 17, 18, 19 e 20, das 9h às 20h. A entrada é gratuita, limitada aos horários definidos para visitação.

 

Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/bnhall/noticia/8140-salvador-sediara-maior-competicao-de-robotica-do-mundo-confira-data

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Rússia e Ucrânia trocam ataques com drones


O exército russo atacou a Ucrânia com drones de ataque e mísseis na noite de segunda-feira, 9 de junho, informaram as autoridades das regiões ucranianas. De acordo com um relatório da Força Aérea Ucraniana, o ataque foi um dos mais massivos desde o início da guerra.

A Ucrânia foi bombardeada por 479 drones de ataque Shahed e imitadores de drones de vários tipos, quatro mísseis aerobalísticos Kh-47 M2 Kinzhal, dez mísseis de cruzeiro Kh-101, três mísseis de cruzeiro Kh-22, dois mísseis antirradar Kh-31P e um míssil de cruzeiro Kh-35, informou as Forças Armadas Ucranianas. Dos 499 drones e mísseis lançados contra a Ucrânia, 479 alvos foram neutralizados.

O sistema de defesa aérea (AD) estava em operação em Kiev à noite. Um prédio comercial no distrito de Darnitsky foi danificado na capital em consequência de um ataque de um drone , informou o chefe da administração militar da cidade de Kiev, Timur Tkachenko.

A Força Aérea Ucraniana também relatou o voo de drones russos nas regiões de Sumy, Chernigov, Kiev, Poltava, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Donetsk, Kirovohrad, Zhitomir e Zaporizhia. Um alerta de ataque aéreo foi declarado em toda a Ucrânia.

Polônia enviou caças para o céu

Na cidade de Rivne, uma pessoa ficou ferida em consequência de um bombardeio, disse o chefe da OVA de Rivne, Oleksandr Koval. "Uma noite muito difícil para a região de Rivne. Nossa região sofreu um poderoso ataque aéreo inimigo. De acordo com informações preliminares, um civil ficou ferido", escreveu ele no Telegram.

Em meio a bombardeios na região oeste da Ucrânia, a Força Aérea Polonesa e países aliados enviaram caças, relata a AFP.

Drones ucranianos atacaram a Chuváchia

Um ataque de drones ucranianos foi registrado na Chuváchia, Rússia, informou o chefe da república, Oleg Nikolaev. "Dois drones caíram no território da JSC VNIIR, razão pela qual foi tomada a decisão responsável de suspender temporariamente a produção para garantir a segurança dos funcionários. Outro drone caiu nos campos dos distritos municipais de Cheboksary e Krasnoarmeysky – não há ameaça à população", observou.

O Instituto Russo de Pesquisa em Engenharia de Relés (JSC VNIIR) está localizado na capital da Chuváchia, Cheboksary. A empresa também produz receptores de sinal de satélite da família Kometa/Kometa M, que auxiliam o exército russo no combate aos sistemas de guerra eletrônica ucranianos, escreveu Sergey Beskrestnov, especialista ucraniano em radiocomunicações e chefe do Centro de Tecnologia de Rádio, conhecido pelo indicativo de chamada "Flash", em 2022.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 49 UAVs ucranianos foram destruídos e interceptados sobre as regiões durante a noite: 13 UAVs foram abatidos sobre as regiões de Kursk e Nizhny Novgorod, nove sobre as regiões de Voronezh e Oryol, dois sobre Chuvashia e Bryansk, e um sobre a região de Belgorod.

O Estado-Maior Ucraniano relatou um ataque ao aeródromo russo de Savasleyka

O Estado-Maior da Ucrânia declarou que, na noite de 9 de junho, foi realizado um ataque ao aeródromo de Savasleyka, na região de Nizhny Novgorod. Segundo as Forças Armadas da Ucrânia, o aeródromo é usado para ataques em território ucraniano. Caças MiG-31K com mísseis Kinzhal decolam regularmente de lá, enfatizou o Estado-Maior.

O lado ucraniano informou que duas aeronaves foram danificadas como resultado do ataque. Segundo informações preliminares, um MiG-31 e um Su-30/34. O lado russo não comentou essa informação.

Fonte: https://www.dw.com/ru/rossia-i-ukraina-obmenalis-udarami-bespilotnikov/a-72839580

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Ucrânia destrói 41 aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones antes de negociações

Um dia antes de se reunir novamente com a Rússia para tentar negociar um cessar-fogo, a Ucrânia atacou ao menos cinco bases aéreas do país adversário neste domingo (1º). De acordo com a imprensa local, foram danificados 41 aviões de guerra em regiões tão distantes da frente quanto a Sibéria, em um dos maiores reveses de Moscou em mais de três anos de guerra.
 

A ofensiva ocorreu horas após a Rússia usar 472 drones e 7 mísseis para atacar a Ucrânia durante a noite, segundo Kiev —números que fazem desta ofensiva a maior executada pelo Kremlin desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Pelo menos 12 soldados morreram e mais de 60 ficaram feridos após um projétil atingir um campo de treinamento, segundo o Exército ucraniano.
 

Os ataques evidenciam que as cartas militares dos dois lados se intensificam apesar dos esforços de negociação para encerrar o conflito, uma promessa de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
 

A Rússia, por exemplo, vem aumentando a quantidade de drones lançados contra a Ucrânia em seus bombardeios noturnos —há duas semanas, Moscou lançou 273 dispositivos contra o país vizinho, o que na época já havia superado o então recorde de 267 artefatos russos disparados em fevereiro deste ano.
 

O ataque ucraniano deste domingo, no entanto, foi um dos mais importantes da guerra até aqui. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou ofensivas em cinco regiões, separadas e distantes entre si—Ivanovo, Riazan, Amur, Murmansk e Irkutsk. As defesas aéreas teriam repelido os ataques em todas as regiões, exceto nas últimas duas, segundo a pasta.
 

"Nas regiões de Murmansk e Irkutsk, o lançamento de drones de uma área próxima a aeródromos resultou em incêndios em várias aeronaves", informou o ministério, sem especificar o número de aviões danificados. Segundo a pasta, os incêndios foram extintos e não houve vítimas. Alguns indivíduos envolvidos nos ataques teriam sido detidos.
 

Segundo o governador de Irkutsk, uma das principais divisões administrativas da região, no leste da Rússia, este foi o primeiro ataque do tipo naquela parte da Sibéria.
 

Vídeos e fotos publicados nas redes sociais mostram bombardeiros russos em chamas na base aérea de Belaia, ao norte de Irkutsk. A Reuters não conseguiu verificar imediatamente as imagens, mas uma autoridade de inteligência ucraniana disse à agência de notícias que o órgão de segurança realizou um grande ataque com drones contra 41 aeronaves militares russas.
 

De acordo com esse funcionário, Kiev escondeu drones carregados de explosivos dentro de pequenos galpões de madeira que foram levados para perto das bases aéreas em caminhões. O teto dos galpões foi levantado por um mecanismo acionado remotamente, permitindo que os dispositivos voassem e iniciassem o ataque.
 

A operação, que recebeu o codinome "Teia de Aranha", de acordo com a autoridade de segurança ucraniana, foi necessária pela distância dos alvos, alguns a mais de 4.000 km da linha de frente ucraniana —distância fora do alcance dos drones ou mísseis balísticos que Kiev possui em seu arsenal.
 

O ataque foi supervisionado pessoalmente pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e pelo chefe da agência de inteligência doméstica, Vasil Maliuk, segundo o mesmo funcionário, que falou sob condição de anonimato. Ele disse ainda que as aeronaves atingidas incluíam bombardeiros Tu-95 e Tu-22, que a Rússia usa para disparar mísseis de longo alcance contra a Ucrânia.
 

Também houve um ataque de drones na região de Murmansk, no norte da Rússia, segundo autoridades locais. A base aérea de Olenia, que abriga aviação estratégica, está localizada nessa região.
 

Neste domingo, Zelenski disse que a operação com drones foi "absolutamente brilhante".
 

"Um resultado absolutamente brilhante. E um resultado alcançado de forma independente pela Ucrânia," escreveu Zelenski no aplicativo de mensagens Telegram, observando que a operação levou mais de um ano e meio para ser preparada.
 

"Esta é a nossa operação de maior alcance." Falando pouco depois, em seu pronunciamento em vídeo noturno, o líder ucraniano destacou que 117 drones foram utilizados no ataque às bases russas. "A Rússia sofreu perdas muito concretas, e de forma justificada," disse.
 

O Ministério da Defesa russo anunciou neste domingo a captura de mais um vilarejo na região de Sumi, no nordeste da Ucrânia, onde avança com tropas em local que pode se transformar em uma nova frente de batalha e domínio russo. Até aqui o avanço é lento, mas cresce dia a dia na área fronteiriça próxima à russa Kursk, onde há poucos meses tropas ucranianas eram repelidas pelo Exército russo.
 

Negociadores ucranianos que estarão nas conversas entre as partes, previstas para ocorrer na manhã desta segunda-feira em Istambul, apresentarão ao lado russo uma proposta de roteiro para alcançar um acordo de paz duradouro, de acordo com uma cópia do documento vista pela agência Reuters.
 

O roteiro proposto começa com um cessar-fogo completo de ao menos 30 dias, seguido pela devolução de todos os prisioneiros mantidos por cada lado da disputa e das crianças ucranianas levadas para território controlado pela Rússia. Depois, há a previsão de uma reunião entre o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski e o russo, Vladimir Putin.
 

Segundo o plano, Moscou e Kiev trabalharão para definir os termos com a participação dos Estados Unidos e da Europa. Autoridades ucranianas disseram no início desta semana que enviaram o plano ao lado russo antes do encontro.
 

Os termos ucranianos, no entanto, são em grande parte os mesmos termos anteriormente apresentados por Kiev, segundo o documento.
 

As diretrizes excluem qualquer restrição à força militar ucraniana após a assinatura de um acordo de paz, qualquer reconhecimento internacional da soberania russa sobre partes da Ucrânia tomadas pelo Kremlin e reparações a Kiev. O documento também afirma que a localização atual da frente de batalha será o ponto de partida para negociações sobre território.
 

Os termos divergem consideravelmente das exigências que a Rússia fez publicamente nas últimas semanas, o que indica que as conversas podem seguir se arrastando.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/339254-ucrania-destroi-41-avioes-de-guerra-da-russia-em-ataque-massivo-de-drones-antes-de-negociacoes

segunda-feira, 26 de maio de 2025

Bebês reborn causam debates sobre saúde mental e engajamento digital

A polêmica dos bebês reborn no Brasil levanta debates sobre saúde mental, uso indevido de benefícios públicos e questões jurídicas. Enquanto alguns adultos viralizam, ao tratarem bonecos hiper-realistas como bebês reais, apenas para engajamento no universo digital, outros revelam vínculo emocional genuíno, com impacto terapêutico para quem enfrenta diferentes diagnósticos.

No entanto, especialistas alertam: é preciso limites, já que o apego excessivo pode distorcer a realidade. Com casos chegando à Justiça e propostas legislativas em discussão, o debate em torno dos bebês reborn só cresce.

“A compreensão jurídica desse cenário não é simples. Temos um fato novo, que é o uso dos bonecos em contextos sociais e emocionais muito reais; um valor em disputa, como o afeto, a maternidade simbólica, a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, a autenticidade e a responsabilidade. Por fim, a norma jurídica, que precisa ser interpretada ou, em alguns casos, atualizada para lidar com essas situações”, explica o advogado e docente de direito do Centro Universitário UniRuy, José Vinicius de Santana, apontando que o direito brasileiro não possui normas específicas para bebês reborn.

Porém, já é possível aplicar regras dos códigos Civil e Penal, além do Direito do Consumidor, para lidar com abusos ou enganos.

“Por exemplo, se alguém simula uma situação com o reborn que mobilize serviços públicos de forma indevida, como o SUS ou uma denúncia falsa, surge a possibilidade de responsabilização, evidentemente sendo analisado cada caso, sem generalizar a situação. O afeto pelos bebês reborn deve ser analisado por várias disciplinas, mas não pode ser confundido com as obrigações e garantias que o Estado e a sociedade devem às crianças reais", explica José Vinicius de Santana.

Os primeiros bebês reborn surgiram na década de 1990, atraindo o público pelo realismo da arte. A função terapêutica dos bonecos – ainda que não comprovada cientificamente – foi surgindo aos poucos. De acordo com a psicóloga clínica Bárbara Guimarães, o apego aos bebês reborn pode estar relacionado a quadros de sofrimento emocional, como luto perinatal, infertilidade, ansiedade, depressão, quadros de demência ou isolamento social.

“Eles podem ter função terapêutica, quando utilizados com intenção clínica supervisionada, onde o boneco pode ajudar a promover regulação emocional, sensação de companhia e organização de rotinas”, explica a psicóloga, trazendo como exemplo hipotético uma mulher que perdeu um filho e o uso do bebê reborn, integrado a um plano terapêutico de aceitação e elaboração do sofrimento, pode ajudar no contato com a dor de forma gradual e segura. “Em idosos com demência, pode favorecer comportamentos de cuidado e afetividade, por exemplo”, explica Bárbara Guimarães.

Processo de criação

Esses são exemplos que traduzem a maioria dos clientes que a artista reborn Sheila Karine Carapiá de Souza teve ao longo dos últimos 13 anos, envolvida com a arte e mais de dois mil bebês reborn produzidos. Ela mesma começou a fazer os bonecos como uma espécie de terapia durante um período em que esteve gravemente doente.

“Os médicos já haviam me dito que minhas chances eram poucas e bem nessa época minha filha me pediu um bebê reborn. Não podíamos comprar, então decidi fazer um para ela. Seria meu último presente”, conta Sheila, mas o foco dela na produção do boneco se tornou uma terapia que “ajudou, junto ao tratamento médico, na minha cura”.

Sheila Reborn (como é conhecida) possui perfis variados de clientes: desde colecionadores até idosos com Alzheimer e crianças autistas.

“Eles são terapêuticos justamente por serem hiper-realistas. O nosso subconsciente reage a esses estímulos, trazendo um sentimento sutil de consolo e conforto. Por isso encaro o cenário atual com muita tristeza, pois é muita irresponsabilidade dessas pessoas. Muitos dos casos viralizados não são reais. É uma irresponsabilidade e uma forma de ridicularizar uma arte tão bonita”, desabafa.

Quem concorda plenamente com o desserviço que as atuais polêmicas têm trazido para o mundo da arte reborn é a dona de casa Maria Bernadete dos Santos, mãe de Joyce, de 28 anos, que nasceu com paralisia cerebral.

“São horríveis as coisas que têm saído na internet sobre os bebês reborn. A Sofia, a bebê reborn da minha filha, mudou nossas vidas. Joyce era muito agressiva, consigo e com todo mundo, quando me pediu a boneca demorou um tempo até que a gente conseguisse comprar, mas quando ela chegou transformou totalmente nossas vidas: Joyce ficou mais falante, mais carinhosa e cuidadosa, e isso transformou a nossa família”, conta Maria Bernadete.

Psicóloga e mãe de Pietra, de 6 anos, Andréia Gomes ressalta que os bebês reborn podem se tornar uma forma adaptada de enfrentamento em quadros de ansiedade e depressão, mas também podem ter um papel na vida de crianças sem algum diagnóstico específico.

“O contato com bonecas tem um universo de benefícios que vão desde habilidades emocionais e sociais, coordenação motora, linguagem até estímulo à criatividade. As características mais realistas dos bebês reborn enriquecem essa aprendizagem. Pietra tem a dela, a Luna, desde os 2 anos, e posso destacar o cuidado e afetividade que ela demonstrava e que mantém”, relata.

Já no caso da cabeleireira autônoma Edil Gomes de Oliveira, que possui sete bebês reborn, a relação com os bonecos é uma mistura de espírito colecionador e terapia.

“Sempre gostei de bonecas, mas não tive muitas quando criança. Quando descobri as reborn achei muito interessante e me apaixonei pela arte. Acho os bebês lindos e eles me trazem bastante conforto quando estou com dor ou triste, fico feliz mesmo. É uma arte linda, por isso acho um absurdo o que tem viralizado na mídia, um monte de gente querendo aparecer. Esses bonecos ajudam muito quem precisa”, defende.

Os benefícios do bebê reborn podem ser muitos, mas estar alerta para que esse apego não ultrapasse limites é muito necessário. “Se a pessoa idealiza o bebê reborn como um objeto perfeito de amor e cuidado, projetando nele fantasias e desejos não realizados, esse processo pode ser uma forma de fuga da realidade, especialmente contraindicado para indivíduos que enfrentam dificuldades nas vidas pessoais ou emocionais”, explica a psiquiatra e professora do curso de medicina do Instituto de Educação Médica (Idomed), Paula Colodetti.

Fonte: https://atarde.com.br/brasil/bebes-reborn-causam-debates-sobre-saude-mental-e-engajamento-digital-1328803

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Leão XIV pede libertação de jornalistas presos por “relatar a verdade”

Vaticano – O papa Leão XIV se encontrou nesta segunda-feira (12/5) com mais de seis mil jornalistas e profissionais da mídia internacional. A confraternização com a imprensa, que já se tornou uma prática comum entre os pontífices eleitos, ocorreu no Salão Paulo VI, no Vaticano.

Na ocasião, o sumo pontífice pediu a libertação de jornalistas presos por “buscar e relatar a verdade” e pediu o empenho de todos por uma “comunicação de paz”.

Em seu primeiro encontro com a imprensa, Leão XIV agradeceu o trabalho dos profissionais da comunicação que se encontram no Vaticano e que relataram o “momento de graça” vivido pela Igreja nos últimos dias, com a escolha do novo pontífice. Segundo ele, os profissionais estão na “linha de frente ao narrar os conflito e as esperanças de paz”.

Veja imagens:

Solidariedade da Igreja

Durante a fala à imprensa, Leão XIV prestou solidariedade aos jornalistas presos “por buscar e relatar a verdade”. “A Igreja reconhece nessas testemunhas a coragem daqueles que defendem o direito dos povos e apenas povos informados por fazer escolhas livres”, disse o pontífice ao pedir a libertação dos profissionais detidos pelo mundo.

“O sofrimento desses jornalistas desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, convocando todos nós a proteger a liberdade de imprensa”, disse o papa.

De acordo com o líder católico, é fundamental que os jornalistas de todo o mundo adotem uma forma de expressão para rejeitar o paradigma da guerra. “Vamos desarmar a comunicação de todo preconceito, fanatismo e ódio, vamos purificá-la. Queremos uma comunicação capaz de ouvir, de colher a voz dos mais fracos que não têm voz”, observou.

Leão XIV prosseguiu: “Vamos desarmar as palavras e contribuiremos para desarmar a Terra. Isso nos permite compartilhar uma visão diferente do mundo, de acordo com a dignidade humana. Jornalistas relatam as questões de justiça e pobreza. Peço que escolham com consciência e coragem o caminho de uma comunicação de paz”.

Preocupação com a tecnologia

Em seus discurso, Leão XIV também demonstrou preocupação com o avanço tecnológico. Porém, afirmou que a Igreja não pode parar no tempo. “Vivemos tempos difíceis, que desafiam a todos nós. Por isso, peço que não nos rendamos à mediocridade. A Igreja deve aceitar o desafio do tempo, como nos lembra Santo Agostinho: vivamos bem e os tempos serão bons, nós somos os tempos”.

“Obrigado pelo trabalho que fizeram para quebrar estereótipos da Igreja. Vocês conseguiram captar o essencial do que somos e transmitir isso por todos os meios e ao mundo inteiro”, disse ele.

Para o papa, todos têm o desafio de promover uma comunicação “capaz de nos tirar da torre de babel, de forma não sectária e com uma linguagem de amor”. “Nosso serviço, as palavras, o estilo, tudo isso é importante para a criação de uma cultura e de ambientes humanos e digitais, que se tornem espaços de diálogo e confronto. Considerando a evolução tecnológica, pensando especialmente na inteligência artificial, que exige mais responsabilidade e discernimento para orientar as ferramentas a produzir benefícios a todos”, ressaltou o pontífice.

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O papa Leão XIV e sua primeira audiência com jornalistas
Papa Leão XIV confraterniza com os jornalistas
Jornalistas de todo o mundo se reúnem com o papa Leão XIV
Papa Leão XIV saúda jornalistas
Papa Leão XIV e jornalistas

Quem é Leão XIV

O cardeal Robert Prevost, dos Estados Unidos, é o novo líder da Igreja Católica. O sucessor de Francisco tem 69 anos e é o 267º clérigo a ocupar no cargo. Ele é o primeiro pontífice norte-americano e escolheu o nome de Leão XIV.

Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, Prevost iniciou seu noviciado em 1977 na Ordem de Santo Agostinho em Saint Louis. Estudou na União Teológica Católica de Chicago, onde se formou em teologia.

Aos 27 anos, Robert Francis Prevost foi enviado pela Ordem a Roma para estudar direito canônico na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino. Recebeu a ordenação sacerdotal em 19 de junho de 1982.

Fonte: https://www.metropoles.com/mundo/papa-leao-xiv-tem-encontro-com-a-imprensa

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Nome de novo papa evoca figuras que moldaram doutrina católica

O norte-americano Robert Francis Prevost foi o décimo quarto papa a adotar o nome de “Leão” após sua eleição nesta quinta-feira (08). A tradição, que atravessou mais de 1600 anos, relembra líderes conhecidos pela justiça social, tese que também foi defendida por Santo Agostinho, a quem Leão XIV é devoto. 

 

O último pontífice com essa designação morreu há mais de 120 anos: Leão 13 (1810-1903). O antecessor de Prevost foi o italiano Gioacchino Vincenzo Raffaele Luigi Pecci, que foi responsável por iniciar a tradição doutrina social da Igreja moderna. Apesar de se distanciar do socialismo e defender o livre mercado e propriedade privada, Leão VIII também se posicionou a favor de salários justos, formação de sindicatos e boas condições de trabalho. 

 

A visão do italiano ficou marcada pela encíclica "Rerum Novarum" ("Das coisas novas"), em 1891, que defende a justiça social. Leão 13 foi também o primeiro papa da história a ser filmado. O primeiro papa nomeado Leão também ficou marcado na história. 

 

Leão, o Grande (papa de 440 a 461), teve forte presença política, tendo sido responsável por convencer o chefe bárbaro Átila a poupar a Itália de suas depredações e que ajudou a definir os dogmas ainda hoje seguidos pelos católicos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304506-nome-de-novo-papa-evoca-figuras-que-moldaram-doutrina-catolica

Novo papa tinha viagem marcada para terceira vinda ao Brasil antes do conclave

O Papa Leão XIV tinha data marcada para a sua terceira visita ao Brasil. Ele estava confirmado na Assembleia dos Bispos do Brasil, evento anual organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre os dias 30 de abril e 9 de maio, mas o evento foi cancelado em razão do falecimento do Papa Francisco. O cardeal esteve no Brasil em 2012 e 2013, como Padre Geral dos Agostinianos, em Guarulhos e Belo Horizonte.

 

A Assembleia Geral da CNBB ocorre, tradicionalmente, a partir da segunda semana da Páscoa, e na ocasião, os bispos convidados ficam em um retiro de dez dias na cidade de Aparecida (SP). Esta seria a 62ª edição da Assembleia.

 

O convite ao então cardeal Prevost para participar da Assembleia foi feito em fevereiro, durante um encontro que tinha previsão de duração de 15 minutos, mas se estendeu por uma hora. Na ocasião, foi feito o convite para Prevost realizar a meditação do retiro. As anotações do cardeal para o momento estavam feitas, e a CNBB afirmou que tentará ter acesso ao documento.

 

Além dos membros da CNBB, participam da Assembleia cardeais, arcebispos, bispos diocesanos, auxiliares e coadjutores. Os bispos eméritos, administradores diocesanos e representantes de organismos e pastorais da Igreja também são convidados.

 

O Núncio Apostólico no Brasil, o embaixador do Papa no Brasil, dom Giambattista Diquattro, afirmou que a escolha do novo Papa foi um "presente" para o Brasil e que ele tem "carinho" pelo país.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/304518-novo-papa-tinha-viagem-marcada-para-terceira-vinda-ao-brasil-antes-do-conclave