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sexta-feira, 15 de março de 2024

10 municípios baianos vão participar do estudo para avaliar sequelas do coronavírus

Durante o mês de março, o Ministério da Saúde dará seguimento na segunda fase da coleta de dados do 'Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil'. Cerca de 33.250 pessoas que tiveram Covid-19 de 133 municípios receberão visitas domiciliares.

 

Na Bahia, serão entrevistadas 2.500 pessoas, sendo 250 na capital, Salvador, e mais 250 em cada um dos seguintes municípios: Santo Antônio de Jesus, Ilhéus-Itabuna, Vitória da Conquista, Guanambi, Barreiras, Irecê, Juazeiro, Paulo Afonso e Feira de Santana. A pesquisa vai levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid (covid longa), que são as sequelas da doença.

 

“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da Covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

 

De acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. “O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.

 

Dinâmica da Epicovid 2.0

A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.

 

Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. Hallal esclarece que, diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de Covid.

 

Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Entrevistadores identificados

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.

 

Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho – por meio de suas secretarias municipais de Saúde – e participaram de reunião online com Pedro Hallal e integrantes do Ministério da Saúde. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.

 

A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

 

Primeiras fases do estudo

Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/290227-10-municipios-baianos-vao-participar-do-estudo-para-avaliar-sequelas-do-coronavirus

domingo, 3 de março de 2024

Homem internado por Covid-19 viraliza na internet após alegar que não bebe água há 50 anos, só refrigerante

Um homem internado por Covid-19, viralizou nas redes sociais após deixar aviso para equipe médica de um hospital particular na capital baiana que não bebe água há 50 anos. O idoso de 70 anos, Roberto Pedreira, alegou que bebia apenas Coca-Cola. 

 

Nas imagens divulgadas pelo afilhado do aposentado, ele alega que não toma água há pelo menos 50 anos, nem mesmo para medicações. Ao site G1, Roberto confirmou a informação. 

 

“Eu não bebo água há 50 anos. Eu não gosto de água, só Coca-Cola Zero. Todos os médicos que eu vou me recomendam água, mas eu bati de frente com o meu cardiologista e o meu endocrinologista. Até meus remédios, eu tomo com coca. Nada com água, nem uma gota”, disse.

 

Apesar de ter viralizado com o hábito incomum, o idoso foi internado apenas por causa da Covid-19, e a família diz que ele não tem problemas graves.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/289812-homem-internado-por-covid-19-viraliza-na-internet-apos-alegar-que-nao-bebe-agua-ha-50-anos-so-refrigerante

domingo, 25 de fevereiro de 2024

SUS poderá ser obrigado a divulgar na internet de lista de espera para cirurgias e outros procedimentos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) projeto de lei que determina aos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) publicarem, na internet, listas dos pacientes a serem submetidos a cirurgias e outros procedimentos, mesmo se for em hospitais conveniados. A matéria retorna ao Senado devido às mudanças aprovadas. 

 

De acordo com o texto aprovado, um substitutivo do deputado Ruy Carneiro (Podemos-PB) ao PL 10106/18, do Senado, as listas deverão ser acessíveis para gestores, profissionais de saúde e pacientes listados ou seus responsáveis legais. Por outro lado, o texto também determina que seja resguardada a privacidade dos dados dos pacientes, nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. As informações são da Agência Câmara de Notícias.  

 

Segundo o relator, deputado Ruy Carneiro, é injusto o cidadão não saber quando poderá ser operado. "Essa ação vai dar dignidade à saúde pública do Brasil. Vai acabar com o esquema fura-fila, com a intervenção política que salva um e mata dois", afirmou.

 

Carneiro acrescentou que a mudança também ajudará os gestores públicos a identificar onde estão os gargalos, as maiores filas, para agir mais rápido. Se virar lei, a nova regra entrará em vigor 90 dias após a publicação.

 

INFORMAÇÕES NA LISTA 

Segundo o projeto aprovado, as listas deverão discriminar:

A especialidade médica, no caso das cirurgias;

A modalidade dos procedimentos;

o estabelecimento onde será realizado o procedimento ou cirurgia;

O número do Cartão Nacional de Saúde do paciente ou outro documento oficial de identificação;

A data do agendamento do procedimento ou cirurgia; e

A posição ocupada pelo paciente na lista

As listas deverão ser atualizadas quinzenalmente e só poderão ser alteradas com base em critério médico fundamentado e registrado. Os pacientes afetados pela mudança deverão ser comunicados dentro de prazos adequados. Além disso, a desmarcação de procedimento deverá ser comunicada ao paciente junto com a nova data para sua realização.

 

Os estabelecimentos de saúde deverão repassar ao SUS, em tempo hábil e com a necessária frequência, as informações a serem incluídas nas listas.

 

Mensalmente, esses gestores de saúde deverão divulgar nas páginas de internet oficiais quantos pacientes estão nas filas de espera, dividida por procedimentos e especialidades. Deverá ser divulgado também o tempo médio de espera para cada uma dessas especialidades. Além disso, quando possível, esses dados serão desagregados por estabelecimento de saúde. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31352-sus-podera-ser-obrigado-a-divulgar-na-internet-de-lista-de-espera-para-cirurgias-e-outros-procedimentos

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Casos de dengue sobem mais de 300% em 2024 e Saúde diz que pico ainda está por vir

O Brasil ultrapassou a marca dos 680 mil casos de dengue, segundo mostram os dados mais recentes do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. O país registrou um total de 688.461 casos prováveis da doença nas sete primeiras semanas epidemiológicas do ano.

 

De acordo com o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o número representa aumento de 315% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Brasil teve 165.839 casos. O índice pode ser ainda maior, já que os dados podem sofrer atualizações, conforme chegam novas informações dos municípios.

 

Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro são as unidades da Federação com maior incidência da doença por 100 mil habitantes. Além dos milhares de casos, 122 pessoas perderam a vida por causa da dengue. Outros 456 óbitos estão sob investigação.

 

A situação é alarmante, já que a alta de casos acontece antes mesmo do período tradicional de pico da doença, entre março e abril. No ano passado, o país bateu os 688 mil casos apenas na 14ª semana epidemiológica, no início de abril.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31344-casos-de-dengue-sobem-mais-de-300-em-2024-e-saude-diz-que-pico-ainda-esta-por-vir

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Saiba quais os remédios contraindicados em caso de suspeita de dengue

"Estes medicamentos são contraindicados em casos de suspeita de dengue." A frase ilustra campanhas de conscientização envolvendo a doença e alerta sobre o uso de remédios muito conhecidos, comprados sem prescrição médica. A automedicação pode piorar o quadro viral e prejudicar o tratamento adequado.
 

Entre os vilões da fase inicial da dengue estão os anti-inflamatórios, como os da classe dos salicilatos, o ácido salicílico, conhecido popularmente como AAS ou aspirina. Seu uso é proibido em caso de suspeita de dengue, pois diminui a função plaquetária e pode dificultar a correta coagulação do sangue, como explica o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo.
 

"A aspirina age nas plaquetas, diminuindo sua atividade. Em um paciente com dengue, que já apresenta uma redução de plaquetas importante, este medicamento pode trazer alterações significativas na função plaquetária, não tendo seu uso indicado", diz ele.
 

Outro vilão na automedicação contra os sintomas da dengue é o ibuprofeno. Também anti-inflamatório, o remédio, usado frequentemente contra febre, pode igualmente influenciar o sistema de coagulação sanguínea. "Vai piorar e causar uma disfunção no organismo", diz o infectologista.
 

Também é necessário redobrar a atenção na administração do ibuprofeno em crianças, já que ele é muito usado em tratamentos infantis.
 

"Por seu efeito anti-inflamatório, pode dificultar a coagulação do sangue. Como a dengue aumenta as chances de sangramento, o quadro pode ficar ainda pior com o ibuprofeno", ressalta o infectopediatra Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.
 

Costa Júnior observa que, além de favorecer o aparecimento dessas manifestações hemorrágicas, o uso não prescrito de anti-inflamatórios pode impactar na acidose metabólica, que é a acidez excessiva no sangue, levando a uma piora em todo o metabolismo.
 

Nos casos graves, os sangramentos podem ser internos ou externos, expelidos pela urina ou pelas mucosas como narinas e gengivas. Podem ainda ser percebidos em cortes, que não param ou voltam a sangrar constantemente, assim como no aumento do fluxo da menstruação.
 

Como a dengue é uma doença viral, ou seja, causada por um vírus (transmitido pelo mosquito Aedes aegypti), antibióticos são medicamentos proibidos para amenizar os sintomas, já que tratam de doenças bacterianas, causadas por bactérias. Entre eles, estão amoxicilina e azitromicina, que não podem ser vendidos sem prescrição médica, mas acabam sobrando no armário de muitas famílias, elevando os perigos da automedicação.
 

Outra classe de medicamentos contraindicados em suspeita de dengue são os corticoides, também largamente utilizados pela população sem indicação médica, como prednisolona, hidrocortisona e dexametasona.
 

"Os corticoides reduzem a resposta autoimune do organismo, que é exatamente o que não queremos na fase inicial da doença. É preciso que o corpo combata o vírus e que haja uma rápida resposta do sistema imunológico. Então o corticoide não trará nenhuma ação benéfica, apenas prejuízo", explica Chebabo.
 

Ele lembra que a dengue é uma doença em que são tratados apenas seus sintomas. Sua fase mais intensa vem após o quinto dia de contaminação. "É quando ocorrem as modificações para o agravamento da doença", fala Chebabo.
 

O QUE TOMAR
A indicação na fase inicial é perceber os sintomas e buscar analgésicos, como o paracetamol (para dor), e antitérmicos, como a dipirona (para febre). Além disso, repouso e hidratação são essenciais. Tome muita água, soro caseiro e água de coco. No caso de persistirem os sintomas, procure um médico imediatamente.
 

Os principais sintomas da dengue são: febre alta, dor de cabeça, nos ossos e articulações, dor atrás dos olhos, machas pelo corpo, náusea, tontura e cansaço. Em casos mais graves podem ocorrer vômitos constantes, dificuldade de respirar, hemorragia, dor abdominal intensa, confusão mental e até perda da consciência.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/264388-saiba-quais-os-remedios-contraindicados-em-caso-de-suspeita-de-dengue

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Bahia tem 13 municípios em epidemia de dengue

A Bahia registrou 13 municípios em epidemia de dengue. O levantamento foi divulgado pelo o Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan). Outras oito cidades estão em alerta ou sob risco. Na lista de cidades em epidemia estão Bonito, Novo Horizonte, Piatã, Morro do Chapéu, Lajedão, Rodelas, Macaúbas, Jacaraci, Piripá, Encruzilhada, Cordeiros, Vitória da Conquista e Ipiaú.

 

Os municípios em alerta para epidemia são Ibicoara, Tanque Novo, Mortugaba e Brejões. Já os que estão sob risco são Adustina, Chorrochó, Belo Campo e Anagé.

 

Para reduzir a possibilidade do avanço de casos, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, se reuniu nesta quinta-feira (08) com prefeitos e gestores municipais de saúde de cerca de 70 municípios de localidades que encontram-se em atenção, seja por conta do histórico da doença, seja por ter sofrido com as fortes chuvas do início do ano.

 

Em sua exposição, Roberta Santana falou de temas como a mobilização da comunidade, a distribuição de materiais informativos e a intensificação das campanhas de conscientização. De acordo com a titular da pasta, as ações de combate ao vetor da dengue iniciadas em 2023 contribuíram para fazer com que a Bahia esteja, neste início de ano, com números menores que o mesmo período do ano passado.

 

A Secretária ainda pontuou questões abordadas pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (07) na reunião com Governadores. “A ministra abordou as medidas de prevenção, combate à transmissão e tratamento da doença. Ela destacou que é preciso que todos ajudem”, relatou Roberta Santana.

 

Na reunião ainda foi destacado que a equipe técnica da Secretaria da Saúde do Estado tem intensificado o trabalho de apoio e assistência técnica aos municípios, realizando ações como capacitação com a rede assistencial no manejo clínico de arboviroses e aquisição de repelentes para gestantes cadastradas na atenção básica dos municípios. “Tenho a percepção que estamos de mãos dados com os gestores municipais. Não temos como trabalhar de forma isolada”, afirmou Roberta Santana.

 

A ideia do encontro foi fortalecer a cooperação entre as autoridades locais e a gestão de saúde, buscando soluções conjuntas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. 

 

“É importante que possamos socializar as informações e trabalhemos de forma coletiva, para que a Bahia não entre em uma situação crítica”, afirmou a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Opinião compartilhada pelo prefeito de Ilhéus, Marão. “A ação conjunta no combate a dengue é fundamental”, afirmou.

 

A Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, que também participou da reunião, reforçou a necessidade dos municípios de promover mutirões de limpeza, eliminando focos do mosquito causador da dengue. Segundo ela, é importante também que a população esteja atenta aos possíveis criadouros dentro das residências. “Não podemos deixar acumular água em recipientes como garrafas, pneus e pratos usados para plantas. Outra medida essencial é cobrir as caixas de água”.

 

SITUAÇÃO DA DENGUE 

De acordo o Sinan, entre o mês de janeiro até 6 fevereiro de 2024 (semanas epidemiológicas 1, 2, 3, 4 e 5), a Bahia tem 4068 casos notificados de dengue. Quando comparado ao mesmo período de 2023, apresenta redução de 11,8%, em que foram notificados 4.614 casos de dengue. Não há óbito confirmado.

 

VACINAÇÃO

A vacinação contra a dengue também foi abordada no encontro. Inicialmente, o público-alvo será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Roberta Santana esclareceu que embora a vacinação seja uma grande contribuição, é uma alternativa que terá resultado a médio e longo prazo.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31316-bahia-tem-13-municipios-em-epidemia-de-dengue

sábado, 3 de fevereiro de 2024

Alagoas e PE têm mais de 400 casos de intoxicação da maré vermelha

Após o registro de mais de 200 casos de intoxicação, em Alagoas, relacionados ao fenômeno da maré vermelha, o Instituto de Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) informou que não encontrou novos pontos no litoral alagoano. Técnicos do instituto fizeram nesta sexta-feira (2) um sobrevoo em praias do litoral norte do estado, onde os casos foram registrados, é não identificaram visualmente a presença das algas que causam o fenômeno.

 

Além do voo, a equipe coletou amostras de água do mar em trechos da praia de Carro Quebrado, em Barra de Santo Antônio. O material está em análise.

 

“As equipes de Gerenciamento Costeiro e do laboratório percorreram o trecho da costa entre Maceió e Barra de Camaragibe. Neste percurso não foram identificadas manchas no mar nem outro indício que apontasse a presença de maré vermelha”, informou o IMA.

 

Pernambuco


O estado vizinho, Pernambuco, também sofreu, durante a semana, com a maré vermelha, especialmente no litoral sul, entre os municípios de Maracaípe e Tamandaré. Mais de 270 pessoas, entre banhistas e surfistas, precisaram de atendimento médico após relatarem sintomas de intoxicação.

 

Técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Pernambuco (SES) e equipes municipais de saúdere realizaram o levantamento e a análise dos prontuários dos pacientes que buscaram o hospital local, no período de 26 a 30 de janeiro.

 

"Em uma análise preliminar, do período acima citado, 278 casos suspeitos foram identificados nos prontuários do Hospital Municipal. Os casos serão analisados para confirmação ou não. O número de casos poderá ser alterado até o final da investigação", informou a SES em nota divulgada na quinta-feira (1°). “Na oportunidade, foi informado que cerca de 200 pescadores apresentaram sintomas da intoxicação durante a maré vermelha. Alguns relatos dos pescadores foram feitos durante o encontro. Eles acreditam que o "Tingui" - forma como eles conhecem o fenômeno-, foi mais forte do que em anos anteriores, visto que desde a década de 1940 episódios semelhantes ocorreram na região”, diz outro trecho da nota.

 

A secretaria orienta aos banhistas evitar proximidade com os locais afetados e também com sinais como odor e a coloração da água do mar, “que podem sinalizar possíveis novos episódios”.

 

“Não há, neste momento, a orientação para evitar a ida ao mar ou praia, bem como para evitar o consumo de moluscos (mariscos, ostras e sururu). Mas a população deve estar atenta ao odor e a coloração da água do mar que pode sinalizar possíveis novos episódios. Nessa situação, deve-se evitar a proximidade com os locais afetados”, apontou a SES.

 

Ainda de acordo com a secretaria, no momento atual do ciclo da floração dessas algas, a tendência é que haja a diminuição de casos relacionados ao fenômeno. A SES ressalta, porém, a importância da manutenção do monitoramento constante por parte dos órgãos ambientais, “uma vez que novos episódios podem ocorrer durante o verão."

 

Durante a visita, representantes da secretaria de Saúde e do município de Tamandaré estiveram presentes na Associação de Pescadores, a convite da presidente da entidade, Maria Madalena, que foi a responsável pelo sinal de alerta às autoridades estaduais de saúde.

 

O que é a maré vermelha


A maré vermelha é um fenômeno provocado pelo crescimento excessivo de algas que liberam ou não toxinas. É percebido na superfície da água pelo odor e pela formação de uma grande mancha que pode apresentar tons avermelhados, alaranjados, amarelados ou acastanhados.

 

Segundo o IMA, o fenômeno é provocado pelo aumento da temperatura, salinidade, excesso de nutrientes, entre outros fatores. Também contribui a liberação de esgoto doméstico nas praias, fazendo com que o tempo de permanência da maré vermelha na região dure entre 12h e 48h.

 

Entre os principais sintomas de intoxicação estão enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar.

 

O IMA ressaltou que mantém a recomendação para que seja evitada a recreação e o banho em trechos do mar com coloração e odor diferentes.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/288723-alagoas-e-pe-tem-mais-de-400-casos-de-intoxicacao-da-mare-vermelha

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Rótulos de medicamentos vão mostrar a presença de substâncias consideradas como doping

Uma medida publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira(12), estabeleceu que rótulos de medicamentos indiquem a presença de substâncias que têm o uso considerado como doping. A determinação entra em vigor daqui a 180 dias.

 

O Comitê Olímpico do Brasil apresenta o doping como o uso ilícito de substâncias para aumentar a performance em competições esportivas.

 

A determinação da regra após aprovação de lei pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula (PT). A proposta tem o intuito de evitar o doping acidental por parte de atletas. 

 

A matéria da proposta aponta que remédios com substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem precisarão trazer um alerta com essa informação nos rótulos, bulas e materiais publicitários. 

 

Os anabolizantes, estimulantes, hormônios e diuréticos estão entre as substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidopagem. No esporte, alguns medicamentos estão na lista de usados no dia a dia, como o isometepteno. O item está presente em alguns tipos de remédios com efeito analgésico, usados para diminuir a dor.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31231-rotulos-de-medicamentos-vao-mostrar-a-presenca-de-substancias-consideradas-como-doping

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Pesquisadores desenvolvem larvicida contra Aedes aegypti a partir de planta da mata atlântica

Cientistas do LPTN (Laboratório de Produtos Tecnológicos Naturais), da UFF (Universidade Federal Fluminense), e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), dentre outras instituições, produziram um inseticida capaz de matar a larva do mosquito Aedes aegypti a partir de um óleo essencial de uma planta nativa da mata atlântica.
 

Com os extratos da canela-sassafrás (Ocotea indecora), uma planta endêmica da área de restinga, como é conhecida a vegetação que ocorre após a faixa de areia das praias e que faz parte do bioma mata atlântica, o grupo isolou uma molécula em escala nanométrica (muito pequena) que pode ser dissolvida na água, encerrando a fase larval do inseto.
 

A dengue é uma doença causada por um vírus e transmitida a partir da picada da fêmea do mosquito. Em 2023, o Brasil apresentou um aumento de cerca de 16% dos casos de dengue, com aumento também de mortes -a OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica o país como o de maior incidência no mundo.
 

O composto é também biodegradável e não possui um acúmulo no meio ambiente, problema encontrado em inseticidas comuns no combate à dengue, como os organofosforados (como o DDT, que pode bioacumular em organismos e já foi encontrado no organismo de aves e outros vertebrados de grande porte).
 

O achado é fruto de mais de 25 anos de pesquisa no local e contou com a colaboração de pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), UFV (Universidade Federal de Viçosa) e UNIFAP (Universidade Federal do Amapá).
 

O mecanismo de ação do composto foi descrito em um artigo publicado na revista Sustainable Chemistry and Pharmacy.
 

A canela-sassafrás é encontrada na área do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, que representa a maior extensão contínua de restinga do país, um dos últimos redutos deste tipo de vegetação --ameaçada, porém, pela atividade de petróleo e gás na região.
 

A extração do óleo essencial utiliza somente partes da planta, sendo que não é necessário removê-la do ambiente para obter o produto, explica o professor e coordenador do LPTN, Francisco Machado. Segundo ele, esse seria um incentivo à preservação da mata, uma vez que o potencial biológico e químico das plantas da restinga ainda é algo a ser explorado.
 

"Com isso, nós acreditamos no conceito de 'floresta de pé', isto é, vale mais a pena preservar essa área de restinga com o potencial de obter um composto que pode ajudar na saúde de milhares de pessoas do que desmatar", disse.
 

Já o teste do nanobioinseticida em larvas do mosquito ficou a cargo do entomólogo Leandro Rocha, do Labi (Laboratório de Biologia de Insetos), também da UFF, que ajudou na análise dos efeitos do larvicida no ciclo de vida do A. aegypti.
 

Os cientistas observaram uma alta mortalidade das larvas do mosquito após a aplicação do produto. De acordo com Rocha, o inseticida age na última fase larval do inseto e tem uma alta especificidade, ou seja, só mata o mosquito, não sendo eficaz contra outras espécies testadas, como em abelhas.
 

O uso de inseticidas como forma de controlar a incidência de dengue é uma das estratégias do Ministério da Saúde para combate à doença. Porém, o órgão usa em sua maioria os inseticidas organofosforados.
 

Segundo Machado, essa pode ser uma alternativa natural, biológica e que valoriza a biodiversidade nacional. "A diferença entre o nosso produto e o disponível no mercado é que ele valoriza a biodiversidade brasileira, mais especificamente a Mata Atlântica, um dos biomas mais devastados do Brasil, e por ser um derivado de origem natural, tendo uma taxa de degradação interessante", afirmou.
 

Agora, a próxima etapa é conseguir o cultivo da planta, já que por enquanto o seu uso depende do extrativismo do parque. "Por enquanto, temos uma produção só laboratorial mesmo. Então o próximo passo seria fazer uma espécie de cultivo, com as condições controladas, e, se tivermos uma quantidade maior de material, conseguir até uma produção em escala", completa.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/259074-pesquisadores-desenvolvem-larvicida-contra-aedes-aegypti-a-partir-de-planta-da-mata-atlantica

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Reclamações contra planos de saúde têm aumento de quase 50% em 2023

Dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) apontaram, que as reclamações de usuários de planos de saúde registraram um aumento de 49,7% entre os primeiros dez meses deste ano. O número de reclamações assistenciais e não assistenciais em 2023 ultrapassou os últimos três anos em todos os meses do ano e atingiu a maior marca em agosto, com 36.799 reclamações de usuários dos planos de saúde.

 

As notificações relacionadas à assistência dos planos somaram 82,7% das reclamações registradas pela agência até outubro. Os dados da ANS possibilitam também analisar o Índice Geral de Reclamações, que cresce de acordo com a insatisfação dos usuários. Os planos de assistência médica obtiveram 55,1 queixas para cada 100 mil beneficiários. Já a proporção foi de 24,1 em 2020; de 30,2 em 2021 e de 36,8 no ano passado. 

 

Os planos odontológicos tiveram em média 1,3 reclamação para a mesma quantidade de beneficiários nos primeiros 10 meses de 2023 e proporções semelhantes nos anos anteriores.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31198-reclamacoes-contra-planos-de-saude-tem-aumento-de-quase-50-em-2023