Mostrando postagens com marcador saúde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador saúde. Mostrar todas as postagens

sábado, 20 de abril de 2024

Após quase 20 anos sem registro local, Brasil confirma caso autóctone de cólera na Bahia

Após quase 20 anos sem registros locais, o Ministério da Saúde confirmou nesta sexta (19) um caso de transmissão autóctone de cólera em Salvador (BA), o que significa que o paciente contraiu a doença na própria cidade, sem viajar a outro lugar.
 

A nota técnica assinada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente informa que exames laboratoriais identificaram a bactéria causadora da doença (Vibrio cholerae) em um homem de 60 anos que não tinha viajado para países com ocorrência de cólera e nem tido contato com outro caso suspeito ou confirmado.
 

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou ingestão de água ou alimentos contaminados.
 

De acordo com a nota, o homem apresentou desconforto abdominal e diarreia aquosa no mês passado. Duas semanas antes, ele tinha usado antibiótico para tratar outra doença.
 

Segundo o ministério, trata-se de um caso isolado, uma vez que não foram identificados outros registros após investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde de Salvador com as pessoas que tiveram contato com o paciente.
 

O período de transmissibilidade da doença é de 1 a 10 dias após a infecção. Mas, para as investigações epidemiológicas, no Brasil está padronizado o período de até 20 dias por uma margem de segurança.
 

Dessa forma, segundo o ministério, o paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril.
 

No Brasil, os últimos casos autóctones ocorreram em Pernambuco entre os anos de 2004 e 2005, com 21 e 5 casos, respectivamente. A partir de 2006, não houve mais casos autóctones, apenas importados de países como Angola (2006), Republica Dominicana (2011), Moçambique (2016) e da Índia (2018).
 

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), de janeiro a março deste ano, 31 países registraram casos ou surtos de cólera. A região africana é a mais afetada, com 18 países.
 

Diante do cenário de casos de cólera no mundo, o ministério reforça a necessidade de os profissionais de saúde estarem sensibilizados quanto à situação epidemiológica de doença, à detecção de casos, à investigação epidemiológica e às medidas de prevenção e controle.
 

Grande parte das pessoas infectadas permanece assintomática (cerca de 75%) e, daquelas que desenvolvem a doença, de 10% a 20% têm a forma severa, que, se não for tratada prontamente, pode levar a graves complicações e à morte.
 

A prevenção e controle das doenças diarreicas agudas, como a cólera, dependem de condições adequadas de saneamento básico, hábitos de higiene pessoal e manipulação segura de alimentos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/274273-apos-quase-20-anos-sem-registro-local-brasil-confirma-caso-autoctone-de-colera-na-bahia

sexta-feira, 19 de abril de 2024

Anvisa mantém a proibição de cigarros eletrônicos no Brasil

Em reunião nesta sexta-feira (19), a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) formou maioria para manter proibidos os cigarros eletrônicos no Brasil. A norma aprovada substitui a resolução estipulada em 2009, endurecendo as regras atuais.

 

A resolução aprovada pelo colegiado é mais dura que a norma vigente, pois, além de proibir a venda, propaganda e importação dos aparelhos, coíbe produção, armazenamento, distribuição e transporte dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), vapes, pods, entre outros, no país.

 

A nova regra estabelece normas mais bem definidas sobre os aparelhos e estipula que os DEF’s são todo “produto fumígeno cuja geração de emissões é feita com auxílio de um sistema alimentado por eletricidade, bateria ou outra fonte não combustível, que mimetiza o ato de fumar”.
 

 

POSICIONAMENTO DA INDÚSTRIA

Em nota enviada ao Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a empresa Philip Morris Brasil posicionou-se de forma contrária a decisão da Anvisa, ao afirmar que a decisão está em “descompasso com o crescimento descontrolado do mercado ilícito comprovadamente acessível a cerca de 4 milhões de brasileiros que utilizam diariamente um produto sem qualquer controle de qualidade”.
 

A Philip Morris Brasil ainda ressaltou que “dispositivos eletrônicos certificados, como os que utilizam a tecnologia de tabaco aquecido, já são vendidos em mais de 80 países, como toda a União Europeia, Japão, Coréia do Sul, Canadá, Nova Zelândia. Resultados divulgados por diversas agências de saúde ao redor do mundo comprovam que eles podem oferecer menos risco que o cigarro convencional”.
 

Já a BAT Brasil, em nota enviada ao Metrópoles, disse que não concorda com a decisão da Anvisa. “O resultado da Consulta Pública, encerrada em fevereiro deste ano, mostrou que a maioria dos participantes não concorda com a atual norma de proibição”, destacou.
 

O grupo também destaca que o “parecer vai na contramão da percepção da sociedade e das diversas evidências científicas internacionais que comprovam que os produtos alternativos de nicotina são fundamentais para a redução de danos à saúde de adultos fumantes”, acrescenta.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31515-anvisa-mantem-a-proibicao-de-cigarros-eletronicos-no-brasil

terça-feira, 16 de abril de 2024

Pesquisa da CNI aponta que saúde, educação, geração de emprego e segurança devem ser a prioridade do governo

Saúde, educação e geração de emprego. De acordo com a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), essas seriam, em ordem de importância, as áreas prioritárias que o governo federal deveria cuidar com maior atenção nos próximos três anos. 

 

A pesquisa, realizada pela CNI em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, com entrevistas em todos os estados do país, concluiu que, para 43% dos brasileiros, a saúde dever ser a principal preocupação do governo Lula. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. As perguntas foram abertas e cada entrevistado poderia citar até dois problemas de forma espontânea.

 

Em segundo lugar na fila de prioridades da população brasileira estaria a educação, que obteve 34% das respostas dos entrevistados. Na terceira posição como preocupação da sociedade estaria a geração de empregos, com 16% das menções, seguida da área da segurança pública, mencionada por 10% dos participantes da sondagem. 

 

Na sequência dos temas que os entrevistados consideram prioritários nas políticas públicas do governo federal está o combate à pobreza (9%); combate à corrupção (8%); controle da inflação (5%); melhorar a situação da economia (3%); ampliar os programas sociais (2%); habitação/moradia (2%); esgoto/saneamento básico (1%); infraestrutura/obras (1%); meio ambiente (1%); redução de impostos (1%). As áreas temáticas de mobilidade urbana, transporte público e turismo não receberam nenhuma menção dos entrevistados. 

 

A pesquisa revelou também que para 34% dos brasileiros, o Brasil não melhorou em nenhuma área nos últimos 12 meses. Entre as áreas que melhoraram na visão da população, a educação foi área mais lembrada, citada por 12% das pessoas, seguida pela saúde, citada por 9% dos respondentes. A geração de emprego foi a terceira área mais lembrada pelos entrevistados, com 7% do total. 

 

Quando os entrevistados foram questionados sobre as áreas que pioraram no Brasil nos últimos 12 meses, 28% disseram que foi a saúde pública. Em seguida, o setor da segurança pública foi o segundo mais mencionada como tendo apresentado piora, com 20% das menções. Em terceiro lugar, a piora na educação foi citada por 10%. Fechando as cinco áreas que mais pioraram no Brasil, a geração de emprego e o controle da inflação empataram com 9% cada. 

 

No recorte por região, a pesquisa apresentada pela CNI apresentou os seguintes resultados nas respostas dadas pelos entrevistados sobre quais áreas tiveram maior piora nos últimos 12 meses no Brasil: 

 

  • Norte/Centro-oeste, a saúde segue na primeira posição, com 21% de citações, mas o combate à corrupção aparece em segundo lugar, com 15%. Além disso, a educação não figura entre os cinco primeiros lugares na região.
  • Nordeste, a saúde também segue na primeira posição, com 31% de citações e, em segundo lugar, a segurança, com 26%. Mas, na região, a geração de emprego sobe para a terceira posição, com 13%.
  • Sul, após saúde, com 19% de assinalações, e segurança pública, com 15%, o controle da inflação desponta na terceira posição, com 12%.
  • Sudeste, a ordem das prioridades é a mesma do Brasil como um todo. Saúde foi a prioridade mais assinalada (31%) e é seguida por segurança (20%) e educação (12%).

 

Na visão da população brasileira, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria, para melhorar os serviços de saúde, a prioridade do poder público deveria ser principalmente a melhoria de hospitais e postos de saúde. Em seguida são apontadas como prioridades para o setor o combate à corrupção, a redução de filas e a contratação de médicos.

 

Já em relação à área da segurança pública, o combate ao tráfico de drogas é a prioridade na visão da população (29% de menções), seguido pelo combate à corrupção entre policiais, citada por 22%. 

 

Para melhorar a educação pública, a população se divide ao elencar as prioridades. Cinco respostas ficaram praticamente empatadas no primeiro lugar entre as mais assinaladas pelos brasileiros: aumentar os salários dos professores (19%); melhorar a segurança nas escolas e combater o uso de drogas nas escolas (18%); melhorar a segurança nas escolas (17%), melhorar a capacitação dos professores (15%) e priorizar cursos técnicos/profissionalizantes (14%).

 

Na maior parte dos recortes da população por gênero, idade, escolaridade, renda familiar, região e condição do município onde reside, a saúde pública lidera as indicações de prioridade para os próximos três anos. No entanto, em três deles a educação pública aparece na primeira posição:

 

  • Para 36% das pessoas de 16 a 24 anos, a educação pública deveria ser a prioridade para os próximos anos, enquanto a saúde pública foi apontada por 31% das pessoas dessa faixa etária;
  • 52% dos entrevistados com ensino superior apontaram a educação pública como prioridade, enquanto 47% apontaram a saúde pública; e
  • 47% dos entrevistados com renda familiar superior a cinco salários mínimos, acima de R$ 7 mil, avaliam que a educação pública deve ser a prioridade. Nesta faixa de renda, 42% mencionaram a saúde pública.

 

Na área de educação pública, a população avalia que é necessário aumentar os salários dos professores (19%); combater o uso de drogas nas escolas (18%); melhorar a segurança nas escolas (17%) e melhorar a capacitação dos professores (15%).

 

Sobre segurança pública, a solução mais assinalada pelos entrevistados foi o combate ao tráfico de drogas, com 29% do total. Em segundo lugar, o combate contra a corrupção entre policiais, com 22% das citações. Em terceiro lugar, empatam com 16%: aumentar o efetivo de policiais e evitar que pessoas que cometem crimes fiquem pouco tempo na prisão. E 15% dos que participaram do levantamento entendem que menores infratores devem ser presos.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/291265-pesquisa-da-cni-aponta-que-saude-educacao-geracao-de-emprego-e-seguranca-devem-ser-a-prioridade-do-governo

domingo, 14 de abril de 2024

Brasil registra mais de 80 mil novos casos de tuberculose em 2023, aponta boletim epidemiológico

Em 2023, o Brasil notificou 80.012 novos casos de tuberculose, resultando em uma incidência de 37 por 100 mil habitantes, comparado aos 81.604 casos novos em 2022 — 38 por 100 mil habitantes. Os números são do Boletim Epidemiológico de Tuberculose divulgado em março deste ano pelo Ministério da Saúde.

 

De acordo com o R7, um destaque do documento é o aumento no número gradual de pessoas começando o tratamento preventivo da tuberculose. Entre 2018 e 2023, 163.885 iniciaram esse esquema terapêutico. No último ano, o tratamento de 12 semanas, conhecido como 3HP, representou 52,5% do total de tratamentos preventivos, com 80,2% de sucesso.

 

Segundo Fernanda Dockhorn, coordenadora-geral de Vigilância de Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas do Ministério da Saúde, o aumento no diagnóstico pós-pandemia representa a retomada das ações para eliminar a tuberculose, possibilitando o início do tratamento e a redução da transmissão. Fernanda ressaltou a importância do diagnóstico, tratamento e prevenção para alcançar a eliminação da doença.

 

O Ministério da Saúde reservou R$ 14 milhões para apoiar projetos de pesquisa operacional voltados à vigilância, prevenção e eliminação da tuberculose. Além disso, cerca de R$ 3 milhões foram investidos em pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas, em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

 

Segundo a pasta, o Brasil é pioneiro no lançamento de uma política governamental para eliminar ou reduzir a tuberculose e outras 13 doenças e infecções que afetam populações vulneráveis. O programa Brasil Saudável é resultado do trabalho do Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Determinadas Socialmente, criado em abril de 2023.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31491-brasil-registra-mais-de-80-mil-novos-casos-de-tuberculose-em-2023-aponta-boletim-epidemiologico

sábado, 6 de abril de 2024

Governador sanciona lei que torna laudos para autismo e Síndrome de Down permanentes

O governador Jerônimo Rodrigues sancionou, neste sábado (06), uma nova legislação estadual que torna permanentes os laudos para autismo e Síndrome de Down. Até então, as famílias sofriam com a exigência de renovar os laudos médicos constantemente, em muitos casos, a cada três meses, para terem acesso a terapias e benefícios diversos, a exemplo da gratuidade no transporte público. 

 

A lei, de autoria do deputado estadual Vitor Azevedo (PL), aprovada em dezembro de 2023 pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), entra em vigor ainda neste sábado (06).

 

"A nova legislação busca diminuir a sobrecarga desnecessária sobre os familiares e responsáveis pelos cuidados de indivíduos no espectro autista e com Síndrome de Down, no que consiste a renovação periódica do laudo médico, uma vez feito o diagnóstico da condição. O processo de avaliação é cansativo, caro e costuma gerar elevada ansiedade nos autistas e pessoas com Síndrome de Down”, explicou Vitor Azevedo. 

 

A assistente social Márcia Thais Melo, de 47 anos, conhece bem as dificuldades impostas pela exigência da renovação do laudo do filho Téo Almeida, de apenas 5 anos e que tem o espectro autista. “Os planos de saúde criam barreiras para os tratamentos terapêuticos e exigem a renovação do laudo a cada três meses para realizarem os atendimentos. Já entrei na Justiça diversas vezes. Sofremos muito com isso, de modo que essa nova lei é um avanço”, afirma. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/290955-governador-sanciona-lei-que-torna-laudos-para-autismo-e-sindrome-de-down-permanentes

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Influenza e Vírus sincicial respiratório registram aumento de casos no Brasil

O Brasil registrou um aumento no predomínio de casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenza nas últimas semanas. O crescimento foi de 35% de VSR e 21% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). No entanto, houve também uma queda na relevância do vírus da covid-19, com 27% dos casos de SRAG. 

 

“Nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, já vemos um aumento na circulação do vírus influenza entre todos os vírus que estão circulando nas últimas semanas”, disse o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti, em entrevista coletiva nesta terça-feira (2).

 

Já no número de óbitos por SRAG, o predomínio nas últimas semanas continua sendo por covid-19 (73%), seguido de influenza (18%) e VSR (7%). Desde o início do ano, foram notificados 8.489 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave com hospitalização. Destes, 51% foram em decorrência da covid-19, 18% por VSR e 13% por influenza.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31452-influenza-e-virus-sincicial-respiratorio-registram-aumento-de-casos-no-brasil

terça-feira, 26 de março de 2024

Governo do Estado entrega ambulâncias e equipamentos de saúde para mais de 180 municípios da Bahia

O Governo do Estado entregou, na manhã desta segunda-feira (25), 23 novas ambulâncias. O também marca a entrega de 402 entre kits com aparelhos de saúde. No total, foram aplicados mais de R$ 28,9 milhões para fortalecer a assistência básica em saúde prestada pelas prefeituras de mais de 180 municípios baianos. O ato de entrega acontece Parque de Exposições de Salvador, na presença de diversas autoridades.

 

“A saúde, o tratamento, não começam na última instância de uma situação, por mais grave que seja. Ela passa pelas mãos das secretarias municipais de saúde. É fundamental que a gente possa construir esse sistema de saúde bem fortalecido”, destacou o governador, ao reforçar a importância de investir em saúde dos municípios e, em seguida, afirmar que novas entregas serão feitas.

 

O investimento total para o reforço da frota de ambulâncias de quase R$ 6,2 milhões. A capital recebe dois novos veículos modelo Toyota Hillux, além de cidades como Abaré, Nilo Peçanha, Sento Sé, Elísio Medrado e Igrapiúna. Já os aparelhos de saúde somam mais de R$ 22,7 milhões.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/290538-governo-do-estado-entrega-ambulancias-e-equipamentos-de-saude-para-mais-de-180-municipios-da-bahia

sexta-feira, 15 de março de 2024

10 municípios baianos vão participar do estudo para avaliar sequelas do coronavírus

Durante o mês de março, o Ministério da Saúde dará seguimento na segunda fase da coleta de dados do 'Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil'. Cerca de 33.250 pessoas que tiveram Covid-19 de 133 municípios receberão visitas domiciliares.

 

Na Bahia, serão entrevistadas 2.500 pessoas, sendo 250 na capital, Salvador, e mais 250 em cada um dos seguintes municípios: Santo Antônio de Jesus, Ilhéus-Itabuna, Vitória da Conquista, Guanambi, Barreiras, Irecê, Juazeiro, Paulo Afonso e Feira de Santana. A pesquisa vai levantar dados para subsidiar a criação de políticas públicas direcionadas ao tratamento das chamadas condições pós-covid (covid longa), que são as sequelas da doença.

 

“A Epicovid 2.0 faz parte do trabalho de fortalecimento do monitoramento da Covid-19, que o Ministério da Saúde vem realizando desde maio de 2023”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel. De acordo com a secretária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, segundo ela, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.

 

De acordo com o epidemiologista Pedro Hallal, que irá coordenar o estudo, a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias. “O Epicovid 2.0 é uma nova fase do estudo iniciado em 2020. Embora agora não estejamos mais sob uma pandemia grave como tivemos, o vírus continua na sociedade e seus efeitos na vida das pessoas também. Esse agora é o nosso alvo, entender o impacto da doença na vida das pessoas e das famílias brasileiras”, explica.

 

Dinâmica da Epicovid 2.0

A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Para isso, equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como: vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano.

 

Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio. Somente uma pessoa por residência responderá ao questionário. Hallal esclarece que, diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de Covid.

 

Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Entrevistadores identificados

Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa após apresentar a melhor proposta em pregão eletrônico. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da UFPel, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.

 

Para auxiliar com o processo de divulgação e esclarecimento da população, as prefeituras das 133 cidades envolvidas no estudo foram comunicadas do trabalho – por meio de suas secretarias municipais de Saúde – e participaram de reunião online com Pedro Hallal e integrantes do Ministério da Saúde. A orientação é que, em caso de dúvidas, os moradores entrem em contato com as prefeituras.

 

A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.

 

Primeiras fases do estudo

Entre 2020 e 2021, o Epicovid-19 serviu para traçar um retrato da pandemia que auxiliou cientistas e autoridades em saúde pública a compreender melhor os efeitos e a disseminação do coronavírus no país. Entre as principais conclusões, o estudo apontou que a quantidade de pessoas infectadas naquele momento era três vezes maior que os dados oficiais, com os 20% mais pobres tendo o dobro de risco de infecção em relação aos 20% dos brasileiros mais ricos. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/290227-10-municipios-baianos-vao-participar-do-estudo-para-avaliar-sequelas-do-coronavirus

domingo, 3 de março de 2024

Homem internado por Covid-19 viraliza na internet após alegar que não bebe água há 50 anos, só refrigerante

Um homem internado por Covid-19, viralizou nas redes sociais após deixar aviso para equipe médica de um hospital particular na capital baiana que não bebe água há 50 anos. O idoso de 70 anos, Roberto Pedreira, alegou que bebia apenas Coca-Cola. 

 

Nas imagens divulgadas pelo afilhado do aposentado, ele alega que não toma água há pelo menos 50 anos, nem mesmo para medicações. Ao site G1, Roberto confirmou a informação. 

 

“Eu não bebo água há 50 anos. Eu não gosto de água, só Coca-Cola Zero. Todos os médicos que eu vou me recomendam água, mas eu bati de frente com o meu cardiologista e o meu endocrinologista. Até meus remédios, eu tomo com coca. Nada com água, nem uma gota”, disse.

 

Apesar de ter viralizado com o hábito incomum, o idoso foi internado apenas por causa da Covid-19, e a família diz que ele não tem problemas graves.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/noticia/289812-homem-internado-por-covid-19-viraliza-na-internet-apos-alegar-que-nao-bebe-agua-ha-50-anos-so-refrigerante

domingo, 25 de fevereiro de 2024

SUS poderá ser obrigado a divulgar na internet de lista de espera para cirurgias e outros procedimentos

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) projeto de lei que determina aos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) publicarem, na internet, listas dos pacientes a serem submetidos a cirurgias e outros procedimentos, mesmo se for em hospitais conveniados. A matéria retorna ao Senado devido às mudanças aprovadas. 

 

De acordo com o texto aprovado, um substitutivo do deputado Ruy Carneiro (Podemos-PB) ao PL 10106/18, do Senado, as listas deverão ser acessíveis para gestores, profissionais de saúde e pacientes listados ou seus responsáveis legais. Por outro lado, o texto também determina que seja resguardada a privacidade dos dados dos pacientes, nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. As informações são da Agência Câmara de Notícias.  

 

Segundo o relator, deputado Ruy Carneiro, é injusto o cidadão não saber quando poderá ser operado. "Essa ação vai dar dignidade à saúde pública do Brasil. Vai acabar com o esquema fura-fila, com a intervenção política que salva um e mata dois", afirmou.

 

Carneiro acrescentou que a mudança também ajudará os gestores públicos a identificar onde estão os gargalos, as maiores filas, para agir mais rápido. Se virar lei, a nova regra entrará em vigor 90 dias após a publicação.

 

INFORMAÇÕES NA LISTA 

Segundo o projeto aprovado, as listas deverão discriminar:

A especialidade médica, no caso das cirurgias;

A modalidade dos procedimentos;

o estabelecimento onde será realizado o procedimento ou cirurgia;

O número do Cartão Nacional de Saúde do paciente ou outro documento oficial de identificação;

A data do agendamento do procedimento ou cirurgia; e

A posição ocupada pelo paciente na lista

As listas deverão ser atualizadas quinzenalmente e só poderão ser alteradas com base em critério médico fundamentado e registrado. Os pacientes afetados pela mudança deverão ser comunicados dentro de prazos adequados. Além disso, a desmarcação de procedimento deverá ser comunicada ao paciente junto com a nova data para sua realização.

 

Os estabelecimentos de saúde deverão repassar ao SUS, em tempo hábil e com a necessária frequência, as informações a serem incluídas nas listas.

 

Mensalmente, esses gestores de saúde deverão divulgar nas páginas de internet oficiais quantos pacientes estão nas filas de espera, dividida por procedimentos e especialidades. Deverá ser divulgado também o tempo médio de espera para cada uma dessas especialidades. Além disso, quando possível, esses dados serão desagregados por estabelecimento de saúde. 


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31352-sus-podera-ser-obrigado-a-divulgar-na-internet-de-lista-de-espera-para-cirurgias-e-outros-procedimentos

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Casos de dengue sobem mais de 300% em 2024 e Saúde diz que pico ainda está por vir

O Brasil ultrapassou a marca dos 680 mil casos de dengue, segundo mostram os dados mais recentes do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. O país registrou um total de 688.461 casos prováveis da doença nas sete primeiras semanas epidemiológicas do ano.

 

De acordo com o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, o número representa aumento de 315% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o Brasil teve 165.839 casos. O índice pode ser ainda maior, já que os dados podem sofrer atualizações, conforme chegam novas informações dos municípios.

 

Distrito Federal, Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro são as unidades da Federação com maior incidência da doença por 100 mil habitantes. Além dos milhares de casos, 122 pessoas perderam a vida por causa da dengue. Outros 456 óbitos estão sob investigação.

 

A situação é alarmante, já que a alta de casos acontece antes mesmo do período tradicional de pico da doença, entre março e abril. No ano passado, o país bateu os 688 mil casos apenas na 14ª semana epidemiológica, no início de abril.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31344-casos-de-dengue-sobem-mais-de-300-em-2024-e-saude-diz-que-pico-ainda-esta-por-vir

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Saiba quais os remédios contraindicados em caso de suspeita de dengue

"Estes medicamentos são contraindicados em casos de suspeita de dengue." A frase ilustra campanhas de conscientização envolvendo a doença e alerta sobre o uso de remédios muito conhecidos, comprados sem prescrição médica. A automedicação pode piorar o quadro viral e prejudicar o tratamento adequado.
 

Entre os vilões da fase inicial da dengue estão os anti-inflamatórios, como os da classe dos salicilatos, o ácido salicílico, conhecido popularmente como AAS ou aspirina. Seu uso é proibido em caso de suspeita de dengue, pois diminui a função plaquetária e pode dificultar a correta coagulação do sangue, como explica o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo.
 

"A aspirina age nas plaquetas, diminuindo sua atividade. Em um paciente com dengue, que já apresenta uma redução de plaquetas importante, este medicamento pode trazer alterações significativas na função plaquetária, não tendo seu uso indicado", diz ele.
 

Outro vilão na automedicação contra os sintomas da dengue é o ibuprofeno. Também anti-inflamatório, o remédio, usado frequentemente contra febre, pode igualmente influenciar o sistema de coagulação sanguínea. "Vai piorar e causar uma disfunção no organismo", diz o infectologista.
 

Também é necessário redobrar a atenção na administração do ibuprofeno em crianças, já que ele é muito usado em tratamentos infantis.
 

"Por seu efeito anti-inflamatório, pode dificultar a coagulação do sangue. Como a dengue aumenta as chances de sangramento, o quadro pode ficar ainda pior com o ibuprofeno", ressalta o infectopediatra Victor Horácio de Souza Costa Júnior, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.
 

Costa Júnior observa que, além de favorecer o aparecimento dessas manifestações hemorrágicas, o uso não prescrito de anti-inflamatórios pode impactar na acidose metabólica, que é a acidez excessiva no sangue, levando a uma piora em todo o metabolismo.
 

Nos casos graves, os sangramentos podem ser internos ou externos, expelidos pela urina ou pelas mucosas como narinas e gengivas. Podem ainda ser percebidos em cortes, que não param ou voltam a sangrar constantemente, assim como no aumento do fluxo da menstruação.
 

Como a dengue é uma doença viral, ou seja, causada por um vírus (transmitido pelo mosquito Aedes aegypti), antibióticos são medicamentos proibidos para amenizar os sintomas, já que tratam de doenças bacterianas, causadas por bactérias. Entre eles, estão amoxicilina e azitromicina, que não podem ser vendidos sem prescrição médica, mas acabam sobrando no armário de muitas famílias, elevando os perigos da automedicação.
 

Outra classe de medicamentos contraindicados em suspeita de dengue são os corticoides, também largamente utilizados pela população sem indicação médica, como prednisolona, hidrocortisona e dexametasona.
 

"Os corticoides reduzem a resposta autoimune do organismo, que é exatamente o que não queremos na fase inicial da doença. É preciso que o corpo combata o vírus e que haja uma rápida resposta do sistema imunológico. Então o corticoide não trará nenhuma ação benéfica, apenas prejuízo", explica Chebabo.
 

Ele lembra que a dengue é uma doença em que são tratados apenas seus sintomas. Sua fase mais intensa vem após o quinto dia de contaminação. "É quando ocorrem as modificações para o agravamento da doença", fala Chebabo.
 

O QUE TOMAR
A indicação na fase inicial é perceber os sintomas e buscar analgésicos, como o paracetamol (para dor), e antitérmicos, como a dipirona (para febre). Além disso, repouso e hidratação são essenciais. Tome muita água, soro caseiro e água de coco. No caso de persistirem os sintomas, procure um médico imediatamente.
 

Os principais sintomas da dengue são: febre alta, dor de cabeça, nos ossos e articulações, dor atrás dos olhos, machas pelo corpo, náusea, tontura e cansaço. Em casos mais graves podem ocorrer vômitos constantes, dificuldade de respirar, hemorragia, dor abdominal intensa, confusão mental e até perda da consciência.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/folha/noticia/264388-saiba-quais-os-remedios-contraindicados-em-caso-de-suspeita-de-dengue

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Bahia tem 13 municípios em epidemia de dengue

A Bahia registrou 13 municípios em epidemia de dengue. O levantamento foi divulgado pelo o Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan). Outras oito cidades estão em alerta ou sob risco. Na lista de cidades em epidemia estão Bonito, Novo Horizonte, Piatã, Morro do Chapéu, Lajedão, Rodelas, Macaúbas, Jacaraci, Piripá, Encruzilhada, Cordeiros, Vitória da Conquista e Ipiaú.

 

Os municípios em alerta para epidemia são Ibicoara, Tanque Novo, Mortugaba e Brejões. Já os que estão sob risco são Adustina, Chorrochó, Belo Campo e Anagé.

 

Para reduzir a possibilidade do avanço de casos, a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, se reuniu nesta quinta-feira (08) com prefeitos e gestores municipais de saúde de cerca de 70 municípios de localidades que encontram-se em atenção, seja por conta do histórico da doença, seja por ter sofrido com as fortes chuvas do início do ano.

 

Em sua exposição, Roberta Santana falou de temas como a mobilização da comunidade, a distribuição de materiais informativos e a intensificação das campanhas de conscientização. De acordo com a titular da pasta, as ações de combate ao vetor da dengue iniciadas em 2023 contribuíram para fazer com que a Bahia esteja, neste início de ano, com números menores que o mesmo período do ano passado.

 

A Secretária ainda pontuou questões abordadas pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira (07) na reunião com Governadores. “A ministra abordou as medidas de prevenção, combate à transmissão e tratamento da doença. Ela destacou que é preciso que todos ajudem”, relatou Roberta Santana.

 

Na reunião ainda foi destacado que a equipe técnica da Secretaria da Saúde do Estado tem intensificado o trabalho de apoio e assistência técnica aos municípios, realizando ações como capacitação com a rede assistencial no manejo clínico de arboviroses e aquisição de repelentes para gestantes cadastradas na atenção básica dos municípios. “Tenho a percepção que estamos de mãos dados com os gestores municipais. Não temos como trabalhar de forma isolada”, afirmou Roberta Santana.

 

A ideia do encontro foi fortalecer a cooperação entre as autoridades locais e a gestão de saúde, buscando soluções conjuntas para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. 

 

“É importante que possamos socializar as informações e trabalhemos de forma coletiva, para que a Bahia não entre em uma situação crítica”, afirmou a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho. Opinião compartilhada pelo prefeito de Ilhéus, Marão. “A ação conjunta no combate a dengue é fundamental”, afirmou.

 

A Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, que também participou da reunião, reforçou a necessidade dos municípios de promover mutirões de limpeza, eliminando focos do mosquito causador da dengue. Segundo ela, é importante também que a população esteja atenta aos possíveis criadouros dentro das residências. “Não podemos deixar acumular água em recipientes como garrafas, pneus e pratos usados para plantas. Outra medida essencial é cobrir as caixas de água”.

 

SITUAÇÃO DA DENGUE 

De acordo o Sinan, entre o mês de janeiro até 6 fevereiro de 2024 (semanas epidemiológicas 1, 2, 3, 4 e 5), a Bahia tem 4068 casos notificados de dengue. Quando comparado ao mesmo período de 2023, apresenta redução de 11,8%, em que foram notificados 4.614 casos de dengue. Não há óbito confirmado.

 

VACINAÇÃO

A vacinação contra a dengue também foi abordada no encontro. Inicialmente, o público-alvo será composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, após os idosos, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Roberta Santana esclareceu que embora a vacinação seja uma grande contribuição, é uma alternativa que terá resultado a médio e longo prazo.


Fonte: https://www.bahianoticias.com.br/saude/noticia/31316-bahia-tem-13-municipios-em-epidemia-de-dengue