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O Dia Internacional Contra a Homofobia assinala-se hoje, a
17 de maio, data em que, em 1990, a Organização Mundial de Saúde retira a
homossexualidade da lista de doenças mentais. Hoje, sublinha-se que a
homossexualidade não tem cura porque não é doença. E não tem perdão
porque não é pecado.
A homossexualidade já foi considerada doença mental, até que, a 17 de
maio de 1990, a OMS corrige esse erro histórico, num caminho
incompleto, rumo à igualdade entre pessoas com orientação sexual
diferente.
O ser humano pode ser homossexual, heterossexual, ou bissexual.
Qualquer uma destas orientações tem o mesmo valor clínico, sendo que a
heterossexualidade é a condição dominante. Deveria ser esta a única
característica diferenciadora, mas o processo de educação humana no
combate à homofobia está longe de ser concluído.
Alguns números podem ajudar a compreender a homossexualidade. Em
primeiro lugar, é mais usual do que se julga. Há estudos que sugerem que
22 por cento da população tem tendência homossexual, ainda que outras
pesquisas apontem uma percentagem inferior: cerca de 13 por cento.
Ao longo de séculos, foi considerada doença ou distúrbio, pecado,
proibida por lei. Foi razão de penas de morte, até que os países
desenvolvidos reeducaram as sociedades para a perceção de que a
homossexualidade não tem cura porque não é doença, não tem perdão porque
não é pecado.
A 17 de maio, Dia Internacional Contra a Homofobia, o mundo traça
mais um combate nessa batalha, a batalha contra a homofobia, pelo
direito à diferença. Neste dia, em 1990, a OMS deu o primeiro passo. Em
1991, a Amnistia Internacional passa a considerar que a discriminação
contra homossexuais é uma violação aos direitos humanos.
Passaram mais de duas décadas, mas até as sociedades ditas mais
desenvolvidas têm de lutar contra a homofobia, uma luta que só será
ganha quando deixar de fazer sentido.
Neste dia, em 1383, a princesa Beatriz de Portugal e D. João I de
Castela casam. Já em 1846, Adolphe Sax patenteia o saxofone. A 17 de
maio de 1959 a estátua do Cristo-Rei em Almada (Portugal) é inaugurada.
Neste dia, em 1990, a Assembleia Geral da Organização Mundial de
Saúde retira a homossexualidade da lista de doenças mentais. Nove anos
mais tarde, Ehud Barak é eleito primeiro-ministro de Israel e em 2009,
também a 17 de maio, Dalia Grybauskaitė torna-se a primeira mulher
eleita Presidente da Lituânia.
Nasceram neste dia Manuel Álvares, pedagogo português (1739), Edward
Jenner, criador da vacina da varíola (1749), Jacint Verdaguer, poeta
espanhol (1845), Erik Satie, compositor e pianista francês (1866),
Afonso XIII, último rei da Espanha (1886), Ayatollah Ruhollah Khomeini,
aiatola xiita iraniano (1900), Dennis Hopper, ator norte-americano
(1936), Filipe La Féria, encenador português (1945) e Enya, cantora
irlandesa (1961).
Morreram a 17 de maio Sandro Botticelli, pintor italiano (1510),
Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, político e diplomata francês
(1838), Gunnar Myrdal, economista sueca (1987) e Zélia Gattai, escritora
brasileira (2008).
Hoje, além do Dia Internacional Contra a Homofobia, assinalam-se o
Dia Internacional da Hipertensão, o Dia Internacional da Internet e o
Dia Mundial da Sociedade da Informação.
Fonte: http://www.ptjornal.com/201205167875/geral/hoje-e-dia/17-de-maio-dia-internacional-contra-a-homofobia.html