sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Falcão diz que PT entrou com sete ações contra Veja

            Dilma rebateu denúncias de revista
Além das medidas, o partido também entrou com representação criminal contra o jornalista responsável pela matéria, alegando difamação
O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou nesta sexta-feira, 24 que o partido entrou com sete medidas judiciais contra a revista Veja. Em edição excepcional desta sexta-feira, uma reportagem da publicação indica que o ex-presidente Lula e a candidata a reeleição, Dilma Rousseff, teriam conhecimento das irregularidades na Petrobras, citando supostos depoimentos do doleiro Alberto Youssef à Justiça.
O petista citou sete ações judiciais movidas pelo partido contra a revista. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi solicitado direito de resposta contra a reportagem considerada “difamatória”. O partido também pediu a proibição da publicidade da revista que, segundo ele, poderia ser considerada “propaganda eleitoral” contra a campanha de Dilma Rousseff. Outra ação movida pelo partido foi um pedido de investigação junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE) sobre o “uso dos meios de comunicação com a intenção de prejudicar a candidatura e desequilibrar o pleito”. “Não podemos tolerar tanta tentativa de interferência no processo eleitoral através de matérias mentirosas e caluniosas, sem fontes”, afirmou Falcão.”
O próprio advogado, que participou dos depoimentos, disse não ter ouvido nada semelhante. Não se sustenta, é uma peça para operação casada”, classificou o presidente do partido. “A revista é um panfleto que faz jornalismo de esgoto. Tem uma regra das eleições que diz que quanto mais se aproxima das eleições, menor credibilidade tem as denúncias, por mais que seja veraz.” Além das ações na esfera eleitoral, o partido também solicitou ao procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que abra uma investigação sobre a quebra do sigilo da delação premiada. Em paralelo, um novo pedido de acesso ao conteúdo da delação foi feito Supremo Tribunal Federal (STF).
Além das medidas, o partido também entrou com representação criminal contra o jornalista responsável pela matéria, alegando difamação. Na esfera Cível, o partido propôs uma ação indenizatória “com valor simbólico”, afirmou. O presidente também negou que as ações sejam uma tentativa de censurar a revista ou impedir sua circulação. “Não pedimos a suspensão da circulação. A revista está publicada. Ninguém pretende censurar, somos contra isso”, afirmou. Segundo Falcão, o partido defende a “regulação da mídia para veículos com concessão publica, e as publicações impressas não são”. “Somos a favor de regulamentar a constituição no artigo que diz respeito à comunicação social que diz que 'fica assegurada a mais ampla liberdade de expressão'. E em seguida, diz que fica proibido o monopólio, o que até hoje não teve regulamentação”.
(Foto: Divulgação)

Fonte: http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/falcao-diz-que-pt-entrou-com-sete-acoes-contra-veja/?cHash=983a341b416203349e2b9c0905ecf9a2

Debate sobre eleições nas redes sociais abala amizades

Foto por: Agência Brasil
 
O intenso uso das redes sociais para expressar apoio político nestas eleições e o acirramento das tensões devido à proximidade do segundo turno, marcado para o próximo domingo (26), têm afetado amizades e relações familiares. Uma usuária do Twitter resumiu a situação em um post que lhe rendeu mais de 17 mil curtidas: "Gente, quem perdeu família ou amigos por causa dessa eleição vamos combinar de passar o Natal juntos".

Pesquisa Datafolha divulgada na última quarta-feira (22) mostrou aumento no índice de pessoas que disseram ter interesse nas eleições. Dos 4.355 entrevistados, 50% responderam que têm interesse no pleito. No fim de agosto, essa porcentagem era 39%. Esse crescimento também influencia no aumento da circulação de vídeos, textos e até mesmo ofensas nas redes sociais.

A gerente de comunicação digital Glaucimara Silva deixou de seguir e de visualizar publicações de várias amigos no Facebook. Em casos mais graves, em que houve preconceito ou discurso de ódio, ela desfez a amizade na rede social. "As pessoas se revelam muito nesse momento", diz. Ela acredita que, por estarem protegidas por um computador, "as pessoas se sentem mais à vontade para falar coisas que não falariam cara a cara".

Apesar de a maior parte das amizades desfeitas serem de amigos apenas de Facebook, Glaucimara chegou a se afastar de uma amizade na vida real. "Um amigo muito próximo parou totalmente de conversar comigo porque considerou que temos uma visão política muito diferente e por isso não temos mais nada em comum", conta.

A assessora de imprensa Juliana Carvalho decidiu encerrar as contas nas redes sociais até o fim das eleições. "Estava virando um ringue para mim, eu via as pessoas extremamente irritadas e xingando umas às outras."

Para o sociólogo e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Marcello Barra, a proporção a que chegaram as discussão nas redes sociais nestas eleições é algo inédito. "No grau que assume é realmente uma coisa que aparentemente é inedita e tem correlação imediata com a disputa [eleitoral], uma disputa muito acirrada."

Ele explica que as redes apresentam um grau de politização muito mais avançado diante de outros meios de comunicação, como a televisão ou o rádio. "Permitem não só a expressão de vários assuntos que vão além da política, como a política é tratada muito intensamente, discutida numa base diária. Isso é muito relevante para a democracia", destaca.

O mestre em direito pela UnB e ciberativista Paulo Rená também considera a discussão nas redes positiva, mas alerta para o discurso de ódio e para os crimes cometidos pelos usuários que, muitas vezes, saem ilesos a comentários racistas ou de preconceito regional.

"Acho importante que as pessoas entendam que não é porque estão na internet que o discurso de ódio está liberado. E isso não é nenhuma restrição à liberdade de expressão", diz. "Aquelas condutas inadequadas e eventualmente criminosas que eram feitas em ambientes privados, que eram feitas dentro de casa, agora passam a ocorrer também em ambientes públicos. Não tem nenhuma restrição para que esse comportamento inadequado seja punido aconteça ele na internet ou em qualquer lugar."

Rená orienta aqueles que se sentirem agredidos a, dependendo do nível da ofensa, procurarem uma delegacia de polícia e registrarem boletim de ocorrência ou recorrerem à Justiça. O Ministério Público também pode atuar no combate a discursos preconceituosos a determinados grupos.


Fonte: Agência Brasil 
http://www.jaenoticia.com.br/noticia/12053/Debate-sobre-eleicoes-nas-redes-sociais-abala-amizades

Baiana é premiada em concurso de Harvard University

Premiada em um programa que incentiva projetos inovadores de empreendedorismo social, a jovem baiana Geórgia Gabriela da Silva Sampaio vai participar de uma conferência no campus de Harvard, uma das principais universidades dos Estados Unidos, para expor seu projeto para investidores do mundo inteiro.
Natural de Feira de Santana (a 109 quilômetros de Salvador), ela criou um kit que diagnostica de forma mais rápida e barata a endometriose - afecção inflamatória no útero que atinge cerca de seis milhões de mulheres no Brasil e 170 milhões no mundo.
Além da baiana de 19 anos, a estudante Raissa Muller, de Novo Hamburgo (RS), também foi selecionada. Outros três participantes do Sri Lanka, Nepal e Filipinas foram premiados.
Geórgia concorreu com outros 40 trabalhos, 16 do Brasil, sendo o dela o único da Bahia. Uma votação na internet escolheu os 15 melhores trabalhos como finalistas, o da baiana foi o quinto mais votado.
No último dia 19 de setembro, quando ainda era finalista do concurso, Geórgia afirmou ao A TARDE que  quebrou paradigmas ao ser selecionada: "pois sou negra, nordestina e de uma cidade do interior. Mesmo assim consegui ficar entre os finalistas desse concurso fora do meu país. Para mim, já é uma vitória".
Na mesma reportagem, a estudante, de origem humilde, afirmou que a ideia surgiu com a experiência obtida com uma tia, que passou pelo problema.
"Comecei a pesquisar e notei que a falta de um diagnostico precoce é que aumenta o risco da doença e de outros estágios dela. Como o sintoma principal é a dor durante a menstruação, as mulheres passam muito tempo sem procurar tratamento", disse.
"A média de atraso na busca de tratamento é sete anos. Enquanto isso, a endometriose avança e pode atingir outros órgãos. O tratamento e o diagnóstico são muito caros", explica ela, que quer cursar engenharia em uma universidade no exterior.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/1633311-baiana-e-premiada-em-concurso-de-harvard-university