quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O ato de ensinar e a condição humana

A palavra professor vem de "professar", que, além de lecionar, significa "declarar publicamente uma convicção ou um compromisso de conduta", como a de uma profissão. Não por acaso, as duas têm a mesma raiz. Nós, mestres, somos profissionais em vários sentidos: por ensinarmos e por nos comprometermos com condutas de trabalho - numa atividade que exige a contínua exposição de convicções.
Essa condição também envolve responsabilidades múltiplas, com conhecimentos e procedimentos, especialmente por lidarmos com muitos jovens e crianças e por um tempo longo.
Precisamos nos lembrar disso não para nos sentirmos mais importantes do que já somos, mas para termos consciência de que, no desempenho dessa função social, não dá para ignorar limitações pessoais e problemas, ou seja, nossa condição humana.
Outras profissões também dependem fortemente do discernimento e das condições individuais de quem as exerce. Um motorista de ônibus, por exemplo, mais do que um condutor de toneladas de aço sobre rodas, sabe que curva fechada não combina com noite maldormida e pode custar vidas. As responsabilidades de educador, ainda mais complexas, são cumpridas em circunstâncias muito especiais, sob permanente exposição a dezenas de olhares daqueles que pretendemos formar. Aliás, os alunos não são passageiros e não nos consideram somente condutores de classes ou especialistas em Ciências ou Arte.
Eles nos enxergam também como alguém que está com blusa colorida e sorriso animado, calça amarrotada e olheiras ou tênis novos e expressão impaciente. Da mesma forma, a turma não vê palavras e números surgirem no quadro e se converterem em sons, mas acompanham a mão firme ou trêmula segurando o giz e o tom grave ou agudo da voz que explica. Essa é uma inevitável contingência do trabalho, diante da qual é preciso se posicionar.
Devemos nos proteger - sob a pretensa objetividade da função - ou expor, sem preocupação, nossa fragilidade? A observação de colegas - e é mais fácil avaliar os outros - revela uma variedade de comportamentos. Num extremo, a ostensiva displicência dos que contaminam o convívio profissional com frustrações e raivas. Noutro, a blindagem dos que se escondem sob máscaras inexpressivas, como se em vida de educador não caibam sentimentos.
É nesse conjunto de atitudes que cada um pode se situar, perguntando: "E eu, como me comporto?" No corpo docente de uma escola, há diferentes gêneros, preferências, estilos e situações de vida, mas nem todo comportamento é compatível com a função docente, pois a arte-ciência da profissão exige convívio, com respeito à condição dos outros (e também à própria) e o reconhecimento dos limites nessa recíproca exposição.
Os meninos e as meninas que educamos constituem uma enorme diversidade e só percebendo nossa condição ficamos atentos à deles também. Essa compreensão, no entanto, não se sustenta sem uma clara determinação para promover a aprendizagem, com boas exposições e a participação dos alunos nas aulas.
É isso que assegura o respeito às fragilidades que podemos ter ou mesmo a admiração às nossas especificidades por parte dos jovens interlocutores. Ao sair para o trabalho, mesmo preocupados com a nova ruga flagrada no espelho ou a diferença entre o saldo bancário e a prestação vencida, nos investimos da "persona" professoral. Sensível sim, mas profissional. Esse nosso personagem contracena com os estudantes, com o fluxo de questões que apresentam e com os projetos que possuem e se cruzam com os nossos - nós e eles somos seres incompletos.
A compreensão desse fato permite encontrá-los uma relação mediada pelo conhecimento, mas sem o temor de revelar as nossas dúvidas ao considerar as deles. Aliás, vale lembrar o sentido dialógico de nossa função, para não nos pretendermos inoxidáveis ou substituíveis por um site na web. Temos conhecimentos e promovemos a formação de atitudes, mas mesmo investidos desse papel professoral, no fundo somos nós mesmos nesse trabalho em que contato humano é condição essencial, não acidente de percurso.

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/ato-ensinar-condicao-humana-477478.shtml

Papai Noel existe?


Sim. Ele foi inspirado no bispo Nicolau, que viveu e pontificou na cidade de Myra, na Turquia, no século IV.Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco commoedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lheforam atribuídos.
Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo.Nos Estados Unidos, a tradição do velhinho de barba comprida e roupas vermelhas que anda num trenópuxado a rena ganhou força.
A figura do Papai Noel que conhecemos hoje foi obra do cartunista ThomasNast, na revista Harper's Weeklys, em 1881.

Fonte: Guia de curiosidades da internet