Uma cerimônia inédita realizada neste domingo (27) na Praça de São
Pedro, no Vaticano, e acompanhada por milhares de fiéis católicos,
canonizou dois Papas: o polonês João Paulo II e o italiano João XXIII.
"Declaramos e definimos como santos os beatos João XXIII e João Paulo II
e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a
Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos", foi a fórmula
pronunciada em latim pelo Papa Francisco, após a qual a multidão na
praça rompeu em aplausos.
A canonização dupla reuniu, em um único evento, o atual Papa Francisco e
o Papa Emérito Bento XVI, que renunciou no ano passado em uma situação
inédita na história moderna da Igreja Católica.
Francisco concelebrou missa solene com cinco prelados, entre eles o
bispo de Bergamo (cidade natal do italiano João XXIII), Francesco
Beschi, e o ex-secretário particular do Papa João Paulo II e arcebispo
de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz.
"Estes foram dois homens de coragem ... e deram testemunho diante da
Igreja e do mundo da bondade e misericórdia de Deus", disse Francisco.
"Eles viveram os trágicos acontecimentos do século XX, mas não foram
oprimidos por eles. Para eles, Deus era mais poderoso, a fé era mais
poderosa."
As relíquias dos dois novos santos, uma ampola de sangue de João Paulo
II e um pedaço de pele de João XXIII extraída durante sua exumação no
ano 2000, foram colocadas ao lado do altar.
A costarriquenha Floribeth Mora, cuja cura inexplicável permitiu elevar
aos altares João Paulo II, levou a relíquia do Papa polonês, enquanto a
de João XXIII foi entregue por seu sobrinho.
A cerimônia de canonização teve os mesmos moldes de uma missa e foi simples, sóbria e sem extravagâncias, segundo o Vaticano.
Bento XVI seguiu a cerimônia no setor esquerdo do altar, junto com os
cardeais e os 1.000 bispos que concelebraram sucessivamente a missa.
Em 2011, a beatificação de João Paulo II, feita por Bento XVI, durou
três dias e custou cerca de US$ 1,65 milhão, reunindo 1,5 milhão de
fiéis na praça e nos seus arredores, segundo a polícia de Roma.
O Vaticano, citando fontes da polícia italiana, estimou que cerca de 800 mil pessoas participaram da celebração.
Segundo a Santa Sé, 500 mil pessoas lotaram a praça e sua via de acesso,
a Via da Conciliação, e 300 mil seguiram o evento diante dos 17 telões
instalados em diversos locais em Roma.
Os poloneses - conterrâneos de João Paulo II-, foram os estrangeiros mais numerosos presentes.
Trens especiais foram colocados em circulação para a viagem desde a Polônia.
A cerimônia do lado de fora da Basílica de São Pedro permitiu que mais pessoas participassem do evento.
Bandeiras de vários países, inclusive o Brasil, podiam ser vistas na multidão.
A praça foi enfeitada com 30 mil rosas vermelhas, amarelas e brancas
doadas pelo Equador, cujo presidente, Rafael Correa, estava presente na
cerimônia.
Telões foram espalhados na Praça e pela cidade de Roma, que teve esquema
especial de trânsito para a celebração, com bloqueio de ruas e reforço
nos transportes públicos.
Após a cerimônia, Francisco percorreu a praça no Papamóvel,
cumprimentando os fiéis. Antes, ele levou cerca de 40 minutos para
cumprimentar os integrantes das 93 delegações internacionais que
compareceram à festa.
Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/joao-paulo-ii-e-joao-xxiii-se-tornam-santos_214595/
Site da imagem
fiqueatentojep.blogspot.com
Site da imagem
fiqueatentojep.blogspot.com